Ponta Grossa – Acervo Fotográfico do Ponto Azul
O Acervo Fotográfico do Ponto Azul, em Ponta Grossa-PR, foi tombado por sua importância histórica.
Prefeitura Municipal Ponta Grossa-PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR
Nome Atribuído: Acervo Fotográfico do Ponto Azul
Localização: Casa da Memória Paraná – R. Benjamin Constant – Ponta Grossa-PR
Descrição: A idéia do progresso, ou seja, de qualquer forma de avanço material ou cultural de uma coletividade, não raro, se bate com a questão da preservação das referências sobre o que somos ou já fomos. Enquanto de um lado se argumenta que um patrimônio antigo, à primeira vista, pode dificultar o dito progresso local; do outro se lembra que esse mesmo bem poderá vir a fazer falta no futuro, como um indicador às atuais e/ou futuras gerações.
Um exemplo desse dilema ocorreu na história dos transportes coletivos em Ponta Grossa com o primeiro terminal da cidade. Lembrado como “Ponto Azul”, esse local não se limitou a uma simples parada de ônibus, mas como também um espaço de socialização. Motivo pelo qual, mesmo com o fim de seu funcionamento, sua memória sobreviveu à destruição material, justificada em nome do progresso local. Sentimento que se justifica porque o “Ponto Azul” foi um dos primeiros avanços significativos no sistema de transportes coletivos da cidade. Inicialmente, o transporte era feito quase que somente por diligências e charretes, que pouco a pouco se tornaram inviáveis, não atendendo à demanda da população cada vez maior.
Só em 1928, dois irmãos: Renê e Francisco Rizental inseriram as primeiras linhas de ônibus da cidade: Uvaranas, Nova Rússia e Oficinas. Oito anos depois, de acordo com o álbum da cidade de 1936, apesar da frota de ônibus ainda se manter limitada a essas linhas, já se discutia o seu aumento e maior organização. Um dos passos decisivos para essa organização foi a construção de um local próprio para os ônibus, num terreno triangular ao lado da praça Barão do Rio Branco em fins de 1946: o “Ponto Azul”. Neste local havia um prédio azul (motivo do apelido), de dois andares, tendo na parte superior uma lanchonete.
Com o aumento progressivo da frota de ônibus, acompanhando a demanda de passageiros, esses pontos foram então transferidos para a praça ao lado, a partir de 1964. Fato seguido pela demolição do prédio, em 1970, cuja nostalgia, porém, atravessou gerações. Tanto que, em 2003, a Prefeitura construiu no local um memorial ao “Ponto Azul”, resgatando, ao menos em parte, o sentimento que ele representou para muitas gerações de ponta-grossenses. Um pedaço da identidade princesina, que uma idéia precipitada de progresso não percebeu.(Texto: Luis Marcelo Santos.)
Fonte: Prefeitura Municipal.
Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.
Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.
O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.
O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.
Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.
Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.
Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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