Benedito Peixoto de Mattos Nascido a 6 de abril de 1895 (sábado) - Rua Cabral, 18 - Curitiba, Parana, Brasil Falecido a 4 de janeiro de 1965 (segunda-feira) - Curitiba, Paraná, Brasil, com a idade de 69 anos Enterrado - Cemiterio São Francisco de Paula - Curitiba - PR
Benedito Peixoto de Mattos: Um Filho da Terra Paranaense, Entre Família, Fé e Legado
Nascido sob o céu ainda tranquilo de uma Curitiba em plena transformação, Benedito Peixoto de Mattos veio ao mundo no dia 6 de abril de 1895, um sábado, na Rua Cabral, número 18, coração da capital paranaense. Seu nascimento foi registrado no Cartório de Registro Civil Benedicto Carrão, sob o certificado 22745, Livro 49, folha 116 — documento que, mais do que um simples registro burocrático, guardava as sementes de uma vida que se desdobraria em amor familiar, trabalho e raízes profundas na terra que o viu nascer.
Raízes: Os Pais que Plantaram seu Destino
Benedito foi filho de José Peixoto de Mattos (1875–1929), homem de fibra e presença marcante na sociedade curitibana de sua época, e de Adelayde Emília Ferreira de Souza (1880–1895), cujo nome carrega uma tristeza singular: ela faleceu no mesmo ano do nascimento de Benedito, provavelmente em decorrência do parto. Seu falecimento prematuro deixou um vazio profundo na vida do recém-nascido, que jamais conheceria o colo materno.
O pai, José, enviuvado ainda jovem, seguiu em frente. Em 1912, contraiu novo matrimônio com Rachele (Raquel) Tanadini, com quem teve outros filhos. Dessa união nasceram José Domingos, Napoleão, Ervaldo, Oscar e Nati Morto — este último falecido logo após o nascimento, em 1895. Esses irmãos, por parte de pai, tornaram-se parte da complexa tapeçaria familiar de Benedito, embora ele fosse criado como o único filho do primeiro casamento de José.
Vale notar que José Domingos Peixoto, nascido em 1905, não era filho legítimo de José Peixoto de Mattos, conforme atestado em registros da época — detalhe que reflete a realidade social das dinâmicas familiares do início do século XX, marcadas por nuances que os documentos oficiais nem sempre capturavam por inteiro.
Matrimônio e Lar: A Construção de uma Família Própria
Aos 18 anos, em 24 de maio de 1913, Benedito deu um passo decisivo em sua vida: casou-se com Leonor de Souza Tanadini, uma jovem de 15 anos, pertencente à mesma rede familiar que ligava os Tanadini aos Peixoto — indício de laços sociais entrelaçados entre as famílias da elite curitibana da época.
O casamento foi celebrado no Cartório do Taboão, em Curitiba, às 13h, com as testemunhas Bernardo Fernandes do Nascimento e Manoel Tanadini, este último possivelmente tio ou parente próximo de Leonor. A cerimônia, simples nos moldes da época, foi o início de uma união que floresceria em oito filhos, cada um carregando consigo parte do espírito, dos valores e da herança de Benedito.
Seus filhos foram:
- Ubiratam Peixoto de Mattos
- Jandira Peixoto de Mattos
- Itapuan Peixoto de Mattos
- Iran Peixoto de Mattos
- Zenira Peixoto de Mattos
- Odila Peixoto de Mattos
- Odilon Peixoto de Mattos
- Odilete Peixoto de Mattos
Esses nomes — carregados de simbolismo, ressonância indígena, clássica e até mística — revelam um homem atento à identidade cultural e espiritual de sua descendência. “Itapuan”, por exemplo, remete a “pedra que canta” em tupi; “Ubiratam” significa “flecha verdadeira”. Já os nomes femininos, como Jandira e Zenira, ecoam melodias suaves, sugerindo ternura e força feminina.
Benedito, assim, não apenas perpetuou seu nome, mas também plantou uma árvore genealógica cujos galhos se estenderiam por gerações, com raízes firmes no solo paranaense.
Perdas e Transições: O Silêncio Após a Morte do Pai
A vida de Benedito conheceu sua primeira grande perda em 25 de outubro de 1929, quando seu pai, José Peixoto de Mattos, faleceu em Curitiba, aos 54 anos, vítima de enfermidade prolongada. Com 34 anos na época, Benedito já era pai de vários filhos e, provavelmente, assumira responsabilidades familiares e patrimoniais significativas.
A morte do patriarca marcou o fim de uma era. José, nascido em 1875, fora testemunha e agente das transformações urbanas e sociais de Curitiba nas décadas finais do Império e na Primeira República. Benedito, por sua vez, herdou não apenas bens, mas também o peso simbólico de continuar o legado familiar — um legado de honra, trabalho e pertencimento à cidade.
Últimos Anos e Partida: O Coração que Cessou no Inverno Paranaense
Benedito viveu plenamente os anos turbulentos do século XX: as duas guerras mundiais, a Revolução de 1930, o crescimento industrial do Paraná, a urbanização acelerada de Curitiba. Embora não haja registros públicos detalhados sobre sua profissão, sua vida parece ter sido centrada na família, na terra e na comunidade — valores caros à burguesia provincial da época.
Seu corpo cansado, no entanto, não resistiu ao tempo. Em 4 de janeiro de 1965, uma segunda-feira cinzenta de verão, Benedito Peixoto de Mattos faleceu em Curitiba, aos 69 anos, vítima de infarto do miocárdio — o coração, talvez sobrecarregado por tantos amores, tantas lembranças, tantas ausências, finalmente descansou.
