Um punho na marreta e outro na tenaz, as batidas ritmadas salpicavam o ambiente escuro das oficinas de ferraria com faíscas. Eles eram os homens que conheciam os segredos da metalurgia.
Ofício do ferro: ferreiro
Quem visita o Museu Tingüi-Cuera no Parque Cachoeira se depara com inúmeros objetos em exposição que dependeram da atividade de artífices. Um dos trabalhos mais curiosos está relacionado ao ofício do ferro: ferreiro. Imaginar uma cidade que dependia imensamente do trabalho dos ferreiros para funcionar, é voltar para uma época em que era comum uma diversidade de oficinas de ferraria espalhadas pelo município, tanto que alguns ainda podem se recordar da experiência de presenciar o trabalho dos ferreiros. Deles dependia a produção de quase todos os instrumentos agrícolas, arados e carroças entre tantos outros.
Um punho na marreta e outro na tenaz, as batidas ritmadas salpicavam o ambiente escuro das oficinas de ferraria com faíscas. Eles eram os homens que conheciam os segredos da metalurgia. Eles sabiam aquecer o metal e quebrar a sua resistência com o auxílio da forja, bigorna, marreta, tenaz e maçarico. Assim moldavam, furavam, torciam, cortavam, rosqueavam e dobravam para criar uma grande variedade de objetos. O ferreiro produzia, consertava e amolava ferramentas diversas e muito se dependia dele.
Infelizmente, nos dias atuais este ofício perdeu quase todo o seu espaço para o avanço tecnológico. A tradição de passar este conhecimento de pai para filho não perdurou e o que predomina são registros históricos em documentos e na memória de quem viveu essa época. Alguns poucos, como o Sr. Carlos Baideski e o Sr. José Olech ainda preservam seus equipamentos e realizam pequenos trabalhos para amigos e parentes.
(Texto escrito por Cristiane Perretto e Luciane Czelusniak Obrzut Ono - historiadoras)
(Legendas das fotografias:
1 - Alguns documentos escritos revelam a atuação de ferreiros no município. Na folha 2 do Livro de Registros e Profissões do exercício de 1942, constam os ferreiros: André Knopik, Adão Debas, Afonso J. Perreto, Aleixo Filipak e Antonio Kukla.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
2 - Miguel e Francisco Iarek no interior da ferraria Iarek, 1994.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
3 - Ferreiro José Olech em sua ferraria, 2011
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.)
Alguns documentos escritos revelam a atuação de ferreiros no município. Na folha 2 do Livro de Registros e Profissões do exercício de 1942, constam os ferreiros: André Knopik, Adão Debas, Afonso J. Perreto, Aleixo Filipak e Antonio Kukla.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
Miguel e Francisco Iarek no interior da ferraria Iarek, 1994.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
Ferreiro José Olech em sua ferraria, 2011
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
Acervo do Arquivo Histórico Archelau de Almeida Torres.
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