quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Rua Buenos Aires esquina com Benjamin Lins. De 1928 a 1965, foi a quarta sede do Museu Paranaense. Originalmente a casa do ervateiro Manoel de Macedo, cuja propriedade ia até a Rua Cel Dulcídio , onde ainda existe o portal da fábrica com o nome " Fábrica Santa Graça "
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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Registro raro da circulação de veículo motorizado na Ilha do Mel. 
Esta caminhonete era utilizada no transporte dos veranistas entre as docas de desembarque e o Hotel ali existente na época.
Esta foto é de 1932 - Na imagem estão Anna Mueller Venske (de chapéu),
Erica Venske (menina de saia branca), meu avô Cláudio Venske (6 da esquerda para direita) e Marica Venske ao seu lado.
Acervo Pessoal.

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Barca para a Ilha - 1935

quarta-feira, 26 de julho de 2017

História da cidade de Matinhos

Localizada no litoral paranaense Matinhos foi descoberto em 1820 seus habitantes primitivos eram os índios Carijós, os primeiros colonizadores foram os portugueses e italianos que fundaram colônias agrícolas.
A origem do nome decorre da mata baixa (mata de restinga, rica em epífitas) que era conhecida como matinho.
Os balneários são alguns dos responsáveis pela grande movimentação dos veranistas que procuram as Praias do Paraná, entre outros, o de Caiobá, com origem de ocupação por volta de 1926 por descendentes da colônia alemã de Curitiba (na foto o Balneário de Caiobá).
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Matinhos, pela lei estadual nº 613, de 27-01-1951, subordinado ao município de Paranaguá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Matinhos figura no município de Paranaguá.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 231-XII-1963.
Elevado à categoria de município com a denominação de Matinhos, pela estadual nº 5743, de 13-03-1968, desmembrado de Paranaguá. Sede no antigo distrito de Matinhos. Constituído do distrito sede. Instalado em 19-12-1968.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1971, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE


