ANTIGA CERVEJARIA ATLÂNTICA
Em 4 de janeiro de 1912 o periódico Diário da Tarde informa que "o senhor Henrique Jens, sócio da fábrica de cerveja Henn & Cia, já fez a aquisição de terrenos pertencentes ao Coronel Joaquim Monteiro, na Rua Igassu, já tendo as plantas aprovadas pela Câmara pretende começar a construção do prédio ainda neste mês.
ANTIGA CERVEJARIA ATLÂNTICA
Em 4 de janeiro de 1912 o periódico Diário da Tarde informa que "o senhor Henrique Jens, sócio da fábrica de cerveja Henn & Cia, já fez a aquisição de terrenos pertencentes ao Coronel Joaquim Monteiro, na Rua Igassu, já tendo as plantas aprovadas pela Câmara pretende começar a construção do prédio ainda neste mês. Tendo encomendado as máquinas em outubro do ano passado espera principiar a venda da cerveja no mês de Setembro".
Ainda em 1912 foi criada a firma Henn, Acker & Cia (Karl Henn, Augusto Emilio Acker e outros), mantenedora da Fábrica de Cerveja Atlantica, instalada na Rua Iguassu, nº 21 (atual Presidente Vargas), conforme registra o “Almanach do Paraná”, do ano de 1913.
A Cervejaria Atlântica ocupava uma área de 11.000 metros quadrados, com uma construção baseada no estilo medieval, onde foram instaladas máquinas utilizadas, à época, nas maiores cervejarias da Alemanha. Faziam parte ainda do complexo industrial, filtros, aparelhos para pasteurização, máquinas de engarrafamento automático, além de um frigorífico para a refrigeração do porão e para a fabricação de gelo. Além das instalações para a produção de cerveja, outros edifícios tinham equipamentos próprios para a fabricação de limonada, água gaseificada, malte e café de malte. Ainda no mesmo terreno, havia uma fábrica de caixas, uma ferraria, uma carpintaria, uma oficina de marcenaria, um depósito para matéria prima e outro para barris, garagens para os carros de uso da empresa e de particulares, etc.
Em 28 de maio de 1917 é constituída a sociedade anônima, sob a denominação "Cervejaria Atlântica Sociedade Anonyma" e, na mesma data, foram nomeados seus primeiros administradores: Hans Wenauer (presidente); Carlos Henn (gerente) e Henrique Jens (secretário). Seus principais acionistas foram: Carlos Henn, Henrique Jens, Hans Wenauer, Dr. Pamphilo de Assumpção, Augusto Loureiro, Vicente Loyola, Candido José dos Santos, Frederico Jepsen, Guilherme Fischer Júnior.
Em 1929, a Cervejaria Atlântica tem aproximadamente 260 operários, 64 carroças, 120 muares e 7 caminhões, produz anualmente 3.500.000 litros, superando em estoque todos os seus concorrentes. Possui cinco poços próprios e uma ligação especial à rede de água da cidade, o que fornece água suficiente para a produção de cervejas, gasosas, vapor para a pasteurização, limpeza das garrafas, além de outras finalidades.
Ao longo de sua existência produziu: Cerveja Atlântica, a Cerveja Ancora, Cerveja Iguaçu, Cerveja Curitybana, Cerveja Paranaense, Cerveja Kosmos, Cerveja Astra Pilsen, Cerveja Soberba, Cerveja Imperial Pilsen e Cerveja Tourinho.
Em 1º de janeiro de 1942, o periódico "O Dia" publica o anúncio, "...em 25 de setembro de 1940, foi levado à termo a dissolução da Cervejaria Atlântica e, em 29 de dezembro de 1941, por escritura pública a Cia. Cervejaria Brahma assumiu o seu ativo e o passivo, adquirindo assim as instalações da tradicional Cervejaria Atlântica, em Curitiba, criando sua filial paranaense que se encontra no mesmo endereço até os dias de hoje".
(Extraído de: cervisiafilia.blogspot.com.)
Paulo Grani
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