terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Alameda Dr. Muricy Chamada de "Rua da Assembleia", a via leva hoje o nome de um médico baiano

 

Alameda Dr. Muricy

Chamada de "Rua da Assembleia", a via leva hoje o nome de um médico baiano

No ano de 1857, Curitiba tinha 12 vias importantes, pelas quais a população passava diariamente. Eram elas a Rua do FogoRua DireitaRua da EntradaRua da CariocaEstrada da MarinhaRua FechadaRua do RosárioRua do NogueiraRua das FloresRua do ComércioRua do Saldanha e Rua da Assembleia.

As primeiras ruas de Curitiba - Alameda Dr. Muricy - Curitiba Space

A antiga ‘’Rua da Assembleia’’ é atualmente a Alameda Dr. Muricy, que liga o Centro Histórico a Av. Visconde de Guarapuava, cortando importantes e históricas ruas como a Emiliano Perneta e a XV de Novembro.

O nome é uma homenagem a José Cândido da Silva Murici, o Dr. Murici (1827-1879). Natural de Salvador, o médico veio até o Paraná para se tornar um dos fundadores do Museu Paranaense e da Santa Casa de Misericórdia.

As primeiras ruas de Curitiba - Alameda Dr. Muricy - Curitiba Space

A homenagem a Murici aconteceu em 1912. Até então, o caminho de barro era conhecido como Rua da Assembleia e abrigava alguns estabelecimentos “das ditas mulheres de vida fácil, sendo a mais famosa a da francesa Madame Ginet”. No local – na esquina da Rua Cândido Lopes – funcionou a primeira Câmara de Deputados de Curitiba.

As primeiras ruas de Curitiba - Alameda Dr. Muricy - Curitiba Space

Alameda Dr. Muricy abriga em sua paisagem urbana importantes edificações do cenário curitibano. Ao longo da região é possível observar uma série de prédios considerados UIPs (Unidades de Interesse de Preservação), além da Casa Andrade Muricy e o Palácio Garibaldi, considerados Bens Tombados pela Coordenação do Patrimônio Cultural do Paraná. A Alameda possui uma extensão de cerca de 1,2 km.

Referências:
O ESTADO DO PR. Curitiba 287 anos. Texto de Cid Destefani.
GAZETA DO POVO. Ruas de Curitiba – Alameda Doutor Muricy. Disponível em <http://www.gazetadopovo.com.br>.
Muzzillo, Camila. 1001 ruas de Curitiba. Organizado por Camila Muzzillo. Curitiba. Artes & Textos. 2011. 240p
FENIANOS, Eduardo Emílio. Manual de Curitiba: A cidade em suas mãos. Curitiba. UniverCidade. 2003. 160p

Rua Marechal Deodoro A via era chamada de Rua do Comércio e tem essa característica até hoje

 

Rua Marechal Deodoro

A via era chamada de Rua do Comércio e tem essa característica até hoje

No ano de 1857, Curitiba tinha 12 vias importantes, pelas quais a população passava diariamente. Eram elas a Rua do FogoRua DireitaRua da EntradaRua da CariocaEstrada da MarinhaRua FechadaRua do RosárioRua do NogueiraRua das Flores, Rua do Comércio, Rua do Saldanha e Rua da Assembleia.

As primeiras ruas de Curitiba - Rua Marechal Deodoro - Curitiba Space

Rua do Comércio já tinha uma base mercantil desde o século XIX. Nesta época, o local passou a receber uma série de estabelecimentos como depósitos de lenha, ferrarias, pequenas lojas, entre outros. Com o tempo, se tornou a Rua Marechal Deodoro, que atualmente é ocupada por muitos bancos, lojas de departamento, escritórios, lanchonetes, bancas de revista e de frutas, galerias e vários outros pontos comerciais. A Rua Marechal Deodoro tem mais de 3 km de distância, começando no viaduto da Av. Marechal Humberto de A. Castelo Branco e terminando na Praça Zacarias, passando pelos bairros do Alto da XV e Centro. Antes de se chamar Rua Marechal Deodoro, em homenagem ao espírito republicano de Marechal Deodoro, e ser conhecida como Rua do Comércio, a via, na primeira metade do século XIX, era conhecida por Rua Nova da Carioca e Carioca de Baixo, época que apresentava movimento apenas entre o  Largo Zacarias (Praça Zacarias) e a Travessa da Matriz. A frequente presença de viajantes e tropeiros do interior no trajeto em questão acabou por dar uma nova fisionomia à via.

