quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Botequim

 

Ponta Grossa – Botequim


O Botequim, em Ponta Grossa-PR, serviu de residência de Theóphilo Alves Cunha. Sua construção foi realizada antes dos anos de 1920.

COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Botequim
Outros Nomes: Botequim Original, Antiga Distribuidora de Doces Ácacia
Localização: R. XV de Novembro, n° 492 – Ponta Grossa-PR
Processo: 40/2001

Descrição: Localizada na Rua XV de novembro n° 492, antiga residência de Theóphilo Alves Cunha, construção realizada anterior aos anos de 1920, foi instalada a alfaiataria Biella em 1923 fundada pelo SR. Paschoalino Provisiero, natural da Itália e residente em Ponta Grossa desde 1908, segundo o álbum de Ponta grossa de 1963, no imóvel também funcionou a fábrica de Malhas Salina, do Sr. Felipe de Leon Salina. Atualmente funciona como Bar Botequim. Edificío de estilo eclético, tombado em 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Antiga residência de Theóphilo Alves Cunha, membro de tradicional família princesina. Foi industrial, comerciante, fazendeiro, presidente do Conselho Consultivo Municipal e vereador. Inicialmente, residiam em uma casa situada em frente á Praça Mal. Floriano Peixoto, porém, possuíam vários imóveis na cidade, bem como na zona rural. Foi fundador das industrias Theóphilo Cunha Ltda.

Com o falecimento do proprietário, o imóvel em questão passou a pertencer por herança a uma das filhas: Otília Cunha Guimarães, casada com Horácio Villela Guimarães (em 1924) sendo que seu esposo faleceu em 1932, deixando-a viúva com os seguintes filhos: Hamilton Cunha Guimarães, casada com Ivone Hilgenberg Guimarães (falecida), Cyro Cunha Guimarães, casado com Claudionor Bittencourt Guimarães, Maria Lilia (falecida), Glacy Cunha Guimarães, Nilda Guimarães Nader, casado com Eblen Nader e Antônio Carlos (falecido).

Otília Cunha Guimarães possuía além dos imóveis urbanos, as fazendas: Santa Rosa Santa Maria e Fazenda das Violas, nas quais explorou intensas atividades pecuárias e fábrica de laticínios. Irmanou-se em movimentos a favor das entidades assistenciais da cidade, tendo com maior ênfase, trabalhando em prol dos melhoramentos da antiga Catedral Diocesana de Ponta Grossa. Faleceu em maio de 1986, sendo homenageada com seu nome em uma das ruas da cidade, através da Lei n° 3.912.

Antes de falecer, doou uma parte do imóvel para seu filho Cyro Cunha Guimarães, que posteriormente vendeu para sua irmã Glacy Cunha Guimarães, conforme o registro geral do imóvel. O prédio, posteriormente foi ponto comercial, sendo instalada a Alfaiataria Biela, esta fundada pelo Sr. Paschoalino Provisiero, natural da Itália e residente em Ponta Grossa desde 1908; e segundo o Álbum de Ponta Grossa de 1963, no imóvel também funcionou a fábrica de Malhas Salina, do Sr. Felipe de Leon Salina. Também ocupou a Distribuidora de Doces Acácia.
Pesquisadora: Isolde Maria Waldmann
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

FOTOS:

Nenhum comentário:

Postar um comentário