segunda-feira, 2 de maio de 2022

Em 1904, Augusto Rutz construiu e instalou em Curitiba, na Av. Marechal Floriano nº 1242 (nº atual), a elegante e moderna "Tattersal Paranaense" com suas belas carruagens de aluguel, até que mudou-se para a Praça Osório, logo depois.

 Em 1904, Augusto Rutz construiu e instalou em Curitiba, na Av. Marechal Floriano nº 1242 (nº atual), a elegante e moderna "Tattersal Paranaense" com suas belas carruagens de aluguel, até que mudou-se para a Praça Osório, logo depois.


Nenhuma descrição de foto disponível.CONHECENDO A TATTERSAL PARANAENSE

Em 1904, Augusto Rutz construiu e instalou em Curitiba, na Av. Marechal Floriano nº 1242 (nº atual), a elegante e moderna "Tattersal Paranaense" com suas belas carruagens de aluguel, até que mudou-se para a Praça Osório, logo depois.

Tattersal ? O nome Tattersall era dado a uma empresa que acomodava e cuidava de cavalos, como também para o aluguel e venda de cavalos. Expressão muito usada em alguns países da Europa desde a Idade Média.

A Tattersal Paranaense era uma cocheira que alugava requintadas carruagens, charretes e carroças para as mais diversos finalidades: casamentos, batismos, féretros, passeios, viagens, etc.

A foto de 1916, mostra a grande quantidade de veículos estacionados em frente à "Tattersal Paranaense", agora na nova sede à Praça Osório. Ali, tudo que diz respeito ao transporte puxado por animais, era encontrado. Podia-se alugar também animais de montaria. Havia também aluguel de baias onde proprietários de animais podiam deixá-los para serem alimentados, tratados, ou ainda, veículos para serem estacionados ou consertados lá.

Como podemos ver pela movimentação, ainda de manhã, cocheiros e seus carros estão prontos para atender àqueles que iriam ser levados com suas famílias para os mais diversos destinos. Além destes, a Tattersal mantinha muitos outros funcionários envolvidos na atividade: cocheiros, ferreiros, carpinteiros, ajudantes, zeladores, etc.

Esses veículos eram facilmente fretados também em outras cocheiras da cidade, que o disponibilizavam para transporte, sendo o taxi ou uber daquela época.

A lista telefônica de Curitiba, de 1913, divulgava o número do telefone de outras cocheiras que haviam no entorno do centro, mostrando que era uma atividade essencial para a cidade, apesar que os automóveis começavam a ocupar espaços nas ruas:

Fone 249 - Cocheira P. Colleres & Irmão, na Rua XV
Fone 146 - Cocheira Henrique Mehl, na Rua Marechal Deodoro
Fone 147 - Cocheira Franz Müller, na Rua C. Barradas
Fone 159 - Cocheira Augusto Rutz, na Rua Marechal Floriano
Fone 185 - Cocheira Boscardim, na Praça Osório
Fone 214 - Cocheira Joao Class, na Rua XV
Fone 75 - Cocheira Menighito, na Rua Ébano Pereira
Fone 100 - Cocheira Forbeck, na Rua Ébano Pereira.

Paulo Grani 

TAXISTAS NA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CURITIBA Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba, na esquina da Rua Barão do Rio Branco, adjunto à Praça Euphrásio Correia.

 TAXISTAS NA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CURITIBA
Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba, na esquina da Rua Barão do Rio Branco, adjunto à Praça Euphrásio Correia.


Pode ser uma imagem de 8 pessoasTAXISTAS NA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE CURITIBA

Nesta foto da década de 1950, vemos o grande contingente de taxistas que ocupavam o ponto que existia próximo da Estação Ferroviária de Curitiba, na esquina da Rua Barão do Rio Branco, adjunto à Praça Euphrásio Correia.

Uniformizados à rigor, usando terno, luvas, quepe e sapato de couro rigorosamente lustrados, os taxistas, então chamados "Chauffeure" (plural), eram profissionais muito educados. A maioria saia da boléia para abrir a porta do outro lado do carro, para recepcionar o passageiro.

Era um tempo em que a estação era quase o único portao de entrada e saída da cidade, de modo que o transporte de passageiros em táxi, além de ser um meio de conexão rápida e segura com o destino, era também um facilitador na acomodação das malas e outros pertences dos usuários do trem.