As primeiras ruas de Curitiba - Rua Marechal Deodoro - Curitiba Space

Manuel Deodoro da Fonseca (1827 – 1892) foi um importante militar e político brasileiro. Participou da Proclamação da República do Brasil, em 15 de novembro de 1889, e se tornou o primeiro presidente do país (1889 – 1891). Suas principais ações no cargo visavam à efetiva implantação de um regime de Estado Republicano. Alagoano, e filho de também militar, foi também Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e comandante do 2° Batalhão dos Voluntários da Pátria.

Referências:
TREVISAN, Edilberto. Curitiba na Província – Ruas, Moradores Antigos, Explosão de Cidadania. Curitiba. 2000.
HOERNER Jr, Valério. Ruas e Histórias de Curitiba, 2° edição. Curitiba: Artes & Textos, 2002. 183p.
FENIANOS, Eduardo Emílio. Manual de Curitiba: A cidade em suas mãos. Curitiba. UniverCidade. 2003. 160p.

A XV de Novembro é conhecida também como "Rua das Flores"

 

A XV de Novembro é conhecida também como "Rua das Flores"

No ano de 1857, Curitiba tinha 12 vias importantes, pelas quais a população passava diariamente. Eram elas a Rua do FogoRua DireitaRua da EntradaRua da CariocaEstrada da MarinhaRua FechadaRua do RosárioRua do Nogueira, Rua das Flores, Rua do ComércioRua do Saldanha e Rua da Assembleia.

As primeiras ruas de Curitiba - Rua XV de Novembro - Curitiba Space

Rua das Flores é sem dúvida a mais famosa da cidade e reúne moradores e turistas de todos os lugares em uma só via. O termo “das Flores” deu lugar ao “XV de Novembro”, que homenageia a data da Proclamação da República do Brasil. Durante sua história, o local teve sua ocupação datada na metade do século XIX em função do enriquecimento da cidade oriundo do ciclo da erva-mate. Na então Rua das Flores, o cenário era formado por casas térreas mal alinhadas que abrigavam roseiras e trepadeiras, justificando assim o nome. Após a visita do Imperador D. Pedro II, em 1880, a via foi batizada como Rua da Imperatriz, fato que perdurou por pouco tempo, até a Proclamação da República.

As primeiras ruas de Curitiba - Rua XV de Novembro - Curitiba Space

Até a década de 1930, a Rua XV de Novembro teve o panorama alterado com a construção de edificações ecléticas que tornariam a região baseada em três pilares: comércio, habitação e lazer. Além da conotação comercial, o local passou a ganhar ares de centro cultural da cidade ao abrigar a tradicional e histórica Cinelândia de Curitiba com o Cine AvenidaPalácio e o Ópera.

No dia 20 de maio de 1972, a Rua XV de Novembro, que fica bem no centro de  Curitiba, se tornou a primeira grande via pública exclusiva para pedestres do país. A ação, na década que marcou o planejamento urbano da cidade, desagradou parte da população, que usava a via diariamente. Com isso, o centro ganhou um grande corredor de passagem, em uma época com vários cinemas de rua, bares e lojas na XV. O calçadão, como é conhecido, começa na Praça General Osório e se estende até a Praça Santos Andrade.

As primeiras ruas de Curitiba - Rua XV de Novembro - Curitiba Space

No seu trajeto, destaque para a Boca Maldita, o Bondinho, a Galeria Tijucas, o Palácio Avenida, o cruzamento com a Marechal Floriano Peixoto, as casas antigas, as lojas de departamento, a Associação Comercial do Paraná, o Correio Velho e o prédio histórico da UFPR. Diariamente, vários personagens da cidade são vistos na via, como o Oil Man, a “Mulher da Cobra”, o Leão Brasil e outros.

