terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Poço da Esmeralda no Complexo da Vargem Grande (MG): Um Paraíso Esmeralda Escondido em Minas Gerais

 

Poço da Esmeralda no Complexo da Vargem Grande (MG)


Poço da Esmeralda Carrancas
Se você sonha com várias belezas naturais, reunidas num único local, tem mesmo de visitar esse complexo, que fica numa propriedade particular. Mas que não impede de você explorar cachoeiras, poços, piscinas, cascatas; enfim, de tudo um pouco. É por esses lados que ficam dois pontos fantásticos, distantes do turismo mais comercial – Cachoeira da Esmeralda e Poço da Esmeralda –, localizados no Município de Carrancas, em Minas Gerais (BH).
A 8 quilômetros do centro de Carrancas, após uma trilha leve e em parte escorregadia, você se depara com um dos principais espetáculos da região. A Cachoeira da Esmeralda, totalmente cercada por vegetação, é uma queda d’água tímida, porém capaz de proporcionar uma massagem relaxante para quem ousar experimentá-la. Ela forma o Poço da Esmeralda, que atinge uma profundidade de até cinco metros em alguns dos seus pontos. Dá para nadar e mergulhar à vontade nos lugares mais rasos. A água é esverdeada e cristalina. O tom verde-esmeralda fica mais intenso em dias ensolarados, por volta do meio dia, quando a água se mostra transparente escancarando o fundo do poço.  O caminho é sempre por estrada de terra e de preferência com a companhia de um guia local. 

Onde fica
Carrancas, município dos anos de 1720 localizado ao sul de Belo Horizonte, fica no vale do Rio Grande. Ganhou esse nome por causa de escavações em duas rochas que aparentavam duas caras. Abriga um polo turístico com mais de 100 atrações naturais; algumas  conhecidas e outras ainda a serem exploradas num raio de 15 quilômetros. A beleza de alguns dos pontos da cidade, como a Gruta da Ponte, no momento proibida para visitação,  já serviu de cenário para novelas da Rede Globo, como América e Alma Gêmea. A última a ser gravada em Carrancas foi a das nove O Império.
Entre cachoeiras, grutas, cavernas, piscinas, serras, a cidade é farta de modalidades para quem gosta de praticar turismo de aventura. Você pode fazer trekking, mountain bike, cannyoning, montanhismo, voo livre, entre outras aventuras. E claro, colocar a energia em dia. É bem fácil chegar de carro ou ônibus.

Distância de Belo Horizonte (MG) 
286 quilômetros da capital mineira

Poço da Esmeralda no Complexo da Vargem Grande (MG): Um Paraíso Esmeralda Escondido em Minas Gerais 🌿💧

Se você acredita que a natureza ainda guarda segredos de beleza quase mística, prepare-se para se encantar com um dos tesouros mais encantadores do sul de Minas Gerais: o Poço da Esmeralda, localizado no Complexo da Vargem Grande, em Carrancas. Imagine um cenário onde o verde da mata atlântica abraça águas cristalinas em tons de esmeralda, o som suave de uma cachoeira ecoa entre as pedras e o tempo parece desacelerar só para você respirar fundo e se reconectar com a essência da vida. Pois é exatamente isso que esse lugar oferece!


💎 O Encanto da Cachoeira e do Poço da Esmeralda

A apenas 8 quilômetros do centro de Carrancas, após uma caminhada leve — mas com alguns trechos escorregadios —, revela-se uma das paisagens mais poéticas de Minas Gerais. A Cachoeira da Esmeralda é modesta em altura, mas grandiosa em sensações. Sua queda suave massageia os ombros de quem se posiciona sob ela, como se a própria natureza oferecesse um relaxamento sagrado.

Logo abaixo, suas águas dão forma ao Poço da Esmeralda, com profundidade que varia até 5 metros em alguns pontos. Em áreas mais rasas, é perfeito para banhos refrescantes, mergulhos cautelosos e até flutuação contemplativa. A água, transparente e com um tom verde-esmeralda vibrante, parece ter sido tingida por pinceladas de fadas. Esse efeito ganha ainda mais intensidade por volta do meio-dia, quando o sol bate diretamente na superfície, revelando o leito rochoso com clareza de aquário natural.

Dica de Ouro: Leve uma máscara de mergulho! Ver o fundo do poço com as pedras cobertas por musgos e pequenos peixes é uma experiência quase onírica.


🌿 Um Complexo Natural Privado — Sim, Particular!

