Revista do Paraná: Cultura, Arte e Publicidade em 1960 https://topicpenholder.com/pke8z1mndq?key=d071ea6721de56a670c02a978254f0a9
Revista do Paraná: Cultura, Arte e Publicidade em 1960 https://topicpenholder.com/pke8z1mndq?key=d071ea6721de56a670c02a978254f0a9
Página 1: Alfredo Andersen, o “Pai da Pintura Paranaense”
Aqui a gente tem um artigo de Raul Cezimbra sobre o pintor norueguês Alfredo Andersen — ou, como o texto chama, o “homem perfeito”.
O cara era tão bom que os biógrafos só falam da obra, mas o autor diz: “Não, gente, o homem é que é a obra.” Ele era calmo, paciente, amava a natureza, a família e a arte. Nada de drama, nada de birra — só foco, ética e paixão pela vida.
O texto solta frases tipo: “Nunca há sombra de cólera, irritações, violências, imprecações.” Ou seja: se ele tivesse Instagram, seria aquele perfil zen, com fotos de pôneis e paisagens, sem crise.
E no final, o autor bate o martelo: Andersen não foi só um pintor, foi o pai da pintura paranaense. E isso, segundo ele, ninguém discute. Fim de papo.
Página 2: Nhundiaquara – Sinfonia
Poesia pura, assinada por Silveira Neto, com uma foto em preto e branco ao lado — parece uma ponte, prédios antigos, talvez Curitiba nos anos 60.
A poesia é dividida em partes, cada uma com um nome:
- “Fornecia-me um sonho”: sonhos, esperança, nostalgia.
- “Sombras mergulhadas”: ruínas, esquecimento, melancolia.
- “E chuvas mayores”: chuva, tristeza, saudade — com direito a “bicho de olhos desgastados” (lindo).
- “Sobral”: um nome, um lugar, uma memória — “a alma de hoje / de sombras mergulhadas”.
- “Depois”: o fim, a saída, a luz — “não há mais noite / não há mais dia”.
É poesia de quem sente a cidade, a história, o tempo passando. Leve, mas pesada. Como café preto sem açúcar.
Página 3: Anúncio do MACK — “Se você quer o rendimento de um MACK, Por que não compra um MACK?”
Publicidade clássica dos anos 60. O anúncio é da Transparaná S.A., e mostra um círculo com vários caminhões MACK desenhados — todos diferentes, mas todos MACK.
No meio, o logo: MACK SUPER-CAMINHÃO, com um leão rugindo. A mensagem? “Há um SUPER CAMINHÃO-MACK apropriado para cada tipo de serviço!”
Tem até endereços: Londrina, Curitiba, Maringá, Araipongas, Paranaguá. Tudo muito local, muito real.
É propaganda direta, sem frescura. Se você precisa de caminhão, compre um MACK. Fim de papo. E ainda tem um ônibus no círculo — porque sim, MACK também fazia ônibus.
Página 4: Meditação — Roberto C. Resumelli
Texto de reflexão, quase um diário espiritual. O autor começa com “QUANDO...” e repete essa palavra várias vezes, como se fosse um mantra.
Ele fala de momentos de angústia, medo, solidão — e de como, nesses momentos, a fé, a oração, a natureza, ou até só o silêncio podem salvar.
Frases fortes:
“QUANDO o mundo te ilude com suas promessas falsas...”
“QUANDO a tristeza e a melancolia te perseguem...”
“QUANDO a esperança, que te redimiu a fé e te acolheu ao sonhar...”
É um texto que te abraça quando você tá mal. Não tenta resolver nada — só te lembra que você não está sozinho, e que a paz existe, mesmo que escondida.
No final, ele diz: “E QUANDO, enfim, quiseres saber quem és, pergunta-te a ti mesmo...” — e fecha com “à luz brilhante da Eternidade.”
Dá pra ler antes de dormir. Ou depois de um dia difícil.
Página 5: MARUMBÍ — Ivone Koboly
Mais poesia, dessa vez com uma foto incrível de montanhas e céu nublado — parece o Marumbi, uma das paisagens mais bonitas do Paraná.
A poesia começa com “Ferida, a revelar-se em luz...” e segue com versos que misturam dor, beleza, natureza e memória.
Tem trechos como:
“A melodia murmura das fontes / e a exuberante magia da floresta.”
“E o humano nativo, ingênuo e bom, põe-se a sonhar / Que se encheu aquela paz selvagem.”
E no final, ela pergunta:
“— Marumbi? / — (Por onde?)”
É poesia que te leva pra montanha. Pra calma. Pra terra. Pra dentro de você.
