João Ramalho
- Nascido cerca 1485 - Vouzela, Viseu, Portugal
- Falecido cerca 1580, com cerca de 95 anos
- Nascido cerca 1485 - Vouzela, Viseu, Portugal
- Falecido cerca 1580, com cerca de 95 anos
Pais
- João Velho Maldonado ca 1460-ca 1505
- Catharina Affonso De Balbode 1465-
- João Velho Maldonado ca 1460-ca 1505
- Catharina Affonso De Balbode 1465-
Casamento(s) e filho(s)
- Casado com Isabel 'Bartyra' Dias M'bicy ca 1500-ca 1559 tiveram
- Catharina Ramalho 1515-
- Joana Ramalho 1520-
- Margarida Ramalho †
- Victório Ramalho †ca 1595
- Antônio De Macedo †ca 1593
- Marcos Ramalho †
- Jordão Ramalho †
- Antônia Ramalho †
- N. Ramalho †
- Beatriz Ramalho †
- André Fernandes Ramalho ca 1530-1588
- Casado com Isabel 'Bartyra' Dias M'bicy ca 1500-ca 1559 tiveram
- Catharina Ramalho 1515-
- Joana Ramalho 1520-
- Margarida Ramalho †
- Victório Ramalho †ca 1595
- Antônio De Macedo †ca 1593
- Marcos Ramalho †
- Jordão Ramalho †
- Antônia Ramalho †
- N. Ramalho †
- Beatriz Ramalho †
- André Fernandes Ramalho ca 1530-1588
Notas
Notas individuais
Nota (1):
João Ramalho Nascimento: ~ 1485 Origem: Viseu, Portugal
Nasceu por volta de 1485, em Vouzela, no concelho de Viseu, em Portugal.
Filho de JOÃO VELHO MALDONADO e de CATHARINA AFFONSO DE BALBODE.
Casou-se em Portugal com Catharina Fernandes das Vacas. Catharina estava grávida quando João Ramalho partiu de Portugal para o Brasil. Em seu testamento, João Ramalho declarou ter sido escudeiro da rainha.
Não se sabe como João Ramalho veio parar no Brasil. Talvez tenha sido um náufrago, talvez degredado. Sabe-se que estava no Brasil pelo menos desde 1508.
Vivia com os índios guaianases. Adaptou-se perfeitamente aos costumes indígenas e, segundo depoimentos de seus contemporâneos, havia se "barbarizado". Era venerado, temido e respeitado pelos nativos. Segundo o explorador alemão Ulrich Schmidel, João Ramalho "podia arregimentar cinco mil índios em um só dia, enquanto o rei de Portugal só ajuntaria dois mil".
Em 1531, quando Martim Affonso de Sousa chegou ao Brasil, encontrou João Ramalho nos arredores de São Vicente. Nesta época, João Ramalho vivia no planalto de Piratininga, acima da Serra do Mar, e foi ele quem conduziu os portugueses serra acima, pela trilha do Paranapiacaba.
Segundo o padre Manoel da Nóbrega, a vida de João Ramalho era "uma petra scandali. Tem muitas mulheres e ele e seus filhos andam com as irmãs de suas esposas e têm filhos delas. Vão à guerra com os índios, suas festas são de índios e assim vivem, andando nus como os índios". Apesar das críticas dos jesuítas, João Ramalho era o verdadeiro senhor da região de São Vicente e Piratininga. Martim Affonso e seus sucessores sempre o consultavam antes de tomarem alguma decisão importante naqueles territórios.
João Ramalho recebeu de Martim Affonso de Sousa terras de sesmaria, tornando-se assim proprietário oficial de áreas registradas pelo governo português.
Martim Affonso nomeou-o "guarda-mor da borda do campo", incumbindo-o de barrar qualquer português que tentasse avançar para o interior sem sua autorização.
Tomé de Sousa escreveu ao rei informando que João Ramalho tinha "tantos filhos, netos e bisnetos, que não ouso dizer a Vossa Alteza. É homem de mais de setenta anos, mas caminha nove léguas antes do jantar, e não tem um só fio branco na cabeça ou no rosto".
Dentre suas muitas mulheres, a principal era BARTYRA (M'BICY), filha do CACIQUE TIBIRIÇÁ, chefe da tribo dos guaianases, e de [...].
Em 1550, João Ramalho foi excomungado pelo padre jesuíta Simão de Lucena, por viver "amancebado" com Bartyra.
Em 1553, o padre Manoel da Nóbrega, percebendo que seria impossível prosseguir com a catequese sem o apoio de João Ramalho, convenceu-o a se casar com Bartyra, que antes foi batizada e recebeu o nome cristão de Isabel Dias. Não se sabe se o casamento cristão chegou a ser realizado.
Em Julho de 1553, João Ramalho foi nomeado capitão-mor da vila de Santo André pelo governador-geral Tomé de Sousa. Foi também alcaide-mor da mesma vila, da qual foi fundador.