O Complexo da Vargem Grande pertence a uma propriedade particular, mas aberto à visitação com autorização. A gestão local preserva o equilíbrio entre o turismo consciente e a conservação ambiental, garantindo que o lugar permaneça intocado pela exploração em massa. Isso significa que você terá a chance de desfrutar de uma experiência íntima, tranquila e autêntica, longe das multidões dos pontos turísticos superlotados.

Importante: O acesso é feito por estrada de terra e recomenda-se sempre contratar um guia local. Além de garantir sua segurança na trilha, você apoia a economia da comunidade e ainda recebe histórias e curiosidades que só quem mora lá sabe!


🏞️ Carrancas: A Joia Escondida do Sul de Minas

Fundado por volta de 1720, o município de Carrancas — cujo nome vem de duas rochas esculpidas que lembram “carrancas” (rosto humanizado) — é um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza e do turismo de aventura. Com mais de 100 atrações naturais catalogadas num raio de apenas 15 km, a cidade respira adrenalina, serenidade e magia em cada canto.

Além do Poço da Esmeralda, Carrancas abriga:

  • Grutas misteriosas (como a famosa Gruta da Ponte, já cenário de novelas como América, Alma Gêmea e Império, da Rede Globo);
  • Cachoeiras escondidas;
  • Serras panorâmicas;
  • Piscinas naturais formadas por afluentes do Rio Grande.

E as atividades? Ah, são para todos os perfis: trekking, mountain bike, canyoning, escalada, voo livre, e até turismo espiritual ligado às energias das matas e quedas d’água — perfeito para quem busca recarregar as baterias da alma!


🚗 Como Chegar?

  • Distância de Belo Horizonte: 286 km (aproximadamente 4h30 de carro);
  • Acesso: Estradas até Carrancas são asfaltadas; do centro da cidade até o Complexo da Vargem Grande, o caminho é de terra;
  • Transporte público: Ônibus partem da rodoviária de BH com destino a Carrancas;
  • Recomendação: Use calçados antiderrapantes, leve repelente, protetor solar biodegradável, ração para a alma e muito respeito pela natureza!

🌈 Por Que Visitar o Poço da Esmeralda?

Mais do que um destino, o Poço da Esmeralda é um convite à cura. É um espaço onde o silêncio das árvores fala mais alto que qualquer barulho do mundo moderno. Onde o brilho esverdeado da água reflete não só o céu, mas também a paz que você carrega — ou que vai buscar — dentro de si.

É um lugar que inspira poesia, renova a energia e reencanta os olhos. Ideal para fotografar, meditar, namorar, contemplar... ou simplesmente ser.


📸 Foto: Walmir Monteiro
📍 Complexo da Vargem Grande – Carrancas, Minas Gerais


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segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

A Casa de Antonio Cortiano: Uma Morada Efêmera de Madeira na Curitiba dos Anos 1920

 Denominação inicial: Projecto de casa para o Snr. Antonio Cortiano

Denominação atual:

Categoria (Uso): Residência
Subcategoria: Residência Econômica

Endereço: Planta João Gabardo 1 – Lote nº 7

Número de pavimentos: 1
Área do pavimento: 42,00 m²
Área Total: 42,00 m²

Técnica/Material Construtivo: Madeira

Data do Projeto Arquitetônico: 25/11/1928

Alvará de Construção: Talão Nº 584; Nº 5136/1928

Descrição: Projeto Arquitetônico para construção de casa de madeira.

Situação em 2012: Demolido


Imagens

1 - Projeto Arquitetônico.

Referências: 

1 - GASTÃO CHAVES & CIA. Projecto de casa para o Snr. Antonio Cortiano. Plantas do pavimento térreo e de implantação, corte e fachada frontal apresentados em uma prancha. Microfilme digitalizado.

Acervo: Arquivo Público Municipal de Curitiba.

A Casa de Antonio Cortiano: Uma Morada Efêmera de Madeira na Curitiba dos Anos 1920

Em 25 de novembro de 1928, em meio ao fervilhar da urbanização de Curitiba, foi desenhado com traço cuidadoso um sonho modesto, mas profundamente humano: a residência de 42 metros quadrados para Antonio Cortiano, localizada no Lote nº 7 da Planta João Gabardo 1. Tratava-se de uma casa simples — térrea, econômica, construída em madeira —, mas carregava em si a mesma dignidade de qualquer palácio: era um lar.

Embora hoje já não exista mais, tendo sido demolida antes ou durante 2012, sua memória permanece viva nos arquivos da cidade, guardada com zelo em um microfilme que conserva o projeto original assinado pelo escritório Gastão Chaves & Cia. É nesses traços de tinta, nessa planta precisa e afetuosa, que encontramos não apenas uma arquitetura, mas uma história de pertencimento, trabalho e esperança.