História da cidade de Campo Magro

Etimologia. Campo Origina-se do latim campus designando região de grande extensão de terra, que tem ou não árvores esparsas. Largo Vem do latim "largus", e refere-se a lugar de grande extensão transversal, extenso.
Origem Histórica. é antiga a denominação Campo Largo, sendo desde os tempos do desbravamento dos Campos de Curitiba, advindo da largueza dos horizontes do lugar, sendo esta a impressão que tiveram os primeiros exploradores da região dos Campos Gerais. Campo Largo tornou-se ponto de referência, sendo que esta denominação prevaleceu desde os primórdios de sua ocupação, não conhecendo outra.
O cel. Antônio Luíz, conhecido pelo apelido de Tigre, foi o grande pioneiro do atual município.
Possuía uma sesmaria onde hoje se localiza a sede municipal. Tigre morava na Fazenda N. Srª. da Conceição do Tamanduá. Prosperou, a partir do final do século XVIII, a Freguesia Colada de Tamanduá, que se situava nas proximidades da Freguesia Nova (Palmeira). Tinha muito prestígio a Freguesia Colada de Tamanduá, que rivalizava em importância, depois de Curitiba, com São José dos Pinhais, Lapa e Castro.
Segundo o pesquisador José Carlos Veiga Lopes, em 12 de abril de 1706, Antônio Luís Tigre obteve a sesmaria do Rio Verde, entre esse rio, o Iguaçu e o Capão da índia, que incluíam terras dos atuais municípios de Balsa Nova e Campo Largo; possuía também nessa mesma época a sesmaria do Tamanduá, da qual não existe carta. Antônio Luiz Tigre era dono do Tamanduá, mas não existem documentos que digam que ali morasse. Ele, morador na vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, fez petição dizendo que tinha fazenda na paragem nomeada Campo Largo, onde tinha suas lavouras e criações, onde pedia as terras que se achassem devolutas, partindo de sua demarcação para a parte de povoado até entestar com as terras de Manuel Soares. O governador do Rio de Janeiro lhe concedeu, em 12 de novembro de 1712, as terras que se achavam devolutas, não excedendo uma légua, no sítio e paragem que declarou na petição.
Em 24 de janeiro de 1726, o capitão Tigre e sua mulher Ana Rodrigues França fizeram doação a sua sobrinha Catarina Gonçalves Coutinho, casada com Braz Domingues Veloso, de meia légua de terras no Rodeio e outro tanto no Campo Largo; fez também doação de terras no Rio Verde de Campo Largo a Felipe de Santiago e sua mulher Maria Luís de Siqueira que, em 30 de dezembro de1737, venderam para Braz Domingues Veloso. Antônio Luís Tigre doou também terras a sua sobrinha Ana de Melo Coutinho; já viúvo, doou ao tenente-coronel Manuel Rodrigues da Mota, casado com sua sobrinha Helena Rodrigues Coutinho, terras no Rodeio nos lados do Itaimbé. As terras do Tamanduá, Antônio Luís Tigre e sua mulher doaram para Nossa Senhora da Conceição. Na lista de ordenanças de 1765 moravam no bairro de Campo Largo 42 famílias e no bairro do Rio Verde 6 famílias. A freguesia do Tamanduá foi criada em 1813. Em 1814, o capitão João Antônio Costa fez doação do campo em que hoje se encontra a cidade de Campo Largo para que nele se estabelecessem os habitantes que quisessem. A construção da primeira igreja começou em 1821 e foi inaugurada em 2 de fevereiro de 1826, dia de Nossa Senhora da Piedade. Em 16 de outubro de
1828 foi elevada a capela curada.
Gentílico: campomagrense
Formação Administrativa
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, figura no município de Curitiba o distrito de Campo Magro.
Assim permencendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 199, de 30-12-1943, o distrito de Campo Magro foi transferido do município de Curitiba para o de Colombo.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Campo Magro, figura no município de Colombo.
Pela lei estadual nº 2, de 10-10-1947, o distrito de Campo Magro foi transferido do município de Colombo para o de Timoneira.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Campo Magro, figura no município de Timoneira.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Pela lei estadual n.º 2644, de 24-03-1956, o município de Timoneira passou a denominar-se Almirante Tamandaré.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Campo Magro, figura no município de Almirante Tamandaré.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 1993.
Elevado à categoria de município com a denominação de Campo Magro, pela lei estadual n.º 11221, de 11-12-1995, desmembrado do município de Almirante Tamandaré. Sede no antigo distrito de Campo Magro. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-997.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído do distrito sede.
Assim permencendo em divisão territorial datada de 2007.
Transferência distritais
Pelo decreto-lei estadual nº 199, de 30-12-1943, transfere o distrito de Campo Magro do município de Curitiba para o de Colombo.
Pela lei estadual nº 2, de 10-10-1947, transfere o distrito de Campo Magro do município de Colombo para o de Timoneira.
Fonte: IBGE

