quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Casa dos Anjos

 

Ponta Grossa – Casa dos Anjos

A Casa dos Anjos, em Ponta Grossa-PR, foi construída por volta de 1920, em 3 pavimentos e um total de 39 ambientes, para o industrial Evaldo Kossatz.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Casa dos Anjos
Localização: Av. Vicente Machado, n° 253 – Ponta Grossa-PR
Processo: 26/2001

Descrição: A Mansão “Casa dos Anjos” foi construído por volta de 1920, na Av. Vicente Machado, pelo industrial Evaldo Kossatz, construída em 3 pavimentos contendo um total de 39 peças. O Nome da residência foi inspirado nas pinturas internas do teto das sacadas, que são “Anjos”, pintados artisticamente pelo SR. Otto Voggetta. Tombado em 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A mansão “Casa dos Anjos” foi construída por volta de 1920, na Avenida Vicente Machado, pela industrial Evaldo Kossatz, posteriormente adquirida pelo Sr. Frederico Justus Sobrinho e mais vendida ao Sr. David Hilgemberg Júnior, descendente de imigrantes russos-alemães, oriundo do Volga, uma região ao Sul da Rússia.

Várias Famílias desses imigrantes vindos a Ponta Grossa, ligaram-se ás atividades econômicas, como criação de animais, casas comerciais, indústrias de laticínio, madeireiras, transportes e outros.

Segundo monografia “Casa dos Anjos”, pesquisa desenvolvida em 1998, tendo a seguinte colocação do imóvel.

A Casa dos Anjos foi construída em 3 pavimentos contendo um total de 39 pças. O pavimento térreo constituía-se de salão de festas, possuindo escritório e cozinha para o preparo de alimentos nos dias de festas, possuindo escritório e cozinha para o preparo de alimentos nos dias de festas, chás, recepções etc. Esses acontecimentos sociais eram frequentes pela grande amizade que possuíam com as famílias tradicionais, como por exemplo os Justus, Inthon, Osternack, Kossatz e Lange.

No segundo piso, que era mais utilizado, situavam-se as dependências utilizadas no dia-a-dia. Ali ficavam os quartos, cozinha, salas, banheiro e as sacadas.

No sótão estavam o quarto de brinquedo das meninas e os quartos ocupados pelas funcionárias que residiam na casa.

Quanto ao nome da residência, foi inspirada graças á pintura interna do teto das sacadas, que são os “Anjos”, pintados artisticamente pelo Sr. Otto Voggeta. Essa pintura encontra-se alterada, era cor dourada e prateada e os detalhes da parede da sala desenhados com as pontas dos dedos no reboco.

A arquitetura da casa permanece inalterada até os dias atuais, percebendo a parte interna, como portas, janelas, lustres em vidro, com incrustações em jato de areia, formando desenhos de tonalidade fosca, além de pinturas de anjos, sem falar das escadarias, cenário ideal para fotografias de casamento das filhas do casal, Leonilda, Nilva e Zaclis. Na ocasião das festas de casamento eram controlados mais empregados, sendo que um deles exercia a função de porteiro, atendendo a chegada dos presentes que eram enviados. Dona Leonilda contou a vida que tiveram quando criança, desde as mais simples brincadeiras com bonecas no quarto do sótão, como as de esconde-esconde no jardim da Mansão, com as colegas de escola e as primas que vinham visita-los. A família sempre contratava empregadas domésticas.

Quanto aos cuidados do Jardim da mansão, era contratado um jardineiro, Sr. Jacob Schell, especialista em aparar artisticamente os pés de buchinho, dando formato de bichos, enfeitando o jardim.

Á direita da casa, na frente para a Avenida Vicente Machado, havia um repuxo, onde era decorado com pedras e no meio delas encontravam-se plantadas as mais variadas flores. Nas tardes quentes, a água do repuxo era ligada e chamava atenção de quem passava por ali.

Foi mandado construir por Sr. David, um viveiro muito grande e alto com árvores naturais no centro onde os pássaros viviam em seu ambiente natural, cuja beleza era tamanha que mereceu uma crônica escrita por “Vieira Filho” sobre o recital de vozes constante no local.

Quando o Sr. David faleceu, em 1990, foi procedido o inventário da mansão, e onde encontrava-se construída, foi desmembrado em dois lotes (mansão e jardim), sendo que a mansão foi dividida entre as filhas Leonilda e a filha Nilva, e o jardim ficou pertencendo a filha Zaclis. Posteriormente, a mansão foi vendida ao Sr. Marcos Slud e o jardim continuava de propriedade de Zaclis Miranda.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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