Neste contexto, vamos rever a história da nossa saudosa estação:

"A estação de Curitiba foi inaugurada em 1885 para servir à linha Curitiba-Paranaguá. Em 1891, a linha foi continuada dali para atingir Ponta Grossa e, em 1894, para o resto do Paraná.

Mas a grande conquista para Curitiba foi em 1909, quando a cidade saiu de seu isolamento com a inauguração da ligação ferroviária com as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, através da junção do ramal de Itararé, da Sorocabana, e da linha Itararé- Uruguai, na então São Pedro do Itararé.

No ano seguinte, por Marcelino Ramos, seria possível também viajar de Curitiba a Porto Alegre de trem. As estradas de acesso a Curitiba eram péssimas. Por navio, via Paranaguá, era demorado demais. Há autores que afirmam que até meados dos anos 1920, o único acesso para Curitiba era por trem, pois as outras alternativas continuavam precaríssimas.

Somente nos anos 1960, com a abertura da rodovia Regis Bittencourt, através do vale do Ribeira, Curitiba passou a ter um acesso decente e mais rápido por automóvel e o trem passou a ser bem menos usado, pois vir de automóvel por Itararé e Ponta Grossa era extremamente longo e pela estrada do Ribeira, via Capão Bonito e Apiaí... bem, essa estrada tinha trechos de terra e de difícil uso em época de chuvas. Em 2006, foi finalmente asfaltada no trecho paranaense.

A estação de Curitiba permaneceu ativa até 13/11/1972, quando dela saiu o último trem para Paranaguá. Nesse dia, foi inaugurada a estação chamada Curitiba-nova, ou Rodoferroviária, como é mais conhecida. Alguns trens turísticos para a Lapa ainda saíram dessa estação por algumas oportunidades, até os anos 1980.

No início dos anos 1990, os trilhos foram definitivamente retirados e antiga ligação com a Rodoferroviária e a saída para Ponta Grossa, que ainda persistia, foi finalmente desfeita. Hoje, somente sobram os trilhos à frente da plataforma, abrigando algumas locomotivas e carros que fazem parte do museu que dentro da estação está instalado. O antigo pátio foi totalmente coberto com o Shopping Estação.

(Adaptado de: estacoesferroviarias.com.br / Foto: curitiba.pr.gov.br)

Paulo Grani 

A CHACARA DOS KLEMTZ Nesta foto da década de 1920, ao centro vemos a casa construída em 1896 para moradia do casal Francisco Klemtz, sua esposa Berta Ristow Klemtz e filhos.

 A CHACARA DOS KLEMTZ
Nesta foto da década de 1920, ao centro vemos a casa construída em 1896 para moradia do casal Francisco Klemtz, sua esposa Berta Ristow Klemtz e filhos.


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Foto: Acervo de Lilian Saboia.

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A CHACARA DOS KLEMTZ
Nesta foto da década de 1920, ao centro vemos a casa construída em 1896 para moradia do casal Francisco Klemtz, sua esposa Berta Ristow Klemtz e filhos. Nesta imensa chácara, além da olaria que mantinham, criavam vacas leiteiras e cavalos. Atrás da casa vê-se a estrebaria.
À esquerda a pequena escola construída pelo sr. Francisco para atender os filhos dos funcionários que trabalhavam na olaria e demais serviçais. Em primeiro plano, membros da família Klemtz e amigos, posam para o registro fotográfico da ocasião.
Neste local encontra-se hoje a "Casa Klemtz" e o "Bosque da Fazendinha", preservados e tombados pela Prefeitura de Curitiba.
A Secretaria do Meio Ambiente assim descreve o logradouro:
"Memória e natureza se integram para oferecer à cidade uma área de lazer. Na antiga chácara da família Klemtz, pioneira da indústria de olarias da cidade de Curitiba, o bosque foi implantado, preservando as edificações originais do local. A casa senhorial da família Klemtz, em estilo neo-clássico foi construída em 1896 e considerada unidade de interesse de preservação histórica do Município, pois traz em suas paredes sólidas, lembranças de outros tempos como a pintura do teto, os móveis da época e a sala de estar.
Ali, onde hoje funciona o Liceu de Ofícios da Fundação de Ação Social de Curitiba, muitas festas foram realizadas com a presença de tradicionais famílias curitibanas. Na chácara, os Klemtz criavam vacas leiteiras e cavalos, além de cultivar um grande pomar. Ao lado da casa está a estrebaria, com tijolos à vista, arrematado com telheiro e seus lambrequins. Pinheiros e árvores centenárias somam-se às antigas edificações num espaço que, junto com a ampla área de lazer e esportes fazem do Bosque da Fazendinha um lugar de paz e harmonia.
Inaugurado em 09/12/1995, o bosque com área de 75.000 m2, veio atender uma região com alto índice populacional, suprindo assim a necessidade do bairro da Fazendinha e adjacentes.
- Fauna: Gambá, cuíca, morcego, cachorro do mato, sabiá vermelho, sabiá branco, sabiá coleira, bem-te-vi, quero-quero, gavião carijó, chupa-dente, pomba de asa branca.
- Flora: Araucária, canela, aroeira, cambará, miguel pintado, pitanga, tarumã, gabiroba.
- Equipamentos: Estacionamento, cancha de futebol, cancha de vôlei, play-ground, churrasqueiras, instalações sanitárias, administração, portal, guarita, mirante e a Escola de Artes Cerâmicas."
Paulo Grani

