sábado, 20 de fevereiro de 2021

Boqueirão é um dos maiores bairros da capital paranaense. Conheça sua história

 

Bairro Boqueirão

Localizado na região sudoeste de Curitiba, o bairro Boqueirão é um dos maiores bairros da capital paranaense, com área de 14,80 km² e população de 68.495 habitantes.

Fica há exatos dez quilômetros do centro da cidade, há cerca de vinte minutos de carro.

Sua principal via de acesso é a Avenida Marechal Floriano Peixoto, que conecta o centro à zona Sul, à BR-116 e a São José dos Pinhais.

Boqueirão é um bairro predominantemente residencial, apesar da grande atividade comercial.

O forte da economia do bairro é a concentração de indústrias, com destaque para o setor automobilístico e polo têxtil.

A grande oferta de serviços faz o bairro parecer uma cidade, e o acesso facilitado ao comércio é um dos motivos pelos quais os moradores gostam de viver lá.

A palavra boqueirão tem o seu significado no dicionário, como sendo um “covão”, “grande boca”, “abertura de um canal”, “rua que dá para o rio” ou até mesmo uma “quebrada entre montes”. Não sabe-se, ao certo, qual destes significados foi o mais usual para determinar o nome de uma fazenda que estava localizada muito longe do centro da velha Curitiba do século XIX.

A primeira referência conhecida das terras que atualmente fazem parte do  Boqueirão está nos registros de propriedade da Fazenda Boqueirão e em nome do Coronel Manoel Antônio Ferreira, datado de 1856.

No documento consta que a fazenda possuía, aproximadamente, 1.000 alqueires.

Destas terras se sabe que era um grande banhado, porém, de solo fértil e contendo mata nativa.

Fazenda Boqueirão era utilizada para a criação de gado, cavalos e de onde se extraía madeira e em 1855, com a morte do coronel, foi partilhada entre os seus filhos: Theolindo Ferreira Ribas e Ubaldina Ferreira de Sá Ribas e uma parte menor para Amélia Ferreira do Valle, que não era filha mais fora criada pelo coronel.

Assim a fazenda foi dividida em três partes desiguais e coube a Theolindo, filho mais velho, a maior parte da propriedade.

Após a divisão, as fazendas ficaram com o mesmo nome, constando em outros documentos da época como sendo “propriedades Boqueirão”.

Major Theolindo Fererira Ribas manteve a fazenda até 1910 e neste ano ele vendeu a propriedade para Victor Ferreira do Amaral, Homero Ferreira do Amaral e Alexandre Harthey Gutierrez que era casado com a filha de Victor Ferreira.

As famílias Gutierrez e Ferreira do Amaral criaram, em 1933, a Companhia Territorial Boqueirão com a finalidade de dividir os 960 alqueires da Fazenda Boqueirão em lotes para a venda.

Foram divididos e mapeados 12.000 lotes de 15x15m e algumas dezenas de lotes coloniais (chácaras com dois alqueires cada).

As vendas começaram em 1934 e o último lote foi vendido no ano de 1982.

Na história do bairro Boqueirão, não podemos esquecer, também, da enorme contribuição dos Menonitas – imigrantes russos, vindos do estado vizinho de Santa Catarina – os quais instalaram-se na região e compraram a fazenda de Jesuíno Martins – vizinha à Fazenda Boqueirão – nos anos de 1930.

Com os Menonitas instalados na região, o lugar cresceu e desenvolveu-se graças ao surgimento de ações empreendedoras como a Cooperativa Mista Boqueirão ou a criação de escolas, igrejas e até um cemitério.

São obras dos Menonitas o Colégio Erasto Gaetner, a Igreja Irmãos Menonitas e o Cemitério Municipal do Boqueirão.

Estas obras, de iniciativa da comunidade Menonita, consolidaram o crescimento do bairro tornando-se um dos maiores da capital paranaense.

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