quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Ponta Grossa – Conselho Municipal da Criança e Adolescente

 

Ponta Grossa – Conselho Municipal da Criança e Adolescente


A edificação do Conselho Municipal da Criança e Adolescente, em Ponta Grossa-PR, foi construída no ano de 1916, para residência de João Cândido Fortes.

Prefeitura Municipal de Ponta Grossa – PR
COMPAC – Conselho Municipal de Patrimônio Cultural de Ponta Grossa – PR

Nome Atribuído: Conselho Municipal da Criança e Adolescente
Localização: R. Coronel Dulcídio, n°395, esquina com R. Mal. Deodoro – Ponta Grossa-PR
Processo: 63/2001

Descrição: Este imóvel foi construído no ano de 1916, conforme datação que ainda se encontra em sua fachada. Inicialmente pertenceu a João Cândido Fortes, nascido em Baependi, Minas Gerais. Em 1985 o prédio abrigou a escola Municipal de Música, criada em 1971 e vinculada á Secretaria Municipal de Educação e Cultura, tendo como finalidade o ensino musical gratuito. Permaneceu até 1992 no imóvel. Em 1993 o imóvel foi cedido pela prefeitura de Ponta Grossa ao Conselho Municipal da Criança e Adolescente. Tombado no ano de 2001.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Esse imóvel foi construído no ano de 1916, conforme datação que ainda se encontra em sua fachada. Inicialmente pertenceu a João Candido Fortes, nascido em Baependi, Minhas Gerais, em 25 de agosto de 1885. Filho do Dr. João Candido de Souza Fortes, casou-se com Olga da Cunha Fortes. Era cirurgião dentista, formado pela Universidade do Paraná em 1920. Desejando ampliar suas atividades adquiriu grandes propriedades de terras no norte do Estado transformando-as em fazendas produtoras de café.

Em 1985 o prédio abrigou a escola Municipal de Música, criada em 1971 e vinculada á Secretaria Municipal de Educação e Cultura, tendo como finalidade o ensino musical gratuito.

Permaneceu no imóvel até setembro de 1992.

Em 1993 o imóvel foi cedido pela Prefeitura de Ponta Grossa ao Conselho Municipal da criança e Adolescente. O órgão atua na formulação de políticas de atendimento á criança e ao adolescente; na identificação de áreas de atuação prioritária; coordena a captação de recursos e desenvolve práticas que buscam a mobilização de opinião pública para a indispensável participação da sociedade nos seus diversos projetos.
Informações: Acervo Casa da Memória Paraná.
BENVENUTO, Luiz & LABECCA, Nicolau. Indicador rápido princesa dos campos. 1947, p.31.
Informativo do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Ano I, n° 1, set/out 1998, p.3.
Pesquisadora: Daniele Pereira da Silva
Supervisora: Elizabeth Johansen Capri

Características relevantes do edifício:
O edifício apresenta diversas características do ecletismo e é um importante representante dessa linguagem de arquitetura na cidade de Ponta Grossa.
Sua entrada dá-se pela lateral. Passando-se o gradil de ferro, chega-se a uma escada que dá acesso á porta, onde existe uma marquise. A cobertura está embutida na platibanda, sendo esta última bastante ornamentada, possuindo frontão curvo ao centro da fachada da Rua Cel. Dulcídio, baixos relevos circulares em toda a extensão da platibanda, em ambas as ruas, moduladas por elementos verticais cujo fator coincide com a dos vãos do corpo da casa, os quais são dispostos sequencialmente, sendo todos iguais e possuindo vergas retas. As esquadrias são de madeira, de duas folhas, de abrir com bandeiras na parte superior e escuras no interior.

No corpo do edifício apresentam ornamentação de cimalhas, frisos, regas, relevos, na alvenaria, apliques, medalhões e molduras ao redor dos vãos.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Conta-nos a tradição, que os fazendeiros, se reuniram para decidir o local onde seria construída uma capela em devoção à Senhora de Sant’Ana e que também seria a sede do povoado. Como não chegavam a um acordo, pois cada um queria construí-la próximo a sua fazenda, decidiram então soltar um casal de pombos e, onde eles pousassem, ali seria construída uma capela, bem como seria a sede da Freguesia que estava nascendo.

Os pombos após voarem, pousaram em uma cruz que ficava ao lado de uma grande figueira no alto da colina. Problema resolvido, o local escolhido, todos ajudaram na construção de uma capela simples de madeira e, em sua volta a freguesia cresceu e se desenvolveu.

O povoamento: Ponta Grossa teve sua origem e seu povoamento ligado ao Caminho das Tropas. Porém, a primeira notícia de ocupação da nossa região, foi em 1704, quando Pedro Taques de Almeida requereu uma sesmaria no território paranaense. Foi seu filho José Góis de Morais e seus cunhados que vieram tomar posse das terras, trouxeram empregados e animais e fundaram currais para criar gado. Suas terras eram formadas pelas sesmarias do Rio Verde, Itaiacoca, Pitangui, Carambeí e São João, de onde surgiram as primeiras fazendas. Parte dessas terras José Góis de Morais doou aos padres jesuítas que construíram no local (Pitangui), a Capela de Santa Bárbara. Várias fazendas surgiram às margens do Caminho das Tropas. Os tropeiros durante suas viagens paravam para descansar e se alimentar em lugares que passaram a ser chamados de ranchos ou “pousos”. Desses pousos surgiram povoados, como Castro e Ponta Grossa. As fazendas contribuíram para o aumento da população, que levou ao surgimento do Bairro de Ponta Grossa, que pertencia a Castro. Com o crescimento do Bairro, os moradores começaram a lutar para a criação de uma freguesia, pois uma Freguesia tinha mais autonomia. Construíram então um altar na Casa de Telhas, aonde o vigário de Castro vinha de vez em quando rezar missas e também realizar casamentos e batizados.

O crescimento e desenvolvimento: Ponta Grossa foi elevada à Freguesia em 15 de setembro de 1823 e foi escolhido um local no alto de uma colina, perto do Caminho das Tropas para a construção de uma nova capela em homenagem à Senhora de Sant’Ana. Este local foi escolhido para ser a sede da Freguesia e em seu entorno passaram a ser construídas casas de moradia e de comércio. Esta colina é onde hoje se encontra a Catedral de Sant’Ana.

Em 1855, Ponta Grossa foi elevada à Vila e em 1862 à cidade. Cada vez mais pessoas aqui chegavam, sendo que a cidade cresce e se desenvolve, tornando-se a mais importante do interior do Paraná.

Foi com a chegada dos trilhos da Estrada de Ferro, que Ponta Grossa se tornou um grande centro comercial, cultural e social. A ferrovia transformou a cidade em um grande entroncamento, destacando-se na Região dos Campos Gerais e no Paraná. Isso fez com que inúmeras pessoas escolhessem o local para trabalhar, estudar e viver. Foi nesse momento que chegaram os imigrantes, que contribuíram para o crescimento cada vez maior da cidade.

Aqui se estabeleceram os ucranianos, os alemães, os poloneses, os italianos, os russos, os sírios e libaneses entre tantos outros, que contribuíram para o crescimento da cidade, bem como no desenvolvimento social, político, econômico e cultural de Ponta Grossa. Ponta Grossa se destacou no século XX, com muitas lojas de comércio, indústrias, escolas, cinemas, teatros, jornais, biblioteca, entre outros. Pode-se dizer que aquela pequena vila, surgida como pouso dos tropeiros, cresceu e se transformou em uma grande cidade.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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