História da cidade de GUARAQUEçABA

Entre 1638 a 1946, Gabriel de Lara, fundador da Capitania de Paranaguá, descobriu, nas encostas da Serra Negra, rica lavra de ouro, revelando o achado às Provedorias das Minas de São Paulo. Com a descoberta, inúmeros mineiros e aventureiros dirigiram-se para a região, explorando as terras e os rios em busca do ouro. Os missionários jesuítas, vindos de Cananéa fundaram no porto de Superagui, um estabelecimento agrícola e ao mesmo tempo religioso, para facilitar a catequese, visto que a população estava disseminada ao longo dos rios.
Em 1838, Cypriano Custódio de Araújo e José Fernandes Corrêa construíram uma capela no morro de Guitumbé, sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Perdões.
Em torno da Capela foram surgindo habitações e, em pouco tempo, nascia um povoado, elevado à freguesia em 1854, mas somente gozando do predicamento de Vila, no ano de 1880.
Em 1938, a Vila foi extinta e anexada como Distrito ao Município de Paranaguá. Voltou a figurar como município autônomo, em 1947.
O topônimo é de origem indígena e significa:
GUIRá: a ave, a garça.
QUIABA: o sítio do seu pouso, o local dos seus ninhos.
Em tupi-guarani, Guaraqueçaba significa lugar do Guará, uma ave de cor bem avermelhada, que era abundante na região, mas hoje, quase em extinção.
A colonização da região começou com a chegada dos portugueses ao Paraná por volta de 1545.
Gentílico: guaraqueçabano
FORMAçãO ADMINISTRATIVA
Freguesia criada com a denominação de Guaraquessaba, por lei provincial n.º 5, de 01-08-1854, subordinado ao município de Paranaguá.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Guaraquessaba, por lei provincial n.º 557, de 11-03-1880, desmembrado de Paranaguá. Constituído do distrito sede. Instalado em 25-12-1880.
Em divisão administrativa do Brasil referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município figura com 3 distritos: Guaraquessaba, Ararapira e Superagui.
Pelo decreto-lei estadual n.º 7573, de 20-10-1938, o município de Guaraquessaba foi extinto, sendo seu território anexado ao município de Paranaguá.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Guaraquessaba figura no município de Paranaguá, o topônimo está grafado Guaraqueçaba.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Guaraqueçaba, por lei estadual n.º 2, de 10-10-1947, desmembrado de Paranaguá. Sede no antigo distrito de Guaraqueçaba. Constituído do distrito sede. Reinstalado em 31-10-1947.
Pela lei estadual n.º 790, de 14-11-1951, é criado o distrito de Serra Negra e anexado ao município de Guaraqueçaba. Sob a mesma lei o distrito de Ararapira é incorporado ao município de Guaraqueçaba, desmembrado de Paranaguá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Guaraqueçaba, Ararapira e Serra Negra.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2001.
Fonte: IBGE PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAQUEçABA: www.guaraquecaba.com

História de Campo Largo

O ciclo do ouro no Paraná em meados do século XVI foi o principal fator de formação de Campo Largo, acompanhado pelo desenvolvimento da pecuária e também dos pontos de pouso para os tropeiros que seguiam para São Paulo.

A origem de Campo Largo é antiga, em 1819, o capitão Antônio da Costa, doou parte de sua propriedade, permitindo que naquela região se instalassem quem bem entendesse, desde que cuidasse dessas terras.
Sua colonização foi fortemente influenciada pelos poloneses e italianos, além de alemães e portugueses, entre as principais correntes.
Pela Lei Estadual nº 219 de 2 de abril de 1870, foi criado o município de Campo Largo, com território desmembrado de Curitiba e sua instalação oficial ocorreu no dia 23 de fevereiro de 1871.
Campo Largo é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população é estimada pelo IBGE em 125.719 habitantes (2016). O município é conhecido como "Capital da Louça" devida à expressiva produção e exportação desse material. A fundação da cidade ocorreu em 1870. É sede de importantes empresas como a Incepa, Porcelana Schmidt, Germer, Lorenzetti cujos produtos são conhecidos internacionalmente. O município sedia, também, uma das fontes de água mineral mais conhecidas do País, a Ouro Fino. Está situado a sudeste do estado brasileiro do Paraná e pertence à Região Metropolitana de Curitiba. Criado pela lei nº 219 de 2 de abril de 1870, e instalado em 23 de fevereiro de 1871, foi desmembrado de Curitiba.

