quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Villa Elia

 

Villa Elia


Casa na Rua Lamenha Lins - fachada
Casa na Rua Lamenha Lins - detalhe frontão com o nome "Villa Elia"
Casa na Rua Lamenha Lins - perfil

Bem bonita e bem conservada essa casa na Rua Lamenha Lins. De maneira especial o ornamento em relevo no frontão com o nome da casa.
Quem é, ou foi, Elia?

Um dias desses encontrei em uma rede social um texto escrito por Ruy Carlos Romanó:

“Na rua Lamenha Lins, ente a Getúlio Vargas e a Iguaçu, ficava a casa da  bisavó Élia.
Agora  é um estabelecimento comercial, a fachada está intacta e escrito: “Vila Élia".
Meu bisavô Manoel Claro Alves, era do litoral, de Paranaguá e veio para cá para trabalhar na Rede Ferroviária Paraná-Santa Catarina.  Casou com a Bisa Élia. 
Criou a cooperativa dos ferroviários.
Quando tinha 49 anos escreveu as memórias, porque achava que já era velho.
Escreveu a mão sobre sua vida e a dos filhos. 
Minha lembrança daquela casa era o café da tarde, a bisa Élia sempre fazia pão feito em casa
No jardim tinha camélias, que nas tardes quentes perfumavam o jardim. 
Vó Élia  e Vô Lauro eram pais da Vó Lola.
Meu avô Raul (marido da vó Lola), quando moço, passava caminhando várias vezes por dia pela frente dessa casa,  só para ver a Lola, e casualmente ter um motivo para se aproximar.
Tanto fez que um dia conseguiu e conquistou o coração da pretendida.
Na foto [não publicada aqui no blog], minha bisa Élia cortando o bolo, minha mãe Élia de vestido vermelho, ainda solteira.  Hoje ela já tem quase 90 anos. 
A casa continua em pé, o nome na fachada  não foi apagado e nem a lembrança do cheirinho daquele pão saindo do forno.  
Moro no Canadá e daqui consigo ainda sentir. 
Sinal que nem as distâncias de espaço e tempo conseguem apagar as doces memórias que trazemos dentro de nós.”

Legal saber alguma coisa sobre as pessoas que moraram na casa.

CALICETI DE BOLOGNA RISTORANTE

 

CALICETI DE BOLOGNA RISTORANTE



Fundado em 1970 pela “Famiglia Caliceti”, este magnifico templo da gastronomia da região de bologna, de onde descende esta família, introduziu no Brasil massas como o “torteloni verdi di ricota”, “lazagne verdi di alla bolognese”, “tortellini in brodo” e tantas outras delicias desta região tão conhecida no mundo por suas massas e molhos.

O "Caliceti di Bologna Ristorante" é freqüentado por celebridades e por pessoas que cultivam a qualidade e o sabor dos pratos. Após todos esses anos este restaurante, que ainda é comandado pela “Famiglia Caliceti”, se mantém como um ícone da cozinha italiana que sob o comando da Cheff “Erminia Caliceti” inova a cada momento tanto no design das massas como nas maravilhosas criações de pães, molhos e doces que fazem a fama entre os frequentadores.

O Bologna (como era conhecido antigamente) sediava-se no centro, na Rua Carlos de Carvalho em frente ao Edifício Asa, mudando-se posteriormente para uma sede maior no Bairro do Batel, mantendo-se na mesma rua.

CONFEITARIA DAS FAMÍLIAS

 

CONFEITARIA DAS FAMÍLIAS



Inaugurada em 1945, a Confeitaria das Famílias, em Curitiba, tornou-se ao longo dos anos a mais tradicional da cidade. Seus doces são referência na Gastronomia local, principalmente os Folhados, sempre crocantes e deliciosos.

As receitas dos doces, especialmente os de massa folhada, são as mesmas do tempo da fundação do estabelecimento e segredo da família, mantido a sete chaves. A Confeitaria é, e sempre foi, local de visita obrigatório para Curitibanos e turistas de passagem por Curitiba.

Uma curiosidade bacana é que a Torta Martha Rocha foi criação do Confeiteiro espanhol Jesus Tezardo, marido de Dair da Costa Tezardo, a proprietária.

