sábado, 22 de julho de 2017

Paranaguá

Paranaguá é um município brasileiro localizado no litoral do estado do Paraná. É a cidade mais antiga do estado, tendo em seu porto a principal atividade econômica.Denominada pelos índios carijós como "Pernaguá" ("Grande Mar Redondo") que evoluiu para "Parnaguá" e, definitivamente, Paranaguá, a colonização desta região do Paraná teve início, aproximadamente, em 1550, primeiramente na Ilha da Cotinga e movida por interesse na extração de ouro, que se dizia abundante na região.Vinte anos depois, o paulista Domingos Peneda liderou a chegada dos pioneiros que conquistaram o território habitado pelos índios carijós, onde foram construídas as primeiras habitações deste novo povoado. Neste período foi iniciado o processo de comércio entre os portos de Paranaguá, Rio de Janeiro e Santos.Paranaguá significa "Grande Mar Redondo" em tupi-guarani, sendo "Paraná" o significado de Grande Rio e "Goá" o significado de Redondo, uma referência à Baía de Paranaguá.Cidade histórica datada da primeira metade do século XVI, tem em sua função principal a de porto escoador da produção do Estado que o interliga a todas as demais regiões, bem como a outros estados e ainda ao exterior. A construção de suas docas datam de 1934, quando passou a figurar entre os principais portos do Brasil, com a denominação de Porto D. Pedro II. Testemunha de mais de 400 anos de história, guarda ainda vestígios da época da colonização em seus casarios de fachada azulejadas, em suas ladeiras de pedra e em suas igrejas. Criado através da Lei nº 05 de 29 de Julho de 1648, e instalado na mesma data, foi desmembrado do Estado de São Paulo.
Principais Pontos Turísticos
FONTE VELHA OU FONTINHA
A Fonte Velha é a mais antiga construção da cidade. Teve origem no manancial Olho d’água, que vinha de tempos imemoriais, servindo a “taba carijó”. Simples fonte natural que servia ao abastecimento do povoado. Nesse tempo, o local da fonte era conhecido como Gamboa, sendo comum chamarem “Fonte da Gamboa”. Também chamada de “Fontinha” e “Fonte de Cima”, sua construção remonta ao século XVII e sofreu várias modificações e acréscimos posteriores.Durante 200 anos as casas da Vila e Cidade de Paranaguá foram servidas pelos “aguadeiros” que abastecendo na fonte, transportavam a água em uma carroça, recebendo dos usuários 100.000 réis por barril.A fonte foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1864. Está localizada na Praça Pires Padrinho – Centro Histórico.

MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA DE PARANAGUÁO prédio do MAEP atualmente está sendo restaurado. É uma importante referência acadêmica e turística, com seu ruço acervo composto por mais de 25.000 peças, incluindo as coleções de arqueologia, cultura popular e etnologia indígena, além de vasta documentação textual, sonora e visual.Tombado em 1938, por ser considerado Patrimônio Artístico e Cultural, é o Antigo Colégio dos Jesuítas, um monumento da arquitetura do século XVIII. Levou muitos anos para ser construído e sua fundação oficial foi em 1755. Destinou-se ao estudo dos filhos dos aristocratas do sul, até os jesuítas serem banidos do reino pelo Marquês de Pombal.

PORTO D. PEDRO II
O Porto de Paranaguá é um grande terminal de cereais, considerado o maior porto exportador de grãos do Brasil. Situado no interior da baía de Paranaguá, sua influência estende-se a uma vasta região do Brasil, e é um porto escoador dos Países do Mercosul, Empresas internacionais, etc.Foi inaugurado em 1935. Sua existência até os dias de hoje está ligado aos cinco ciclos: ciclo do ouro, da erva-mate, da madeira, do café, e da diversificação, quando seu movimento passou a ser de exportação de milho, soja, farelo, algodão, óleos vegetais, etc. A visitação se faz mediante autorização da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA.O Porto D. Pedro II, principal escoador de grãos e carga em geral do sul do Brasil e do Mercosul, absorve grande parte da mão-de-obra disponível, mas é intenção do prefeito diversificar as atividades desenvolvidas no município, sem esquecer os projetos de responsabilidade exclusiva do poder público, como educação, saúde e ação social.

PALÁCIO VISCONDE DE NÁCAR
O prédio foi construído por volta de 1840 e ficou para sempre marcado como símbolo de uma época de aristocracia e nobreza local. Com características neoclássicas, era a sede do Governo da Província do Paraná.
O seu proprietário Comendador Manoel Antônio Guimarães, mais tarde Barão e Visconde de Nácar, tinha a pretensão de tornar-se o primeiro governador da Província por ser Paranaguá, na época cidade mais importante que a escolhida Curitiba, mas acabou tendo sua expectativa frustrada.

PALÁCIO MATHIAS BOHN
Construído no final do século XVIII, o local teve sua fachada reformada no estilo historicista, no final do século XIX, para se tornar Palácio Mathias Böhn, rico comerciante alemão, que se estabeleceu em Paranaguá. O Palacete Barbosa era comércio forte da Rua da Praia. Foi ocupado pela antiga Agência de Rendas, atualmente abriga a estação Náutica e posto de informações turísticas.

MONUMENTOS HISTÓRICOS
CASA ELFRIDA LOBO

Construída no final do século passado, serviu de residência a uma das mais tradicionais famílias parnanguaras.Retrata a majestosa arquitetura de sua época, através da beleza de sua fachada, suas portas-janela em arco, seus balcões ornados de belos gradis de ferro gusa e seu primoroso jardim. Nela viveu Dona Elfrida Lobo, conhecida como “Dona Elfridinha”, professora de francês de várias gerações. Foi uma das damas mais tradicionais e ativas da cidade. Em justa homenagem, a casa leva seu nome. Atualmente, hoje é sede do Centro de Letras, Coral Asa Branca, Associação Parnanguara de artes Visuais (APAV), Associação dos Artistas de Teatro, Centro de Valorização a Vida (CVV) e Alcoólatras Anônimos (AA). O prédio foi devidamente restaurada em dezembro de 2006, por profissionais que participaram do programa Monumenta.

