Viriato, o terror de Roma
(180 -139 a.C.)

Foi o líder dos povos lusitanos da Península Ibérica que enfrentaram o exército romano no século II a.C

Viriato, o terror de Roma
(180 -139 a.C.)

Foi o líder dos povos lusitanos da Península Ibérica que enfrentaram o exército romano no século II a.C..

De simples pastor, Viriato tornou-se num génio militar que conteve as legiões romanas durante quase uma década nas guerras lusitanas.

O historiador Appian o descreveu como um líder carismático e corajoso.
No ano 150 a.C., um jovem pastor conseguiu escapar do massacre dos lusitanos perpetrado pelo então pretor Sérvio Sulpício Galba.

O historiador hispano-romano Lucio Anneo Floro descreve a carreira de Viriato após este acontecimento da seguinte forma: “Os lusitanos recuperaram o ânimo graças a Viriato, um homem de grande habilidade, que de pastor passou a bandido, de bandido passou subitamente a bandido soldado e líder, e se a sorte não o tivesse abandonado ele teria sido o Rômulo da Espanha".

No ano de 147 a.C., Viriato e um contingente de 10.000 lusitanos sobreviventes decidiram fazer uma incursão na Turdetânia, atualmente parte da Andaluzia, Espanha, embora fossem cercados pelo exército romano do pretor Caio Vetílio, que lhes ofereceu uma proposta de paz que Viriato rejeitou devido ao medo do não cumprimento do pacto por parte dos romanos.

Por fim, Viriato e os Lusitanos conseguiram reverter a situação, conseguindo escapar ao cerco e emboscar as tropas romanas no rio Barbesuda, actual rio Guadiaro, derrotando o exército romano.

Durante o ano de 143 a.C., Viriato formou um exército heterogéneo contra os romanos com diversas tribos celtiberas.
Viriato travou uma guerra que duraria oito anos.

Nos primeiros três anos, a fortuna esteve do seu lado. Ele primeiro derrotou Vetilius, que continuou a assediá-lo após o conflito anterior.

Nos dois anos seguintes, Viriato derrotou todos os governadores que Roma enviou contra ele.

O Senado Romano, alarmado com as notícias vindas da Lusitânia, decidiu enviar o cônsul Fábio Máximo, e desta vez a vitória foi para o lado romano, mas este não conseguiu capturar Viriato.

Posteriormente, o exército lusitano foi reconstruído e continuou a humilhar sucessivos generais romanos, até que o Senado enviou o general Servilianus, irmão de Máximo, que chegou à Lusitânia com 20.000 homens, mais de dez elefantes e trezentas cavalaria da Líbia.

Serviliano foi em busca de Viriato, mas novamente o gênio militar do pastor lusitano deu frutos e ele decidiu aproveitar aquele momento para forçar um tratado de paz não com Serviliano, mas com Roma.

O Senado ratificou-o e declarou Viriato “amigo dos romanos”.
No entanto, em 139 aC, Viriato morreu vítima de traição, segundo o historiador romano Ápio.

O governador romano Servílio Cepião prometeu aos seus oficiais de Viriato, Audax, Minuro e Ditalco a entrega de grandes riquezas caso assassinassem o líder lusitano.

Viriato foi assassinado enquanto dormia;eles o esfaquearam no pescoço, pois ele sempre dormia de armadura.

Mais tarde, seus três oficiais foram ao acampamento romano para receber a recompensa, onde Servílio respondeu com a frase: “Roma traditoribus non praemiat”, que significa “Roma não paga traidores”.

Após a sua morte, Viriato recebeu um funeral solene do exército lusitano, no qual foi cremado e foram feitos vários sacrifícios de animais em sua homenagem, e muito possivelmente também humanos, devido às crenças lusitanas.

Texto:

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Viriato, o terror de Roma (180 -139 a.C.) Foi o líder dos povos lusitanos da Península Ibérica que enfrentaram o exército romano no século II a.C

Viriato, o terror de Roma(180 -139 a.C.)

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Viriato, o terror de Roma
(180 -139 a.C.)