Dois anos depois do calçamento, em 1974, a paisagem da Rua XV foi tombada como Paisagem, por lei estadual.

As primeiras ruas de Curitiba - Rua XV de Novembro - Curitiba Space

Após o fim do calçadão, na esquina com a Rua Presidente Faria, a Rua XV de Novembro mantém seu espaço para os carros. A via se estende até o bairro que ajudou a nomear, o Alto da XV.

Referências:
HOERNER Jr, Valério. Ruas e Histórias de Curitiba, 2° edição. Curitiba: Artes & Textos, 2002. 183p.
FENIANOS, Eduardo Emílio. Manual de Curitiba: A cidade em suas mãos. Curitiba. UniverCidade. 2003. 160p.
PATRIMÔNIO CULTURAL. Paisagem Urbana da Rua XV de Novembro. Disponível em <http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/>.
URBAN, Raul Guilherme. Os 40 anos do calçadão da XV. Disponível em <http://multimidia.curitiba.pr.gov.br/2012/00118814.pdf>.

HOSPITAL CÉSAR PERNETTA

 

HOSPITAL CÉSAR PERNETTA


No início do século passado, em plena 1ª Guerra Mundial, um grupo de mulheres da comunidade curitibana decide viabilizar um inédito atendimento em saúde para a população carente da cidade, notadamente as crianças. Com disposição incomum para a época, unem-se a médicos e líderes locais e conseguem inaugurar o Dispensário Infantil, que recebe os primeiros pacientes em outubro de 1919. Decidem ir além e, em seguida, lançam o projeto de construção de um Hospital de Crianças. Onze anos de intenso trabalho e mobilização social foram necessários para sua inauguração em 1930, e plena operação em 1932. Em 1951, o Hospital de Crianças passou a ser denominado Hospital de Crianças Dr. Cesar Pernetta, em homenagem a um dos primeiros médicos a trabalhar nele.
Em agosto de 1956, é criada a organização mantenedora, a Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro, que permanece com o mesmo nome até hoje. Faz parte do complexo, o Hospital Pequeno Príncipe, inaugurado em 1971.

POR DENTRO DA CASA ANDRADE MURICY

 

POR DENTRO DA CASA ANDRADE MURICY






A denominação da Casa é uma homenagem a José Cândido de Andrade Muricy (1895-1984), escritor e crítico literário e musical. O prédio foi construído entre 1923 e 1926 e inaugurado durante a gestão do presidente do estado Caetano Munhoz da Rocha.
A antiga construção abrigou Coletorias Estaduais, a Repartição de água e Esgoto e a Junta Comercial. Ali também funcionou a Secretaria de Finanças, algumas coordenadorias da Secretaria da Cultura, a Sala Miguel Bakun e setores voltados para a música. No subsolo, funcionou o escritório da Funarte e, mais tarde, a Bienal do Design.
A edificação, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1977, possui três fachadas: a principal voltada para a Alameda Doutor Muricy e as demais para as Ruas Saldanha Marinho e Cruz Machado. Está interligada ao prédio da Secretaria de Estado da Cultura por sua parte posterior. Possui dois pavimentos de amplas salas de exposição; o pavimento térreo mede 412 m2 e o pavimento superior 509 m2, sendo 300 metros lineares com altura média de 4 metros. As salas de exposição são interligadas e dotadas de dispositivos de segurança, com circuito fechado de TV.

ARMAZÉM SANTA ANA

 