Pronto! Tudo detalhado, página por página, sem enrolação, sem introdução, sem conclusão — só o que tá aí, na lata, com o tom leve e descontraído que você pediu.
Título geral? Revista do Paraná: Cultura, Arte e Publicidade em 1960 — porque é exatamente isso que é. 📖✨
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Revista do Paraná: Cultura, Arte e Publicidade em 1960
Página 1: Alfredo Andersen, o “Pai da Pintura Paranaense”
Artigo de Raul Cezimbra, que trata Alfredo Andersen não só como pintor, mas como um “homem perfeito”. O cara era norueguês, mas virou ícone no Paraná — e o texto diz que ele era tão completo que até os biógrafos se esquecem de falar do homem por trás da obra.
O autor elogia sua ética, sua calma, sua paixão pela natureza e pela família. Nada de drama, nada de birra — só foco, paciência e amor à vida. Frase-chave:
“Nunca há sombra de cólera, irritações, violências, imprecações.”
E no final, o veredito:
“Alfredo Andersen é o verdadeiro ‘Pai da Pintura Paranaense’ — título que ninguém pode contestar.”
Fim de papo. O homem era bom demais pra ser só artista — ele era a arte vivida.
Página 2: Nhundiaquara – Sinfonia (por Silveira Neto)
Aqui temos uma poesia dividida em partes, com uma foto ao lado — parece uma ponte antiga, prédios, talvez Curitiba nos anos 60.
A poesia completa:
Fornecia-me um sonho,
tinha nome acolhido.
Miravam, dolente, o Nhundiaquara
e feria o coração do marajá
de lírios brancos repartido.
Sombras mergulhadas.
Prosternam castelos de Claras
e rios vergonhosos ocultam,
no fundo d’água.
E chuvas mayores,
brancas e caladas,
a caminho da primeira rua.
Bicho de olhos desgastados,
fechou contigo minha terra,
pôs caminhos de lírios brancos.
Sonhei contigo e no teu colo,
tal nas velhas tempos eu sonhava
trouxeste cedo adormecido.
E há quantos anos, viu?
vos mundo abriu a nova destino,
berço de lendas já descorrido.
Sobral... e na alma de hoje,
de sombras mergulhadas,
anela a rir minha alma de menino.
E partimos os dois
por entre o casario da primeira rua.
A colina da igreja alça-se no freixo,
e a quinta da “Machada do Pedro”,
feridas no tempo, mais vividas...
Preservadas no tempo.
Ah! vestígios da saudade!
A mesma pál humilde
em que sentida Mãe se lastimava,
e morreu pés em que batiam
coquelicós tenros que esperava
também, uma dia impetar.
Depois...
a história da baixa põe Barreiros,
e Pedro Afã, no caminho apressado
do Rio Gravatá.
E a minha infância...
Ah! também, vendo,
o teu alvorecer de longa-Dor.
Mas então,
Não há passado morto?
O mundo velho estava recolhido
no meu coração,
e hoje me veio
de braços abertos
cheio das rosas que duram no meu lar.
Meu lar, de rus dos Misterios,
onde me prendiam contra um solo
outros braços sagrados
como os da Senhora da Porta.
Ah! tivésseis-me um ano antes!
Poesia pesada, melancólica, cheia de memória e lugar. É como se o autor estivesse andando pelas ruas da cidade, revivendo cada esquina, cada dor, cada sonho.
Página 3: Anúncio do MACK — “Se você quer o rendimento de um MACK, Por que não compra um MACK?”
Publicidade clássica dos anos 60, da Transparaná S.A..
No centro, o logo: MACK SUPER-CAMINHÃO, com um leão rugindo. Ao redor, um círculo com vários modelos de caminhões MACK — tanque, caçamba, basculante, ônibus — todos diferentes, mas todos MACK.
A mensagem principal:
“Há um SUPER CAMINHÃO-MACK apropriado para cada tipo de serviço!”
Tem endereços:
- LOJA: Rua Barão do Rio Branco, 580 — Fone 519
- OFICINAS: Rua Eng. Rebouças, 507 (em Mel. Figueiras) — Fone 2371
E no rodapé: Londrina — Curitiba — Maringá — Araipongas — Paranaguá.
É propaganda direta, sem firulas. Se você precisa de caminhão, compre um MACK. Fim de papo.
Página 4: Meditação — Roberto C. Resumelli
Texto de reflexão, quase um diário espiritual. O autor usa “QUANDO...” repetidamente, como um mantra.