Campina Grande do sul

História


 

Em 1666, surgiu o povoado Campina Grande. Era uma pequena região que pertencia ao Município de Arraial Queimado (Bocaiuva do Sul). Em 1873, foi criado a freguesia (nome dado a um povoado quando ele passava a ter a presença de um padre) de Campina Grande, com a invocação de São João Batista. Em 1880, a vila de Campina Grande passou a chamar-se Vila Glycerio. Em 1881, os moradores da Vila Glycerio fizeram um movimento pedindo a mudança do nome da localidade, que voltou a ser chamada de Vila da Campina Grande. Em 1883, a freguesia de Campina Grande foi elevada à categoria de vila (local em que ficava a sede do governo do município), desmembrando-se do município de Arraial Queimado. No dia 22 de março de 1884, foi instalada a Câmara Municipal da Vila da Campina Grande e foram eleitos os primeiros vereadores. Em 1892 foi eleito o primeiro prefeito, Tenente José Eurípedes Gonçalves. Em 1939, o Município de Campina Grande foi extinto e a região passou a ser Distrito, em parte de Piraquara e em parte de Bocaiúva do Sul. Em 1943, pela Lei n° 199 de 30 de dezembro, o nome de Campina Grande foi mudado para Timbú, continuado a ser distrito do município de Piraquara. A partir de 1951 , com a Lei n° 790, a região voltou a ser município, ainda com o nome de Timbú. Em 1956, por reivindicação da população, o município recebeu o nome de Campina Grande do Sul.

Representantes Políticos


Presidentes da Vila

- Capitão Emygdio Alves Cordeiro (22 mar. 1884 a 7 jan. 1887)
- João Manoel de Quadros (7 jan. 1887 a 7 jan. 1888)
- José Gonçalves de Aguiar (7 jan. 1888 a 7 jan. 1889)
- Tenente Coronel Manoel Affonso Ennes (7 jan. 1889 a 7 jan. 1990)

Intendentes do Município

- Tenente Coronel Jerônimo Mendes dos Santos (1° mar. 1890 a 16 dez. 1891)
- Pedro Alexandrino Teixeira de Barros (17 dez. 1891 a 28 jun. 1892)

Prefeitos da Vila de Campina Grande

- Tenente José Eurípedes Gonçalves (1892 a 1895)
- Tenente Antônio José de Carvalho (1895 a 1896) 

Prefeitos do Município de Campina Grande

- Olegário Vieira de Belém (1896 a 1900)
- Pedro Alexandrino Teixeira de Barros (1900 a 1904)
- Capitão Francisco Rodrigues de Oliveira (1905 a 1908)
- Major José Domingos Serra (1908 a 1912)
- Tenente Antônio Meirelles Sobrinho (1912 a 1916)
- Ildefonso Gomes de Oliveira (1916 a 1920)
- Francisco Affonso Ennes (1920 a 1924)
- Coronel Feliciano Ribeiro (1924 a 1928 e 1928 a 1930)
- Hildebrando Meirelles (1930 a 1935)
- Joaquim Ribeiro de Araújo (1935 a 1939)

Prefeitos do Município de Campina Grande do Sul

- Dacyr Siqueira Trevisan (1953 a 1956 e 1965 a 1968)
- Ary Alves Bandeira (1956 a 1960 e 1969 a 1973)
- Mário Strapasson (1961 a 1965)
- João Maria de Barros (1973 a 1977)
- Elerian do Rocio Zanetti (1977 a 1982)
- Nivaldo Bernardi (1983 a 1988)
- Elerian do Rocio Zanetti (1989 a 1992)
- Marco Antonio Caron (1993 a 1996)
- Elerian do Rocio Zanetti (1997 a 2000 e 2001 a 2004)
- Nelise Cristiane Dalpra (2004 a 2008)
- Luiz Carlos Assunção (2008 a 2012 e 2013 a 2016)

