segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Mônica: HQ "Voa, Seu Juca, Voa!"

 

Mônica: HQ "Voa, Seu Juca, Voa!"


Compartilho uma história em que o Seu Juca vira ermitão, mas mesmo assim não evitou a Turma da Mônica aprontar com ele. Com 5 páginas, foi história de encerramento de 'Mônica Nº 118' (Ed. Abril, 1980).

Capa de 'Mônica Nº 118' (Ed. Abril, 1980)

Seu Juca vira ermitão em um alto de montanha, comenta com si mesmo que foi a melhor coisa que fez porque só assim terá paz e sossego e ficará livre daquela turminha, só pensar neles que fica todo arrepiado. Fica aliviado que finalmente nunca chegarão ali, quando o Cascão entra por debaixo da sua manta e logo em seguida, o Cebolinha.

Seu Juca acha que a solidão está causando alucinações, que só faltava aparecer a Mônica, quando ela aparece. Seu Juca tenta se concentrar a fim de afastar suas alucinações e leva soco da Mônica parando longe nas pedras da montanha. Os meninos riem por ela ter errado o soco e Mônica viu que acertou o Seu Juca. Mônica tenta ajudá-lo a sair dali, Seu Juca implora que não precisa e no desespero acaba caindo da montanha.

Mônica lamenta que Seu Juca chegou e já foi embora, Cebolinha queria cumprimentá-lo, Mônica volta a acertar as contas com os meninos e ao tentar dar pancada com bengala neles, atinge o Seu Juca que estava voltando da montanha e Mônica reclama com Seu Juca para decidir se fica ou vai embora. Cebolinha sai da manta, deixa a bolsa d'água na frente, Mônica fura a bolsa, atingindo Seu Juca, que fica desesperado de como vai ficar isolado de ermitão ali sem água.

A turma gosta de saber que Seu Juca virou ermitão, Cascão quer autógrafo e Mônica pergunta se ermitões e monges conseguem levitar e Cebolinha quer que ele dê uma voadinha ali.  Seu Juca fala que não sabe voar. Eles insistem que é só uma voadinha até os rochedos, dar umas piruetas e voltar. Seu Juca grita que não sabe voar. Cebolinha diz que é certo se quem é feio soubesse voar, a Mônica seria um passarinho. Ela não gosta, dá um soco e acerta o Seu Juca, caindo da montanha de novo.

A turma reclama que não vale, voou enquanto eles não estavam olhando. Seu Juca confirma que não sabe voar, não está mentindo e começa a chorar. Mônica fala que não é para ficar triste, não precisa mais voar hoje, mas amanhã quando eles levarem os amigos deles, aí vai fazer demonstração. Seu Juca passa a ficar louco, dá gargalhadas e surpreendentemente voa, saindo da montanha e fugir da turma e Mônica comenta que sabia que ele estava mentindo.

História engraçada que o Seu Juca vira ermitão para se livrar da Turma da Mônica, mas para o seu desespero eles aparecem lá após uma fuga dos meninos da Mônica. Seu Juca tenta se afastar deles, não consegue e sofre várias confusões, até que perguntam se ele sabia voar. Como nega e até chora, a turma fala pra voar amanhã junto com os amigos deles e Seu Juca pira de vez e voa bem longe para se livrar deles.

Seu Juca tinha pânico só de pensar nas crianças, se fosse mais firme, era só expulsá-los de lá. Até poderia aceitar a ajuda da Mônica para tirá-lo das pedras, mas como sabe que a ajuda deles era torta e sempre atrapalhavam mais ainda, mesmo que sem querer, preferiu não arriscar. A turma não acreditava que ele não sabia voar e ficavam insistindo, o medo dele das crianças era tão alto que conseguiu o inimaginável de voar só para se livrar deles, do tipo do medo conseguir fazer coisas impossíveis, era engraçado isso. Afinal, se já estava sofrendo com três, conhecer e aturar mais crianças malucas como eles, Seu Juca não iria aguentar.