ARMAZÉM SANTA ANA







O Armazém Santa Ana é um dos estabelecimentos que têm na sua porta um dos totens do patrimônio cultural. Hoje, está mais para restaurante/bar do que para armazém, como me explicou a Ana, pertencente a terceira geração da família Szpak a administrar o local.
Disse ela que o armazém um dia já respondeu por 90% do movimento e o bar, apenas 10%. O tempo e as mudanças fizeram esse percentual se inverter e com muito capricho nos quitutes, o local vive lotado nos finais de tarde. Diante da minha surpresa com uma linha de penicos pendurados na porta, Ana disse que ainda vende uns dois ou três toda semana, seja por necessidade ou brincadeira.
O Armazém Santa Ana foi inaugurado em maio de 1934 pelo imigrante ucraniano Paulo Szpak e sua mulher, descendente de poloneses Julia Zielonka Szpak. O armazém logo tornou-se parada de viajantes e agricultores que vinham de São José dos Pinhais, numa época em que a Avenida Salgado Filho era a única ligação entre as duas cidades, rumo a Santa Catarina. Os viajantes deixavam seus cavalos para descansar e beber água, enquanto faziam compras, tomavam uma cachaça e aperitivavam os embutidos preparados pelo dono da casa.
Pedro, um dos três filhos do casal, deu continuidade ao negócio dos pais, cuidando de tudo com muito esforço e dedicação. Ampliou a variedade de produtos e passou a deixá-los expostos na varanda. O armazém ganhou o slogan “O que vende de tudo”.
A década de noventa com as grandes redes de supermercados, dizimou a maioria dos pequenos comércios da cidade, porém com inteligência e força de vontade, Pedro, sua esposa Orlanda e seus filhos superaram as dificuldades. Os clientes vinham ao antigo armazém para comprar produtos que não eram mais vendidos nos supermercados e aproveitavam para tomar uma cerveja, comer os aperitivos e o delicioso Pierogi que dona Orlanda preparava.
Pouco a pouco a estrutura foi sendo melhorada, a variedade de petiscos ampliada e a qualidade e originalidade mantidas.
No Armazém Santa Ana, o ambiente, a casa, os produtos secos & molhados, remetem a uma Curitiba pequena e muito mais cordial.
As fotos mostram apenas o corpo principal da casa. Nas laterais há uma grande quantidade de mesas. O texto acima tem um pouco do que ouvi da Ana e li no cardápio da casa e no totem da prefeitura (que aliás, está parcialmente vandalizado e apesar das solicitações, a prefeitura não repara esse belo mobiliário urbano que o POVO de Curitiba pagou).
O Armazém Santa Ana fica na Avenida Senador Salgado Filho , 4460 no Bairro Uberaba.
Mais informações no site http://www.armazemsantaana.com.br/.

LIVRARIA DO CHAIN

 