Em 1560, Mem de Sá transferiu João Ramalho para São Paulo, onde passou a viver.
Em 1562, João Ramalho, auxiliado por Tibiriçá e seus índios, salvaram a vila de São Paulo de um ataque dos ídios carijós.
Em 1564, foi nomeado vereador de São Paulo, mas recusou o cargo. João Ramalho faleceu em 1580, com mais de 95 anos de idade.
Foi pai de pelo menos cinco filhos e seis filhas:
1.1. ANDRÉ FERNANDES RAMALHO, casado com a portuguesa MARIA PAES (RAMALHO). André faleceu em 1588, em São Paulo, SP, e Maria casou-se pela segunda vez, com o castelhano Juan de Santana. Juan faleceu antes de 1616, e Maria faleceu em 1616, em São Paulo, SP
1.2. JOANNA RAMALHO, casada com o português CAPITÃO-MOR JORGE FERREIRA, filho de GASPAR FERREIRA e de [...].
1.3. Margarida Ramalho, casada em São Vicente, SP, com o genovês Paschoal Fernandes, o Velho. Em 1532, Paschoal veio para São Vicente com Martim Affonso de Sousa. Em 1562, foi nomeado condestável da fortaleza de Bertioga.
1.4. Victório Ramalho (ou Victorino Ramalho), casado com [...]. Victório faleceu em 1595. Em 1575, Victorino combateu os tamoios em Cabo Frio. Em 1595, morreu assassinado pelos índios tupiniquins.
1.5. Antonio de Macedo, casado com [...]. Antonio faleceu entre 1590 e 1593. Antonio foi sertanista, e participou como imediato da bandeira de Domingos Luís Grou, o Moço, penetrando o sertão para capturar os índios de Mogi. Antonio "pereceu em combate".
1.6. Marcos Ramalho. Talvez seja o mesmo Marcos Fernandes que em 1556 viajou por terra até o Paraguai, e mais tarde foi proibido de penetrar o sertão.
1.7. João Ramalho (Jordão Ramalho).
1.8. Antonia Quaresma.
1.9. Catharina Ramalho, casada com o português Bartholomeu Camacho.
1.10. Beatriz Ramalho, casada com o português Lopo Dias. Após a morte de Beatriz, Lopo casou-se pela segunda vez, com [...].
1.11. F... Ramalho, casada com [...]. Foi mãe de três filhos.
Nota (1):
João Ramalho Nascimento: ~ 1485 Origem: Viseu, Portugal
Nasceu por volta de 1485, em Vouzela, no concelho de Viseu, em Portugal.
Filho de JOÃO VELHO MALDONADO e de CATHARINA AFFONSO DE BALBODE.
Casou-se em Portugal com Catharina Fernandes das Vacas. Catharina estava grávida quando João Ramalho partiu de Portugal para o Brasil. Em seu testamento, João Ramalho declarou ter sido escudeiro da rainha.
Não se sabe como João Ramalho veio parar no Brasil. Talvez tenha sido um náufrago, talvez degredado. Sabe-se que estava no Brasil pelo menos desde 1508.
Vivia com os índios guaianases. Adaptou-se perfeitamente aos costumes indígenas e, segundo depoimentos de seus contemporâneos, havia se "barbarizado". Era venerado, temido e respeitado pelos nativos. Segundo o explorador alemão Ulrich Schmidel, João Ramalho "podia arregimentar cinco mil índios em um só dia, enquanto o rei de Portugal só ajuntaria dois mil".
Em 1531, quando Martim Affonso de Sousa chegou ao Brasil, encontrou João Ramalho nos arredores de São Vicente. Nesta época, João Ramalho vivia no planalto de Piratininga, acima da Serra do Mar, e foi ele quem conduziu os portugueses serra acima, pela trilha do Paranapiacaba.
Segundo o padre Manoel da Nóbrega, a vida de João Ramalho era "uma petra scandali. Tem muitas mulheres e ele e seus filhos andam com as irmãs de suas esposas e têm filhos delas. Vão à guerra com os índios, suas festas são de índios e assim vivem, andando nus como os índios". Apesar das críticas dos jesuítas, João Ramalho era o verdadeiro senhor da região de São Vicente e Piratininga. Martim Affonso e seus sucessores sempre o consultavam antes de tomarem alguma decisão importante naqueles territórios.
João Ramalho recebeu de Martim Affonso de Sousa terras de sesmaria, tornando-se assim proprietário oficial de áreas registradas pelo governo português.
Martim Affonso nomeou-o "guarda-mor da borda do campo", incumbindo-o de barrar qualquer português que tentasse avançar para o interior sem sua autorização.
