sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Um punho na marreta e outro na tenaz, as batidas ritmadas salpicavam o ambiente escuro das oficinas de ferraria com faíscas. Eles eram os homens que conheciam os segredos da metalurgia.

 Um punho na marreta e outro na tenaz, as batidas ritmadas salpicavam o ambiente escuro das oficinas de ferraria com faíscas. Eles eram os homens que conheciam os segredos da metalurgia.

Ofício do ferro: ferreiro
Quem visita o Museu Tingüi-Cuera no Parque Cachoeira se depara com inúmeros objetos em exposição que dependeram da atividade de artífices. Um dos trabalhos mais curiosos está relacionado ao ofício do ferro: ferreiro. Imaginar uma cidade que dependia imensamente do trabalho dos ferreiros para funcionar, é voltar para uma época em que era comum uma diversidade de oficinas de ferraria espalhadas pelo município, tanto que alguns ainda podem se recordar da experiência de presenciar o trabalho dos ferreiros. Deles dependia a produção de quase todos os instrumentos agrícolas, arados e carroças entre tantos outros.
Um punho na marreta e outro na tenaz, as batidas ritmadas salpicavam o ambiente escuro das oficinas de ferraria com faíscas. Eles eram os homens que conheciam os segredos da metalurgia. Eles sabiam aquecer o metal e quebrar a sua resistência com o auxílio da forja, bigorna, marreta, tenaz e maçarico. Assim moldavam, furavam, torciam, cortavam, rosqueavam e dobravam para criar uma grande variedade de objetos. O ferreiro produzia, consertava e amolava ferramentas diversas e muito se dependia dele.
Infelizmente, nos dias atuais este ofício perdeu quase todo o seu espaço para o avanço tecnológico. A tradição de passar este conhecimento de pai para filho não perdurou e o que predomina são registros históricos em documentos e na memória de quem viveu essa época. Alguns poucos, como o Sr. Carlos Baideski e o Sr. José Olech ainda preservam seus equipamentos e realizam pequenos trabalhos para amigos e parentes.
(Texto escrito por Cristiane Perretto e Luciane Czelusniak Obrzut Ono - historiadoras)
(Legendas das fotografias:
1 - Alguns documentos escritos revelam a atuação de ferreiros no município. Na folha 2 do Livro de Registros e Profissões do exercício de 1942, constam os ferreiros: André Knopik, Adão Debas, Afonso J. Perreto, Aleixo Filipak e Antonio Kukla.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
2 - Miguel e Francisco Iarek no interior da ferraria Iarek, 1994.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
3 - Ferreiro José Olech em sua ferraria, 2011
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.)

Nenhuma descrição de foto disponível.
Alguns documentos escritos revelam a atuação de ferreiros no município. Na folha 2 do Livro de Registros e Profissões do exercício de 1942, constam os ferreiros: André Knopik, Adão Debas, Afonso J. Perreto, Aleixo Filipak e Antonio Kukla.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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Miguel e Francisco Iarek no interior da ferraria Iarek, 1994.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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Ferreiro José Olech em sua ferraria, 2011
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.

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