Mônica dessa vez estava sem pontaria boa, azar do Seu Juca que sofreu com os socos dela. Ficou em aberto se ela bateu nos meninos depois que Seu Juca fugiu já que eles tinham parado lá depois de terem aprontado com ela. Interessante o Cascão querer autógrafo do Seu Juc apor ele ser ermitão, virou ídolo porque ia ficar sem água.

Foi engraçada do início ao fim com destaques do Seu Juca pensar que era alucinação as crianças entrando na manta dele, os socos da Mônica fazendo ele parar longe, absurdos de eles chegarem naquela montanha só na fuga para não apanhar da Mônica e de Seu Juca cair e escalar montanha toda hora e Cebolinha dizer que a Mônica seria passarinho de tão feia que é. Incorreta atualmente pelas crianças perturbarem homem desequilibrado, as pancadarias que o Seu Juca sofreu, aparecer surrado e os absurdos mostrados. 

Pareceu desenho animado com muito movimento de socos e Seu Juca caindo da montanha e voltando e caindo de novo. Definitivamente ele sofreu com a turma dessa vez, pelo menos não terminou internado no hospício, mas não deixa de ter ficado louco com a turma e ter se dado mal. Mostra que ele era um cara desequilibrado, com alta crise de pânico e que não sabe lidar com as emoções, preferia isolamento social do que se esbarrar com a turma. Mereceria uma super terapia para se livrar disso. A turma, por sua vez, gostava do Seu Juca, mas não se tocavam que ele não os suportavam e muito menos que estavam sendo inconvenientes, ficavam bem bobos nas histórias com o Seu Juca, que já chegou a ficar no limbo do esquecimento entre 1985 a 1996 e quando voltou, foi mais brando do que era na época da Editora Abril, já falei mais detalhes sobre o personagem AQUI.

Os traços ficaram bons, ainda seguindo estilo de desenhos de 1979 com personagens já começarem a ficar com contornos arredondados, ficou até bem parecido com a forma consagrada de traços como seria no decorrer dos anos 1980. Tiveram erros de balão não ser todo pintado no 4º quadro da 2ª página da história e do Cebolinha com pálpebra branca no penúltimo quadro da 4ª página da história.  Curiosidade desse gibi 'Mônica Nº 118' ser o primeiro a ter formato reduzido com 2 cm a menos na altura em relação como era nos anos 1970 e foi um padrão de todos os gibis lançados a partir de fevereiro de 1980. Essa história foi republicada depois em 'Almanacão de Férias Nº 6' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Almanacão de Férias Nº 6' (Ed. Globo, 1989)

Magali: HQ "Sorria e... engula!"

 

Magali: HQ "Sorria e... engula!"


Em homenagem ao "Dia das Mães" mostro uma história em que a Magali foi entrevistada para uma revista de culinária e sua mãe aproveitou a oportunidade para que a filha ficasse famosa internacionalmente. Com 12 páginas, foi publicada em 'Magali Nº 188' (Ed. Globo, 1996).

Capa de 'Magali Nº 188' (Ed. Globo, 1996)

Dona Lili atende telefone de uma repórter da revista "Engula" sobre comida e quer entrevistar a Magali, a fama de gulosa dela chegou até lá e Dona Lili fica eufórica da filha ser famosa e ela ser mãe de uma menina famosa, pode ser início de grande carreira como modelo e atriz, viajar pelo mundo todo nas passarelas e diz que vai junto defendendo interesses e cuidando do futuro da filha. 

Dona Lili fica feliz que todos esses anos cozinhando toneladas de comida seriam recompensados e sai pra trocar de roupa e ficar bem bonita e manda Magali também trocar de roupa. Mais tarde chegam os repórteres, Dona Lili os recebe, apresenta a casa e a filha e diz para não repararem, não tiveram tempo de se arrumar. 