A casa passou por uma reforma em 1984, modernizando ambiente, equipamentos e inaugurando, no andar superior, um salão de chá. Ponto de encontro de famílias e amigos, a Confeitaria das Famílias continua como referência de qualidade em tudo o que faz! Fica na Rua das Flores no número 374.

CINEMATECA DE CURITIBA

 

CINEMATECA DE CURITIBA



A Cinemateca de Curitiba permitiu o surgimento de novos cineastas e, até hoje, mantém a proposta social de colocar ao alcance das comunidades tanto a apreciação como o fazer cinematográfico. O prestígio conquistado pelo trabalho da Cinemateca propicia a realização de cursos e palestras, com a presença de nomes nacionais e internacionais da área cinematográfica.

Fundada em 1975, com o nome de Cinemateca do Museu Guido Viaro, a Cinemateca de Curitiba (nascida de projeto idealizado por Valêncio Xavier e executado pela Fundação Cultural de Curitiba), forma ao lado da Cinemateca do MAM Museu de Arte Moderna (RJ) e da Cinemateca Brasileira (SP), as três únicas instituições do gênero reconhecidas no Brasil. Alguns filmes produzidos ou co-produzidos pela Cinemateca de Curitiba receberam prêmios em festivais nacionais.

A nova sede da Cinemateca, na Rua Carlos Cavalcanti, 1.174, possibilitou espaço adequado ao acervo de filmes e à documentação para pesquisa, bem como melhores condições para mostras de cinema. Ela foi inaugurada em 22 de abril de 1998. Com área de 1,2 mil metros quadrados, a Cinemateca é composta por duas casas do setor histórico da cidade totalmente restauradas e adequadas às funções, além de um prédio especialmente construído para abrigar a Sala João Batista Groff, com 104 lugares. O público tem acesso também à Sala Limite, preparada para a exibição de vídeos e que possui 25 lugares.

SOLAR DO ROSÁRIO

 

SOLAR DO ROSÁRIO




Conhecido como "Solar de Sinhá França", foi, nos idos de 1890 a residência da família Paula França. Posteriormente foi adquirido pelo historiador e colecionador de arte Newton Carneiro, que teve a intenção não concretizada de transformá-lo em pousada.

Até o ano de 1988, foi sede do Instituto Goethe do Paraná que ministrava cursos e atividades culturais. Em 1989 foi entregue a uma entidade sem fins lucrativos, que tinha como objetivo resgatar sua memória através do desenvolvimento de atividades culturais. Dentro desse propósito o casarão foi submetido a um projeto de restauração do arquiteto paranaense Ernesto Zanon concluído em janeiro de 1992. Em maio desse mesmo ano, o Solar do Rosário, que possui este nome devido à proximidade com a Igreja do Rosário, foi inaugurado como espaço de arte e cultura.

Hoje, o Solar do Rosário é uma iniciativa privada em forma associativa que abriga um espaço particular vivo e atuante de arte e cultura. Pequeno complexo cultural que envolve galeria de arte, cursos, oficinas, livraria, molduraria, restaurante, casa de chá e jardim de esculturas.

TEATRO NOVELAS CURITIBANAS

 

TEATRO NOVELAS CURITIBANAS



O teatro funciona em um chalé construído em 1902, inicialmente com a intenção de abrigar a família de Ormuzd e Manoel Bernardino Vieira Cavalcanti Filho. Abrigou também a redação da revista "Paraná Judiciário", em 1925, e o Instituto de Assistência ao Menor, em 1969.

O espaço cultural só surgiu em 1992, um ano após uma construtora civil doar o chalé ao munícipio.

O Teatro Novelas Curitibanas têm uma importância histórica para a memória de Curitiba, pois a primeira peça encenada no espaço "O Vampiro e a Polaquinha", de Dalton Trevisan, sob a direção de Ademar Guerra, ficou em cartaz por quatro anos, realizando mais de mil apresentações. Ainda hoje, "O Vampiro e a Polaquinha" é visto como um marco no teatro local, pela quantidade de apresentações, pelo tempo em cartaz e pela formação de identidade cultural do teatro em Curitiba.

Fonte: Fundação Cultural de Curitiba

IGREJA DO CRISTO REI

 

IGREJA DO CRISTO REI






A Igreja do Cristo Rei em Curitiba, teve a sua pedra fundamental lançada em 27 de dezembro de 1936 num terreno doado pelas Irmãs do Colégio Nossa Senhora de Lourdes do Cajurú.

