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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

UMA ILHA CHAMADA MEL E SEU FAROL

 UMA ILHA CHAMADA MEL E SEU FAROL


Nenhuma descrição de foto disponível.

O farol em manutenção, década de 1940.
Foto: Acervo Fujita.


Nenhuma descrição de foto disponível.

A placa em sua base, registra o momento da edificação: “O Senhor D. Pedro II, I.C., o Barão de Cotegipe, Ministro da Marinha, mandou construir este pharol. Engenheiro Zozimo Barroso. Construtores P&W Maclellan, Glasglow. 1870”.
Foto: gazetadopovo.com.br

Os 150 degraus do morro levam à base do farol.
Foto: radiolitoranea.com.br


Nenhuma descrição de foto disponível.


Nenhuma descrição de foto disponível.

Vista aérea do farol e parte da ilha, tendo o mar à sua volta.
Foto: radiolitoranea.com.br

UMA ILHA CHAMADA MEL E SEU FAROL
Seu nome, Ilha do Mel, aparece desde 1666, num mapa constante do “Livro de Toda a Costa da Província Santa Cruz”, feito por João Teixeira Albernas. Outro mapa, de Antônio Vieira dos Santos, publicado em 1850, também já constava como Ilha do Mel. Em alguns mapas europeus de navegação, ela foi anotada como “Ilha da Baleia”, talvez pelo seu formato.
Ponto geográfico mapeado na 6ª Carta da Costa do Brasil, em meados do século 18, desde a Ponta de Araçatuba até a Barra do Guaratuba, pelo padre M. Diogo Soares, geógrafo do Império de Portugal, a ilha foi citada por inúmeros viajantes estrangeiros que ao Brasil vieram entre os séculos 16 e 19. Foi registrada iconograficamente através de xilogravura no livro de Hans Staden (1555), por aquarelas de Debret (1827) e tema de inúmeros quadros a óleo de Alfred Andersen (1930), Theodoro de Bona (1946) e outros.
A ocupação humana remonta à pré-história, conforme testemunham inúmeros sambaquis lá descobertos. No período colonial, a Ilha do Mel, pela posição estratégica à entrada da Baía de Paranaguá, passou a ter um papel importante de defesa, construindo-se no sopé de um morro, em uma ponta, diante do canal de acesso, uma fortaleza, sob a invocação de N. Sra. dos Prazeres.
Em 1872, na extremidade Leste, na Praia das Conchas, à boca da barra, foi erguido um farol, denominado "Farol das Conchas", para apoio à navegação, obra do tempo do Império, todo em ferro e cuja aparelhagem veio da Escócia. Uma placa em sua base, registra o fato: “O Senhor D. Pedro II, I.C., o Barão de Cotegipe, Ministro da Marinha, mandou construir este pharol. Eng. Zozimo Barrozo. Construtores P&W Maclellan, Glasglow. 1870”. Essa praia junta beleza e função vital, pois graças à luz do farol, que à noite a ilumina, podem os pescadores ter orientação.
Na época de sua construção, as peças foram desembarcadas em um trapiche, junto ao morro, especialmente construído para este fim. Apesar de sua lâmpada ser relativamente pequena, o que resulta no longo alcance do Farol (cerca de 20 milhas) são suas lentes que ampliam a luz.
Com uma torre de 18 m de altura, mais 50 m de altura do morro onde está instalado, o Farol das Conchas é marcado por duas características específicas: sua coloração, branca, e a frequência do lampejo (dez segundos apagado e um segundo aceso). Segundo um especialista, estes elementos permitem que os navegantes o diferenciem entre outros faróis da costa brasileira, tanto durante o dia como também à noite - “É a sua identidade”.
Os 150 degraus da escada que sobe o morro, maravilha construída pelo homem em meio a natureza, nos levam a um lugar fora do comum, possibilitando a visão de diversas praias do Paraná.
(Fontes: patrimoniocultural.pr.gov.br, gazetadopovo.com.br, radiolitoranea.com.br)
Paulo Grani