O INCÊNDIO NA EMPRESA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO LANZA No dia 17 de novembro de 1990, por volta das 14h, um caminhão carregado de fogos explodiu na frente da loja de fogos da família Lanza, e o fogo se alastrou para o prédio onde até hoje funciona o estabelecimento.

 O INCÊNDIO NA EMPRESA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO LANZA
No dia 17 de novembro de 1990, por volta das 14h, um caminhão carregado de fogos explodiu na frente da loja de fogos da família Lanza, e o fogo se alastrou para o prédio onde até hoje funciona o estabelecimento. 


Pode ser uma imagem de 3 pessoasO INCÊNDIO NA EMPRESA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO LANZA

No dia 17 de novembro de 1990, por volta das 14h, um caminhão carregado de fogos explodiu na frente da loja de fogos da família Lanza, e o fogo se alastrou para o prédio onde até hoje funciona o estabelecimento. O incêndio só não foi maior porque os bombeiros – cujo quartel fica a poucas quadras do local – agiram rapidamente.

Segundo testemunhas, o incêndio foi provocado por um menino de rua, que teria jogado um jornal em chamas dentro do caminhão, que descarregava algumas caixas de rojões. Conforme relatou, na época, a repórter Mara Cornelsen, de O Estado, “com o forte calor, em poucos segundos o fogo consumiu os fogos que estavam dentro do veículo, provocando uma reação em cadeia que atingiu as bombas que estavam na loja, dando início à tragédia, que durou quase duas horas”.

A tragédia destruiu a loja que ficava na esquina da Avenida Visconde de Guarapuava com a Marechal Floriano Peixoto, e terminou com a morte do proprietário, André Lanza Lopes, da mulher dele, Janete Lanza Lopes, e da filha do casal, Rosângela.

Os funcionários que estavam na parte da frente da loja ainda conseguiram escapar, mas André Lanza – que tentou salvar a mulher e a filha, que estavam nos fundos – acabou morrendo junto com elas.

A empresa, Fundada desde 1940, reestruturou-se e hoje atende grande parte do país com venda de fogos e shows pirotécnicos.
(Extraído do jornal Tribuna do Paraná)

Paulo Grani 

RELEMBRANDO O BAVARIUM PARK Inaugurado em 10/12/1987, na rua Mateus Leme nº 4.248, bairro São Lourenço, Curitiba, o "Bavarium Park" teve um sucesso imediato dado a inusitada proposta de sua atividade e dimensão do empreendimento.

 RELEMBRANDO O BAVARIUM PARK
Inaugurado em 10/12/1987, na rua Mateus Leme nº 4.248, bairro São Lourenço, Curitiba, o "Bavarium Park" teve um sucesso imediato dado a inusitada proposta de sua atividade e dimensão do empreendimento. 


