Villa Elia
Bem bonita e bem conservada essa casa na Rua Lamenha Lins. De maneira especial o ornamento em relevo no frontão com o nome da casa.
Quem é, ou foi, Elia?
Um dias desses encontrei em uma rede social um texto escrito por Ruy Carlos Romanó:
“Na rua Lamenha Lins, ente a Getúlio Vargas e a Iguaçu, ficava a casa da bisavó Élia.
Agora é um estabelecimento comercial, a fachada está intacta e escrito: “Vila Élia".
Meu bisavô Manoel Claro Alves, era do litoral, de Paranaguá e veio para cá para trabalhar na Rede Ferroviária Paraná-Santa Catarina. Casou com a Bisa Élia.
Criou a cooperativa dos ferroviários.
Quando tinha 49 anos escreveu as memórias, porque achava que já era velho.
Escreveu a mão sobre sua vida e a dos filhos.
Minha lembrança daquela casa era o café da tarde, a bisa Élia sempre fazia pão feito em casa
No jardim tinha camélias, que nas tardes quentes perfumavam o jardim.
Vó Élia e Vô Lauro eram pais da Vó Lola.
Meu avô Raul (marido da vó Lola), quando moço, passava caminhando várias vezes por dia pela frente dessa casa, só para ver a Lola, e casualmente ter um motivo para se aproximar.
Tanto fez que um dia conseguiu e conquistou o coração da pretendida.
Na foto [não publicada aqui no blog], minha bisa Élia cortando o bolo, minha mãe Élia de vestido vermelho, ainda solteira. Hoje ela já tem quase 90 anos.
A casa continua em pé, o nome na fachada não foi apagado e nem a lembrança do cheirinho daquele pão saindo do forno.
Moro no Canadá e daqui consigo ainda sentir.
Sinal que nem as distâncias de espaço e tempo conseguem apagar as doces memórias que trazemos dentro de nós.”
Legal saber alguma coisa sobre as pessoas que moraram na casa.
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