Foi sepultado no Cemitério São Francisco de Paula, em Curitiba — local de repouso de muitos dos pioneiros e formadores da identidade paranaense. Ali, entre cruzes de ferro e lápides de mármore, Benedito juntou-se aos seus antepassados, incluindo seu avô materno, o Coronel Theodoro Ferreira de Souza, figura de prestígio em Curitibanos, Santa Catarina, cuja linhagem militar e rural ecoava na própria estrutura familiar de Benedito.
Legado: Mais que um Nome, uma Presença Viva na Memória
Benedito Peixoto de Mattos não deixou monumentos, nem discursos gravados, nem livros assinados. Mas deixou filhos, netos, bisnetos — e, acima de tudo, uma história.
Sua vida reflete a de milhares de homens do interior do Brasil no século passado: silenciosos construtores de lares, guardiões de tradições, homens que amaram sem alarde, trabalharam sem holofotes e criaram sem esperar recompensa. Sua existência, aparentemente comum aos olhos da História oficial, é extraordinária na tessitura íntima da memória familiar.
Hoje, ao caminhar pelas ruas do bairro Centro de Curitiba, perto da antiga Rua Cabral, ou ao visitar o Cemitério São Francisco de Paula, ainda é possível sentir o sopro suave de sua presença — não nos grandes feitos, mas nos pequenos gestos herdados: no nome de um neto, na receita de um doce passada de geração em geração, na maneira como alguém da família ainda diz “bom dia” com a mesma cadência de voz.
Benedito Peixoto de Mattos vive — porque quem é lembrado com amor jamais morre.
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Pais
- José Peixoto de Mattos 1875-1929
- Adelayde Emilia Ferreira de Souza 1880-1895/
Casamento(s) e filho(s)
- Casado (24 de maio de 1913), Curitiba, Paraná, Brasil, com Leonor de Souza Tanadini 1898- tiveram
Meios irmãos e meias irmãs
| Pelo lado de José Peixoto de Mattos 1875-1929 |
| (esconder) |
Acontecimentos
| 6 de abril de 1895 : | Nascimento - Rua Cabral, 18 - Curitiba, Parana, Brasil Cartorio Registro Civil Benedicto Carrão, certificado 22745, livro 49, folhas 116, sob numero 22745.
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| 6 de abril de 1895 : | Nascimento - Curitiba, Paraná, Brasil |
| 6 de abril de 1895 : | Nascimento - Rua Cabral, 18 - Curitiba, Parana, Brasil |
| 6 de abril de 1895 : | Nascimento - Rua Cabral, 18 - Curitiba, Parana, Brasil |
| 6 de abril de 1895 : | Nascimento - Curitiba, Paraná, Brasil |
| 6 de abril de 1895 : | Nascimento - Curitiba, Paraná, Brasil |
| 6 de abril de 1895 : | Nascimento - Curitiba, Parana, Brasil |
| 24 de maio de 1913 : | Casamento - Cartório do Taboão, Curitiba - PR hora do fato 13:00 Cartório do Taboão, Curitiba, PR. Livro número 4, folhas 97, termo 1129. |
| (24 de maio de 1913) : | Casamento (com Leonor de Souza Tanadini) - Curitiba, Paraná, Brasil |
| 4 de janeiro de 1965 : | Morte - Curitiba, Paraná, Brasil Causa : Infarto do Miocardio |
| --- : | Enterro - Cemiterio São Francisco de Paula - Curitiba - PR |
Fontes
- Pessoa:
- Árvore Genealógica do FamilySearch - https://www.myheritage.com.br/research/collection-40001/arvore-genealogica-do-familysearch?itemId=1147959101&action=showRecord - Sr Benedito Peixoto de Mattos
Gênero: Masculino
Nascimento: 6 de Abr de 1895 - Curitiba, Paraná, Brasil
Morte: 4 de Jan de 1965
Pais: Sr José Peixoto de Mattos, Sra Adelaide Emilia Peixoto de Mattos (Sol. Souza Peixoto de Mattos)
Esposa: Sra Leonor Peixoto de Mattos (Sol. de Souza Tanadini de Mattos)
Irmãos: Sr Oscar Peixoto de Mattos, Sr Napoleão Peixoto de Mattos, Sr José Domingos Peixoto, José Peixoto
- LELIANA DE PAULA MATTOS - TANADINI Web Site (Smart Match)
Árvore genealógica (visão geral)
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Enterro do avô materno
Nascimento
Cartorio Registro Civil Benedicto Carrão, certificado 22745, livro 49, folhas 116, sob numero 22745.
Nascimento
Nascimento
Nascimento
Nascimento
Nascimento
Nascimento
Nascimento de um meio-irmão
Casamento do pai
Casamento
hora do fato 13:00
Cartório do Taboão, Curitiba, PR. Livro número 4, folhas 97, termo 1129.
Testemunhas Bernardo Fernandes do Nascimento e Manoel Tanadini.
Morte do pai
Morte de um meio-irmão
Morte
Antepassados de Benedito Peixoto de Mattos
| Manoel Peixoto de Mattos | Anna Clara ? | José Furtado Sardinha | Maria ? | Claudino Antunes DE SOUZA †/1860 | Florinda Ferreira DE Souza DE SOUZA †/1860 | Florentino Antunes de Souza 1814- | Gertrudes Maria de Jezus 1814- | ||||||||
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| Francisco Peixoto de Mattos 1832-1878 | Rosa de Medeiros Silva †1875 | Cel. Theodoro Ferreira De de Souza 1810-1885 | Francisca Emilia Ferreira De x 1831-1887/ | ||||||||||||
| | | - 1866 - | | | | | | | |||||||||||
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José Peixoto de Mattos 1875-1929
| Adelayde Emilia Ferreira de Souza 1880-1895/ | ||||||||||||||
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Benedito Peixoto de Mattos 1895-1965
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