Almirante Tamandaré

O Município de Almirante Tamandaré tem seu desenvolvimento histórico ligado às explorações auríferas do sertão de Curitiba. Antes disso, porém, os seus mais antigos habitantes foram os índios TINGÜIS, os quais, conforme relato do historiador paranaense Romário Martins, "dominavam, no século do descobrimento do sertão, os Campos de Curitiba, a partir da encosta ocidental da Serra do Mar (São José dos Pinhais, Piraquara, Campo Largo, Araucária, Tamandaré, Colombo, Campina Grande e Rio Branco)."
Sobre eles, é ainda o mesmo historiador que nos esclarece: "Os Tingüis (Tin gui = nariz afilado) não hostilizam os aventureiros pesquisadores e exploradores de ouro que se estabeleceram com arraiais no Atuba e na chapada do Cubatão, inícios da formação de Curitiba. Deixaram-se ficar pelas imediações desses primeiros núcleos de população branca e foram serviçais das explorações auríferas, dos sítios de criação de gado, etc. Seus mestiços ainda constituem parte da população de vários municípios acima citados e se ufanam de sua ascendência. Não vai longe o tempo em que o caboclo de Araucária e de Tamandaré avisava o contendor nas suas rixas: "Cuidado que eu sou Tingüi!"
Assim, é inquestionável o fato desses silvícolas terem sido os primeiros senhores destas terras que, por sua índole dócil e pacífica, cederam depois aos brancos exploradores.
Uma das primeiras bandeiras exploradoras de ouro de que temos notícia ter passado pelas terras de Tamandaré, conforme conta Alfredo Ellis Júnior, foi a comandada pelo famoso bandeirante Antônio Raposo Tavares, no ano de 1631. No entanto, o primeiro explorador aurífero a realmente estabelecer-se na região, foi o Capitão Salvador Jorge Velho, sertanista de Rio Pardo, em 1680, por ocasião de suas pesquisas mineradoras que resultaram no chamado " Descoberto da Conceição", no Quarteirão de Conceição, Distrito de Campo Magro, segundo relata o historiador paulista Pedro Taques, confirmado por Ermelino Agostinho de Leão no seu "Dicionário do Paraná". Ainda hoje existem, naquela localidade, vestígios da exploração aurífera ali realizada por aquele sertanista e continuada, mais tarde, pelo Guarda-mór Francisco Martins Lustosa.
Finda a febre do ouro, com o esgotar dos ricos filões, as pequenas povoações serviram apenas de local de descanso, para renovação de provisões e pousada para os tropeiros e seus animais, quando estes, provindos de São Paulo e a caminho da Província de São Pedro do Rio Grande, Uruguai ou Argentina - onde iam em busca de cavalos, muares ou gado bovino - aqui resolviam acampar.
Mais tarde, outros povoadores buscaram esta região. Não mais os aventureiros nômades, inconstantes e visionários do ciclo do ouro, mas pessoas afeitas ao trabalho, que buscavam a fertilidade destas terras com intenção de cultivo permanente e de trabalho honesto, para nela fixar-se e aqui produzir concretamente, sem alimentar sonhos mirabolantes e devaneios visionários... assim, aqui foram surgindo novas povoações, como Pacotuba, Botiatuba, Cercado, Mato Dentro e outras mais, muitas delas frutos da colonização alemã, italiana e polonesa, como Antonio Prado, Boixininga, Tranqueira, Lamenha Pequena, Lamenha Grande, Santa Gabriela, São Miguel etc.
Com o desenvolvimento constante da região o Governo Provincial criou, em 10 de maio de 1875, a Freguezia de Pacotuba, a pedido de seus habitantes, pela Lei nº. 438. Assinada pelo Presidente Adolpho Lamenha Lins. O progresso da região não cessa, havendo constante desenvolvimento dos povoados, particularmente do chamado Cercado, situado entre morros e às margens do aprazível Rio Barigüi. O desenvolvimento desse povoado motivou a sua elevação à condição de sede da Freguezia, em 6 de setembro de 1888, pela Lei nº. 924, com a nova denominação de Nossa Senhora da Conceição do Cercado; mais tarde a povoação foi elevada a Villa, pela Lei nº. 957, de 28 de outubro de 1889, tendo sido o último município criado pelo regime monárquico no Paraná, desmembrado do Município de Curitiba.
Datas e Acontecimentos da Cidade
Antes de 1631 1875 1888 1889 1890 1932 1933 1938 1947 1956
Pelo Decreto Estadual nº. 15, datado de 9 de janeiro de 1890, baixado pelo Governador José Marques Guimarães, tomou o nome de "Villa Tamandaré", que lhe foi dado em homenagem ao grande vulto nacional Joaquim Marques Lisboa, o consagrado Almirante Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil.
Pelo Decreto Estadual nº. 16, da mesma data acima, o Governador Marques Guimarães nomeava o cidadão João Alberto Munhoz para presidir a Intendência Municipal, sendo que os cidadãos Eloy Artigas de Christo, Antônio Ennes Bandeira, Antônio Vieira Bittencourt, João Cândido de Oliveira e Antônio Cândido de Siqueira foram designados membros, e o cidadão Vidal José de Siqueira designado Vice-Presidente da aludida corporação Municipal.
