OS TEMPOS DA PRAÇA OSÓRIO
OS TEMPOS DA PRAÇA OSÓRIO
"Em meados do século 19, o terreno da Praça Osório, Curitiba, não passava de um grande banhado formado pelo Rio Ivo. Na época, a área alagadiça era um entrave para o prolongamento da Rua das Flores, que contava apenas com três quadras de extensão – da Rua Barão do Rio Branco até a Alameda Dr. Muricy.
O fato perdurou até o início dos anos de 1870, quando o Governo da Província – ao visualizar o progresso na região – autorizou a abertura da Estrada do Mato Grosso (atual Comendador Araújo). A cerimônia de lançamento da pedra fundamental aconteceu no dia 15/04/1871 sob o governo de Venâncio José de Oliveira Lisboa.
O primeiro nome – Largo Oceano Pacífico – veio no início de 1874, após a Câmara Municipal designar uma comissão com o intuito de demarcar o local. A mudança para a denominação atual aconteceu em 27/02/1879 como forma de homenagear Manuel Luís Osório, general de destaque durante a Guerra do Paraguai.
As últimas décadas do século 19 foram marcadas por um cenário descampado e sem utilidade. Apenas questões militares e apresentações circenses faziam parte da rotina do Largo General Osório.
As primeiras obras no local viriam ocorrer na gestão municipal de Luiz Antônio Xavier (1900-1907). O então prefeito destacou os melhoramentos no calçamento em torno da região; terraplanagem e o revestimento do mesmo com saibro e pedregulho; arborização do Largo; entre outras iniciativas.
O fim das obras, no dia 29/10/1905, contou com a apresentação da banda de música do Regimento de Segurança do Estado. O novo formato simbolizava um “extenso retângulo cortado ao meio pela linha de bondes que vinha da Rua Comendador Araújo para a atual Avenida Luiz Xavier”.
Outras alterações urbanas viriam na sequência como a ligação entre as Avenidas Vicente Machado e Luiz Xavier e a Rua XV de Novembro; novo jardim com objetivo estético; tratamento paisagístico à francesa com estátuas de sereias e de um cisne; um relógio elétrico para marcar o horário oficial do município; além do calçamento em petit pavet.
A partir da segunda metade do século 20, a Praça Osório receberia mais intervenções. Áreas de lazer, diversão, exercícios físicos, e a criação da Arcada da Praça Osório com bancas de revistas, cafés e a Boca do Brilho. Na região também funcionou (1964-2006) o tradicional Cine Plaza, que chegou a se tornar o cinema com maior bilheteria da cidade. Há também uma série de bustos que homenageiam personalidades locais e nacionais."
(Extraído de: Curitibaspace.com.br)
Paulo Grani
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Cartão Postal, datado de 1905, pouco antes da inauguração da sua primeira configuração, mostra a Praça Osório com suas arvores recém-plantadas.
Foto: Coleção Julia Wanderley, acervo IHGPr.
Foto: Coleção Julia Wanderley, acervo IHGPr.
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Público presente na solenidade de inauguração da sua nova versão, em 1914.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo)
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Outro Cartão Postal de 1905, o então Largo Osório.
Foto: IHGPr.
Foto: IHGPr.
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A Praça Osório com novo lay-out, anos 1920.
Foto: curitiba.pr.gov.br
Foto: curitiba.pr.gov.br
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Outro Cartão Postal, de 1910, mostra uma vista panorâmica da Praça Osório.
Foto: Arquivo Público do Paraná).
Foto: Arquivo Público do Paraná).
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A Praça Osório, em 1916, com seu paisagismo à francesa, complementado pela presença do bondinho elétrico.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.
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A Praça Osório, primeira década de 1900, tendo ao centro os trilhos do bondinho puxado por mulas, em direção ao Batel, pela Comendador Araujo.
Foto: curitiba.pr.gov.br
Foto: curitiba.pr.gov.br
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Praça Osório, década de 1930, pela rua Voluntários da Pátria.
Foto: Acervo Wagner Wolff.
Foto: Acervo Wagner Wolff.
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Cartão Postal da década de 1930, mostra a Praça Osório e o seu famoso relógio.
Foto: Acervo Walmor Frank Góes.
Foto: Acervo Walmor Frank Góes.
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Lado sul da Praça Osório, década de 1930, visto do alto do edifício Garcez.
Foto: Acervo Wagner Wolff.
Foto: Acervo Wagner Wolff.
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Vista aérea da Praça Osório, década de 1930.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.
Foto: Arquivo Gazeta do Povo.
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Praça Osório, início década de 1920, em momento que o bonde elétrico da linha Batel fazia seu percurso.
Foto: Acervo Paulo José Costa.
Foto: Acervo Paulo José Costa.
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Nesta histórica foto, de 1916, vemos o relógio ainda sem ponteiros e, mais ao lado, o saudoso coreto.
Foto: Coleção Julia Wanderley, acervo IHGPr.
Foto: Coleção Julia Wanderley, acervo IHGPr.
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A velha Praça Osório, em Cartão Postal da Foto Colombo, década de 1940.
Foto: Acervo Manoel Steinkirch
Foto: Acervo Manoel Steinkirch
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Novamente a Praça é seu histórico relógio, em foto de 1918.
Foto: Acervo Giuseppe Todeschini.
Foto: Acervo Giuseppe Todeschini.
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A Praça Osório, década de 1930, com suas árvores já bem crescidas.
Foto: Acervo Aldo Ramalho Picanço.
Foto: Acervo Aldo Ramalho Picanço.
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As ninfas do chafariz da Praça Osório, fundidas em bronze, trazidas da França, década de 1920.
Foto: IHGPr.
Foto: IHGPr.
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Em vôo de 1933, destaque para a Praça Osório.
Foto: Acervo Romulo Antônio Fontana.
Foto: Acervo Romulo Antônio Fontana.
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