História[editar | editar código-fonte]
Primórdios[editar | editar código-fonte]
A história do Teatro Guaíra inicia no século XIX. O imóvel situava-se no local onde hoje está o prédio da Biblioteca Pública do Paraná, na Rua Cândido Lopes, e sua abertura estava marcada para o dia 28 de setembro de 1884, com o nome de Theatro São Theodoro, em homenagem a Theodoro Ébano Pereira, fundador de Curitiba. A inauguração foi cancelada pela eclosão da Revolução Federalista, que utilizou o prédio como prisão política. Somente dezesseis anos mais tarde, em 3 de novembro de 1900, após obras de reforma, ampliação e instalação de iluminação elétrica, o teatro foi finalmente inaugurado, recebendo o nome de Theatro Guayra. As instalações foram redecoradas e ampliadas em 1915. O prefeito Aluízio França ordenou a demolição da edificação em 1937, alegando perigo de desabamento.
Projeto do novo prédio[editar | editar código-fonte]
Em 1948, durante o governo de Moisés Lupion, foi realizado concurso para escolher um projeto para o novo prédio do teatro. O arquiteto Rubens Meister, com 26 anos à época, ficou classificado em terceiro lugar, sendo que o primeiro e segundo colocados apresentaram projetos clássicos, com estilo semelhante aos dos teatros municipais do Rio de Janeiro e de São Paulo. O governador seguinte, Bento Munhoz da Rocha, acabou optando pelo projeto de Meister, por considerá-lo mais condizente com a sua proposta de modernizar a capital. A localização foi alterada da Praça Rui Barbosa, que deixaria de existir para abrigar o prédio, para uma área maior, de um quarteirão inteiro, situada em uma das faces da Praça Santos Andrade. Sendo assim, o projeto inicial pôde ser ampliado, formando um complexo arquitetônico com três auditórios e todas as dependências necessárias para a produção de peças e espetáculos, com salas de ensaios, ateliê de costura e oficina cenográfica, entre outras dependências.
Construção do complexo e inauguração do "Guairinha"[editar | editar código-fonte]
As obras tiveram início em 1952. O "Auditório Salvador de Ferrante", de tamanho médio, conhecido como Guairinha, foi inaugurado em 19 de dezembro de 1954, com a presença do Presidente da República Café Filho. A primeira peça apresentada no auditório foi "Vivendo em Pecado", de Terence Rattigan, da companhia Dulcina, em 25 de fevereiro de 1955.
Com a Lei Estadual n° 73 de 7 de novembro de 1955 o pequeno auditório do Teatro Guaira passou a ser denominado de "Auditório Salvador de Ferrante" em homenagem a Salvador Ferdinando de Ferrante, teatrólogo pioneiro em Curitiba e fundador da Sociedade Teatral Renascença.[2]
As obras do grande auditório seguiram lentamente durante dezesseis anos. Em 25 de abril de 1970, quando a inauguração estava próxima, um incêndio causou graves danos ao prédio, que precisou de mais quatro anos para ficar pronto.
Inauguração do "Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto"[editar | editar código-fonte]
O grande auditório, também conhecido como Guairão, foi inaugurado em 12 de dezembro de 1974, recebendo o nome de "Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto", em homenagem ao ex-governador. A peça de estreia foi "Paraná, Terra de Todas as Gentes", de Adherbal Fortes e Paulo Vitola.
Adendos[editar | editar código-fonte]
O "Auditório Glauco Flores de Sá Brito", conhecido como o miniauditório, foi inaugurado um ano depois do grande auditório, em 1975, sendo reservado principalmente a companhias de teatro paranaenses e espetáculos experimentais e de vanguarda.
O "Teatro José Maria Santos" não faz parte do prédio principal, mas integra o patrimônio do "Centro Cultural Teatro Guaíra". Foi inaugurado em 27 de junho de 1998 e seu nome é uma homenagem ao ex-ator e diretor paranaense José Maria Santos.
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