CASA CECY
Considerada como marco da colonização árabe em Paranaguá, foi construída por por Musse Cecy e Esse Mattar Cecy, para servir de moradia e de comércio. Ali foi instalada a Padaria Cecy que funcionou até o início da década de 60.Hoje a Casa Cecy pertence ao Patrimônio Histórico, adquirido pela Prefeitura Municipal de Paranaguá, foi restaurada para eventos culturais da Cidade de Paranaguá e hoje abriga a Fundação de Cultura Nelson de Freitas Barbosa.

CASA MONSENHOR CELSO(Casa da Cultura)Acredita-se que as duas casas tenham sido construídas em épocas diferentes pela mesma família, cujo patriarca, João Manuel da Cunha, acrescentou “Itiberê” ao nome de seus filhos em função da paixão que tinha por Paranaguá. Na casa da Cultura nasceu Celso Itiberê da Cunha, sacerdote piedoso, de caráter brando e humilde, foi amigo sincero de todos e devotado da caridade. Sempre abriu mão de cargos importantes para ficar próximo de sua família. Na mesma casa nasceu outro ilustre parnanguara, Brasílio Itiberê da Cunha, diplomata do Império, foi embaixador do Brasil em vários países, inclusive na Áustria. Foi contemporâneo de Franz Lizt e Carlos Gomes. Este músico, poeta e compositor, tem em seu currículo, entre outras obras, “Rapsódias Brasileiras”, “Nocturne” e “Sertaneja”.

CASA DO HOMEM DO MAR
Antiga Alfândega
Prédio da antiga Alfândega de Paranaguá construído no final do antigo Boulevard Serzedelo, hoje avenida Coronel José Lobo. Pedra fundamental lançada em 1903 e inaugurado em 28 de outubro de 1911.Desativada a Alfândega em 1975. O prédio hoje, restaurado e reformado é a Casa do Homem do mar , com projeto futuro de sediar o Museu do Homem do Mar.A maior movimentação do porto graças ao comércio exportador de erva- mate, trouxe a necessidade de se criar em Paranaguá a Alfândega, o que se deu em 18 de junho de 1827, criada pela Junta da Fazenda da Província de São Paulo. Antes , a Alfândega, principal repartição pública do Império, ocupou as instalações do antigo Colégio dos Jesuítas.

Instituto de Educação Dr. Caetano Munhoz da RochaA bela edificação conserva em seu interior um altar em estilo barroco, construído no primeiro quarto do século passado. Possui as mesmas características do Instituto de Educação em Curitiba e, que pertenceu ao Dr. Caetano, quando morava em Paranaguá.

IGREJA DE SÃO BENEDITO
Construída em 1784 por uma irmandade de escravos, era freqüentada exclusivamente pelos cativos, sendo, atualmente uma das melhores e mais autêntica edificações populares do colonial brasileiro. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1962 e restaurada em 1967. Registra em seu interior magnífico patrimônio sacro. Está localizada na Rua Conselheiro Sinimbu, no Centro Histórico.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS MERCÊS ( ILHA DA COTINGA)Localizada na Ilha da Cotinga, a capela destinada ao culto de Nossa Senhora das Mercês, foi construída em 1677, sendo demolida em 1699, para se erigir a Igreja de São Benedito no continente. Em 1955 foi pedida a reconstrução da antiga ermida, e em 17 de março do mesmo ano realizou-se uma procissão marítima de retorno da antiga imagem de Nossa Senhora das Mercês esculpida em pedra e vinda de Portugal. No ano de 1993 a capela foi finalmente reconstruída, sendo sua inauguração no dia 25 de abril. O acesso ao templo é feito através de rústica escada de pedra, formada por aproximadamente 365 degraus, proporcionando uma bela visão da cidade e do mar.

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
A capela, sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, foi edificada em 1578, na época da mineração, por escravos e libertos devotos de Nossa Senhora. Foi a primeira em solo paranaense e a primeira dedicada a Nossa Senhora do Rosário no Brasil. É o marco central do povoado e da Vila de Paranaguá, que cresceu ao seu redor. Em 1863, procedeu-se a benção da nova Igreja Matriz, com a provisão do bispado de São Paulo. Em 1962, passou a Catedral Diocesana, tendo sido tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1967. Está localizada no Largo Monsenhor Celso, no Centro Histórico.

PRAÇASPalco TutóiaConcebido para valorizar e integrar o conjunto paisagístico pela Praça de Eventos 29 de Julho, o museu, o velho casario e o rio Itiberê. Impressiona pelas suas dimensões e beleza, como se fosse uma embarcação, à vela, atracada na praça. A propósito, o significado de “TUTÓIA” na linguagem carijó é exatamente “que beleza!”. Foi inaugurado em 29 de Julho de 1999.

Praça da FéAntigo aterro do bairro do Rocio, urbanizado e transformado em espaço religioso para a realização da missa campal em devoção a Nossa Senhora do Rocio. No dia 15 de novembro, data em que se homenageia a Padroeira do Paraná, recebe milhares de fiéis vindos de todos os cantos do Brasil para agradecer as bênçãos recebidas. O marco, simbolizado pela pedra em destaque na Praça da Fé, reporta ao local onde a imagem foi encontrada e construída a primeira capela.

Praça de Eventos 29 de Julho
Localizada no setor histórico da cidade, este espaço reservado para eventos valoriza o casario e reúne monumentos que contam a história de Paranaguá, como o “Chafariz de Ferro Fundido”, marco da instalação de água na cidade no início do século; o “Obelisco” comemorativo a elevação de Paranaguá à categoria de cidade e o antigo bebedouro para animais, em ferro fundido.