Tomé de Sousa escreveu ao rei informando que João Ramalho tinha "tantos filhos, netos e bisnetos, que não ouso dizer a Vossa Alteza. É homem de mais de setenta anos, mas caminha nove léguas antes do jantar, e não tem um só fio branco na cabeça ou no rosto".
Dentre suas muitas mulheres, a principal era BARTYRA (M'BICY), filha do CACIQUE TIBIRIÇÁ, chefe da tribo dos guaianases, e de [...].
Em 1550, João Ramalho foi excomungado pelo padre jesuíta Simão de Lucena, por viver "amancebado" com Bartyra.
Em 1553, o padre Manoel da Nóbrega, percebendo que seria impossível prosseguir com a catequese sem o apoio de João Ramalho, convenceu-o a se casar com Bartyra, que antes foi batizada e recebeu o nome cristão de Isabel Dias. Não se sabe se o casamento cristão chegou a ser realizado.
Em Julho de 1553, João Ramalho foi nomeado capitão-mor da vila de Santo André pelo governador-geral Tomé de Sousa. Foi também alcaide-mor da mesma vila, da qual foi fundador.
Em 1560, Mem de Sá transferiu João Ramalho para São Paulo, onde passou a viver.
Em 1562, João Ramalho, auxiliado por Tibiriçá e seus índios, salvaram a vila de São Paulo de um ataque dos ídios carijós.
Em 1564, foi nomeado vereador de São Paulo, mas recusou o cargo. João Ramalho faleceu em 1580, com mais de 95 anos de idade.
Foi pai de pelo menos cinco filhos e seis filhas:
1.1. ANDRÉ FERNANDES RAMALHO, casado com a portuguesa MARIA PAES (RAMALHO). André faleceu em 1588, em São Paulo, SP, e Maria casou-se pela segunda vez, com o castelhano Juan de Santana. Juan faleceu antes de 1616, e Maria faleceu em 1616, em São Paulo, SP
1.2. JOANNA RAMALHO, casada com o português CAPITÃO-MOR JORGE FERREIRA, filho de GASPAR FERREIRA e de [...].
1.3. Margarida Ramalho, casada em São Vicente, SP, com o genovês Paschoal Fernandes, o Velho. Em 1532, Paschoal veio para São Vicente com Martim Affonso de Sousa. Em 1562, foi nomeado condestável da fortaleza de Bertioga.
1.4. Victório Ramalho (ou Victorino Ramalho), casado com [...]. Victório faleceu em 1595. Em 1575, Victorino combateu os tamoios em Cabo Frio. Em 1595, morreu assassinado pelos índios tupiniquins.
1.5. Antonio de Macedo, casado com [...]. Antonio faleceu entre 1590 e 1593. Antonio foi sertanista, e participou como imediato da bandeira de Domingos Luís Grou, o Moço, penetrando o sertão para capturar os índios de Mogi. Antonio "pereceu em combate".
1.6. Marcos Ramalho. Talvez seja o mesmo Marcos Fernandes que em 1556 viajou por terra até o Paraguai, e mais tarde foi proibido de penetrar o sertão.
1.7. João Ramalho (Jordão Ramalho).
1.8. Antonia Quaresma.
1.9. Catharina Ramalho, casada com o português Bartholomeu Camacho.
1.10. Beatriz Ramalho, casada com o português Lopo Dias. Após a morte de Beatriz, Lopo casou-se pela segunda vez, com [...].
1.11. F... Ramalho, casada com [...]. Foi mãe de três filhos.
Fontes
Ver árvore
Dom Fernando de Eça 1379-1478 Dona Isabel de Ávalos †1480
João Velho Maldonado ca 1460-ca 1505 Catharina Affonso De Balbode 1465-
João Ramalho ca 1485-ca 1580
|
Cronologia de João Ramalho
- cerca1485
Nascimento
cerca1505~ 20 anosMorte do pai
1515~ 30 anosNascimento de uma filha
1520~ 35 anosNascimento de uma filha
cerca1530~ 45 anosNascimento de um filho
cerca1559~ 74 anosMorte do cônjuge
cerca1580~ 95 anosMorte
Antepassados de João Ramalho
Affonso IV de Portugal † Dona Beatriz de Castela 1293-1359 Pedro Fernandes de Castro †1343 Aldonza Lorenzo de Valladares † | | | | | | Pedro I de Portugal, o Justiceiro 1320-1367 Inés de Castro ca 1325-1355 Martim Afonso Telles de Menezes †1356 Aldonça Anes De Vasconcelos † | | | | | | Dom João de Portugal ca 1349-1396 Maria Telles de Menezes ca 1358- 'Juan' Pedro López de Ávalos † María de Orozco † | | | | | | Dom Fernando de Eça 1379-1478 Dona Isabel de Ávalos †1480 | | | João Velho Maldonado ca 1460-ca 1505 Catharina Affonso De Balbode 1465- | | | João Ramalho ca 1485-ca 1580 Descendentes de João Ramalho
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