Nenhuma descrição de foto disponível.RELEMBRANDO O BAVARIUM PARK

Inaugurado em 10/12/1987, na rua Mateus Leme nº 4.248, bairro São Lourenço, Curitiba, o "Bavarium Park" teve um sucesso imediato dado a inusitada proposta de sua atividade e dimensão do empreendimento. Milhares de curitibanos acorriam diariamente às suas portas tentando conseguir um lugar. No texto adiante, de Aramis Millarch, publicado em 29/12/1987, veremos detalhes de como foi aquele momento:

"Em suas duas primeiras semanas de funcionamento, o Bavarium Park (Avenida Mateus Leme 4248) foi o exemplo de um aspecto inusitado de grande parte de sua freguesia: o roubo. Simplesmente, mais de dois mil canecos de chope, em cristal foram surrupiados nos primeiros dias em que uma multidão lotou a maior cervejaria do Sul, trazendo com isto um problema sério para seus proprietários: ter que servir a bebida em copos de plástico.

Do alto de sua experiência de 25 anos como mestre-cervejeiro, o bávaro Arthur P. Lampelzammer, 48 anos, não se conforma: -Cerveja é para se beber em copo de cristal. Jamais em plástico! Mas o que fazer? Dona Nair Ferreira, sua esposa, fez mil e um contatos com todas as fábricas que poderiam repor os canecos roubados. Em todas, uma só resposta: os pedidos só seriam atendidos a partir de fevereiro de 1988. Assim, contrariando tudo que idealizaram em termos de atendimento a freguesia, os donos do Bavarium tiveram que apelar para o uso de copos de plástico, descartáveis mas que nem por isto retiram o excelente sabor da bebida que o mestre Lampelzammer sabe preparar.

Com toda a sua vivência de ex-diplomata, tendo residido em várias partes do mundo, a jovial e elegante Nair Ferreira, 45 anos, mineira de Curvelo, também foi obrigada a se render a uma evidência: contratar uma eficiente segurança para garantir a tranqüilidade da cervejaria. Com sua visão empresarial, Nair temia impor um sistema policialesco na cervejaria, "para não constranger a freguesia". Entretanto, o movimento foi tão grande nas três primeiras semanas - com uma média de 4 mil pessoas tentando entrar num espaço que recebe, no máximo, 1.500 fregueses - que surgiram, naturalmente, conflitos na porta. Pelo menos 20 grandes vidros foram quebrados, por pessoas menos educadas, que insistiam em conseguir uma mesa -, quando todos os lugares estavam ocupados.

Neste 31 de dezembro, o Bavarium Park terá o seu primeiro reveillon. Só que providências especiais foram tomadas por dona Nair: a venda antecipada de convites, mesas reservadas e um rígido sistema de segurança para que o estabelecimento funcione dentro da estrutura existente. Praticamente esgotadas as mesa para a festa de ano novo, o Bavarium Park, mais do que um simples endereço de lazer, comporta, nestas primeiras semanas de funcionamento, interpretações sócio-etílicas, que mostram o comportamento do curitibano - ou ao menos grande faixa de pessoas que ansiavam por uma nova opção de lazer.

Apesar do otimismo que levou o casal Lampelzammer a investir mais de Cz$ 100 milhões num projeto imenso, o sucesso de público do Bavarium Park suplantou todas as expectativas e trouxe até problemas operacionais - que agora começam a ser resolvidos. O mestre-cuca Frank Roess, contratado (a peso de ouro) para supervisionar o restaurante, teve que se adequar a uma nova realidade - pois ao invés da sofisticação dos micropratos da nouvelle cuisine française que estava acostumado a preparar no sofisticadíssimo Mahogany, do Araucária Flat Hotel, teve que passar a coordenar uma equipe de muitos cozinheiros, preparando uma quantidade imensa de comida para que os 60 garçons possam servir a uma clientela diferente. Evidentemente que, nesta fase inicial, surgem problemas - mas que aos poucos vão sendo superados, com ajustes humanos e técnicos. xxx

Bávaro da cidade de Burghausen, tendo se formado há 20 anos pela Weihenstefan, de Munique - uma das três escolas superiores da Alemanha na arte de fabricar cerveja, Artur Lampelzammer já correu o mundo, sempre contratado para instalar grandes cervejarias: em 1962 foi a Nigéria, depois a Lagos e na República de Camarões. Esteve também na Jordânia e Teerã e, em 1972, deslocou-se para o Panamá para, finalmente, em 1978 chegar a Assunção, onde além de implantar a maior fábrica de cerveja daquele país, conheceu a encantadora Nair Ferreira, com quem viria a se casar.

