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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Curitiba em 1936: O Calcamento da Alameda Augusto Stellfeld

 

Curitiba em 1936: O Calcamento da Alameda Augusto Stellfeld



Curitiba em 1936: O Calcamento da Alameda Augusto Stellfeld


Uma fotografia rara, datada de 1936, resgata um marco fundamental na transformação urbana de Curitiba: o calcamento da Alameda Augusto Stellfeld. A imagem, em preto e branco, mostra não apenas a obra em andamento, mas também os protagonistas dessa etapa de modernização da capital paranaense.

Destacam-se na cena:

  • Raphael F. Greca, empreiteiro responsável pela execução dos trabalhos;
  • Jorge Meissner, prefeito de Curitiba entre 1935 e 1937.

Ambos aparecem de terno e chapéu, posicionados à frente dos operários — uma composição típica da época para registrar oficialmente a inauguração ou andamento de obras públicas.


Detalhes da cena histórica

A Alameda Augusto Stellfeld, localizada no bairro Alto da Glória, ainda era em grande parte de terra batida. Na foto, vê-se o leito da via parcialmente pavimentado com pedras irregulares dispostas manualmente, técnica comum antes da adoção do asfalto. Operários seguram enxadas e carrinhos de mão carregados de pedra, enquanto ao fundo surgem casas simples de alvenaria e madeira, poucos automóveis e postes com fiação elétrica recém-instalada — indícios de uma cidade em transição entre o rural e o urbano.

Uma placa visível na lateral da via traz a inscrição: “Obra Municipal – 1936”, confirmando o caráter público da intervenção.


Quem eram os responsáveis?

Jorge Meissner, engenheiro civil e prefeito, dedicou seu mandato à infraestrutura urbana. Seu governo priorizou o pavimento de ruas, saneamento básico e expansão da iluminação pública, especialmente nos bairros em crescimento, como o Alto da Glória e o Batel.

Raphael F. Greca, embora pouco documentado, deixou sua marca como empreiteiro de obras municipais. O sobrenome chama atenção pela possível ligação familiar com Rafael Greca, que décadas depois também se tornaria prefeito de Curitiba — uma curiosa ponte entre gerações na história da cidade.


O significado do calcamento

Na década de 1930, pavimentar uma rua ia além da melhoria viária. Era um ato de modernização, higiene e prestígio. Ruas de terra geravam poeira no verão e lama no inverno, dificultando o trânsito de veículos e bondes. O calcamento representava:

  • Avanço sanitário;
  • Valorização imobiliária;
  • Integração dos bairros ao centro urbano;
  • Visibilidade política para gestores.

A Alameda, batizada em homenagem a Augusto Stellfeld — militar e figura relevante da história do Paraná —, tornou-se rapidamente um corredor residencial de elite, abrigando famílias tradicionais, clubes sociais e instituições educacionais.


Uma imagem que fala por si

Mais do que um registro técnico, a fotografia é um documento social. Ela revela a hierarquia do trabalho, o ritmo artesanal da construção civil e a ambição de uma cidade que buscava se afirmar como metrópole moderna — sem perder sua identidade.

Preservar imagens como esta é manter viva a memória de Curitiba como lugar feito de gente, suor e visão de futuro.


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