Dessa forma, já no período republicano, o primeiro prefeito da Villa Tamandaré foi o cidadão curitibano João Alberto Munhoz, que mais tarde desempenhou também as elevadas funções de Diretor da Secretaria do Interior do Governo do estado do Paraná.
A Villa Tamandaré foi solenemente inaugurada em data de 25 de janeiro de 1890, ocasião em que procedeu-se a instalação oficial da Intendência Municipal, sob a presidência de João Alberto Munhoz, conforme Ata lavrada na ocasião.
Em 14 de julho de 1932, suprimiu-se a Villa Tamandaré pelo Decreto nº. 1702, passando o seu território a pertencer ao Município de Rio Branco (atual Rio Branco do Sul), do qual foi posteriormente desmembrado pelo Decreto nº. 931, de 3 de abril de 1933, restabelecendo-se o município.
O Governo Estadual, estabelecendo as divisas territoriais do Paraná, extingüiu o município em 20 de outubro de 1938, pelo Decreto-lei nº. 7573, e anexou ao município de Curitiba.
Pelo Decreto Estadual nº. 199, de 30 de dezembro de 1943, o Distrito de Tamandaré passou a denominar-se "Timoneira" e foi transferido para a jurisdição do Município de Colombo. A nova Divisão Territorial do Estado, estabelecida pela Lei nº. 2, de 10 de outubro de 1947, desmembrou do Município de Colombo os Distritos Judiciários de Timoneira (ex-Tamandaré) e Campo Magro, formando ambos um novo município com a denominação de Timoneira.
Inconformada com a nova denominação com que foi restabelecido o município, que absolutamente nada lhe dizia em termos de evocação histórica ou de afetividade, a população que tanto amou esta terra, tendo à frente a figura carismática do seu velho líder e tardicional chefe político, Cel. João Cândido de Oliveira, juntamente com o Prefeito João Wolf, conseguiu sensibilizar o Governador Moisés Lupion no sentido da reintegração do nome antigo e tradicional, o que foi obtido através da Lei Estadual nº. 2644, de 24 de março de 1956, pela qual passou a denominar-se MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ, seu nome atual.
Através das lutas e dos sacrifícios dos pioneiros desbravadores, hoje o Paraná pode orgulhar-se deste Município de Almirante Tamandaré, não só pelo volume sempre crescente da produção agrícola municipal, onde se destacam, além dos hortigranjeiros aqui produzidos em grande quantidade para abastecimento da Capital do Estado, e dos produtos como batata, milho e feijão, também a apreciável produção de minérios - de grande importância para a economia paranaense - notadamente cal virgem, cal hidratada e minerais calcários para correção de solos agricultáveis, dos quais o município é um dos mais importantes produtores do Estado, graças ao grande número de indústrias desse ramo que aqui foram implantadas e que contribuem para a produção desses ricos elementos que são distribuídos por todo o Brasil, para a fertilização e o revigoramento de terras inaproveitáveis e cansadas.
O nosso povo se envaidece por este Município de Almirante Tamandaré que, embora minúsculo pontinho no mapa do Estado do Paraná, embeleza o dadivoso solo paranaense com suas grandes áreas verdes e que enlanguesce os olhos dos visitantes com a beleza e o frescor de suas matas, a limpidez de suas águas e as singelezas das peculiaridades provincianas que ainda lhes são características marcantes.
Seus ares hibernais lhe dão conotações similares a um cantinho da Europa encravado no solo do Brasil, clima ideal para a saúde e recuperação de energias, particularmente dos anciãos.
Tanto isso é verdade, que existem aqui a Clínica Estância do Lago, um estabelecimento modelar destinado ao descanso e ao tratamento de pessoas estressadas, doentes e obesas, onde através de um tratamento especializado e com base em técnicas modernas encontram os pacientes a cura dos seus problemas de saúde.
Também o Hospital Oásis Paranaense, que funciona na localidade de Botiatuba, há cerca de 3 kms da sede municipal, emprega técnicas modernas para o tratamento de diversas enfermidades, usado tanto para recursos básicos desenvolvidos através de estudos científicos empregados pela medicina natural, tais como o emprego de plantas medicinais curativas e fazendo uso, inclusive, dos banhos de barro medicinal desta região, com excelentes resultados.
Por tudo isso, o tradicional Município de Almirante Tamandaré é hoje, sem dúvida, uma bênção dadivosa de Deus na Região dos Minérios deste nosso querido Estado do Paraná.
O presente resumo foi extraído do livro RAÍZES HISTÓRICAS DE TAMANDARÉ, de autoria do escritor Harley Clóvis Stocchero.

