No final do século XIX, instalou-se em Três Barras a empresa norte-americana Southern Brazil Lumber e Colonization Company que foi a maior serraria da América Latina. Na época, aquela região pertencia ao Paraná

Funcionários da Lumber, em 1910.
Foto: Claro Jansson.

Funcionários da Lumber derrubando os pinheirais.
Foto: Claro Jansson

Maquinário de carregamento das toras nos vagões.
Foto: Claro Jansson.

Tomada parcial dos depósitos de madeiras a céu aberto.
Foto: Claro Jansson

Interior do cinema.
Foto: Claro Jansson

População em frente ao cinema, em dia especial.
Foto: Claro Jansson.

Fachada do salão do cinema.
Foto: Acervo Prefeitura de Três Barras.

No final do século XIX, instalou-se em Três Barras a empresa norte-americana Southern Brazil Lumber e Colonization Company que foi a maior serraria da América Latina. Na época, aquela região pertencia ao Paraná.

A ação da empresa foi devastadora, lembrado até os dias de hoje: toda a madeira extraída dos 180.000 hectares foi vendida aos Estados Unidos para a fabricação de casas.

Entre os anos de 1915 e 1940 Três Barras viveu o apogeu de sua história. Nesse período, entretanto, a empresa construiu na cidade na época um dos melhores hospitais do país. A então vila contava com banco, restaurantes típicos, fábricas de gelo e de cigarros, dois hotéis, dois clubes de elite, estádio de futebol, cassino, escola polonesa, colégio interno e um cinema com 250 lugares.

Conforme registros, "Como forma de entretenimento da população, a Lumber trouxe o terceiro projetor de cinema do Brasil, equipamento similar só existia em São Paulo e no Rio de Janeiro. O projetor usado no cinema, era a base de “carvão” e produzia uma imagem excelente. Os moradores contavam que enquanto uma lâmpada produzia 1.000w de potência, o carvão gerava 3.000w.

No início o cinema era mudo e só mais tarde vieram filmes sonoros. Naquele começo, os filmes eram em partes. A todo momento havia um intervalo. Mais tarde vieram os filmes colados. A tela era pequena e quadrada. Muito depois, é que passou a Cinemascope (tela grande e retangular). Se a cópia do filme fosse muito gasta, arrebentava a todo momento e o projecionista recebia uma grande vaia.

A maioria dos filmes chegava através do trem, em latões que pesavam de trinta a quarenta quilos.

Durante cerca de vinte anos ou mais, era tocado o concerto nº 1 para piano, de Tchaikovski, como prefixo musical, que anunciava o início das sessões. As sessões aconteciam somente nos finais de semana: Sábado à noite, Domingo à tarde e à noite.

Era tradição, em todo 12 de outubro as escolas ganharem uma sessão gratuíta de matinê, em homenagem ao dia das crianças.

Nas décadas de 50 e 60, o cinema da Lumber serviu de espaço para atividades teatrais e solenidades de formaturas do Grupo Escolar “General Osório."

Em 1938, Getúlio Vargas estatizou a madeireira e cerca de 1.800 empregados ficaram desempregados. Em 10/09/1952 deu-se a transferência da jurisdição dos bens da Lumber para o Patrimônio da União e do Ministério da Guerra.

Na área da então serraria Lumber, foi criado o Campo de Instrução "Marechal Hermes", ocupando 924 mil metros quadrados no perímetro da cidade, e mais 4.800 alqueires de terras agrícolas, no interior dos municípios de Três Barras e Papanduva, onde ocorrem as manobras.

Atualmente a cidade tem instalada as fábricas das empresas WestRock considerada na região como umas das maiores propriedades particulares de Santa Catarina e a Mili que fabrica papéis higiênicos.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

No final do século XIX, instalou-se em Três Barras a empresa norte-americana Southern Brazil Lumber e Colonization Company que foi a maior serraria da América Latina. Na época, aquela região pertencia ao Paraná

No final do século XIX, instalou-se em Três Barras a empresa norte-americana Southern Brazil Lumber e Colonization Company que foi a maior serraria da América Latina. Na época, aquela região pertencia ao Paraná (adsbygoogle = window.adsbygoogle || []).push({});

No final do século XIX, instalou-se em Três Barras a empresa norte-americana Southern Brazil Lumber e Colonization Company que foi a maior serraria da América Latina. Na época, aquela região pertencia ao Paraná