Juntos, decidiram partir para seu próprio negócio e, mesmo sem conhecerem Curitiba, acharam que a nossa cidade seria a opção ideal. A explicação de Artur é simplista mas simpática: - Curitiba me lembrou Munique. O projeto foi iniciado há quase dois anos, com a aquisição de uma ampla área de 27 mil metros quadrados, que, até no ano passado, sediou a indústria de adubos Boutim, mas também ali já existiu uma das primeiras fábricas de cerveja do Paraná, no início do século. Aliás, uma idéia de dona Nair é criar uma espécie de "museu do chope", reunindo peças de antigas cervejarias, desde que consiga localizá-las - além de rótulos, garrafas, canecos e tudo mais que se relacione a esta bebida e sua tradição.

O mestre Arthur, cumprimentado sempre pela qualidade da cerveja que vem fabricando - 30 mil litros por mês, estocados em seis grandes reservatórios de metal - garante que o diferencial na bebida que faz é evitar o uso de produtos químicos. - A fórmula da cerveja é uma só: lúpulo, malte, água e fermento." Mas a questão é saber fazer esta mistura" - diz o jornalista Creso de Moraes, que além de assessorar seu amigo Arthur na área de relações públicas, integrou-se tanto ao projeto que, nas últimas semanas, ao lado de sua esposa, Christiane, vem desenvolvendo atividades extras, para suprir problemas de última hora. Até na portaria, nos momentos de maior pique, Creso já ficou - com sua tradicional habilidade. - 'Mas é só em emergência, pois não tenho vocação para leão-de-chácara.' - apressa-se em esclarecer."
(Extraído do jornal Estado do Paraná).
(Foto: aquicuritiba.com.br)

Paulo Grani

CURITIBA FESTEJA O SETE DE SETEMBRO DE 1887 " [...] O Passeio Público servia de espaço, não apenas para a exaltação da natureza, mas também da Pátria. Em 07/09/1887, Francisco Fontana organizou uma festa noturna para comemorar os 65 anos de Independência do Brasil.

 CURITIBA FESTEJA O SETE DE SETEMBRO DE 1887
" [...] O Passeio Público servia de espaço, não apenas para a exaltação da natureza, mas também da Pátria. Em 07/09/1887, Francisco Fontana organizou uma festa noturna para comemorar os 65 anos de Independência do Brasil.


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CURITIBA FESTEJA O SETE DE SETEMBRO DE 1887

" [...] O Passeio Público servia de espaço, não apenas para a exaltação da natureza, mas também da Pátria. Em 07/09/1887, Francisco Fontana organizou uma festa noturna para comemorar os 65 anos de Independência do Brasil. Desde a tarde, o logradouro achava-se embandeirado, com uma banda animando o ambiente. Os dois portões de entrada recém-construídos foram enfeitados com arcos duplos de folhagem. As pontes também foram adornadas com motivos naturais.

Aquela que recebera o nome Presidente Taunay, localizada no centro do logradouro, converteu-se local de oratório. Nas entradas do parque foram colocados dizeres: "Independência ou Morte - 7 de Setembro de 1822", "A Província do Paraná em 1887", "Homenagem aos obreiros do Progresso do Paraná".

Uma das ilhas do grande lago do passeio, cuja forma lembrava a de um navio encouraçado, também foi enfeitada. No local onde seria a popa do navio, balançava a Bandeira Nacional e, na bandeira colocada no mastro da proa, lia-se a inscrição "Riachuelo".

As 6 horas da tarde, o 3º Regimento de Artilharia a Cavalo, com suas baterias e bandas, enfileirou-se no boulevard em frente ao Passeio Público e deu as salvas de estilo. Uma hora depois, o logradouro foi iluminado a giorno. De acordo com a imprensa, eram mais de mil lanternas de cores variadas, clareando as ruas, as avenidas, o grande lago e as ilhas, resultando numa visão surpreendente. "O efeito naquela hora era mágico, o visitante cria-se por um momento transportado aos canais da Rainha do Adriático em uma noite de carnaval".