Começa a entrevista, a repórter lembra que a revista "Engula" é feita para gourmets, apreciadores de iguarias finas e Magali foi escolhida como personalidade do mês porque deve ter um paladar bastante apurado. Pergunta para Magali desde quando ela tem grande apetite. Dona Lili responde que desde pequenininha, eram 38 mamadeiras por dia, fora chazinhos e sopinhas.

Repórter pergunta para Magali o que ela mais gosta de comer, Dona Lili responde de tudo e citando algumas coisas que ela gosta. A repórter quer a filha responda, Dona Lili diz que vai preparar um chá para eles e volta um segundo depois, sem nem dar tempo de Magali responder a pergunta. O assistente sugere que vão fazer a entrevista na redação da revista, apenas a Magali sem a mãe ir junto. Dona Lili lamenta, mas deixa. 

Já na redação, Magali responde suas comidas preferidas por ordem alfabética e a repórter dar entrevista como encerrada porque só a lista das comidas já ocupa página inteira. Magali pergunta se não tem lanchinho porque a conversa deu fome e a repórter fala que depois de fotografarem. O assistente leva Magali ao estúdio de fotografia com as comidas expostas par serem fotografadas para a revista do mês e o assistente segura Magali para não comer.

Magali senta na poltrona para ser fotografada com melancia na mão e ela come antes de tirar a fotografia. O assistente fala que ela pode fazer tudo que quiser, só não comer aquela melancia. Magali aproveita pra comer toda a comida da exposição e o assistente manda todos fotografarem todos os pratos que ainda conseguem salvar.

Depois, Dona Lili reclama que eles estão demorando, quer ir até lá, quando eles trazem a Magali de volta, a tirando do carro e chamando de monstrinho. Magali fala para mãe que ela vai sair na revista, não haveria tempo de mudar tudo por conta da revista estar atrasada, só que o artigo vai ser um pouco diferente. No dia seguinte, Dona Lili compra a revista e vê que a matéria era os perigos do exagero e cenas chocantes do apetite descontrolado de uma menina.

Dona Lili lamenta preocupada que depois dessa pode dar adeus á carreira internacional da filha e reconhece que ela foi boba, exagerada, ridícula, até. Em seguida, aparecem repórteres da revista "À toa em forma" querendo entrevistar a Magali para saber como consegue manter o corpinho esbelto comendo tanto. Dona Lili ouve, se apresenta como mãe dela, troca de roupa e passa a responder perguntas no lugar da filha.

História engraçada em que a Dona Lili acha que a Magali poderia ficar famosa aproveitando oportunidade que a filha seria entrevistada para matéria de uma revista de culinária. Dona Lili ficou tão entusiasmada que não deixava a Magali responder as perguntas da repórter e tiveram que entrevistar na redação sem presença da mãe. Magali come todos os pratos expostos para serem fotografados para a revista e o jeito é mudarem matéria de alerta de perigo de menina que tem um apetite descontrolado. Apesar de tudo, tem uma nova oportunidade de Magali ser entrevistada para outra revista e Dona Lili faz tudo de novo como na primeira vez.

Magali começou comportada, mais lúcida que a mãe, obedecendo caprichos da mãe obcecada pela fama da filha, mas quando chega em um estúdio repleto de comida, não conseguiu se controlar, virando um monstro devorando tudo e isso ainda virou assunto da nova matéria. Se Dona Lili não fosse tão intrometida em casa, a entrevista e as fotos poderiam ter continuado lá mesmo sem precisar ir para redação e nada desse constrangimento aconteceria. A revista teve prejuízo com a comilança da Magali, mas se vingou a retratando como monstro perigoso para a sociedade que devora tudo descontroladamente, se a revista vendeu bem com o sensacionalismo, compensou o prejuízo dado.