A meditação completa:
QUANDO, nas horas de intenso desgosto, o desdém te invadir a alma e tu logristes te liberarem seu bicho, busca-te. Em tua Alegria que sabe indicar o teu caminho e estancar as tuas lágrimas.
QUANDO os julgares inconsiderados dos que te circundam e virem que, em tiros, a indiferença recrudece, acercar-te de MIM. Eu sou a LUZ, sob cujos raios se iluminam a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos.
QUANDO, te extinguires e insistires para arrastares os cicatrizantes da vida e te achares na criminosa de desespero, chama-me. EU sou a FORÇA capaz de remover-te as pedras dos caminhos e sobrepujar-te adversidades no mundo.
QUANDO, inclementes, te apontarem os vendavais em sorte e já não souberes onde recluir a cabeça, corre para junto de MIM. EU sou REFUGIO, em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu espírito.
QUANDO te faltar a calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me. EU sou a PACIÊNCIA que faz vencer os tramas mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis.
QUANDO te debateres nos paroxismos da dor e ti-veres a alma alterada pelos abrolhos dos caminhos, grita por MIM. EU sou o BALSAIMO que te curará as chagas e te tornará ao padecimento.
QUANDO o mundo te iludir com suas promessas falsas e perceberes que já ninguém pode inspirar-te confiança, vem a MIM. EU sou a SINCERIDADE, que sabe corresponder à franqueza de teus atitudes e à sinceridade de teus ideais.
QUANDO a tristeza e a melancolia te perseguirem e cercarem o teu casar obscuramente, clama por MIM. EU sou a ALEGRIA, que ilumina teu alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior.
QUANDO, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te assaltarem as ondas de desespero, apega-te a MIM. EU sou a ESPERANÇA, que te redimiu a fé e te acolheu ao sonhar.
QUANDO a iniquidade ressurgir e revelar-te as falhas e experimentares a dureza da coração humano, procura-me. EU sou o PERDÃO, que levanta o ânimo e preserva a reabilitação de teu espírito.
QUANDO desdobres de tudo, até de tuas próprias convicções, e te creias te avassalar a alma, recorre a MIM. EU sou a CRENÇA, que te ilumina de luz e estimula-te e te habilita para a conquista da felicidade.
QUANDO já não provares a sublimidade de uma situação terrível e tiveres-te desiludidos do sentimento de teu semelhante, aproxima-te de MIM. Eu sou a RENÚNCIA, que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a recuperar a incompreensão do mundo.
E QUANDO, enfim, quiseres saber quem és, pergunta-te a ti mesmo, que amanhece e ao passado que conta, que espera e ao velho que recorda. Eu sou a distância da vida e a harmonia da Natureza; chamo-me AMOR, e revelo para todos os males que te atormentam o espírito.
Eterno-de-paz, a tua mão, a alma filha de minha alma, que eu te conduzirei, numa sequência de êxtases e deslumbramentos, às serenas mansões da Infinito, sob a luz brilhante da Eternidade.
É um texto que te abraça quando você tá mal. Não tenta resolver nada — só te lembra que você não está sozinho, e que a paz existe, mesmo que escondida.
Página 5: MARUMBÍ — Ivone Koboly
Poesia com uma foto incrível de montanhas e céu nublado — parece o Marumbi, uma das paisagens mais bonitas do Paraná.
A poesia completa:
Ferida, a revelar-se em luz, mais um dia remanesce...
O ful de ouro, e seus portos acolhidos
Nos verdes corvos vale abismado.
Montanhas.
Extraídas,
Enxergam, a requerer senhores insensos,
Para o exalto festivo de las corporalidades.
Adentraram os rubis imperativos.
O instinto apaga e eterno olhar alerta.
Amante pe deserto indiferente da tarde,
O olvido pensamente ao sono feito, nos ritmos.
Acaba e olhar errado a sondar as alturas,
Dos montes na perfil quedando-se requereida.
Subido, fora o segredo pelo soltar
Que se ergue subtil, como se construísse
Todo a edificação movimento da terra.
Gostei de silêncios apenas certos
Que irrompem no eco esplendoroso,
No meio das multidões do poente.
E o humano nativo, ingênuo e bom, põe-se a sonhar
Que se encheu aquela paz selvagem.
Os solhos, com as mãos trementes de alegria,
Das sementes Der arco de ris da tarde.
Fazia, com pequenos impulsos suaves,
Bora as suas preces.
Onde a beleza do pensamento é escondida:
— Marumbi?
— (Por onde?)
Vinde extrair-vos
diante
das belezas
do Paraná.
Poesia que te leva pra montanha. Pra calma. Pra terra. Pra dentro de você. É como se a natureza estivesse falando — e você, só escutando.