Praça Fernando Amaro
Tradicional logradouro público que vem do início do século XIX. Denominada Fernando Amaro em homenagem ao destacado poeta e boêmio parnanguara daquele período. O local possui área de solo encharcado, saneada durante o governo Caetano Munhoz da Rocha e transformou-se numa das principais praças da cidade.Na área central existe um coreto, construído em 1914. Palco de muitas retretas, o local já foi o principal ponto de encontro de jovens parnanguaras.
Nela acontecem os tradicionais encontros no Café da Praça, sedia feiras culturais aos sábados e é freqüentada pela população em geral principalmente pelos aposentados.
GentílicoParnanguara
Aniversário da Cidade
29 de Julho
CARACTERÍSTICAS
ClimaSubtropical Úmido Mesotérmico.
Temperatura Média
- Verões frescos (temperatura média inferior a 22° C).
- Invernos com ocorrências de geadas severas e frequentes (temperatura média inferior a 18° C), não apresentando estação seca.
COMO CHEGAR
Partindo de Curitiba: PR-408
LocalizaçãoParanaguá
LimitesAntonina, Guaraqueçaba, Morretes, Guaratuba, Pontal do Paraná, Matinhos.
Acesso Rodoviário
PR-408 e PR-410
Distâncias91 km da Capital
TURISMOParanaguá possui grande capacidade turística e infra-estrutura, sendo o Berço da Civilização do Estado do Paraná.Seu patrimônio Natural e Cultural é de grande riqueza, além do Porto D. Pedro II, um dos mais importantes da Costa Brasileira.O Turista que vem à Paranaguá, vai se defrontar com os Casarios Históricos nas margens do Rio Itiberê, com a Ilha da Cotinga, com o Colégio dos Jesuítas (Museu), com a Catedral, com a Fontinha, onde, bem antes dos brancos, o povo carijó iá matar a sua sede, com a dança do Fandango, com os pratos típicos - o Barreado e o Pirão de Peixe, com inúmeras ilhas dentre elas a famosa Ilha do Mel.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Grupo Escolar Tiradentes.

colegio-tiradentes-curitibaEm algumas participações da tia Iara eu observei ela falando algo sobre o colégio Tiradentes ter suas dependências na Rua Barão do Serro Azul bem em frente á estátua do homem nu na praça Dezenove de Dezembro em Curitiba.
Como não sou de perder tempo fui em busca de informações, de pronto tive resultados incríveis, pois além dos ótimos relatos da tia Iara, um amigo meu do facebook chamado José Luiz Maranhão também compartilhou algumas lembranças.
Confira abaixo:
Iara diz: O Grupo Escolar Tiradentes ficava na quadra seguinte da nossa casa bem em frente à estátua do Homem Nu na Praça 19 de Dezembro em Curitiba onde hoje é um prédio pequeno da Auto Escola Silva 
Lá estudaram todos nós no primário. Depois mais tarde, com o centenário do Paraná é que o Grupo passou para o novo prédio, onde lecionei até meu casamento. Bons tempos aqueles!
Naquele tempo era um sobradão de um andar, sendo no térreo o gabinete da diretoria, duas salas de aulas, sala de música, banheiros. No andar superior havia quatro salas de aula. Já no pátio havia mais três ou quatro salas de aula, e bem ao fundo ficava uma cantina.
Fui aluna de dona Nair Macedo, e mais tarde fui funcionária da mesma já no novo prédio do outro lado da Praça 19 de Dezembro, e mais tarde ainda trabalhei com sua sobrinha Eliette Macedo Nery. (ainda viva).
José L. Maranhão diz: Lembro que havia um simpático soldado da policia militar que organizava o transito na entrada e saída da escola. Ele utilizava o capacete padrão da PM na época, que era branco; dai o seu apelido “cabeça de gesso”. Entre os dois períodos (entrada e saída dos escolares) ela trocava a farda, vestia um avental e trabalhava como barbeiro, cortando, a baixo preço, o cabelo da gurizada. Era uma figura!…
Iara diz: Lembro-me bem desta figura, pois morava nos fundos do Grupo com sua família. Certa vez o convidei para dar umas aulas de trânsito para meus alunos do 2° ano e ele se saiu bem que todas as outras turmas aderiram também. Além disso ele nos ajudava em todas as dificuldades que tínhamos.

urbanização de Curitiba 1900 – 1940


   
à esquerda: Rua Fechada, 1868. fonte: Revista Illustração Paranaense. Curityba: anno III, n. 4, abr. 1929.
à direita: Rua 15 de Novembro, 1868. fonte: Revista Illustração Paranaense. Curityba: anno III, n. 4, abr. 1929.
Avenida Luiz Xavier, 1870. fonte: ROSA, Sá Barreto J. G. Curitiba. Curitiba: Habitat, 1954.
Vista de Curitiba, 1873. fonte: Centenário da Emancipação Política do Paraná. Curitiba: Camara de Expansão do Paraná, 1953.

1883
– inicia-se o transporte público urbano com bondes puxados à mula e começa a trafegar a primeira linha férrea da estação ferroviária até o Batel. Na década de 1890, são 20 carros operando em 18 km e, em 1903, prolonga-se até o Seminário.1

1891
– contratado o serviço telefônico.2

1892
– instala-se a primeira usina elétrica movida à vapor nas proximidades da estação ferroviária e atrás do Congresso Estadual.


Rua Riachuelo, 1898. fonte: ROSA, Sá Barreto J. G. Curitiba. Curitiba: Habitat, 1954.

1901
– inaugurada a primeira usina termelétrica na Avenida Capanema próxima à garagem ferroviária de Curitiba.

1902
– prefeitura é autorizada a contratar o melhoramento da iluminação da Rua 15 de Novembro, “com lampadas em arcos voltaicos”.3
– prefeitura procede “estudos topographicos e hydrograficos dos cursos d’agua na bacia da Capital” – para “futuro serviço de abastecimento d’agua e lavagens de esgotos n’esta cidade” – e “das quedas d’agua nas proximidades de Curytiba que possam ser transformadas suas energias em força electro-motriz”, assim como a “confecção das plantas, projectos e orçamentos relativos a todos os trabalhos.4
– aberta a concorrência para a realização do calçamento “com paralellepipedos e pelo systema já adoptado” das principais ruas e praças da cidade.5 Até setembro de 1904, são executados 32.080,74 m² de pavimentação e 7.371,01 m² de meio-fio.6