Mostrou que Dona Lili aprendeu nada, queria que a Magali fosse famosa e ter carreira internacional de modelo e atriz e ela ir junto nas viagens como empresária da filha e mesmo vendo o escândalo que foi a primeira entrevista, continuou a mesma coisa na segunda entrevista, sem deixar Magali responder as perguntas, queria se intrometer em tudo. Nem pensou em constrangimento da filha, se ela queria ser famosa, só pensava na fama e ganhar muito dinheiro e viajar com a filha. O final ficou em aberto se foi tudo igual como na primeira entrevista ou imaginar como foi nessa nova.

História retratou de forma divertida mães que querem que filhos fiquem famosos a todo custo sem nem perguntar se filho quer isso e sem preocupar com o bem estar deles, que infelizmente acontece muito na vida real principalmente com mães de meninas. Até foi uma personalidade diferente da Dona Lili, mais eufórica e sem pensar na Magali, já que o normal era mais equilibrada e sensata, mas sendo só por uma história para diferenciar e alertar sobre esse problema de mães agindo assim, tudo bem.

Engraçado a mãe atendendo telefone só dizendo sim, chamar filha de comilona e depois corrigindo como gulosa, dizer que valeu o sacrifício de cozinhar toneladas de comidas esses anos todos, Magali parada só ouvindo a mãe, Magali listar suas comidas preferidas, devorar tudo na redação e sendo jogada para fora do carro e tratada como monstrinho pelos repórteres. A revista "Engula" foi paródia da revista "Gula" da vida real e "À toa em forma" foi fictícia porque não existia revista de boa forma com nome semelhante.

Os traços ficaram bons, típicos dos anos 1990. Tiveram erros de algumas cenas com Dona Lili sem lábios com batom e sem bolinhas de maquiagem nas bochechas da Magali e a repórter falando de boca fechada em dois quadros seguidos da última página. Incorreta atualmente por Dona Lili agir como mãe que quer fama da filha a todo custo sem se preocupar nos constrangimentos dela e sem aprender lição no final, deixar a Magali ir sozinha de carro com desconhecidos, hoje adaptariam pra ela ir junto e deixar a Magali entrevista em uma sala e Dona Lili esperando em outra sala reservada, dirigirem sem cinto de segurança e implicariam também com absurdos de Magali devorar um bolo de uma só vez e todos os pratos da redação em questão de segundos, palavras de duplo sentido como "pimpolho" e coisas datadas como televisão de tubo.

Anahy (PR): Um Canto de Fé, Terra Roxa e Esperança no Oeste Paranaense!

 

Anahy


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Município de Anahy
Bandeira indisponível
Brasão indisponível
Bandeira indisponívelBrasão indisponível
Hino
Fundação1 de janeiro de 1993 (26 anos)
Gentílicoanaiense
Prefeito(a)Carlos Antonio Reis (PSC)
(2017 – 2020)
Localização
Localização de Anahy
Localização de Anahy no Paraná
Anahy está localizado em: Brasil
Anahy
Localização de Anahy no Brasil
24° 38' 38" S 53° 08' 06" O
Unidade federativaParaná
MesorregiãoOeste Paranaense IBGE/2008 [1]
MicrorregiãoCascavel IBGE/2008 [1]
Região metropolitanaCascavel
Municípios limítrofesUbiratãCorbéliaIguatu
Distância até a capital506 km
Características geográficas
Área102,648 km² [2]
População2 801 hab. estimativa IBGE/2019[3]
Densidade27,29 hab./km²
Altitude651 m
Climasubtropical Cfb
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH-M0,725 alto PNUD/2000 [4]
PIBR$ 37 039,382 mil IBGE/2008[5]
PIB per capitaR$ 12 611,30 IBGE/2008[5]
Anahy[6] é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Cascavel, no estado do Paraná. Tem uma população de 2.801 habitantes, conforme estimativa do IBGE, publicada em agosto de 2019.[3]
A distância rodoviária até Curitiba, capital administrativa estadual, é de 509 quilômetros.[7] A grafia correta do topônimo é Anaí.