LIVRARIA DO CHAIN




Impossível pensar numa livraria em Curitiba que tenha maior relação principalmente com estudantes e especialmente com estudantes da UFPR, do que a Livraria do Chain, que desde 1968 confunde-se com o prédio da Reitoria.
Entrando na livraria, você logo percebe que ela em nada se parece com as grandes do ramo. Nada de lindas prateleiras em madeiras nobres, nada de mesas e confortáveis poltronas para leitura. Nada de cyber-café, espaços lúdicos, ou seja, nada de frescura! Em compensação, uma gigantesca variedade de títulos que dificilmente se encontra em outras livrarias. Eu, particularmente interessado em literatura com foco em Curitiba, posso dizer que o Chain é o único que se preocupa em ter e valorizar títulos sobre nossa Curitiba e sobre o Paraná.
Difícil ficar imune às opiniões do Chain, sempre fortes e afiadas! Não sei se ainda fica em exposição o tacape que supostamente ele usa para “amansar ladrão” que se arrisque a circular entre suas prateleiras.
Na única oportunidade que tive de conversar com o Chain, ele elogiou muito a cultura oriental (mais tarde descobri que ele é casado com uma), discorreu sobre alguns temas polêmicos e por fim, me desafiou a levar um livro e disse que se por acaso eu lesse o livro e não gostasse, que eu o levasse de volta que ele reembolsaria. Pois bem, levei e li o livro. Está até hoje na minha estante.
As informações a seguir extraí de uma entrevista que vi na internet dada pelo Chain à TV da UFPR. Fui algumas vezes na livraria com a esperança de encontrar o Chain e pedir se ele gentilmente autorizaria que eu o fotografasse e à sua livraria, para poder ilustrar esse post, que já está no forno faz tempo. Como não o encontrei em nessas últimas idas à livraria, ficou apenas na vontade.
Chain nasceu em Curitiba aos 16 de novembro de 1943. O pai, Hussein Chain, era de origem árabe, e a mãe, Olga Antoniuk Chain, era de origem ucraniana. Herdou da mãe e avós, o gosto pelos livros e do pai, o tino para negócios. Com a esposa Chang Yen-li, de origem chinesa, teve três filhos: Milena, Amanda (que eventualmente pode ser vista na livraria) e Aramis.
Fez o primário na Escola Estadual Xavier da Silva em Curitiba. Na década de 50, estudou no Colégio Estadual do Paraná. Na UFPR -Universidade Federal do Paraná, fez o curso de História. Teve aulas com professores como Brasil Pinheiro Machado e Bento Munhoz da Rocha. Durante a gestão do governador Paulo Cruz Pimentel, fez concurso público para professor de História. Foi aprovado e escolheu a cidade de Cianorte, no Norte do Paraná, para trabalhar durante oito anos.
Com o surgimento dos cursos de Pós-Graduação na UFPR e na PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, no final da década de 60, Chain, estimulado pela professora Cecília e pela própria direção da UFPR, deu início à sua livraria especializada em Ciências Humanas, numa época em que não havia livros especializados. Desde 1968, sua livraria encontra-se no mesmo endereço, Rua General Carneiro 441, ao lado da Reitoria da Universidade Federal do Paraná. Em 1993, houve uma pesquisa em âmbito nacional para saber onde estava a melhor livraria do País. Resultado: a livraria do Chain foi vitoriosa.
Tradicional entre estudantes e intelectuais, a Livraria do Chain é ponto de referência físico e cultural de Curitiba, resistindo ao tempo, às grandes redes nos shoppings e à literatura fácil da internet. Como sobrevive nesse ambiente hostil? Somente ele pode responder.
Considerado radical e polêmico por muitos, não tolerando que se beba Coca-Cola no país do Guaraná e no estado do Mate, abaixo seguem algumas de suas frases:
“Antes as pessoas orgulhavam-se de ter uma biblioteca na sua sala, hoje orgulha-se de ter um bar.”
“Depois que se lê um livro, você não é mais a mesma pessoa.”
“Não tenho clientes, mas amigos.”

SUB-SEDE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

 

SUB-SEDE DO MINISTÉRIO PÚBLICO




Comparando as duas fotos, percebe-se que em algum momento o prédio que hoje é sub-sede do Ministério Público, foi ampliado no piso superior, permitindo que oito novas janelas fossem instaladas. Os adornos no alto do prédio (típico do ecletismo da época), ganharam a companhia de antenas e o trilho que provavelmente passavam os bondes, hoje dão lugar à canaleta do expresso.
O edifício foi adquirido pelo estado do Paraná, em 1902, com a finalidade de abrigar diversas repartições públicas. Foi adaptado às novas funções pelo projeto do Engenheiro Cândido Ferreira de Abreu e a partir de dezembro de 1903, ali se instalou a Secretaria de Obras Públicas, Interior e Justiça, o superior Tribunal de Justiça e ainda a Diretoria de Higiene. Abrigou também o Tribunal de Júri. Em 1999, quando o Ministério Público já estava ali instalado há 2 anos, iniciou-se o processo de restauração do edifício. Atendendo a critérios de restauração, o projeto previu a restauração dos espaços externos, elementos decorativos internos e externos, esquadrias, pisos e forros originais, bem como adequações necessárias, atendendo à legislação vigente de acessibilidade.
O tombamento deste bem, após a sua criteriosa restauração, demonstra exemplarmente o como preservar o patrimônio, dando-lhe o reconhecimento pela lei 1211, de seu valor histórico cultural na sua concepção mais acertada.
Em 2009 parte do prédio foi interditado para passar por uma restauração/revitalização em função de fissuras.
Esse texto, escrito no dia 17/12/2003, foi extraído do Livro do Tombo da Coordenadoria do Patrimônio Cultural, sendo portanto, um dos bens tombados pelo Estado do Paraná. Fica na Avenida Marechal Floriano, 1251 no Bairro Rebouças.