Execução por elefante: um método sangrento de pena capital
Execução por Elefante em Diferentes Sociedades
A execução por elefante era uma forma de pena capital e uma arma de guerra para certas sociedades do passado. Este método de punição foi usado ocasionalmente no mundo ocidental, como vários exemplos podem ser encontrados em fontes antigas. Por exemplo, na Historiae Alexandri Magni, o historiador romano Quintus Rufus Curtius escreveu:
“Então Pérdicas, vendo-os paralisados e em seu poder, separou dos demais cerca de trinta que haviam seguido Meleagro quando ele saiu correndo da primeira assembléia que foi realizada após a morte de Alexandre, e à vista de todo o exército os lançou diante os elefantes. Todos foram pisoteados até a morte pelos pés das feras…”
Elefantes de guerra em batalha durante as Guerras Carnáticas, de Paul Philipoteaux. (Domínio Público)
No entanto, este não era um método comum de execução no Ocidente. Por outro lado, a execução por elefante foi mais utilizada no Sul e Sudeste Asiático, especialmente na Índia. Esta forma de pena capital também é conhecida como gunga rao e tem sido usada desde a Idade Média.A popularidade deste modo de execução continuou no século XIX, e foi apenas com a presença crescente dos britânicos na Índia que a popularidade desta pena brutal entrou em declínio.
Objetivo e Métodos de Execução pelo Elefante
A forma mais comum de execução por elefante era os animais esmagarem sua vítima até a morte com força bruta. Além dos soldados inimigos, os civis que cometem certos crimes também poderiam ser punidos desta forma. Esses crimes incluíam roubo, evasão fiscal e rebelião. Existem muitos animais selvagens que poderiam ser usados para matar um criminoso – tigres, leões, crocodilos, cobras, etc. No entanto, a escolha do elefante mostra que havia algo único nesta criatura.
Comparado com muitos outros animais selvagens, o elefante é considerado inteligente e facilmente treinável. Além disso, os elefantes também poderiam ser ensinados a torturar criminosos ou a executá-los lentamente. Por exemplo, um elefante poderia ser ordenado a quebrar os membros de um criminoso antes de acabar com seu sofrimento, esmagando seu crânio.Outro exemplo pode ser encontrado no relato de François Bernier, um viajante francês que testemunhou uma execução por elefante em Delhi durante o reinado de os Mongóis. Segundo o francês, os elefantes foram treinados para cortar criminosos em pedaços com “lâminas pontiagudas encaixadas nas presas”. Além disso, o treino de elefantes poderia ser usado como meio de demonstrar o controlo de um governante sobre as forças da natureza.
Uma representação mogol de uma execução por elefante. (Domínio Público)
Execução por elefante em outros países asiáticos
Além da Índia, a execução por elefantes também foi praticada em alguns outros países asiáticos. Tal como a Índia, foram a inteligência e a força bruta do elefante que foram exploradas para executar criminosos. No entanto, houve algumas variações no método de execução. No vizinho Sri Lanka, por exemplo, os elefantes usados durante estes eventos teriam sido equipados com pontas afiadas nas suas presas. Em vez de fatiar as vítimas, o elefante esfaqueava a vítima e depois “reorganizava” os órgãos internos da vítima.
No antigo Reino do Sião (atual Tailândia), os elefantes eram treinados para atirar as suas vítimas para o alto antes de as esmagarem até à morte. No Reino da Cochinchina (sul do Vietname), por outro lado, os criminosos eram amarrados a uma estaca, enquanto um elefante atacava-os e esmagava-os até à morte.Esta forma de pena capital foi brutal e aterrorizante. Também demonstra a força e o poder, bem como a importância, que os elefantes tiveram nas sociedades passadas. Os grandes animais não eram apenas reverenciados em muitas culturas, mas também eram usados (como muitos animais no passado) para completar tarefas mortais e destrutivas.Imagem em destaque: representação do século XVI da execução de um prisioneiro por soldados otomanos. Fonte da foto: Domínio Público
Por: Ḏḥwty
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