1903

Praça Eufrásio Correia, 1903. fonte: ROSA, Sá Barreto J. G. Curitiba. Curitiba: Habitat, 1954.
– é ampliado o quadro urbano7 que será mantido com pouquíssimas alterações até 19348. Nesta área, são realizadas, durante os primeiros 30 anos do século XX, as ações públicas de modernização e urbanização, como a definição e locação das redes de água e esgoto; o calçamento de vias; o sistema de transporte coletivo; a normatização construtiva e “aformoseamento” da cidade. Também se estabelece, dentro de tais limites, áreas com padrões construtivos diferenciados e mecanismos de controle de sua aplicação.
– utiliza-se, desde esta data, diversos tipos de árvores, entre os quais, espécies nativas como a erva-mate – principal fonte de riqueza do Estado – plantada nos canteiros centrais da Rua Barão do Rio Branco, via que liga a cidade à Estação Ferroviária e pela qual o produto chega ao Porto de Paranaguá. Nas demais ruas, havia as seguintes espécies: jacarandá, eucalipto, plátanos, catalpas, eugenias, thypoanas, cinamonos, camphoreiras, incensos e grevíleas, com mudas importadas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e reproduzidas no Horto Florestal de Curitiba.
Curitiba, em 1901, com a delimitação do quadro Urbano de 1903. fonte: Planta de Curityba – 1901 apresentada pelo Almanach Paranaense para o ano de 1900. Curityba, Correia & Comp. 1899; e Leis Municipais n.os 117/1903, 149/1905 e 177/1906.

1904
– o governo estadual autoriza o serviço de abastecimento d’agua e exgottos na cidade. Sistema constituído por represas, linhas adutoras, o Reservatório do Alto São Francisco, as redes de distribuição de água e de captação de esgotos e a ”installação bacteriana” para o tratamento de efluentes e posterior lançamento no Rio Belém.9

Tampa de poço de inspeção da rede de coleta de esgoto, datada de 1904, ainda existente na Praça Osório em Curitiba, 2012.

1905
– são implantados 45.812 m de rede de esgoto.10
– prorrogada concessão do serviço telefônico por mais 14 anos, para ampliação das linhas existentes e a modernização do serviço.11
– a prefeitura determina que as linhas da “Empresa Telephonica não tenham contacto com as da Illuminação Publica”.12 A preocupação em relação à fiação nas vias públicas também decorre de vários acidentes com munícipes, queimados por fios elétricos soltos, descascados e abaixo da altura estabelecida. A legislação procura contornar tais questões padronizando e estabelecendo a altura das diferentes redes e determinando a aprovação prévia da sua locação pelo engenheiro diretor de Obras Públicas Municipais.13

1907
   
à esquerda: Avenida Luiz Xavier, 1907. fonte: Revista Paraná. Anno I, n. 1. Curytiba, ago. 1907. [s.n.t.]
à direita: Vista do Alto São Francisco, 1907. fonte: Revista Paraná. Anno I, n. 1. Curytiba, ago. 1907. [s.n.t.]
   
à esquerda: Praça Tiradentes, 1907. fonte: Revista Paraná. Anno I, n. 1. Curytiba, ago. 1907. [s.n.t.]
à direita: Praça Tiradentes, 1907. fonte: Revista Paraná. Anno I, n. 3. Curytiba, out. 1907. [s.n.t.]

Vista da cidade a partir do Colégio da Divina Providência, 1907. fonte: Revista Paraná. Anno I, n. 2. Curytiba, set. 1907. [s.n.t.]
– o município assina o contrato para execução e entrega dos bonds electricos na capital e, em 1911, construir-se-á a primeira linha suburbana.14

1910
– é inaugurado o serviço de saneamento, composto pela rede de água e esgoto, e divide a cidade em cinco zonas com prazos diferenciados para ligação das casas e prédios à rede. A extensão total das redes de água e esgotos dentro do quadro urbano de Curitiba é de 63.024m e 51.567m, respectivamente15 – sendo este coletado apenas no centro da cidade.

1911
– prorrogado o contrato para ampliar as ligações interurbanas com Ponta Grossa, Araucária, São Jose, Campo Largo, Campina Grande e Colombo.

1912
   
à esquerda: Praça Tiradentes, 1912. fonte: Album do Paraná. Curityba: Livraria Econômica de Annibal Rocha & C., s. d.
à direita: Praça Tiradentes, 1912. fonte: Album do Paraná. Curityba: Livraria Econômica de Annibal Rocha & C., s. d.

Praça Tiradentes, 1912. fonte: Album do Paraná. Curityba: Livraria Econômica de Annibal Rocha & C., s. d.
   
à esquerda: Rua da Liberdade, 1912. fonte: Album do Paraná. Curityba: Livraria Econômica de Annibal Rocha & C., s. d.
à direita: Jardim Botânico, 1912. fonte: Album do Paraná. Curityba: Livraria Econômica de Annibal Rocha & C., s. d.
– existem 2.371 instalações domiciliares de água e esgotos para uma população de 45 mil habitantes, a região servida pelo saneamento contava com 3500 prédios, ou seja 1/3 deste total não estava conectado à rede, o volume de água potável produzido era insuficiente ocasionando sua falta nas partes altas da cidade (Batel, Alto da Rua 15 e Alto do São Francisco); e, o sistema de penas d’água (peça antecessora do hidrômetro que regula a entrada de água nas residências) tinha alta taxa de desperdício.16

