segunda-feira, 2 de maio de 2022

CURITIBA FESTEJA O SETE DE SETEMBRO DE 1887 " [...] O Passeio Público servia de espaço, não apenas para a exaltação da natureza, mas também da Pátria. Em 07/09/1887, Francisco Fontana organizou uma festa noturna para comemorar os 65 anos de Independência do Brasil.

 CURITIBA FESTEJA O SETE DE SETEMBRO DE 1887
" [...] O Passeio Público servia de espaço, não apenas para a exaltação da natureza, mas também da Pátria. Em 07/09/1887, Francisco Fontana organizou uma festa noturna para comemorar os 65 anos de Independência do Brasil.


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CURITIBA FESTEJA O SETE DE SETEMBRO DE 1887

" [...] O Passeio Público servia de espaço, não apenas para a exaltação da natureza, mas também da Pátria. Em 07/09/1887, Francisco Fontana organizou uma festa noturna para comemorar os 65 anos de Independência do Brasil. Desde a tarde, o logradouro achava-se embandeirado, com uma banda animando o ambiente. Os dois portões de entrada recém-construídos foram enfeitados com arcos duplos de folhagem. As pontes também foram adornadas com motivos naturais.

Aquela que recebera o nome Presidente Taunay, localizada no centro do logradouro, converteu-se local de oratório. Nas entradas do parque foram colocados dizeres: "Independência ou Morte - 7 de Setembro de 1822", "A Província do Paraná em 1887", "Homenagem aos obreiros do Progresso do Paraná".

Uma das ilhas do grande lago do passeio, cuja forma lembrava a de um navio encouraçado, também foi enfeitada. No local onde seria a popa do navio, balançava a Bandeira Nacional e, na bandeira colocada no mastro da proa, lia-se a inscrição "Riachuelo".

As 6 horas da tarde, o 3º Regimento de Artilharia a Cavalo, com suas baterias e bandas, enfileirou-se no boulevard em frente ao Passeio Público e deu as salvas de estilo. Uma hora depois, o logradouro foi iluminado a giorno. De acordo com a imprensa, eram mais de mil lanternas de cores variadas, clareando as ruas, as avenidas, o grande lago e as ilhas, resultando numa visão surpreendente. "O efeito naquela hora era mágico, o visitante cria-se por um momento transportado aos canais da Rainha do Adriático em uma noite de carnaval".

Em dado momento foi executado o Hino Nacional por uma das bandas, dando início aos discursos proferidos pelo Presidente da Província, Joaquim Sobrinho e demais autoridades. Fontana, como Diretor do Passeio Público, também discursou, falando a respeito dos motivos que o levaram a promover tal festa. A seguir, o Presidente da Província dirigiu-se a uma das ilhas, enfeitada em forma de navio, quando então foram soltos fogos de artifício. A festa prolongou-se até as 9 horas da noite, com a presença de aproximadamente três mil pessoas.62

Entretanto, de acordo com algumas pessoas que se manifestaram pela imprensa, diversos atos de vandalismo ocorrerem no local da festa: "Centenares de lanternas foram destroçadas intencionalmente rasgadas e atiradas fora, e outras centenas foram levadas cinicamente. Antes de principiar-se a iluminação, já tinham sido tiradas as velas a uma grande quantidade das mesmas. Infinidade de plantas, de grande estima, que tanto trabalho exigiram para consegui-las, foram despedaçadas brutalmente ".63 O texto segue, reclamando a intervenção policial, para que atitudes desse tipo não se repetissem. Gestos como esse demonstram que o gosto pela natureza não havia atingido toda a população. [...] "
(Extraído de: memórias.ufpr.gov.br)
(Foto ilustrativa, década de 1920)

Paulo Grani. 

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