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, ORIGEM E SIGNIFICADO DO SEU NOME

ÃO JOSÉ DOS PINHAIS: 
Foto: PautaSJP.com
Etimologia. 
"São Origina-se do latim “sanctus”, designando homem canonizado, sagrado, inviolável,
virtuoso, digno de veneração e que vive conforme os preceitos da lei divina, segundo a tradição judaicocristã.
(GGS - ABHF).

José Nome pessoal masculino. Vem do hebraico “Yosef”, pelo latim “Joseph”... que Deus multiplique,
o que agrega. (AB).

dos Contração da preposição “de” (posse), com o artigo masculino no plural “os”.

Pinhais Palavra formada pelo termo “pinho” e pelo sufixo nominativo plural “ais”. O termo “pinho
vem do latim “pinus”, a madeira do pinheiro. (ABHF, AGC, FT)."

Origem Histórica. As minas de ouro de Arraial Grande deram origem à cidade de São José dos Pinhais. Em 1690 o reverendo João da Veiga Coutinho construiu em Arraial Grande uma pequena capela, sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Perdões.
Praça 8 de Janeiro e Matriz, centro de São José dos Pinhais, ano 1908
O afluxo de pessoas à região continuou, sendo que em 1741, Balthazar Veloso da Silva e Salvador Albuquerque ainda exploravam as minas de ouro de Arraial Grande. No ano de 1775 o povoado foi elevado à categoria de freguesia.
Pela Lei Provincial n.º 10, de 16 de junho de 1852, a freguesia foi elevada à categoria de Vila, cuja instalação se deu em 08 de janeiro de 1853. Através da Lei Provincial n.º 474, de 05 de abril de 1877, a Vila de São José dos Pinhais passou a ser sede de Comarca.
De acordo com a Lei Estadual n.º 259, de 27 de dezembro de 1897, sancionada pelo governador José Pereira dos Santos Andrade, São José dos Pinhais recebeu foros de cidade. Hoje é um dos mais importantes municípios do Estado do Paraná, destacando-se na área industrial.
Segundo o pesquisador José Carlos Veiga Lopes, “...a localidade teve origem em uma capela edificada sob a invocação do Senhor Bom Jesus dos Perdões, em 1690, pelo reverendo João da Veiga Coutinho, cônego da catedral do Rio de Janeiro que, em 7 de agosto de 1696, doou por escritura à dita capela todos os seus bens móveis e imóveis, entre estes duas fazendas, a do Capucu e das Águas Belas.”