1913
– é criada a “Commisão de Melhoramentos da Capital”, responsável pelo planejamento e execução da modernização da cidade.17
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Quadro Urbano e o Zoneamento de Curitiba, em 1914. fonte: Planta de Curityba – 1914 apresentada em LAMBERT, Egydio. O Guia Paranaense. Anno 1, n. 1. Curitiba, 1917; Leis Municipais n.os 117/1903, 177/1906 e 341/1912; e Acto Estadual n.° 4/1909.
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Infraestrutura de Curitiba, em 1914. fonte: Planta de Curityba – 1914 apresentada em LAMBERT, Egydio. O Guia Paranaense. Anno 1, n. 1. Curitiba, 1917; Leis Municipais n.os 117/1903, 177/1906 e 341/1912; e Acto Estadual n.° 4/1909.
A comparação entre os Mapas 1 e 2 revela, desde o início do século XX, os objetivos de hierarquização do espaço e de valorização da região central por intermédio da definição de padrões construtivos mais elaborados nas principais ruas da cidade (15 de Novembro e Liberdade) e na Praça Tiradentes juntamente a proibição da construção de casas de madeira no entorno. O zoneamento estabelecido em 1912 consolida tal ação, delimitando estes perímetros inseridos nas primeiras e segunda zonas, onde os padrões construtivos são mais rígidos e controlados. Comparando com os mapas atuais e ao de 1900 percebe-se que o aumento da malha urbana e o planejamento da expansão da cidade (em linhas tracejadas), foram mantidos. O crescimento mais expressivo ocorre ao longo das linhas suburbanas do Portão (sudoeste), Matadouro (sudeste) e Fontana (nordeste), evidenciando a influência da infraestrutura no desenvolvimento urbana.Há interesse do poder público em embelezar Curitiba, afinal “as capitaes representam o expoente maior do progresso dos paizes ou das circunscripções politicas de que são centro”. Inspirando-se nas intervenções no Rio de Janeiro e em São Paulo, Carlos Cavalcanti, presidente do Paraná, acredita que tais melhoramentos compensam
com rapidez e amplitude todos os onus e compromissos por ventura contrahidos para realizal-a, no desdobramento do commercio, no augmento da população e na entrada dos novos capitaes que invertem-se em obras de valor ou entram em circulação, creando serviços, animando industrias e irradiando-se por todo o territorio dependentes daquelles centros.18

Assim, as ações de embelezamento e melhoramento são múltiplas, abrangendo a intervenção física na cidade com o aprimoramento da infraestrutura; a remodelação e alargamento de praças e ruas centrais; a organização, regulamentação e taxação de diversas atividades, como a circulação de veículos, o transporte em carros de praças, o serviço de automóveis, o comércio de leite, o funcionamento de padarias e açougues;19 e o estímulo a construções mais elaboradas. A arquitetura, considerada elemento importante no processo de urbanização, é regulamentada com parâmetros mínimos a serem cumpridos, ao mesmo tempo em que são oferecidos prêmios quando elaborada artisticamente. A beleza, portanto, é uma virtude buscada pela cidade e pelos edifícios que a compõem.
– a Prefeitura lança um concurso com “dois prêmios, um de três contos e outro de dois contos de réis, [destinados] aos proprietarios que durante o anno de 1913 construirem respectivamente predios com as mais artisticas fachadas para casa de commercio e particulares”.20

1914
– ocorre: “a limpesa do rio Ivo Macadamização de uma área de 56.912,00 m²; recalçamento de 79.390,79 m²; confecção de passeios numa extensão de 7.308,49 m²; construcção de 5.440,77 m de boeiros; assentamento de 92 refugios centraes conveneintemente gradeados; trabalhos de terra-plenagem com um movimento de 78.887,04 m³; plantio de 617 arvores ornamentaes; fabricação de 6.488,26 m de meios fios de cimento, alem da canalisação dos rios em todas as travessas, retificação,dos rios Belem e Bigorrilho”.21
– “há 67 carros electricos sendo 26 automotores (ou seja, 38% da frota utiliza a força elétrica); e os trilhos cobriam a distancia de 27,17 quilômetros”.22
1914_tabela
fonte: Relatorio da Commissão de Melhoramentos de Coritiba, em 15 de abril de 1914. Annaes da Camara Municipal. Sessões de 15 de Outubro de 1913 á 24 de Julho de 1914. Coritiba: Typ. d’A Republica, 1914. p.136.
Concomitante à modernidade dos automóveis e bondes elétricos, continuava existindo o transporte de tração manual e animal, como se observa nos anúncios publicitários – “aluguel de aranha na Rua Desembargador Motta nº 38” e Casas de Pasto situadas na Praça Tiradentes n.° 37 e Rua Barão do Rio Branco, n.° 59 e 26 –, onde se pagava por dia e por animal.23 Também havia a entrega “Expresso”, cujos meios de transporte incluíam serviços com “carro de mão, a cavallo, a pé, carrocinha ou bicycleta e ainda carros especiais para mudanças, até para fora da capital, com registro na central de policia, no horario das 6 as 11 da noite durante a estação calmosa e até as 10:00h durante a invernosa”.24 Igualmente frequente era o aluguel de bicicletas nas ruas Barão do Serro Azul n.° 3, na Sete de setembro n.º 142 e na São Francisco n.º 45.25 As carroças para mudanças e viagens ficavam estacionadas nas praças Tiradentes, Santos Andrade e Zacarias, na Estada de Ferro e na Rua Comendador Araujo.26 Porém, os automóveis já se faziam presentes no transporte urbano, com os “carros de aluguel” em ponto de estacionamento na Praça Tiradentes, juntamente ao das carroças. A tabela do transporte de carros automotivos fixava o valor de 5$000 para a corrida sem taxímetro com até duas pessoas, no horário das 6:00h da tarde até a 1:00h da manhã; da 1:00h da manhã até às 6:00h da tarde, o custo era de 4$000, acrescendo 1$000 para cada pessoa a mais. Já os carros com taxímetro, cuja corrida atingisse até 1.600 m dentro do quadro urbano, cobravam 1$800 e para os arrabaldes e nas cercanias, acrescentava-se na primeira hora mais 1$000. Havia oito pontos para os carros de aluguel, com tabelas fixas e diferenciadas de acordo com o trajeto: “para tomar o trem, para enterro, ir a casamento, assistir ao theatro, para atender as festas dos clubes e para Canguiry, Florestal, Araucaria, Colombo e Capocú.27

1916
praca osorio_1916_1   praca osorio_1916_2à esquerda:Praça Osório, 1916. fonte: Revista do Povo. Anno I, n.° 3. Coritiba, dezembro de 1916.
à direita: Praça Osório, 1916. fonte: Revista do Povo. Anno I, n.° 3. Coritiba, dezembro de 1916.
praca osorio_1916_3   reservatorio_1916
à esquerda: Praça Osório, 1916. fonte: Revista do Povo. Anno I, n.° 3. Coritiba, dezembro de 1916.
à direita: Vista do Reservatório do São Francisco, 1916. fonte: Revista do Povo. Anno I, n.° 3. Coritiba, dezembro de 1916.
avenida luiz xavier_1916   rua jose bonifacio_1916
à esquerda: Avenida Luiz Xavier, 1916. fonte: Revista do Povo. Anno I, n.° 3. Coritiba, dezembro de 1916.
à direita: Rua José Bonifácio, 1916. fonte: Revista do Povo. Anno I, n.° 3. Coritiba, dezembro de 1916.