A edificação desta Igreja deve-se ao Pe. Germano José Mayer, que pertencia a Congregação dos Padres Palotinos, da qual se tornou seu primeiro Vigário, assim nomeado pelo então Arcebispo de Curitiba Dom Attico Eusebio da Rocha.

Somente em 1970, a pedido de Dom Manuel da Silveira D'Elboux, foi iniciada a construção da nova e atual Igreja Cristo Rei, por cima da outrora Igreja construida por Pe. Germano José Mayer. A inauguração da nova Igreja Cristo Rei se deu em 23 de Novembro de 1975.
Fontes: Arquivo Provincial de São Paulo - SP, da Congregação dos Padres Palotinos.
Somos amigos da família do engenheiro responsável pela obra da Igreja do Cristo Rei, Sr. Ossami Fukuda.

SOLAR DOS GUIMARÃES

 

SOLAR DOS GUIMARÃES




O prédio do Solar dos Guimarães foi construído no século 19 como residência da alta burguesia da época em Curitiba. No início do século 20 transformou-se em ponto comercial, tendo servido a várias atividades. Em 1979 o casarão sofreu um incêndio, restando apenas as paredes perimetrais, que constituem importante testemunho da arquitetura eclética alemã. O imóvel foi adquirido e recuperado pelo município para abrigar a Casa da Memória.

Em 1992, uma parte do imóvel, com entrada pela rua Mateus Leme foi totalmente reconstruída e destinada ao Conservatório de Música Popular Brasileira, recebendo continuamente obras de manutenção. A outra parte da edificação, entretanto, com entrada pela rua Treze de Maio, teve que ser interditada por problemas estruturais.

Fechado há mais de uma década, o prédio histórico foi reformado dentro do programa de Recuperação dos Espaços Culturais, da Prefeitura Municipal de Curitiba. O prédio recebeu reforços na estrutura de sustentação da casa e do telhado, e teve todo o piso e a fiação elétrica substituídos, além das obras de adequação do espaço para abrigar o novo Ponto de Cultura.

Fonte: Prefeitura Municipal de Curitiba

Colégio Nossa Senhora de Sion

 

Colégio Nossa Senhora de Sion


Prédio principal do Colégio Nossa Senhora de Sion na Alameda Presidente Taunay

Na foto o prédio principal do Colégio Nossa Senhora de Sion na Alameda Presidente Taunay. As instalações na escola são bem maiores, ocupando mais de meia quadra, com frente também para a Avenida Vicente Machado e Alameda Dom Pedro II.

A Congregação Nossa Senhora de Sion foi fundada na França por Marie Theodor Ratisbonne, junto com seu irmão Marie-Alphonse Ratisbonne. A congregação feminina (para freias religiosas) foi criada em 1843 e a masculina (para padres católicos e irmãos) em 1852.

As irmãs chegaram no Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro, em 1888. Depois de fundarem escolas também em Petrópolis, Juiz de Fora, São Paulo e Campanha chegaram em Curitiba em 1906.

No jornal “A República” de 16 de junho de 1906 trás em sua primeira página um artigo com o título de “Educação Feminina”, criticando quem apoiava apenas o ensino laico, enaltecendo o ensino das instituições religiosas, e fala da educação da mulher para o lar; “… Nós não queremos a mulher para as frias luctas obsidentes da materia, em que ella tenha de bracejar no esforço titanico de todos os diaspara adquirir o seu suado pão. Queremol-a na santa e abençoada reclusão domestica, ao lado dos filhos, cantando o hymno de suas ternuras no seio amante do esposo, tendo por luz de seu espirito essa claridade mystica, especiosa, impoderavel, que fez um dia a dissolução de Margarida de Valois encontrar arrependimento; Deus. …”. E concluí noticiando e saudando a chegada das irmãs de Sion, “… Ellas, profissionaes emeritas na arte de culturar a mente e os sentimentos da juventude, dando-lhes consistencia e impermeabilidade contra a obsessão da ignorância e do mal, veem trazer a este Estado o contigente civilisador da sua erudição e da sua magnificencia edificadora, convertendo o intimo das pequenas gerações infantis em graneiro das boas searas da fé, sobre as quaes fronduleará a grande e ramalhuda arvore da consolação e do bem. …”

No início ficaram na Praça Tiradentes, na casa de Tobias de Macedo, onde instalaram o colégio para meninas, inicialmente com quatorze alunas.