42 m² de Vida e Esperança

A casa projetada para Antonio Cortiano era minimalista, mas funcional — típica das residências populares erguidas em Curitiba nas primeiras décadas do século XX, quando a cidade crescia com a força dos imigrantes e dos trabalhadores urbanos.

Com um único pavimento de 42,00 m², sua planta distribuía o espaço com inteligência:

  • Sala integrada, que servia como centro da vida familiar;
  • Dois pequenos dormitórios, suficientes para uma família modesta;
  • Cozinha e área de serviço em posição estratégica para ventilação e luminosidade;
  • Banheiro interno — um detalhe de modernidade para a época, ainda raro em moradias econômicas;
  • Fachada frontal com varanda estreita, típica das casas de madeira, convidando à convivência com a rua e com os vizinhos.

Construída inteiramente em madeira, a casa refletia tanto a disponibilidade de materiais da região quanto a tradição construtiva de várias comunidades que ajudaram a fundar os bairros de Curitiba — notadamente açorianos, poloneses e italianos, que dominavam técnicas de carpintaria e montagem rápida.


Gastão Chaves & Cia.: Arquitetura ao Serviço do Povo

O escritório de Gastão Chaves & Cia., responsável pelo projeto, era conhecido por sua atuação tanto em edifícios públicos quanto em moradias acessíveis. Neste caso, a prancha original — preservada em microfilme digitalizado — reúne:

  • Planta baixa do pavimento térreo;
  • Implantação no lote;
  • Corte construtivo;
  • Fachada frontal, com proporções equilibradas e detalhes que, mesmo em escala reduzida, conferem identidade visual à edificação.

O projeto revela um compromisso claro com a racionalidade espacial e o bom uso dos recursos disponíveis. Não havia luxo, mas havia respeito — pelo cliente, pelo ofício, pela cidade.

O Alvará de Construção, emitido sob os números Talão nº 584 e 5136/1928, confirmava a legalidade da obra perante a Prefeitura de Curitiba, demonstrando que, mesmo nas moradias mais simples, o poder público exigia conformidade com as normas urbanísticas da época.


Antonio Cortiano: O Homem por Trás do Nome

Pouco se sabe sobre Antonio Cortiano — seu ofício, sua origem, sua família. Talvez fosse operário, comerciante ou artesão. Talvez tivesse vindo da Itália, como sugere seu sobrenome; ou talvez fosse brasileiro, filho de imigrantes. O que se sabe é que, em 1928, ele conseguiu algo raro: um terreno próprio e o direito de construir nele uma casa com seu nome.

Sua residência era pequena, mas era sua. Esse ato — de possuir, de construir, de fixar raízes — era, naquele contexto, um verdadeiro marco de cidadania.


Perdida à Vista, Mas Presente na Memória

Em 2012, quando pesquisadores do patrimônio urbano de Curitiba realizaram levantamentos na região da Planta João Gabardo, a casa já não existia mais. Seu terreno provavelmente deu lugar a novas construções, mais altas, mais densas, mais alinhadas às lógicas do século XXI.

Mas sua demolição física não apaga seu valor histórico. Pelo contrário: torna ainda mais necessário preservar seus documentos, estudar seus traços, lembrar seu nome. Cada casa como essa é um pedaço da alma da cidade — feita não só de concreto e aço, mas de sonhos simples, repetidos milhares de vezes.


Conclusão: A Beleza do Efêmero

A casa de Antonio Cortiano durou décadas, talvez meio século, talvez menos. Não resistiu ao tempo, às transformações urbanas, às pressões do mercado imobiliário. Mas enquanto existiu, abrigou vidas, histórias, risos, lágrimas, domingos de feijoada e noites de chuva sob telhado de madeira.

Hoje, ela vive apenas nos arquivos — mas é nesses arquivos que se constrói a verdadeira memória urbana: não apenas dos monumentos, mas das casas onde viveram os Cortianos, os Rodrigues, os anônimos que, com suas vidas simples, fizeram de Curitiba uma cidade de gente.

“Uma cidade se mede não pelo tamanho de seus prédios, mas pela quantidade de lares que ela abriga.”
— Memória coletiva


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Fontes: Arquivo Público Municipal de Curitiba; Prefeitura Municipal de Curitiba; Microfilme do Projeto Arquitetônico assinado por Gastão Chaves & Cia.