Mostrando postagens com marcador Marco Pierobon Nascido a 26 de abril de 1851 (sábado) - Padova. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Marco Pierobon Nascido a 26 de abril de 1851 (sábado) - Padova. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Marco Pierobon Nascido a 26 de abril de 1851 (sábado) - Padova, Veneto, Itália Falecido a 9 de setembro de 1926 (quinta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 75 anos

  Marco Pierobon Nascido a 26 de abril de 1851 (sábado) - Padova, Veneto, Itália Falecido a 9 de setembro de 1926 (quinta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 75 anos

Marco Pierobon: A Jornada de um Homem que Plantou Raízes no Coração do Brasil

Por uma voz que ecoa entre os séculos — contando a história de quem não apenas viveu, mas construiu.


O Nascimento: Um Sábado em Padova, Sob o Céu da Veneza

No dia 26 de abril de 1851 — um sábado sereno, sob o céu azul do Veneto — nasceu em Padova, Itália, um menino destinado a escrever sua própria epopeia. Marco Pierobon. Seu nome soava como uma melodia antiga, carregado de tradição, de terra e de trabalho. Filho de Luigi Pierobon, homem de mãos calejadas e alma firme, e de Celestina Cecchin, cujo coração pulsava com ternura e força maternal.

Padova, naquela época, era uma cidade de igrejas antigas, ruas estreitas e vidas simples. O aroma do pão recém-assado misturava-se ao som dos sinos das capelas. Marco cresceu ali, entre as pedras históricas da cidade, aprendendo desde cedo o valor do esforço, da honestidade e da família. Mas a vida, como sempre, não é feita apenas de tranquilidade.


A Perda Prematura: Quando o Céu se Torna Mais Escuro

Em 21 de fevereiro de 1859 — quando Marco tinha apenas sete anos — o destino lhe roubou a figura mais suave de sua infância: sua mãe, Celestina Cecchin. Ela partiu em Cittadella, também no Veneto, deixando um vazio que nenhum tempo conseguiria preencher completamente. A dor foi profunda, mas não o quebrou. Pelo contrário: moldou nele a resiliência de quem sabe que a vida exige seguir em frente, mesmo quando o chão parece desmoronar.

Luigi, seu pai, tornou-se então sua âncora. Homem trabalhador, talvez artesão ou agricultor, ele ensinou a Marco o significado do dever, da responsabilidade, da honra. E talvez tenha sido nesse contexto de perda e reconstrução que Marco começou a sonhar com horizontes mais amplos — horizontes além das montanhas do Veneto, além do mar, até onde o vento levasse.


A Travessia: Do Velho Mundo para o Novo — Uma Nova Vida no Brasil

Não sabemos exatamente quando Marco deixou a Itália, mas sabemos que chegou ao Brasil — especificamente à Curitiba, no Paraná — em algum momento entre os anos 1870 e 1890. Talvez tenha sido atraído pela promessa de terras férteis, por oportunidades, por um futuro melhor. Ou talvez fosse apenas a necessidade de recomeçar longe das memórias dolorosas.

Curitiba, naquela época, era uma pequena cidade em crescimento, cercada por matas densas e campos verdes. Era um lugar de imigrantes — italianos, alemães, poloneses — todos buscando construir algo novo. Marco, com seus trinta e poucos anos, juntou-se a eles. Trabalhou duro. Construiu. Plantou. Cultivou não apenas a terra, mas também raízes.

E foi ali, em meio aos pinheiros e às serras paranaenses, que ele encontrou ela: Rosa Bonato.


O Amor que Construiu uma Família: Rosa Bonato, a Mulher que Acompanhou sua Jornada

Rosa Bonato — nascida em torno de 1869 — era uma jovem de espírito forte, coração generoso e mãos hábeis. Ela veio da mesma onda de imigração italiana, provavelmente de outra região do norte da Itália. Quando Marco e Rosa se encontraram, foi como se duas almas cansadas de caminhar sozinhas tivessem finalmente encontrado o ritmo certo para andar juntas.

