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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

“A História Oculta da Branca de Neve: Aquele famoso conto, que por acaso nasceu da vida real.

 

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Contos de fadas podem parecer fantasiosos, mas alguns têm raízes profundas na vida real. Este é o caso da Branca de Neve, uma história que fascinou tantas gerações. Mas você sabia que o enredo é inspirado na vida de Maria Sofia Margarita Catalina Von Erthal, uma princesa alemã do século XVIII? Vamos entrar neste curioso enigma, para descobrir como uma princesa em Lohr, na Alemanha, se tornou o ícone mundial que conhecemos hoje como Branca de Neve.
Nascida em 1729 na cidade alemã de Lohr, Maria Sofia não viveu uma vida de conto de fadas. Ela foi afetada pela varíola na infância, essa doença deixou-a parcialmente cega. Aos 12 anos, em 1741, sofre outro golpe emocional: a morte da mãe. Seu pai, o príncipe Philipp Christoph von Erthal, casou-se novamente dois anos depois com Claudia Elisabeth Maria von Venningen, a condessa de Reichenstein, que se tornou sua “madrasta maligna. ”
Lohr, a cidade onde Maria Sofia cresceu, era muito famosa pela fabricação de espelhos de qualidade excepcional. Claudia Elisabeth, a madrasta, era dona de um espelho especialmente intrigante: era um “espelho falante” que produzia um efeito de eco ao falar diante dele. Este elemento especial é preservado ainda hoje no castelo da família e acredita-se que inspirou o famoso espelho que a Rainha Má do conto de fadas consultava.
Maria Sofia, era adorada pelas pessoas humildes do seu povo, especialmente os trabalhadores das minas próximas. Essas minas, projetadas em terrenos macios e perigosos, exigiam trabalhadores de baixa estatura, incluindo crianças. O vestiário destes mineiros (longos casacos e chapéus), possivelmente inspirou a aparência dos sete anões que aparecem no conto de fadas e que todos conhecemos.
Ao contrário dessa história que chegou até nós, Maria Sofia nunca foi vítima de uma maçã envenenada. Pois ela morreu cedo, por volta dos 21 anos, devido a uma doença não especificada que a manteve acamada. Apesar de não ter tido um caixão de cristal, no seu funeral os trabalhadores da cidade cobriram o seu caixão com pequenos fragmentos de cristal, como demonstração de carinho e carinho.
Mas foi a perfeita habilidade narrativa dos Irmãos Grimm, que transformou a vida de Maria Sofia no conto da Branca de Neve, que capturou toda a imaginação do mundo. No entanto, a base da história esteve sempre presente, na vida e nas experiências de uma jovem princesa alemã, que foi muito amada e sempre lembrada pela sua comunidade.
A Branca de Neve é muito mais do que um personagem de ficção; é um legado que captura as complexidades da vida real. A sua história, embora enfeitada pela grande imaginação dos contadores de histórias, baseia-se numa realidade, que é tanto trágica como bela. Assim, a famosa lenda da Branca de Neve se torna um mosaico fascinante, onde a história e a mitologia se entrelaçam de forma real e inesquecível.”