História

A história de Anahy está ligada à cultura cafeeira e a fertilidade de suas terras. A Companhia Brasileira de Imigração e Colonização (COBRIMCO), era a colonizadora das terras. O primeiro nome dado a localidade, em 1959, foi Pingo de Ouro, mas o nome foi mudado em homenagem a uma das filhas do gerente da Companhia que tinha o nome de Anahy.
O Município de Anahy foi colonizado por duas frentes: Sulistas e Nortistas. Sabedores da fertilidade da terra e em busca de um futuro melhor, no ano de 1950, chegou aqui um dos primeiros pioneiros: Ricardo Pfeffer, juntamente com sua esposa Matilde Hake Pfeffer, que adquiriram da COBRIMCO, 13 alqueires de terra, e passaram a dedicar-se ao plantio de café.

Padroeira do Município

Conta-se que Antonio Mazzocatto apaixonou-se por Ana, filha de José Guerra, a qual era muito religiosa, mesmo não se casando com Ana, Antonio em homenagem a ela, atribuiu a Padroeira do local o nome de Sant'Ana[carece de fontes].
Ana e Joaquim possuíam certa fortuna que lhes proporcionavam uma vida folgada. As suas rendas anuais dividiram-no em três partes, das quais duas, destinavam aos pobres e a Igreja, e uma parte reservavam para seu sustento.
Muito se afligiram por não terem um filho, Joaquim e Ana vivam em constante oração, para alcançar a graça de ter filhos, aconteceu que um dia por intermédio de um anjo, teve a seguinte revelação: “Joaquim, sua oração foi ouvida, um filho te será dado, a quem darás o nome de MARIA”, desde a sua infância será consagrada a Deus, e cheia do Espírito Santo, e será a Mãe de Jesus. Sant’Ana, teve uma revelação idêntica. Assim a lenda, o que nela há de verdade não sabemos, sabemos com certeza que Sant’Ana é a mãe de Maria Santíssima.

Origem do nome

O nome é em homenagem a uma das filhas de um gerente da COBRIMCO (Companhia Brasileira de Imigração e Colonização), empresa responsável pela colonização da região à época.

Geografia

Localiza-se a uma latitude 24º43'01" sul e a uma longitude 53º05'03" oeste, estando a uma altitude de 651 metros.
Anahy possui uma área de 120Km², sua topografia é ondulada, predominando o solo de terra roxa, estruturada, latitude é de 24º 35’ Sul, longitude 53º 10’ W, a altitude é de 610 m, tendo uma hidrografia muito rica, sendo banhada pelos rios Piquiri, Rio Sapucaí e Rio dos Porcos, além de inúmeros córregos e riachos.
A população do município é 70% radicada na zona rural e é constituída, na sua maioria, por mineiros, baianos, capixabas e sulistas. Na produção agrícola predomina a cultura de soja, aparecendo em segundo plano à cultura de milho e algodão.

Clima

O município possui clima subtropical úmido mesotérmico, verões quentes com tendência de concentração das chuvas (temperatura média superior a 22 °C), invernos com geadas pouco frequentes (temperatura média inferior a 18 °C), sem estação seca definida.

Turismo

  • Dia 11 de Junho – Festa do Município, em comemoração a emancipação política do município.
  • Dia 26 de Julho – Dia Consagrado a Sant’Ana, Padroeira do Município.
  • Dia 6 de janeiro – Companhia de Reis
  • Último sábado antes do dia 12 de Outubro - comemoração ao dia das crianças.
  • Anahy (PR): Um Canto de Fé, Terra Roxa e Esperança no Oeste Paranaense!

    Escondido entre colinas onduladas e banhado por águas generosas, Anahy — cuja grafia correta é Anaí, mas carinhosamente mantida pela tradição local — é um dos tesouros mais autênticos do Oeste do Paraná. Com pouco mais de 2.800 habitantes, esse município acolhedor, integrante da Região Metropolitana de Cascavel, é um exemplo vivo de como a fé, a terra fértil e o trabalho árduo podem construir uma comunidade sólida, simples e cheia de graça.