Em dado momento foi executado o Hino Nacional por uma das bandas, dando início aos discursos proferidos pelo Presidente da Província, Joaquim Sobrinho e demais autoridades. Fontana, como Diretor do Passeio Público, também discursou, falando a respeito dos motivos que o levaram a promover tal festa. A seguir, o Presidente da Província dirigiu-se a uma das ilhas, enfeitada em forma de navio, quando então foram soltos fogos de artifício. A festa prolongou-se até as 9 horas da noite, com a presença de aproximadamente três mil pessoas.62

Entretanto, de acordo com algumas pessoas que se manifestaram pela imprensa, diversos atos de vandalismo ocorrerem no local da festa: "Centenares de lanternas foram destroçadas intencionalmente rasgadas e atiradas fora, e outras centenas foram levadas cinicamente. Antes de principiar-se a iluminação, já tinham sido tiradas as velas a uma grande quantidade das mesmas. Infinidade de plantas, de grande estima, que tanto trabalho exigiram para consegui-las, foram despedaçadas brutalmente ".63 O texto segue, reclamando a intervenção policial, para que atitudes desse tipo não se repetissem. Gestos como esse demonstram que o gosto pela natureza não havia atingido toda a população. [...] "
(Extraído de: memórias.ufpr.gov.br)
(Foto ilustrativa, década de 1920)

Paulo Grani. 

ZÉ DAS DORNAS E O PASSEIO PÚBLICO " [...] Em 25 de janeiro de 1888, o jornal Dezenove de Dezembro divulgou que estava prevista a realização de regatas no Passeio Público, considerado o rendez-vous da melhor sociedade.

 ZÉ DAS DORNAS E O PASSEIO PÚBLICO
" [...] Em 25 de janeiro de 1888, o jornal Dezenove de Dezembro divulgou que estava prevista a realização de regatas no Passeio Público, considerado o rendez-vous da melhor sociedade.


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ZÉ DAS DORNAS E O PASSEIO PÚBLICO
" [...] Em 25 de janeiro de 1888, o jornal Dezenove de Dezembro divulgou que estava prevista a realização de regatas no Passeio Público, considerado o rendez-vous da melhor sociedade. Contudo, nesse período, é possível perceber que a falta de verbas, persistia. A quantia de cinco contos de réis, aguardada pelo diretor do Passeio, não lhe foi repassada, gerando uma crise que culminaria dois anos mais tarde, com a saída de Fontana do cargo. A dificuldade financeira refletiu-se na forma de utilização do espaço. Nem as bandas compareciam mais ao logradouro. Um jornalista, com pseudônimo Zé das Dornas satirizou a situação:
'Na forma de costume, fui domingo ao Passeio Público. Como estava aquilo belo! As murmuras águas eram cristalinas, a folhagem verde e balouçada suavemente pela brisa que a beijava amorosamente, os pássaros pipilavam alegres na ramagem do arvoredo, entoando hinos de agradecimento ao digno ex-comandante das armas, que acedera amável e bom ao pedido do signatário destas linhas. Sim. lá havia música, música feita pela banda do 8o regimento, que trazia a todos prezos pelas harmonias das Ondas do Danúbio, valsa cheia de massadas e nove horas. Mas também não faço mais pedidos desse gênero.... Além de perseguido por inúmeras cartas e cartões de agradecimento em casa. na rua. em toda parte, quando penetrei no Passeio quase fiquei doudo: - Obrigado. Zé das Dornas - Afinal temos música. Um dava-me um abraço, outro ...'
O pedido de Zé das Dornas não foi em vão. Em junho de 1890, a imprensa anunciava que haveria música no Passeio Público, tocada pelo 8º Regimento de Cavalaria e pelo 17° de Infantaria.
Logo após, no entanto, as apresentações musicais praticamente acabaram, representando o início de um período de decadência do Passeio. [...] "
(Extraído de: acervodigital.ufpr.br)
Paulo Grani

ANTIGA CERVEJARIA ATLÂNTICA Em 4 de janeiro de 1912 o periódico Diário da Tarde informa que "o senhor Henrique Jens, sócio da fábrica de cerveja Henn & Cia, já fez a aquisição de terrenos pertencentes ao Coronel Joaquim Monteiro, na Rua Igassu, já tendo as plantas aprovadas pela Câmara pretende começar a construção do prédio ainda neste mês.