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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

UMA ILHA CHAMADA MEL E SEU FAROL

 UMA ILHA CHAMADA MEL E SEU FAROL

UMA ILHA CHAMADA MEL E SEU FAROL
Seu nome, Ilha do Mel, aparece desde 1666, num mapa constante do “Livro de Toda a Costa da Província Santa Cruz”, feito por João Teixeira Albernas. Outro mapa, de Antônio Vieira dos Santos, publicado em 1850, também já constava como Ilha do Mel. Em alguns mapas europeus de navegação, ela foi anotada como “Ilha da Baleia”, talvez pelo seu formato.
Ponto geográfico mapeado na 6ª Carta da Costa do Brasil, em meados do século 18, desde a Ponta de Araçatuba até a Barra do Guaratuba, pelo padre M. Diogo Soares, geógrafo do Império de Portugal, a ilha foi citada por inúmeros viajantes estrangeiros que ao Brasil vieram entre os séculos 16 e 19. Foi registrada iconograficamente através de xilogravura no livro de Hans Staden (1555), por aquarelas de Debret (1827) e tema de inúmeros quadros a óleo de Alfred Andersen (1930), Theodoro de Bona (1946) e outros.
A ocupação humana remonta à pré-história, conforme testemunham inúmeros sambaquis lá descobertos. No período colonial, a Ilha do Mel, pela posição estratégica à entrada da Baía de Paranaguá, passou a ter um papel importante de defesa, construindo-se no sopé de um morro, em uma ponta, diante do canal de acesso, uma fortaleza, sob a invocação de N. Sra. dos Prazeres.
Em 1872, na extremidade Leste, na Praia das Conchas, à boca da barra, foi erguido um farol, denominado "Farol das Conchas", para apoio à navegação, obra do tempo do Império, todo em ferro e cuja aparelhagem veio da Escócia. Uma placa em sua base, registra o fato: “O Senhor D. Pedro II, I.C., o Barão de Cotegipe, Ministro da Marinha, mandou construir este pharol. Eng. Zozimo Barrozo. Construtores P&W Maclellan, Glasglow. 1870”. Essa praia junta beleza e função vital, pois graças à luz do farol, que à noite a ilumina, podem os pescadores ter orientação.
Na época de sua construção, as peças foram desembarcadas em um trapiche, junto ao morro, especialmente construído para este fim. Apesar de sua lâmpada ser relativamente pequena, o que resulta no longo alcance do Farol (cerca de 20 milhas) são suas lentes que ampliam a luz.
Com uma torre de 18 m de altura, mais 50 m de altura do morro onde está instalado, o Farol das Conchas é marcado por duas características específicas: sua coloração, branca, e a frequência do lampejo (dez segundos apagado e um segundo aceso). Segundo um especialista, estes elementos permitem que os navegantes o diferenciem entre outros faróis da costa brasileira, tanto durante o dia como também à noite - “É a sua identidade”.
Os 150 degraus da escada que sobe o morro, maravilha construída pelo homem em meio a natureza, nos levam a um lugar fora do comum, possibilitando a visão de diversas praias do Paraná.
(Fontes: patrimoniocultural.pr.gov.br, gazetadopovo.com.br, radiolitoranea.com.br)
Paulo Grani

Nenhuma descrição de foto disponível.
O farol em manutenção, década de 1940.
Foto: Acervo Fujita.

Nenhuma descrição de foto disponível.
A placa em sua base, registra o momento da edificação: “O Senhor D. Pedro II, I.C., o Barão de Cotegipe, Ministro da Marinha, mandou construir este pharol. Engenheiro Zozimo Barroso. Construtores P&W Maclellan, Glasglow. 1870”.
Foto: gazetadopovo.com.br

Nenhuma descrição de foto disponível.
Os 150 degraus do morro levam à base do farol.
Foto: radiolitoranea.com.br

Nenhuma descrição de foto disponível.
Vista aérea do farol e parte da ilha, tendo o mar à sua volta.
Foto: radiolitoranea.com.br