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domingo, 12 de outubro de 2025

“Curitiba em 1965: A Esquina da 7 de Setembro com Bento Viana, Quando o Complexo Todeschini Era o Coração Industrial da Cidade”

 Curitiba em 1965: A Esquina da 7 de Setembro com Bento Viana, Quando o Complexo Todeschini Era o Coração Industrial da Cidade”

Curitiba em 1965: A Esquina da 7 de Setembro com Bento Viana, Quando o Complexo Todeschini Era o Coração Industrial da Cidade”

Olhe bem para esta foto. Não é só uma imagem aérea em preto e branco. É uma janela para o passado de Curitiba — capturada em outubro de 1965, quando a cidade ainda respirava um ritmo mais lento, mas já acelerava rumo ao futuro.

No primeiro plano, a esquina da Avenida 7 de Setembro com a Rua Bento Viana — hoje um cruzamento movimentado, cercado por prédios comerciais e trânsito intenso. Mas naquela época? Era o epicentro de uma das maiores indústrias da cidade: o Complexo Todeschini.

Ali, entre telhados de telha, muros altos e janelas alinhadas, funcionava uma verdadeira cidade dentro da cidade. O Complexo Todeschini — fundado pela família italiana homônima — era sinônimo de qualidade, tradição e trabalho duro. Produzia móveis, portas, janelas e estruturas de madeira que vestiam as casas e escritórios de Curitiba e do Paraná inteiro.

Na foto, você vê a imponência do complexo industrial: edifícios longos, organizados como um quebra-cabeça funcional, com pátios internos, áreas verdes e até pequenas construções auxiliares. Ao redor, casas de família, ruas tranquilas, árvores esparsas — e quase nenhum carro nas ruas. Um contraste brutal com o que vemos hoje.

O que muita gente não sabe: o Complexo Todeschini não era só fábrica. Era comunidade. Ali trabalhavam gerações de curitibanos — carpinteiros, marceneiros, pintores, administradores. Muitos moravam nos bairros vizinhos, levavam marmitas, cumprimentavam os colegas no portão e saíam do trabalho com as mãos cheias de serragem e orgulho.

A Avenida 7 de Setembro, hoje uma das vias mais importantes da cidade, ainda estava em construção. As calçadas eram estreitas, os postes de iluminação simples, e o tráfego? Quase inexistente. A Rua Bento Viana, hoje um corredor comercial, era uma via residencial, com casas de estilo colonial e quintais floridos.

Essa foto é mais do que um documento histórico. É um convite à reflexão: como Curitiba cresceu? Onde estão as histórias dos que construíram essa cidade? O que perdemos — e o que preservamos — nessa corrida pelo progresso?

O Complexo Todeschini, infelizmente, desapareceu com o tempo — substituído por edifícios modernos, shoppings e centros empresariais. Mas sua memória permanece. Nas peças de mobília antigas que ainda circulam pelas casas curitibanas. Nos relatos dos velhos funcionários. Nas fotos como esta — que nos lembram que, antes dos arranha-céus, havia oficinas. Antes dos carros, havia caminhadas. E antes da cidade global, havia a cidade humana.


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