 ANTIGA CERVEJARIA ATLÂNTICA
Em 4 de janeiro de 1912 o periódico Diário da Tarde informa que "o senhor Henrique Jens, sócio da fábrica de cerveja Henn & Cia, já fez a aquisição de terrenos pertencentes ao Coronel Joaquim Monteiro, na Rua Igassu, já tendo as plantas aprovadas pela Câmara pretende começar a construção do prédio ainda neste mês.

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ANTIGA CERVEJARIA ATLÂNTICA
Em 4 de janeiro de 1912 o periódico Diário da Tarde informa que "o senhor Henrique Jens, sócio da fábrica de cerveja Henn & Cia, já fez a aquisição de terrenos pertencentes ao Coronel Joaquim Monteiro, na Rua Igassu, já tendo as plantas aprovadas pela Câmara pretende começar a construção do prédio ainda neste mês. Tendo encomendado as máquinas em outubro do ano passado espera principiar a venda da cerveja no mês de Setembro".
Ainda em 1912 foi criada a firma Henn, Acker & Cia (Karl Henn, Augusto Emilio Acker e outros), mantenedora da Fábrica de Cerveja Atlantica, instalada na Rua Iguassu, nº 21 (atual Presidente Vargas), conforme registra o “Almanach do Paraná”, do ano de 1913.
A Cervejaria Atlântica ocupava uma área de 11.000 metros quadrados, com uma construção baseada no estilo medieval, onde foram instaladas máquinas utilizadas, à época, nas maiores cervejarias da Alemanha. Faziam parte ainda do complexo industrial, filtros, aparelhos para pasteurização, máquinas de engarrafamento automático, além de um frigorífico para a refrigeração do porão e para a fabricação de gelo. Além das instalações para a produção de cerveja, outros edifícios tinham equipamentos próprios para a fabricação de limonada, água gaseificada, malte e café de malte. Ainda no mesmo terreno, havia uma fábrica de caixas, uma ferraria, uma carpintaria, uma oficina de marcenaria, um depósito para matéria prima e outro para barris, garagens para os carros de uso da empresa e de particulares, etc.
Em 28 de maio de 1917 é constituída a sociedade anônima, sob a denominação "Cervejaria Atlântica Sociedade Anonyma" e, na mesma data, foram nomeados seus primeiros administradores: Hans Wenauer (presidente); Carlos Henn (gerente) e Henrique Jens (secretário). Seus principais acionistas foram: Carlos Henn, Henrique Jens, Hans Wenauer, Dr. Pamphilo de Assumpção, Augusto Loureiro, Vicente Loyola, Candido José dos Santos, Frederico Jepsen, Guilherme Fischer Júnior.
Em 1929, a Cervejaria Atlântica tem aproximadamente 260 operários, 64 carroças, 120 muares e 7 caminhões, produz anualmente 3.500.000 litros, superando em estoque todos os seus concorrentes. Possui cinco poços próprios e uma ligação especial à rede de água da cidade, o que fornece água suficiente para a produção de cervejas, gasosas, vapor para a pasteurização, limpeza das garrafas, além de outras finalidades.
Ao longo de sua existência produziu: Cerveja Atlântica, a Cerveja Ancora, Cerveja Iguaçu, Cerveja Curitybana, Cerveja Paranaense, Cerveja Kosmos, Cerveja Astra Pilsen, Cerveja Soberba, Cerveja Imperial Pilsen e Cerveja Tourinho.
Em 1º de janeiro de 1942, o periódico "O Dia" publica o anúncio, "...em 25 de setembro de 1940, foi levado à termo a dissolução da Cervejaria Atlântica e, em 29 de dezembro de 1941, por escritura pública a Cia. Cervejaria Brahma assumiu o seu ativo e o passivo, adquirindo assim as instalações da tradicional Cervejaria Atlântica, em Curitiba, criando sua filial paranaense que se encontra no mesmo endereço até os dias de hoje".
Paulo Grani

Inauguração da Passarela para Pedreste 1975 Sobre a trincheira da Av.Com.Fontona. Bairro Alto da Glória

 Inauguração da Passarela para Pedreste 1975
Sobre a trincheira da Av.Com.Fontona.
Bairro Alto da Glória


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Rua Comendador Araújo, em 1939

 Rua Comendador Araújo, em 1939


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