sexta-feira, 8 de abril de 2022

"LÁ NO PASQUALE". ANTES, DURANTE E DEPOIS Houve um tempo em Curitiba, desde a década de 1940, que a chegada do domingo, principalmente nas manhãs de sol, significava um dia de festa e confraternização no Passeio Público.

 "LÁ NO PASQUALE". ANTES, DURANTE E DEPOIS
Houve um tempo em Curitiba, desde a década de 1940, que a chegada do domingo, principalmente nas manhãs de sol, significava um dia de festa e confraternização no Passeio Público.


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"LÁ NO PASQUALE". ANTES, DURANTE E DEPOIS
Houve um tempo em Curitiba, desde a década de 1940, que a chegada do domingo, principalmente nas manhãs de sol, significava um dia de festa e confraternização no Passeio Público. Uma manhã no Passeio Público era uma tradição sistemática e natural, envolvendo gerações de curitibanos.
Lá havia um pavilhão de madeira onde funcionava um bar que cumpria a tarefa de servir lanches, cafés, refrigerantes e bebidas ao público, além de disponibilizar um local de descanso aos frequentadores, que podiam apreciar a desenvoltura das atividades do Passeio Público e curtir os usuários dos pedalinhos que desfilavam no lago.
Em 1947, durante o governo Lupion, o pavilhão foi transformado em sua estrutura e passou a abrigar o Restaurante do Estudante, tendo abrigado uma geração de estudantes curitibanos por quase uma década. Em 1956, o local foi parcialmente destruído devido a um incêndio.
Após uma restauração, em março de 1957, o espaço foi alugado por João de Pasquale que criou o restaurante "Lá no Pasquale", um espaço para as pessoas se encontrarem e degustarem algumas especiarias.
"Jornalistas e radialistas encarregavam-se de divulgar os eventos culturais promovidos pela Fundação Cultural de Curitiba no espaço do Pasquale, nos finais de tarde e nos sábados pela manhã. Pronto! A notoriedade do Pasquale estava garantida! Era, sem dúvida, um bar-restaurante da moda! João de Pasquale, uma figura muito bem relacionada em Curitiba, sempre soube administrar o seu lado carismático no trato com as pessoas, e junto com sua esposa, Dona Isaura, incansável na cozinha, e seus filhos, que sempre participaram de tudo, fizeram do Pasquale um local aconchegante. [...]
O cardápio do Pasquale era bastante variado, indo dos acepipes como a linguiça calabresa servida no palito, aos pratos mais elaborados como o barreado, a feijoada, o churrasco de grelha, os peixes e camarões e frangos feitos das mais diferentes maneiras. Alguns aperitivos inventados por Dona Isaura marcaram, como é o caso do mini pastel, o pastel à milanesa, a casquinha de siri com leite de coco, o bolinho de arroz” (*1)
Seu sucesso maior foi no final dos anos sessenta e decorrer dos setenta.
No final dos anos 1990, o estabelecimento passou a chamar-se Restaurante do Passeio, porém, os frequentadores haviam migrado para outros parques criados no entorno da cidade, ocasionando total declínio.
Em 2018, a Prefeitura iniciou sua demolição justificando "Agora, em mais uma etapa da revitalização do Passeio Público, a ideia é tornar o espaço em uma área comum de convivência. “Trata-se, agora, da implantação da Praça do Passeio, uma área comum de convivência, que visa resgatar a identidade e o valor histórico do local, inaugurado em 1886”, informa a administração municipal.
Um antigo frequentador daquele espaço expressou-se em rede social: “Quem conheceu o Restaurante do Pasquale, conheceu. Quem não conheceu, não vai conhecer mais. Bons tempos de juventude que a gente vinha andar de pedalinho e tomar uma ‘béra’. Saudades que vão ficar”,
(*1 - Extraído de: tribunapr.com.br / Fotos: Arquivo Gazeta do Povo, curitiba.pr.gov.br, tribunapr.com.br)
Paulo Grani

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