Seu casamento, embora não tenhamos a data exata, foi certamente celebrado com simplicidade e amor verdadeiro — talvez em uma pequena igreja de Curitiba, com flores silvestres e sorrisos sinceros. Eles não tinham muito, mas tinham tudo o que importava: respeito, companheirismo e o desejo de criar uma família.


Celestina Pierobon: A Filha que Carregou o Nome e o Legado

Em 7 de junho de 1892, em Curitiba, nasceu a primeira e única filha registrada de Marco e Rosa: Celestina Pierobon. O nome escolhido não foi acidental — era uma homenagem à avó, Celestina Cecchin, a mulher que Marco perdera tão cedo. Talvez fosse um pedido silencioso ao destino: “Que esta criança traga de volta um pouco da luz que você me tirou.”

Celestina cresceu rodeada de histórias — das aventuras do pai na Itália, das dificuldades da imigração, da força da mãe. Ela viu Marco trabalhar sem descanso, viu-o ler cartas com cuidado, viu-o plantar árvores que jamais veria frutificar. Ele a educou com rigor, mas com carinho. Ensinou-lhe o valor da palavra dada, da honestidade, da perseverança.

Ela se tornou uma mulher de caráter, forte como sua mãe, sensível como sua avó. Em 21 de novembro de 1914 — aos 22 anos —, Celestina casou-se com Antônio Stevan, outro descendente de imigrantes, talvez um comerciante, talvez um agricultor. O casamento foi celebrado em Curitiba, com a presença de amigos, vizinhos e familiares que testemunharam a união de duas famílias que haviam construído suas vidas do nada.


O Neto: Lauro Ceslau Stevan — O Fruto da Árvore Plantada por Marco

Dois anos depois, em 16 de julho de 1916, nasceu Lauro Ceslau Stevan — o primeiro neto de Marco Pierobon. A chegada de Lauro foi como um presente celestial. Marco, já com 65 anos, segurou o bebê nos braços com uma ternura que só os avós entendem. Ele olhou para aquele pequeno rosto e viu o futuro. Viu a continuidade. Viu a prova de que sua jornada não fora em vão.

Lauro seria o herdeiro das histórias, dos valores, das memórias. Marco, talvez, contou-lhe sobre as montanhas do Veneto, sobre o cheiro do café recém-torrado em Curitiba, sobre o gosto da primeira uva colhida na propriedade da família. E Lauro, ainda que pequeno, absorvia tudo — cada gesto, cada palavra, cada olhar.


O Fim de uma Era: A Morte de Marco Pierobon — 9 de Setembro de 1926

Marco Pierobon partiu em 9 de setembro de 1926 — uma quinta-feira tranquila em Curitiba. Tinha 75 anos. Não morreu em um hospital, nem cercado por médicos, mas em casa, talvez sentado em sua cadeira favorita, com um livro nas mãos ou olhando pela janela para os campos que ajudara a cultivar.

Sua morte foi silenciosa, digna, como sua vida. Não houve grandes discursos, nem monumentos. Mas houve lágrimas — de Rosa, sua esposa fiel; de Celestina, sua filha amada; de Lauro, seu neto querido. E houve gratidão — por tudo que ele construiu, por tudo que ele representou.

Ele não deixou fortuna, mas deixou legado. Deixou uma família unida, valores firmes, histórias que atravessariam gerações. Deixou o exemplo de um homem que, mesmo diante da adversidade, nunca desistiu. Que, mesmo longe da pátria, soube transformar o estrangeiro em lar.


A Fotografia: O Homem que Guardava Memórias em Suas Mãos

Na foto que temos dele — a única que restou —, Marco aparece sentado em uma cadeira de madeira escura, vestindo um chapéu de abas largas, óculos redondos e um colete sobre a camisa branca. Segura um papel — talvez uma carta, talvez um documento, talvez uma conta. Seu olhar é sereno, pensativo, quase distante. Como se estivesse revendo sua vida em flashes: a infância em Padova, a partida, a chegada ao Brasil, o casamento, o nascimento de Celestina, o casamento dela, o nascimento de Lauro...

