TOMBO D’ÁGUA
NOTICIAS DE MORRETES
A INDÚSTRIA DO PAPEL EM MORRETES
NOVA FABRICA DIRIGIDA POR INDUSTRIAIS CHINESES
MORRETES 2 (Do Correspondente de O Dia)
Este município está destinado a ser em futuro próximo um dos grandes produtores de papel dentro do Brasil.
Já possuímos a velha Fabrica Paranaense, que remonta aos tempos do Sr. João de Deus Freitas, do Sr. Meneghetti da Paraná Paper do grande Bergan e que agora em mãos da Casa França Gomes Lmdt, tendo a frente a figura dinâmica do Sr. Antonio Manoel de Almeida, está sempre em progresso com aperfeiçoamento e ampliações que tem permitido o aumento da produção e melhoria da qualidade do produto.
Esta fabrica ocupa como principal matéria prima o jasmim.
Como combustível, usava a lenha, ocupando hoje o óleo cru.
Temos em porto de cima a antiga fabrica de papelão fundada pelo Sr. Trajano Reis, agora da propriedade da Casa França Gomes Lmdt, e ampliada para produzir também papel. É um estabelecimento pequeno, porém, bem montado as margens do rio Nhundiaquara, que lhe fornece a força hidráulica.
Finalmente temo a Coepa, fabrica localizada a margem da estrada da graciosa, no lugar Tombo D’água, entre os distritos de Porto de Cima e S. João.
Foi fundada para a produção de pasta mecânica, idealizada e posta em construção por um grupo de capitalistas de Curitiba, tendo como diretor o Sr. Guilherme Richter. Ocupa como matéria prima madeiras brancas, abundantes naquele topo da serra é movimentada por poderosa turbina hidráulica pelo aproveitamento das águas do Rio São João.
Agora este estabelecimento vem de ser adquirido por uma nova organização no Brasil. É ela fundada por industriais chineses recentemente chagados ao nosso pais.
Em visita que tivemos ocasião de fazer a fabrica em companhia do industrial José Malucellí, do Dr. Alcídio Bortolin e do Dr. L. Rolando Malucellí verificamos com prazer estarem os novos proprietários ocupados em sua ampliação bem como na construção de uma vila operaria dentro das quais haverá duas pensões para operários solteiros. A fabrica sofrerá radical reforma passando a produzir além da pasta mecânica papeis de vários tipos inclusive o higiênico. Ao ensejo de nossa visita não tivemos o prazer de conhecer o Sr. Tjian Dse-Ning que se achava ausente e em preparativos para uma viagem ao Estados Unidos, mas fomos recebidos pelo Dr. Ling Yu, químico e engenheiro especializado na fabricação do papel, e que é pessoa de fino trato, culta tendo tido a gentileza de nos acompanhar na visita ao estabelecimento. Adianta-nos ele que os projetos da organização não estão ainda definitivamente delineados, não se sabendo se empregarão todas as suas atividades neste município ou se irão expandir-se para outras regiões onde lhes seja mais favorável a obtenção de energia elétrica, matéria prima e transporte. Como é sabido estes industriais possuem em Paranaguá ainda nos armazéns do porto uma fabrica desmontada de grande capacidade descarregadas dos seus navios próprios, cujo o destino ainda é incerto, dependendo daqueles fatores. Oxalá os estudos que se estão procedendo em algumas quedas d’água daquela serra e a próxima conclusão da usina da Cotia em Bairro Alto, possam nos favorecer para a montagem aqui dessa e d’outras grandes industrias, que outros inúmeros fatores se apresentam em Morretes favoráveis a aplicação de capitais.
24/01/1951
Fonte: Acervo do Pesquisador Éric Joubert Hunzicker – Cedido para publicação no Portal www.nossolitoraldoparana.com.br
NOTICIAS DE MORRETES
A INDÚSTRIA DO PAPEL EM MORRETES
NOVA FABRICA DIRIGIDA POR INDUSTRIAIS CHINESES
MORRETES 2 (Do Correspondente de O Dia)
Este município está destinado a ser em futuro próximo um dos grandes produtores de papel dentro do Brasil.
Já possuímos a velha Fabrica Paranaense, que remonta aos tempos do Sr. João de Deus Freitas, do Sr. Meneghetti da Paraná Paper do grande Bergan e que agora em mãos da Casa França Gomes Lmdt, tendo a frente a figura dinâmica do Sr. Antonio Manoel de Almeida, está sempre em progresso com aperfeiçoamento e ampliações que tem permitido o aumento da produção e melhoria da qualidade do produto.
Esta fabrica ocupa como principal matéria prima o jasmim.
Como combustível, usava a lenha, ocupando hoje o óleo cru.
Temos em porto de cima a antiga fabrica de papelão fundada pelo Sr. Trajano Reis, agora da propriedade da Casa França Gomes Lmdt, e ampliada para produzir também papel. É um estabelecimento pequeno, porém, bem montado as margens do rio Nhundiaquara, que lhe fornece a força hidráulica.
Finalmente temo a Coepa, fabrica localizada a margem da estrada da graciosa, no lugar Tombo D’água, entre os distritos de Porto de Cima e S. João.
Foi fundada para a produção de pasta mecânica, idealizada e posta em construção por um grupo de capitalistas de Curitiba, tendo como diretor o Sr. Guilherme Richter. Ocupa como matéria prima madeiras brancas, abundantes naquele topo da serra é movimentada por poderosa turbina hidráulica pelo aproveitamento das águas do Rio São João.
Agora este estabelecimento vem de ser adquirido por uma nova organização no Brasil. É ela fundada por industriais chineses recentemente chagados ao nosso pais.
Em visita que tivemos ocasião de fazer a fabrica em companhia do industrial José Malucellí, do Dr. Alcídio Bortolin e do Dr. L. Rolando Malucellí verificamos com prazer estarem os novos proprietários ocupados em sua ampliação bem como na construção de uma vila operaria dentro das quais haverá duas pensões para operários solteiros. A fabrica sofrerá radical reforma passando a produzir além da pasta mecânica papeis de vários tipos inclusive o higiênico. Ao ensejo de nossa visita não tivemos o prazer de conhecer o Sr. Tjian Dse-Ning que se achava ausente e em preparativos para uma viagem ao Estados Unidos, mas fomos recebidos pelo Dr. Ling Yu, químico e engenheiro especializado na fabricação do papel, e que é pessoa de fino trato, culta tendo tido a gentileza de nos acompanhar na visita ao estabelecimento. Adianta-nos ele que os projetos da organização não estão ainda definitivamente delineados, não se sabendo se empregarão todas as suas atividades neste município ou se irão expandir-se para outras regiões onde lhes seja mais favorável a obtenção de energia elétrica, matéria prima e transporte. Como é sabido estes industriais possuem em Paranaguá ainda nos armazéns do porto uma fabrica desmontada de grande capacidade descarregadas dos seus navios próprios, cujo o destino ainda é incerto, dependendo daqueles fatores. Oxalá os estudos que se estão procedendo em algumas quedas d’água daquela serra e a próxima conclusão da usina da Cotia em Bairro Alto, possam nos favorecer para a montagem aqui dessa e d’outras grandes industrias, que outros inúmeros fatores se apresentam em Morretes favoráveis a aplicação de capitais.
24/01/1951
Fonte: Acervo do Pesquisador Éric Joubert Hunzicker – Cedido para publicação no Portal www.nossolitoraldoparana.com.br
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