sábado, 23 de abril de 2022

A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 1950, EM CURITIBA A 4ª Copa do Mundo de Futebol foi realizada no Brasil, em 1950. Uma parte foi realizada em Curitiba, no Estádio Durival Britto, mais conhecido como Campo do Ferroviário.

 A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 1950, EM CURITIBA
A 4ª Copa do Mundo de Futebol foi realizada no Brasil, em 1950.
Uma parte foi realizada em Curitiba, no Estádio Durival Britto, mais conhecido como Campo do Ferroviário.


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Arquibancadas de madeira do Estádio Durival de Brito, estavam bem ocupadas.
Foto: Acervo Cid Destefani

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A população curitibana comparece ao aeroporto Afonso Pena, recepcionando os atletas e autoridades.
Foto: Acervo Cid Destefani.

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Seleção dos Estados Unidos
Foto: Acervo Cid Destefani

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Seleção da Espanha de 1950.
Acervo Cid Destefani

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Seleção da Suécia de 1950.
Acervo Cid Destefani

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Seleção do Paraguai de 1950.
Acervo Cid Destefani

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Árbitros da partida Estados Unidos e Espanha.
Foto: Acervo Cid Destefani

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Obras de limpeza do rio Belém, parte dos investimentos públicos para recepção dos jogos da copa, em 1950.
Foto: Acervo Cid Destefani

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Arquibancadas em alvenaria e cobertas, do estádio do Ferroviário.
Foto: Acervo Cid Destefani

Pode ser uma imagem de 2 pessoasConstrução das arquibancadas de madeira para completar os 13.000 lugares exigidos pela FIFA à época, para realização dos jogos em Curitiba.
Foto: Acervo Cid Destefani

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Obras de acabamentos no entorno das arquibancadas e do campo, em 1950.
Foto: Acervo Cid Destefani

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O governador Moisés Lupion recebe o embaixador da Espanha no aeroporto Afonso Pena, que veio assistir o jogo da seleção espanhola contra os Estados Unidos.
Foto: Acervo Cid Destefani.
A COPA DO MUNDO DE FUTEBOL DE 1950, EM CURITIBA
A 4ª Copa do Mundo de Futebol foi realizada no Brasil, em 1950.
Uma parte foi realizada em Curitiba, no Estádio Durival Britto, mais conhecido como Campo do Ferroviário. Ali jogaram as seleções dos Estados Unidos x Espanha e Paraguai x Suécia. Os dois jogos foram realizados em junho daquele ano, em pleno inverno curitibano.
A CBD e a Fifa exigiram para que tal acontecimento viesse a Curitiba, um faturamento mínimo de um milhão de cruzeiros. O então governador Moisés Lupion se comprometeu a completar tal importância, caso a arrecadação das bilheterias fosse inferior.
O governo do Paraná teve que cobrir com mais de trezentos mil cruzeiros para completar o milhão exigido pela Fifa. A reclamação foi geral, pois Minas Gerais foi contemplada com três jogos e não teve que pagar nada pelos mesmos. O comentário era que o Estádio Sete de Setembro, de Belo Horizonte, não oferecia garantias, sendo o Estádio Durival Britto, depois do Maracanã e do Pacaembu o melhor campo esportivo.
Responsável pelas obras viárias do governo Lupion, Ayrton Cornelsen relembra que também foram investidos outros 1,2 milhão de cruzeiros em obras de infraestrutura para a Copa. O dinheiro teria sido aplicado em melhorias nas ruas da cidade e em pequenas obras no Durival Britto, como a construção de arquibancadas provisórias de madeira.
O juiz designado para a partida do dia 25 de junho, domingo, entre os americanos e os espanhóis foi o brasileiro Mário Viana. Estavam na cidade 23 jornalistas espanhóis para fazerem a cobertura do jogo. Acompanhavam o grupo da Espanha cinco dirigentes, além do médico e do técnico.
O time americano veio com médico, técnico e 17 jogadores. Neste jogo os portões foram abertos às 11 da manhã e o jogo das seleções começava às 15 horas. Para distrair a assistência foi feita uma preliminar entre o Internacional, de Campo Largo, e o União, da Lapa. Venceu o primeiro por um a zero.
A seleção americana começou vencendo por um tento no primeiro tempo. No segundo tempo os espanhóis fizeram três gols, resultado final: três a um. A renda beirou os quatrocentos mil cruzeiros. A assistência saiu decepcionada, achando o jogo extremamente medíocre. Este descontentamento se abateu sobre a partida entre Paraguai e Suécia, que deu uma renda inferior a trezentos mil, ainda que o jogo, que terminou empatado em dois a dois, tenha sido de qualidade bem superior. A partida entre estas duas seleções foi realizada no dia 29 de junho, uma quinta-feira.
Durante a Copa em Curitiba, circularam muitos avisos e pedidos. Apelava-se aos torcedores que não soltassem bombas ou foguetes e tampouco vaiassem as equipes participantes. Não seria permitida a presença de cinegrafistas no estádio, pois quem tinha exclusividade para filmagens era a Cinédia do Rio de Janeiro. Dentro do campo somente os técnicos e os médicos das equipes, além dos fotógrafos que tinham que ficar a cinco metros para trás dos gols.
As entradas custariam: 120 cruzeiros para as numeradas cobertas; arquibancadas, 40 cruzeiros e as gerais – de madeira – 20 cruzeiros; senhoras e estudantes pagariam o ingresso completo, sendo que estes últimos não gozariam de desconto algum, segundo ordem da Fifa. A Federação Paranaense de Futebol não poderia fornecer qualquer tipo de ingresso.
No dia 25 de maio de 1950, declarações do então presidente da Federação Paranaense de Futebol, Amâncio Moro, garantiam que Curitiba receberia três jogos da Copa. Moro, que acabava de retornar de uma reunião com a CBD no Rio de Janeiro, ressaltava que “o curitibano é exigente”. “Uma partida, por exemplo, com a Bolívia, aqui não interessa”, relatava.
No primeiro esboço de tabela montada por Fifa e CBD, contudo, o primeiro jogo destinado à cidade era justamente entre Bolívia e um convidado europeu (que deveria ser Portugal). A tabela acabou prejudicada pela desistência de uma série de seleções, que reduziu o número de participantes de 16 para 13. Ao final, Curitiba pagou o pato e ficou com apenas dois jogos.
Paulo Grani

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