Histórias de Curitiba - Empadinhas do Caruso
Empadinhas do Caruso
Enrico Caruso
Em 1939, Antonio Nerone Caruso ("Nero") voltou a Curitiba, cidade onde nasceu depois de ter se aprimorado em restaurantes e confeitaria em Rio Negro, onde abria sua primeira casa comercial no idos de 1924. Ele voltou casado com Dona Erna e dois filhos, Nerino e Enrico.
Aqui logo se estabeleceu no Parque Graciosa (Juvevê) com o "Barcarola"belo ambiente noturno bem badalado.
Ali, cantores como Orlando Silva se apresentaram pela primeira vez em Curitiba.
Em seguida, transferiu-se para o Cassino Ahú, onde foi o primeiro "barman"da época.
Mais tarde, montou o "Bar O.K."esquina da Rua Cabral com Praça Osório.
Local muito concorrido por ficar a-berto dia e noite, visto que o Cassino do "Girl-Room"na Praça Rui Barbosa ainda funcionava.
Neste entusiasmo, resolveu reativar um cassino no Balneário de Guaratuba.
Quando tudo pronto ("façam o jogo, Senhores"), o Presidente Dutra acabou com as roletas e o negócio.
"Nero"teve de ficar gerenci-ando um hotel, e depois fazendo empadas nas temporadas de inverno.
Mais tarde, abriu o bem conhecido Restaurante "Média Luz".
Em 1954, retornou à capital.
Com a esposa e o filho Enrico já casado com Gladis, montou sorveteria numa antiga propriedade da Rua Visconde do Rio Branco, 877. Começou aí a alegria e satisfação de crianças e adultos, porque além de saborosíssimos sorvetes naturais, vendia Picolés Premiados.
Era uma festa, pois 90% dos picolés eram premiados.
Além disso, comercializava "raias"(pan-dorgas) com a criançada, o que dava à casa um colorido só. Nas noites de verão ainda tinha tempo de levar a petizada em grupos ao Circo Queirolo com a querên-cia do Chic-Chic - circo que naquele tempo esteve armado na Saldanha Marinho com Visconde de Nacar. O tempo passou, novas fases. "Mercearia Caruso", com produtos estrangeiros, queijos finos, salamaria de primeira.
O "Seo"Caruso faleceu em 1970 no dia de seu aniversário, deixando muita saudade e muitos
amigos.
A "Casa"ainda continua com Enrico e Gladis no velho estilo.
Hoje como "Confeitaria Caruso", já na terceira geração, com a neta Sylvana no comando, preparando Guilherme, o bisneto, para o futuro.
Para que Curitibanos acreditem numa tradição que tem prazer em servir por muito tempo ainda no mesmo local.
•#
De carona:
As "empadinhas do Caruso", como os curitibanos tradicionais se acostumaram a chamar, fazem parte dos símbolos gastronômicos desta Curitiba já trezentona. São também símbolos vivos ou em algum lugar do passado estabelecimentos como o Bar Cometa, a Casa da Manteiga, o Bar Paraná, a Confeitaria Guairacá, o Bar Palácio (agora renovado em novo endereço), o Bar Botafogo, Tortuga e muitos outros.
Mas isto já é outra história.
(Séigio Mercer, publicitário)
Enrico Caruso é empresário.
Enrico Caruso
Em 1939, Antonio Nerone Caruso ("Nero") voltou a Curitiba, cidade onde nasceu depois de ter se aprimorado em restaurantes e confeitaria em Rio Negro, onde abria sua primeira casa comercial no idos de 1924. Ele voltou casado com Dona Erna e dois filhos, Nerino e Enrico.
Aqui logo se estabeleceu no Parque Graciosa (Juvevê) com o "Barcarola"belo ambiente noturno bem badalado.
Ali, cantores como Orlando Silva se apresentaram pela primeira vez em Curitiba.
Em seguida, transferiu-se para o Cassino Ahú, onde foi o primeiro "barman"da época.
Mais tarde, montou o "Bar O.K."esquina da Rua Cabral com Praça Osório.
Local muito concorrido por ficar a-berto dia e noite, visto que o Cassino do "Girl-Room"na Praça Rui Barbosa ainda funcionava.
Neste entusiasmo, resolveu reativar um cassino no Balneário de Guaratuba.
Quando tudo pronto ("façam o jogo, Senhores"), o Presidente Dutra acabou com as roletas e o negócio.
"Nero"teve de ficar gerenci-ando um hotel, e depois fazendo empadas nas temporadas de inverno.
Mais tarde, abriu o bem conhecido Restaurante "Média Luz".
Em 1954, retornou à capital.
Com a esposa e o filho Enrico já casado com Gladis, montou sorveteria numa antiga propriedade da Rua Visconde do Rio Branco, 877. Começou aí a alegria e satisfação de crianças e adultos, porque além de saborosíssimos sorvetes naturais, vendia Picolés Premiados.
Era uma festa, pois 90% dos picolés eram premiados.
Além disso, comercializava "raias"(pan-dorgas) com a criançada, o que dava à casa um colorido só. Nas noites de verão ainda tinha tempo de levar a petizada em grupos ao Circo Queirolo com a querên-cia do Chic-Chic - circo que naquele tempo esteve armado na Saldanha Marinho com Visconde de Nacar. O tempo passou, novas fases. "Mercearia Caruso", com produtos estrangeiros, queijos finos, salamaria de primeira.
O "Seo"Caruso faleceu em 1970 no dia de seu aniversário, deixando muita saudade e muitos
amigos.
A "Casa"ainda continua com Enrico e Gladis no velho estilo.
Hoje como "Confeitaria Caruso", já na terceira geração, com a neta Sylvana no comando, preparando Guilherme, o bisneto, para o futuro.
Para que Curitibanos acreditem numa tradição que tem prazer em servir por muito tempo ainda no mesmo local.
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De carona:
As "empadinhas do Caruso", como os curitibanos tradicionais se acostumaram a chamar, fazem parte dos símbolos gastronômicos desta Curitiba já trezentona. São também símbolos vivos ou em algum lugar do passado estabelecimentos como o Bar Cometa, a Casa da Manteiga, o Bar Paraná, a Confeitaria Guairacá, o Bar Palácio (agora renovado em novo endereço), o Bar Botafogo, Tortuga e muitos outros.
Mas isto já é outra história.
(Séigio Mercer, publicitário)
Enrico Caruso é empresário.
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