    Um Nome com Afeto e História

    A origem do nome Anaí é tocante: em homenagem a Anahy, filha do gerente da COBRIMCO (Companhia Brasileira de Imigração e Colonização), responsável pela colonização da região na década de 1950. Antes chamado de “Pingo de Ouro” — talvez por refletir o brilho da esperança que os pioneiros carregavam —, o local logo ganhou um nome mais pessoal, mais humano. E foi assim que Anaí nasceu: não apenas como um ponto geográfico, mas como um ato de amor familiar.

    Pioneiros que Plantaram o Futuro

    Em 1950, Ricardo Pfeffer e sua esposa Matilde Hake Pfeffer foram entre os primeiros a chegar, adquirindo 13 alqueires de terra da COBRIMCO. Apostaram no café, na fertilidade da terra roxa e no sonho de uma vida melhor. Logo, outros migrantes — vindos do Sul, do Sudeste (especialmente Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo) — se juntaram a eles, formando uma mosaico cultural que até hoje enriquece a identidade anaiense.

    Mais de 70% da população vive na zona rural, onde a agricultura é o coração da economia. A soja lidera a produção, seguida pelo milho e algodão, sustentando famílias e alimentando a cadeia produtiva regional. A riqueza hídrica também impressiona: os rios Piquiri, Sapucaí e dos Porcos, além de dezenas de córregos cristalinos, garantem vida e sustentabilidade à paisagem.

    Fé que Move Montanhas (e Comunidades)

    A padroeira de Anaí é Sant’Ana, cuja devoção remete a uma linda — e comovente — lenda local. Conta-se que Antônio Mazzocatto, apaixonado por uma jovem chamada Ana, filha de José Guerra, dedicou à santa o nome da futura igreja, como forma de homenagear sua amada, profundamente religiosa. A história se mistura à fé, mas o essencial permanece: Sant’Ana simboliza maternidade, proteção e esperança — valores que ecoam fortemente na alma do município.

    Todo ano, no dia 26 de julho, a cidade se enfeita para celebrar sua padroeira com procissões, missas, quermesses e encontros comunitários. Já em 11 de junho, comemora-se a emancipação política (conquistada em 1º de janeiro de 1993, após desmembramento de Ubiratã), e em 6 de janeiro, a Companhia de Reis traz a tradição das festas de São Benedito e da cultura caipira para as ruas. E, claro, o último sábado antes de 12 de outubro é dia de alegria com a festa das crianças — prova de que Anaí cuida de seu presente e seu futuro com igual carinho.

    Qualidade de Vida nas Alturas

    A 651 metros de altitude, Anaí desfruta de um clima subtropical úmido (Cfb), com verões quentes, invernos amenos e raras geadas. Seus 102,6 km² abrigam uma das melhores qualidades de vida do interior paranaense: com IDH-M de 0,725 — considerado alto —, o município se destaca especialmente na educação e na longevidade.

    Embora distante 506 km de Curitiba, Anaí está bem conectado à região produtiva do Oeste, entre Ubiratã, Corbélia e Iguatu, e faz parte do dinâmico entorno de Cascavel, um dos maiores polos agroindustriais do Brasil.


    Anaí é daqueles lugares que não gritam, mas sussurram com força: nas manhãs de neblina sobre os cafezais, nos sinos da igreja ao entardecer, no sorriso dos agricultores que sabem o valor de cada grão colhido. Aqui, o progresso não apressa o tempo — ele o respeita.

    Se você procura um destino onde a fé caminha com o arado, onde o nome de uma menina virou cidade, e onde a terra roxa ainda conta histórias, venha conhecer Anaí. Pequena no mapa, imensa no coração.

    Bem-vindo a Anaí: onde cada gota de orvalho é bênção, e cada colheita, gratidão!

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