No ano seguinte o colégio já contava com 130 alunas e então decidiram construir uma escola na Rua XV de Novembro, esquina com a Rua Conselheiro Laurindo, em um terreno adquirido em 1908, de Alípio Nascimento. A construção ficou pronta em 1910.

A escola funcionou até o ano de 1919. No dia cinco de novembro de 1919 o jornal “A República” publicou o seguinte:
“O Collegio Sion.

Constatamos que o Collegio Sion, superiormente dirigido nessa capital pelas irmãs da congregação dessa denominação, vai fechar-se.

Não sabemos a que attribuir esa resolução, mas o que é certo é que esse estabelecimento de ensinho ha prestado á instrucção e á educação da nossa infancia, serviços memoravelmente assignalados.

A se confirmar o que nos consta, parece-nos que todos os esforços deveriam ser empregados no sentido de impedir-se o desapparecimento de uma casa de ensino e educação que já figura tradicionalmente com inigualavel destaque, entre as nossas instituições benemeritas.”
Curitiba na época enfrentou diversas epidemias e a escola estava construída em um amplo terreno com bosque de cedros e ciprestes e um dos limites era o Rio Belém. A proximidade com o rio era um problema.  e a região era descrita como “um banhadão insalubre, cheio de mosquitos e miasmas”. Essa parece ter sido a razão principal que levou as irmãs a fecharem o colégio (muitas delas ficaram doente e faleceram), mas parece também que enfrentavam alguma dificuldade financeira.

O prédio teria sido então vendido a Mitra Diocesana e ficou fechado até 1924, quando a Mitra repassou-o para os Irmãos Maristas, que instalaram ali, no ano seguinte, O Instituto Santa Maria.

Em 1938 as irmãs da Congregação Nossa Senhora de Sion retornaram à Curitiba e instalaram novamente a escola na Rua José Loureiro, inicialmente com 34 alunas. Já no ano seguinte as irmãs teriam adquirido o terreno na Alameda Presidente Taunay.

O prédio que vemos na foto teria sido construído em 1951.

A partir de 1961 o Sion passou a admitir também meninos.

As irmãs da Congregação Nossa Senhora de Sion como muitas outras organizações Católicas, além do papel importante que tiveram, e têm, na educação em Curitiba, sempre mantiveram ações de assistência aos doentes e pobres da cidade.

Uma observação: há divergências de datas nas fontes (basicamente fontes secundárias) que consultei, portanto, é possível algum erro no tocante a isso no texto acima. Mas no geral, a história é essa.

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Referências:

CANTINA DO DÉLIO

 

CANTINA DO DÉLIO




Hoje almocei com meu filho na Cantina do Délio que fica no Alto da XV, na esquina da Rua Itupava com o Jardim Ambiental.

Trata-se de um restaurante muito descontraído, bem decorado (com objetos antigos), o atendimento é acima da média (são realmente preocupadas com a satisfação dos clientes), a comida é MUITO boa e o preço é justo.

Pertencentes à mesma família ou mesmo dono, a Cantina do Délio, a Confeitaria Bella Banoffi (que também serve almoço) do outro lado da rua e o Bar Cana Benta (na mesma quadra), forma um trinca valoriza o Alto da XV como boa opção gastronômica e de lazer.

Segue resenha da Veja Curitiba:
A casinha verde, erigida na década de 30, é uma das últimas construções de madeira que ainda resistem na região do Alto da XV. É ali que, sem muito alarde, o simpático Délio Canabrava serve as receitas típicas cantineiras que rendem ao restaurante o prêmio de bom e barato. No ambiente despojado, com paredes repletas de penduricalhos e antiguidades são consumidas porções de bisteca à fiorentina com tagliatelle picante e molho de limão siciliano (R$ 23,00) e risoto de frutos do mar (R$ 22,80). Todo dia 29 prepara nhoque da sorte, a cada mês em uma versão diferente. Pode ser de abóbora com três tipos de cogumelo ou levar molho de limão siciliano e linguiça blumenau (R$ 17,00). Para acompanhar os pratos, o cardápio traz sempre uma sugestão de vinho com preço mais em conta do que na carta, que indica oitenta rótulos. Por fim, as sobremesas custam R$ 6,00 e vêm da doceria Bella Banoffi, que funciona do outro lado da rua.