HISTÓRIA DO CHAFARIZ DA PRACA ZACARIAS
No dia 08/09/1871, o chafariz da praça Zacarias foi inaugurado. Na época o local chamava-se "Largo da Ponte" ou "Largo do Ivo", devido a estar ali próximo uma pequena ponte de madeira que havia sobre o rio Ivo.
HISTÓRIA DO CHAFARIZ DA PRACA ZACARIAS
No dia 08/09/1871, o chafariz da praça Zacarias foi inaugurado. Na época o local chamava-se "Largo da Ponte" ou "Largo do Ivo", devido a estar ali próximo uma pequena ponte de madeira que havia sobre o rio Ivo.
Além de facilitar o trabalho dos pipeiros, o chafariz possibilitou que uma boa parte da população tivesse mais um ponto de coleta d’água na cidade, além de algumas outras fontes de água que haviam próximas ao centro, chamadas de "Carioca".
Para conhecer sua importância, é preciso voltar à segunda metade do século 19. Naquela época, o “abastecimento” das residências era feito pelos chamados aguadeiros, ou pipeiros, profissionais que recolhiam a água das bicas e olhos d’água e entregavam-na nas casas de quem podia pagar pelo serviço. Quem não dispunha de condições para tanto utilizava a água retirada dos poços perfurados no fundo dos quintais.
Muito mais do que um ornamento na paisagem urbana, o chafariz foi testemunha do desenvolvimento da cidade, ele foi o primeiro encanamento de água da capital e fonte do líquido para gerações de curitibanos que nem sonhavam com o conforto de ter uma torneira dentro de casa.
Alguém poderá pensar, "como foi o primeiro encanamento da cidade, se o chafariz é uma fonte ?". Sim, é uma fonte, porém, a água dela não brotava do solo ali. A água que ali jorrava era encanada, vindo de uma nascente que havia na então Praça da Misericórdia (hoje Praça Rui Barbosa).
Consta a lenda, que o engenheiro Antônio Rebouças Filho ao passar próximo daquela nascente, experimentou a água e teve a feliz Idéia de propor ao presidente da Província que ela fosse encanada e levada até ao "Largo da Ponte", que naquela época era bastante frequentado, pois, em uma de suas faces estava funcionando os quartos do "Mercadinho", o então "Mercado de Curitiba", propriamente dito.
Autorizada a obra, foram necessários seis meses de estudo para o desenvolvimento do projeto, que envolveu a aquisição de tubos de cobre no Rio de Janeiro e de torneiras vindas da Europa. O poste, sextavado, foi obra de um artífice local.
Assim foi até o início do século 20, quando, após a inauguração do primeiro sistema de abastecimento de água de Curitiba, o chafariz já não era mais necessário. Em 1939, ele chegou a ser retirado da praça e levado ao Museu Paranaense, no Batel.
Em 1968, por determinações do ex-prefeito Omar Sabbag, o chafariz voltou à Praça Zacarias. Desde então, mantém vivo um importante pedaço da história do abastecimento público de Curitiba e do Paraná.
Paulo Grani
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