1920
– “Actualmente existem 965 apparelhos em ligação com a Central, sendo 863 particulares, 80 em Repartições Publicas e 20 para o serviço da Empreza”.28
– 3.069 domicílios ligados à rede de água e 272 hidrômetros instalados.

1922
– “o nº de ligações de água e esgoto atingiu 3116, logo, mais de 50% dos prédios desta capital permanecem desprovidos desses melhoramentos, em grande parte devido a falta das canalizações nas ruas em que se acham situados”.29

1923
– circulam 2615 veículos, distribuídos em 183 automóveis entre particulares e do governo, 867 carroças de 4 rodas, 131 bicicletas 15 motos, 130 aranhas e 43 carros de praça.30
– as linhas de tráfico de bondes atingem 29,432 km de extensão:
Linha 1:Praça Tiradentes ao Matadouro Municipal com 5,190 km.
Linha 2: Rua Dr. Muricy ao Portão com 6,725 km.
Linha 3: Asilo até Rua America com 3,700 km.
Linha 4: Rua Buenos Ayres ao Juveve com 5,425 km. O material rodante é constituído de 26 carros motores, 16 carros reboque para passageiro e 3 carros motores com 12 reboques para diversas cargas.31 Terá as linhas ampliadas para 80,7 km32
– “aproximadamente 90.000 habitantes no município reclamam constantemente da falta de condução para as áreas da cidade em expansão”.33

1926
– rede de água e esgoto remodelada não cobre toda a extensão do quadro urbano.
mapa1_cap3
Infraestrutura Urbana de Curitiba, em 1930. fontes: Planta de Curityba – 1927. Acervo: Fundação Cultural de Curitiba; Planta Geral da Rede de Água e Esgotos de Curitiba – 1926. In: Relatorio do Secretario Geral d’Estado Alcides Munhoz, ao Presidente do Paraná Caetano Munhoz da Rocha, referente ao Exercicio Financeiro de 1925-1926, em 31 de dezembro de 1926. Curityba: Livraria Mundial França & Cia. Ltda., 1926, e Planta da Cidade de Curityba – 1935. Acervo: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba.

1927
– “estão registrados 4.156 vehiculos: sendo 2281 vehiculos automóveis incluindo auto-caminhões e onnibus.”34

1928
– foi inaugurado o segundo reservatório de água no Batel.
– a cidade dispunha de “5 carros para executar a varredura das ruas, 18 carros para a coleta de lixo domiciliar, 14 carrinhos tipo lutocar e 1 caminhão de transporte para todo material. A Colleta do lixo ocorre diariamente até as 19h no período diurno, avançando até as 22h, nas áreas centrais da cidade, sendo o material recolhido depositado em fossas profundas nos terrenos próximos ao passeio Público.”35
1928_tabela

1929
panoramica_1   panoramica_2
à esquerda: Panorâmica de Curitiba. fonte: Exposição-Feira de Curityba. Curityba, novembro de 1929.
à direita: Panorâmica de Curitiba. fonte: Exposição-Feira de Curityba. Curityba, novembro de 1929.

1930
– população urbana: 100.000 habitantes,
– área do quadro urbano: 10.000.000 m.² ou 413 alqueires e 5.400.m².
– rios Barigui, Belém, Ivo, Agua-verde, Bigorrilho, Juvevê, Atuba, Iguassú. Passauna e Bacacheri.36
rua 15_1930_1   rua 15_1930_2à esquerda: Rua 15 de Novembro. fonte: Revista Illustração Paranaense. Curityba: anno IV, n. 3, mar. 1930.
à direita: Rua 15 de Novembro. fonte: Revista Illustração Paranaense. Curityba: anno IV, n. 3, mar. 1930.

1932
– bairros principais: Juveve, Bacacheri, Gloria, Batel, Portão, Agua-verde, Assungui, Bigorrilho, Mercês, Guabirotuba, Cajuru e Ahú.
– veículos para passageiros: 933 automóveis, 30 motocicletas, 112 aranhas, 38 chavetes, 10 faltons, 7 carros e 903 bicicletas, no total de 2033.
– para carga: 613 caminhões, 1029 carroças de 2 rodas com mola e 297 sem molas, 112 carroças de condução, 1100 carroças de 4 rodas coloniais e 57 carros de mão, no total de 2898.37
– companhias de venda de gasolina em bombas: instaladas com licença da prefeitura e de acordo com normas específicas: “Anglo Mexican Petroleum Company Ltd com 14 bombas, Standard Oil Company of Brazil com 8, Atlantic Refining Company Of Br com 7, The Texas com 3, Flavio Rangel com 1, no quadro urbano da capital.”38
– cerca de 3.000 apparelhos telephonicos com intercomunicações, 350 km de linhas de intercommunicação e moderníssimo apparelhamento para rápido serviço.39
– telegrama: taxa fixa ate 50 palavras é de hum mil reais a partir da Estação de Curityba.40
– prédios ligados a rede de água 5.361.
– extensão da rede de água 92.000 m.
– extensão da rede de esgoto 85.000 m.41
– esgoto da cidade escoado para o Rio Belém, juntamente com as águas fluviais.
– limpeza da cidade iniciada diariamente às 22:30h e no centro, mantida uma “turma de conservação de limpeza com os carrinhos ‘Lutocar’”42
– lixo coletado diariamente (volume de 70 m³) transportado por “auto-caminhoes apropriados.”
– lixo depositado “em locais afastados da zona povoada”, no arrabalde de Santa Quitéria.
– área calçada de 13.734 m²

1933
– área calçada de 18.310 m².43
praca tiradentes_1933
Praça Tiradentes, 1933. fonte: Revista Illustração Paranaense. Curityba: fev. 1933.

