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domingo, 19 de outubro de 2025

Paraná em 1964: Entre Casamentos, Moda, Televisão e Fofocas — Um Retrato da Vida Social e Cultural

 

Paraná em 1964: Entre Casamentos, Moda, Televisão e Fofocas — Um Retrato da Vida Social e Cultural



Paraná em 1964: Casamentos de Elite, Moda, TV e Fofocas Sociais — Um Retrato da Vida Culta e Moderna

Uma viagem ao passado através de documentos raros da imprensa paranaense. Fotos, anúncios e crônicas revelam como era a vida social, cultural e midiática no estado nos anos 60 — dos casamentos da elite aos lançamentos de moda, da estreia da televisão às fofocas das colunas sociais.


Imagem 1: O Casamento de Divonni e Carmelita — A Alta Sociedade Curitibana em Evidência

Na primeira página, o destaque é para o casamento da “senhorita Carmelita”, filha do sr. e sra. Lauro Wilhelm, com o jovem Divonni. A cerimônia, realizada na Igreja de Santa Teresinha, foi descrita como “magnífica” e reuniu a nata da sociedade curitibana.

As fotos capturam momentos solenes: os noivos recebendo a bênção nupcial, cercados por familiares e amigos vestidos com elegância típica da época — ternos escuros, vestidos longos, poses formais. Entre os convidados, nomes como Dr. Paulo César de Oliveira, Dr. Walter Moritz e Dr. Segismundo Gradkowski, representando a medicina, o direito e o comércio local.

O texto também menciona a presença de figuras religiosas e autoridades civis, mostrando como o casamento não era apenas um evento familiar, mas um ato social de grande importância.

Detalhe visual: As imagens em preto e branco transmitem a seriedade e o protocolo da época. Cada pose, cada sorriso contido, cada detalhe do traje conta uma história de classe, educação e tradição.


Imagem 2: Anúncios de Luxo — Discos, Moda e o Consumo da Classe Média Alta

Na segunda página, dois anúncios comerciais revelam o gosto e o poder de compra da elite paranaense:

  • Casa La Major: especializada em discos nacionais e estrangeiros, artigos para presentes e lingeries. O anúncio promete “discos de todos os gêneros” e “lingerie conjuntos esportivos, tailleurs, vestidos, manteaux” — indicando que a música e a moda eram itens essenciais na vida social.

  • João Poletto Modas: com o slogan “a preferida pela elegância feminina”, o ateliê oferecia “criações exclusivas” e “atelier próprio”. A foto mostra uma modelo usando um vestido sofisticado, refletindo o estilo refinado da mulher paranaense da época.

Ao lado, o texto apresenta a senhora João Poletto (Glacy Abram), descrita como “uma das mulheres mais elegantes da temporada”, com “gosto refinado” e “estilo impecável”. Ela é retratada como uma figura central na vida social, envolvida em eventos culturais e beneficentes.

Detalhe visual: Os anúncios são limpos, com tipografia clara e imagens de modelos posando com naturalidade. Mostram como o consumo já estava associado à identidade social e ao status.


Imagem 3: “Nosso Lar... Nossa Vida” — A Família Poletto e o Ideal de Vida Bourgeoise

Na terceira página, um artigo intitulado “Nosso Lar... Nossa Vida” apresenta a família da senhora João Poletto. O texto descreve sua rotina, seus hobbies e seu estilo de vida — uma mistura de conforto, cultura e engajamento social.

Ela é retratada como uma mulher moderna, que “planeja viagens à Europa”, “aprecia a vida esportiva” e pratica “pesca submarina e iatismo”. Também participa de causas sociais e culturais, demonstrando que, mesmo dentro do lar, a mulher da elite tinha um papel ativo na sociedade.

A foto mostra a senhora João Poletto ao lado de seus quatro filhos — Luiz Roberto (18), Lalo Carlos (15), Gil Ernesto (13) e Romana (12). Todos vestidos com roupas elegantes, posando com serenidade e confiança.

Detalhe visual: A imagem é uma representação perfeita do ideal familiar da época — unido, educado, refinado e conectado com o mundo. É um retrato da classe média alta que via na educação e no bom gosto as chaves para o sucesso social.


Imagem 4: Canal 12 Comemora 3 Anos — A Televisão Chega ao Paraná com Brilho

Na quarta página, o destaque é para o 3º aniversário do Canal 12, o primeiro canal de televisão do Paraná. Inaugurado em 1961, em 1964 já se consolidava como referência regional, com programas próprios e transmissões de eventos locais.

O texto celebra a programação diversificada: TV Contínua, Sábado Estrela, Tarde de Domingo — além de shows musicais, novelas e coberturas de eventos esportivos e culturais. Artistas locais como Francisco Assis e Humberto Silva são destacados como rostos conhecidos da tela.

As fotos mostram os apresentadores em cena, vestidos com ternos e gravatas, e uma plateia animada assistindo aos programas. Há também uma imagem de um estúdio simples, mas funcional, com câmeras e cenários básicos — típicos da TV dos anos 60.

Detalhe visual: As imagens transmitem o entusiasmo da época — a TV era novidade, e cada programa era um evento. O Canal 12 não era apenas um canal, era um símbolo de modernidade e progresso para o estado.


Imagem 5: “Anotei e Divulgo” — As Crônicas Sociais que Moviam Curitiba

Na última página, a coluna “Anotei e Divulgo”, assinada por Renato Toniolo, traz as fofocas, eventos e notícias da elite curitibana. É um retrato vívido da vida social da época — cheia de concursos, bazares, inaugurações e festas.

Entre os destaques:

  • O concurso de Miss Curitiba 64, com a participação de várias candidatas.
  • A inauguração do Bazar de Artigos Domésticos, com a presença de figuras públicas.
  • A promoção da Liga das Senhoras Católicas, com atividades culturais e beneficentes.

As fotos mostram mulheres em trajes de gala, posando com elegância e confiança. Uma delas mostra duas damas em vestidos longos, com poses sofisticadas — típicas das colunas sociais da época.

Detalhe visual: As imagens são em preto e branco, com foco nos rostos e nos trajes. São retratos de uma sociedade que valorizava a aparência, o protocolo e a presença em eventos — onde estar era tão importante quanto o que se fazia.


Conclusão: O Paraná em 1964 — Uma Sociedade em Transição, Mas com Raízes Firmes

Este conjunto de imagens e textos oferece um retrato único da vida social, cultural e midiática do Paraná em 1964. Não se trata apenas de casamentos, moda ou TV — é sobre como uma sociedade se organizava, se divertia, consumia e se projetava.

Os casamentos eram eventos sociais; a moda, um reflexo de status; a televisão, um símbolo de modernidade; e as colunas sociais, o espelho da elite. Tudo isso acontecia em um estado em ascensão, que buscava se conectar com o Brasil e com o mundo.

Ler esse material é como folhear um álbum de família — só que da nossa história coletiva. É um convite para entender de onde viemos, para valorizar o que construímos e para pensar no futuro que queremos.

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