quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Casa dos Relógios

 

Ponta Grossa – Casa dos Relógios


A Casa dos Relógios, em Ponta Grossa-PR, foi inaugurada pelo Sr. Friedrich Herold na década de 1940. Funcionou até 1981.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Casa dos Relógios
Localização: Av. Vicente Machado, com Santos Dumont, nº 798 e 802 – Ponta Grossa-PR
Processo: 53/2001

Descrição: Localizado na Av. Vicente Machado. Em 1936, estava instalada no imóvel a Casa Estrela, loja de confecções em geral da Firma Camillo Sallum e Irmãos. A partir de 1938, o Sr. Friedrich Herold foi morar no prédio e, alguns anos, depois fundou a Casa dos Relógios, que funcionou no prédio até 1981, quando ele se aposentou. Desde então o imóvel abrigou outros ramos de negocio. O prédio possui dois pavimentos com porão, sendo o edifício chanfrado na esquina. Edifício de estilo eclético tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Ocupação comercial do imóvel
Em 1936 estava instalada no imóvel a Casa Estrela, loja de confecções em geral da Firma Camillo Sallum e Irmãos. A partir de 1938, o sr. Friedrich Herold foi morar no prédio até 1981, quando se aposentou.
Desde então o imóvel abrigou outros ramos de negócio como a Boutique Pavão Motos, a Padaria Modelar e atualmente a Capella Calçados.
O prédio possui dois pavimentos, sendo o superior destinado à residência com frente para a rua Santos Dumont, e o inferior para estabelecimento comercial, com frente para a avenida Vicente Machado.

Biografia de Friedrich Herold
Friedrich Herold nasceu na Alemanha em 1905. Era especialista formado na confecção de relógios. Foi o único membro da família que veio para o Brasil em 1926, sendo contratado para trabalhar na Relojoaria Osternack, em Ponta Grossa.
Em 1929 casou-se com Emma Sternitz e tiveram uma filha, Wilma Elfrieda Herold. A partir de 1938 passou a residir no prédio em que instalou sua própria relojoaria, na Rua Vicente Machado esquina com a Rua Santos Dumont, comprando o imóvel alguns anos depois.
Como membro da comunidade de imigrantes alemães estabelecidos em Ponta Grossa também se tornou sócio do Clube Germânia- Guaíra.

Pesquisadora: Patrícia Silvestre.
Supervisora: Elizabeth Johansen Capri.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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