1934
– arborização: 10 mudas de Jacarandá, plantadas no jardim posterior da prefeitura municipal, 492 Tipoanas, nas ruas Visconde do Rio Branco, Comendador Araujo e Ébano Pereira, 927 Plátanos nas ruas Westephalen, Sete de Setembro, Brigadeiro Franco, André de Barros, Avenidas Graciosa e Visconde de Guarapuava, 185 Acácias44 nas Avenidas Iguaçu e Garibaldi.

1930 Requerimentos protocolados para diversas edificações demonstram o ritmo de crescimento, na construção civil.45
1932 | 353
1933 | 354 casas e 81 muros classe A, 29 passeios classe B e mais 387 reparos e aumentos.46
1934 | 370
1935 | 482
1936 | 562
1937 | 505
1938 | 429
1939 | 499
1940 | 614
1941 | 53947
mapa 35 com zona

1940
– limita-se com os municípios de Campo Largo, Cerro Azul, Bocaiuva, Piraquara, São José dos Pinhais e Araucária.48
– superfície 1.118 Km² distribuída pelos distritos:
de Curitiba 271 Km²
de Colombo 162 Km²
de Umbará 97 Km²
de Santa Felicidade 214 Km²
de Tamandaré 322 Km²
de Campo Comprido 52 Km²
– população do Município de Curitiba: 148.757 habitantes (Censo de 1940).49

1941
– calçamento a paralelepípedo 33.239,36 m²
– Curitiba completa seu primeiro milhão de m.² dos diversos tipos de pavimentação.
– passageiros transportados em ônibus no 2º semestre 5. 335.252
– passageiros transportados em bondes 9.138.544
– automóveis, 2047; caminhões 713; ónibus 182; motocicletas 256; carroças, charretes, bicicletas, carrinhos de mão 6.918.
– iluminação domiciliar 10.725
– prédios com esgoto 7.302
– prédios abastecidos com água 8.317

1942
– passageiros embarcados no aeroporto 2.251.50
– calçamento a paralelepípedo 50.491,81 m².51
mapa de 44 com zoneamento

Arrecadação municipal em 1936 |  Cr$ 6 milhões; em 1941, quase Cr$ 10 milhões; 1° semestre de 1942, Cr$ 6.700.821,50.52
1930 | Rs. 2.679:983$747
1931 | Rs. 3.216:547$539
1932 | Rs. 3.222:883$944
1933 | Rs. 3.903:396$514
1934 | Rs. 4.380:931$391

praca santos andrade_1947
Praça Santos Andrade, 1947. fonte: Revista A Divulgação. Ano I.  Curitiba: Velox Propagadora, nov. e dez. 1947.