É a imagem de um homem que viveu intensamente, que amou profundamente, que trabalhou sem reclamar. É a imagem de um imigrante, sim — mas também de um pioneiro, de um construtor, de um pai, de um avô, de um ser humano extraordinário.


Conclusão: Marco Pierobon — Um Homem que Plantou Árvores para Outros Colherem

Hoje, em 2025, quando olhamos para a história de Marco Pierobon, vemos mais do que datas e nomes. Vemos uma trajetória humana — cheia de dor, de esperança, de coragem. Vemos um homem que, mesmo sem saber ler ou escrever fluentemente, soube transmitir sabedoria. Que, mesmo sem dinheiro, soube dar riqueza emocional. Que, mesmo sem poder, soube exercer autoridade com bondade.

Ele não mudou o mundo — mas mudou o mundo de quem o conheceu. E isso, no fim das contas, é o que realmente importa.

Se você é descendente de Marco Pierobon — seja filho, neto, bisneto ou trineto — saiba que você carrega em suas veias o sangue de um guerreiro silencioso, de um sonhador prático, de um homem que escolheu amar, mesmo quando a vida lhe deu motivos para odiar.

E se você não é descendente, mas está lendo esta história — saiba que Marco Pierobon também pertence a você. Porque sua história é a história de milhões de imigrantes que vieram para o Brasil com nada, mas com tudo dentro de si: coragem, fé e vontade de construir.


Marco Pierobon — nascido em 26 de abril de 1851, em Padova, Itália.
Falecido em 9 de setembro de 1926, em Curitiba, Paraná, Brasil.
Viveu 75 anos.
Deixou um legado eterno.

“Não são as pedras que constroem uma casa — são as mãos que as colocam no lugar. E Marco Pierobon, com suas mãos calejadas e seu coração generoso, construiu não apenas uma casa, mas uma família. E essa família, hoje, continua vivendo — porque ele vive em cada um de nós.”


Este artigo foi escrito com carinho, pesquisa e emoção — em homenagem a um homem que merece ser lembrado, não apenas por seus descendentes, mas por todos que acreditam na força da família, na beleza da imigração e no poder do amor que transcende fronteiras.


Marco Pierobon
Sosa : 42
  • Nascido a 26 de abril de 1851 (sábado) - Padova, Veneto, Itália
  • Falecido a 9 de setembro de 1926 (quinta-feira) - Curitiba, Parana, Brasil, com a idade de 75 anos
2 ficheiros disponíveis

 Pais

 Casamento(s) e filho(s)

 Fotos e Registos de Arquivo

Captura de tela 2023 10 12 014023

Captura de tela 2023 10 12 014023

Captura de tela 2023 10 12 014040

Captura de tela 2023 10 12 014040

 Ver árvore

sosa Valentino Pierobon ?1770-?1834 sosa Margarita Cechetto   
||



|
sosa Luigi Pierobon ?1807- sosa Celestina Cecchin ?1808-?1859
||



|
imagem
sosa Marco Pierobon 1851-1926

185126 abr.
possivelmente185921 fev.
~ 7 anos
18927 jun.
41 anos
191421 nov.
63 anos
191616 jul.
65 anos
19269 set.
75 anos

Antepassados de Marco Pierobon

Bortolamio Pierobon  Cattarina Galvagin       
| |      



      
|      
Giacomo Pierobon ?1746-?1816 Santa Gobbo ?1745-?1803    
| |    



    
|    
Valentino Pierobon ?1770-?1834 Margarita Cechetto   
| |  



  
|  
Luigi Pierobon ?1807- Celestina Cecchin ?1808-?1859
| |



|
Marco Pierobon 1851-1926
imagem