A Colônia Santa Cândida foi instalada pelo governo provincial do Paraná no ano de 1875, fazendo parte dos planos governamentais para a formação de um cinturão verde ao redor de Curitiba. Em 1877 a capela de Santa Cândida foi inaugurada, sendo que em 1880 o Imperador Dom Pedro II visitou a colônia e fez uma refeição com os moradores locais.[1]
Nessa época, a crise da mão-de-obra advinda com a abolição do tráfico de escravos provocou uma crise também na produção de gêneros de primeiras necessidades. O estabelecimento de colônias agrícolas habitadas por imigrantes europeus, cujo trabalho no país de origem estava ligado ao cultivo da terra, era uma das estratégias postas em prática para solucionar o quadro de crise. De 1870 em diante, várias colônias já eram apontadas nos mapas de Curitiba da época. Os primeiros imigrantes destinados à Colônia Santa Cândida, vindos de Antuérpia (Bélgica) e oriundos da região da Silésia [2] e foram assentados nas terras localizadas próximo à Estrada da Graciosa, adquiridas de José de Barros Fonseca.
O presidente da Província do Paraná, Adolfo Lamenha Lins, acreditava que o estabelecimento dos imigrantes em localidades próximas às estradas carroçáveis já existentes, como a Graciosa, garantiria o êxito do núcleo colonial agrícola, uma vez que este estaria ligado, através de uma estrada secundária (a ser construída pelos próprios colonos com os subsídios do governo), a uma estrada principal que possibilitaria a circulação de mercadorias (lenha e produtos da lavoura) para o abastecimento da cidade.
Em relatório apresentado em 1876, Lamenha Lins afirmou ter mandado construir uma casa de madeira em cada lote, medindo aproximadamente 108.900 m² cada um. Tal possibilidade, de cada família imigrante tornar-se proprietária de um pedaço de terra e comercializar os produtos da sua lavoura, atraiu a vinda de demais famílias, às vezes incentivadas, através de cartas, pelos próprios colonos já estabelecidos.
Década de 2010[editar | editar código-fonte]
Com a Operação Lava Jato o bairro teve destaque na imprensa nacional por abrigar a sede da Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde estão alguns presos na primeira instância da Operação. [3]
Denominação[editar | editar código-fonte]
O nome do bairro foi uma homenagem de Lamenha Lins a sua segunda esposa, Cândida de Oliveira, quando implantou a "Colonia Cândida"
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