1Lei Municipal n.° 102, 8 de janeiro de 1903. Leis, Decretos e Actos da Camara Municipal, 1902 a 1906. Curytiba: Officina de Artes Graphicas, 1906. p.71
2Lei Municipal n.° 151, 26 de outubro de 1905. Leis Decretos e Actos da Camara Municipal, 1902 a 1906. Curytiba: Officina de Artes Graphicas, 1906. p.12.
3Lei Municipal n.° 64, de 15 de janeiro de 1902. Leis, Decretos e Actos, 1902 a 1906. op. cit. p.13.
4Lei Municipal n.° 77, de 16 de abril de 1902. Leis Decretos e Actos da Camara Municipal, 1902 a 1906. Curytiba: Officina de Artes Graphicas, 1906. p.22-23.
5Lei Municipal n.° 84, de 10 de julho de 1902. Leis, Decretos e Actos, 1902 a 1906. op. cit. p.27-30.
6Relatorio da Secção Technica, de 20 de Setembro de 1900 a 20 de Setembro de 1904. Annaes da Camara Municipal, Sessões de 21 de Setembro de 1904 a 11 de julho de 1905. Curyriba: Typ. d’A Republica, 1905. p.12-14.
7Lei Municipal n.° 117, de 8 de outubro de 1903. Leis, Decretos e Actos, 1902 a 1906. op. cit. p.80-81.
8Lei Municipal n.° 768, de 27 de maio de 1929. Leis, Resoluções, Decretos e Atos de 1929. Curitiba: Impressora Paranaense, 1939. p.10-14.
9Lei Estadual n.° 506, de 2 de abril de 1903, autoriza o Governo estadual a contractar o serviço de exgottos e de abastecimento d’agua para a cidade de Curytiba.
10SCHUSTER. Zair Lorival. SANEPAR ANO 30. Resgate da memória e do saneamento básico do Paraná. Curitiba: Fundação SANEPAR
11Lei Municipal n.° 142, de 11 de outubro de 1905. Leis, Decretos e Actos, 1902 a 1906. op. cit. p.115-116.
12Lei Municipal n.° 151, 26 de outubro de 1905. Leis, Decretos e Actos, 1902 a 1906. op. cit. p.122-123.
13Lei Municipal n.° 175, 26 de abril de 1906. Leis, Decretos e Actos, 1902 a 1906. op. cit. p.148.
14Relatorio da Secção Technica, de 20 de Setembro de 1900 a 20 de Setembro de 1904. Annaes da Camara Municipal, Sessões de 21 de Setembro de 1904 a 11 de julho de 1905. Curytiba: Typ. d’A Republica, 1905. p.12-14.
15Relatorio de Joaquim P. Chichorro Junior Secretario dos Negocios de Obras Publicas e Colonização, ao Presidente do Paraná, Dr. Francisco Xavier da Silva, em 31 de Dezembro de 1909. Curytiba: Typ. d’A Republica, p.27-29.
16Relatorio de José Niepce da Silva Secretario dos Negocios de Obras Publicas e Colonização, ao Presidente do Paraná, Carlos Cavalcanti, em 31 de dezembro de 1912, Curytiba: Typ. Alfredo Hoffmann, 1910. p.34-35.
17Decreto Municipal n.° 66, 4 de julho de 1913. Leis, Decretos e Actos da Camara Municipal de Coritiba de 1913 e Orçamento para 1914.
18Mensagem do Presidente do Estado Carlos Cavalcanti de Albuquerque, ao Congresso Legislativo do Parana ao installar-se a 1ª Sessão da 12ª Legislatura em 1° de Fevereiro de 1914. Curityba: Typ. do Diario Official, 1914. p.25-26.
19Leis Municipais n.os361, 391, 371 e 404. Leis, Decretos e Actos da Camara Municipal de 1914 e Orçamento para 1915. op. cit.
20Lei Municipal n.° 358, de 31 de janeiro de 1913. Leis, Decretos e Actos da Camara Municipal de 1913 e Orçamento para 1914. op. cit. p.5. O concurso é vencido por José Celestino de Oliveira, de acordo com o Decreto Municipal n.° 83, de 28 de maio de 1914, que determina a abertura de credito de Rs 5:000$000 para o pagamento. Annaes da Camara Municipal. Sessões de 15 de Outubro de 1913 á 24 de Julho de 1914. Coritiba: Typ. d’A Republica, 1914. p.15-16.
21Mensagem do Presidente do Paraná, Carlos Cavalcanti, ao Congresso Legislativo do Parana em 1° de Fevereiro de 1914. Curityba: Typ. do Diario Official, 1914. p. 26.
22Relatorio da Commissão de Melhoramentos, em 15 de abril de 1914. Annaes da Camara Municipal. Sessões de 15 de Outubro de 1913 á 24 de Julho de 1914. Coritiba: Typ. d’A Republica, 1914. p.136.
23LAMBERT, E. op. cit. p.61.
24Idem, p.222.
25Idem, p.56.
26Idem, p.62.
27Idem, p.60.
28Mensagem dirigida a Camara Municipal pelo Prefeito João Moreira Garces, na 7ª Legislatura, em 15 de Abril de 1920. Curityba: Typ. d’A Republica, 1920. p.36.
29Mensagem dirigida a Camara Municipal pelo Prefeito João Moreira Garces, na 8ª legislatura em 15 de abril de 1923. Curytiba: Tip.d’ A republica, 1923. p. 84.
30Mensagem dirigida a Camara Municipal pelo Prefeito João Moreira Garces, na 8ª legislatura em 15 de abril de 1923. Curytiba: Tip.d’ A republica, 1923. p. 84.
31Mensagem dirigida a Camara Municipal pelo Prefeito João Moreira Garces, na ª 1ª legislatura 15 de abril de 1920. Curytiba: Tip.d’ A republica, 1920, p. 34.
32Mensagem dirigida a Camara Municipal pelo Prefeito João Moreira Garces, na 8ª legislatura em 15 de abril de 1923. Curytiba: Tip.d’ A republica, 1923.
33ILLUSTRAÇÃO PARANAENSE. Curityba: anno 4, n. 3, mar. 1930.p. 30.
34Mensagem dirigida a Camara Municipal pelo Prefeito Euride Cunha, em 15 de abril de 1928. Curytiba: Tip.d’ A republica, p. 120.
35Mensagem dirigida a Camara Municipal pelo Prefeito Euride Cunha, em 15 de abril de 1928. Curytiba: Tip.d’ A republica, p.19.
36ANUARIO PROPAGANDISTA SUL DO BRASIL. FUNDADO EM 1929, Moderno indicador de utilidade diaria, ampla circulação em todo paiz. Curitiba: Impressora Paranaense, 1935, p. 124.
37Relatorio do prefeito de Curitiba Lothario Meissner ao Interventor Federal no Estado do Paraná Manoel Ribas, referente ao exercício de 1932. Curitiba: fevereiro de 1933. p.142.
38ANUARIO PROPAGANDISTA SUL DO BRASIL. FUNDADO EM 1929, Moderno indicador de utilidade diaria, ampla circulação em todo paiz. Curitiba: Impressora Paranaense, 1932, p.106.
39ANUARIO PROPAGANDISTA SUL DO BRASIL. FUNDADO EM 1929, Moderno indicador de utilidade diaria, ampla circulação em todo paiz. Curitiba: Impressora Paranaense. 1932, p.23
40ANUARIO PROPAGANDISTA SUL DO BRASIL. FUNDADO EM 1929, Moderno indicador de utilidade diaria, ampla circulação em todo paiz. Curitiba: Impressora Paranaense. 1932. P.115.
41SHUSTER. Zair. Sanepar ano 30. Curitiba, SANEPAR, 1994. p. 130.
42Relatorio do prefeito de Curitiba Lothario Meissner ao Interventor Federal no Estado do Paraná Manoel Ribas, referente ao exercício de 1932. Curitiba, fevereiro de 1933 p.144-145.
43Relatorio do prefeito de Curitiba Lothario Meissner ao Interventor Federal no Estado do Paraná Manoel Ribas, referente ao exercício de 1934. Curitiba, fevereiro de 1935. p.5.
44Relatorio do prefeito de Curitiba Lothario Meissner ao Interventor Federal no Estado do Paraná Manoel Ribas, referente ao exercício de 1934. Curitiba, fevereiro de 1935. p. 42-43.
45Relatorio do prefeito de Curitiba Lothario Meissner ao Interventor Federal no Estado do Paraná Manoel Ribas, no exercício de 1932. Fevereiro de 1933, p.36.
46Relatorio do prefeito de Curitiba Lothario Meissner ao Interventor Federal no Estado do Paraná Manoel Ribas, no exercício de 1932. Fevereiro de 1933, p.36.
47Plano de Urbanização de Curitiba. In: PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Boletim PMC. Ano II, n.12. Curitiba: Nov.dez. Imprensa Gráfica Paranaense. 1942 p.10.
48Plano de Urbanização de Curitiba. In: PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Boletim PMC. Ano II, n.12. Curitiba: Imprensa Gráfica Paranaense, Nov.dez. 1942. p.8.
49Plano de Urbanização de Curitiba. In: PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Boletim PMC. Ano II, n.12. Curitiba: Nov.dez. 1942. p.8.
50Curitiba. Boletim da PMC. Ano I, nº 3. Mai. jun de 1942.p. 98
51Curitiba. Boletim da PMC. Ano II, nº 7. Jan. fev. de 1943. P.78
52Plano de Urbanização de Curitiba. In: PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA. Boletim PMC. Ano II, n.12. Curitiba: Nov.dez.1942, Imprensa Gráfica Paranaense. p.10.