segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

A casa de Frederico Kirchgässner foi projetada e construída por ele mesmo, entre 1928 e 1932 para servir de residência e atelier artístico para o arquiteto alemão, sua esposa e futuros filhos.

 A casa de Frederico Kirchgässner foi projetada e construída por ele mesmo, entre 1928 e 1932 para servir de residência e atelier artístico para o arquiteto alemão, sua esposa e futuros filhos.

https://arquivoarquitetura.com/003

Situação atual:Existente e preservada.
Período:1931.
Endereço:R. Treze de maio, 1224.
Bairro:São Francisco.
Uso Atual:Residencial.
Proprietário Inicial:Frederico Kirchgässner.
Proprietário Atual:Arwed Kirchgässner.
Sistema Estrutural:Concreto armado.
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Linguagem FormalModernista.

Histórico e Curiosidades

A casa de Frederico Kirchgässner foi projetada e construída por ele mesmo, entre 1928 e 1932 para servir de residência e atelier artístico para o arquiteto alemão, sua esposa e futuros filhos.

 

Primeiro exemplar da arquitetura modernista na cidade, causou controvérsias na época quanto ao seu estilo. Construída no ponto mais alto da cidade, tinha vista para a serra do mar.

 

O herdeiro e filho de Kirchgässner mantém na casa os itens de autoria do casal, mesmo estando sem moradores desde 1999.







A edificação foi construída entre 1870 e 1890 pelo engenheiro italiano Ernesto Guaita para o também engenheiro Ignácio Weiss, a quem se atribui participação na concepção do projeto.

 A edificação foi construída entre 1870 e 1890 pelo engenheiro italiano Ernesto Guaita para o também engenheiro Ignácio Weiss, a quem se atribui participação na concepção do projeto. 

https://arquivoarquitetura.com/077

Situação atual:Existente e preservada.
Período:Séc. XIX.
Endereço:R. Barão do Rio Branco, 385.
Bairro:Centro.
Uso Atual:Cultural.
Área:670 m².
Proprietário :Governo do Estado do Paraná.
Técnica Construtiva:Alvenaria de tijolos.
Sistema Estrutural:Alvenaria autoportante.
Linguagem FormalEclético.

Histórico e Curiosidades

A edificação foi construída entre 1870 e 1890 pelo engenheiro italiano Ernesto Guaita para o também engenheiro Ignácio Weiss, a quem se atribui participação na concepção do projeto. Seu porte monumental era um partido arquitetônico utilizado, na época, apenas nas edificações mais nobres da cidade.

Somente um ano após a construção foi adquirida pela Fazenda Nacional para tornar-se a primeira sede oficial do Governo do Estado do Paraná e servir também de residência para o governador. Desde então passou a ser conhecido como Palácio da Liberdade.

O imóvel se manteve como sede governamental até 1938.
Continuou alojando outras funções públicas como a Secretaria de Obras Públicas, a Secretaria do Interior e Justiça, a Coordenação do Sistema Penitenciário, e a partir de 1989 passou a abrigar o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR).






Histórias Curitiba - Zé Palito

 Histórias Curitiba - Zé Palito

Palito Ze
Flora Muñoz Rocha
foi lá nos anos 50 que Zé Palito tem se assíduo visitante de nossa porta.
A gentileza de sua postura inclinava-se para recebê-lo com gentileza.
Zé Pau era um desses andarilhos que fazem da mendicidade uma quase profissão, dirigia as casas de sua predileção por pastoreio trocado pra-fazer.
A casa deles era a rua, sua casa um banco de parque.
A alcunha de Zé Pau veio na habilidade dos palitos de fósforo - um fenômeno, não havia ninguém para derrotar.
no entanto, nasceu preguiçoso.
preguiça Um compacto e indestrutível.
teve pena dele Se algum sugeriu trabalho, cerrou os dentes e se engasgou, não emitiu um som.
o anonimato que havia sido libertado conforme ele havia escolhido o curso e o acomodado com alegria, que liga a compaixão distanciada.
conformado não vejo aquele homem de braços fortes e pernas ágeis se arrastando na vida inútil.
Várias vezes ofereci serviço em nosso jardim, que catasse mato, que varresse folhas, mas ele, com um breve aceno de cabeça, murmurava “outro dia”.
Quarenta anos loiro, grandalhão, olhar discreto, sorriso até os dentes bonitos não eram carunchados.
A dificuldade em se comunicar o tornava um mendigo calado, sem lamúrias, sem argumentos.
Perseverante, Zé apareceu no Stick/final da tarde com a mesma frase repetida "deixou um gole de café quente?"
Na cozinha já abastecêramos o copo descartável para um gole de café quente.
Com a chegada do inverno, o procedimento mudou, o Zé Pau desapareceu.
O esquema era outro, de mendigar pelo crime de furto.
Não que esse fosse seu vício, sua compulsão.
Puro trama para ser pego em flagrante e mandar para a penitenciária.
Era lá aquele teto, cama e sopa quente pela geada do tempo.
roubou cinicamente.
entrando em Ia audacioso sem guarda com o ziguezague da derrapagem.
queria ser surpreendido fazendo barulhos de uma presença estranha.
Se incapaz de agir, ele faz Dedura-va.
foi o que aconteceu conosco.
Certamente fundamentado, o governador de roubo de casa dá o xadrez certo por todo o inverno.
entrou, pegou, pegou.
Como não nos falta, passamos dois dias na estação e perguntaram se na casa do governador não havia chegado nenhuma denúncia de furto de uma caixa cheia de colares.
desejava bater o recorde entre as histórias de Curitiba, esse tipo particularmente excêntrico que lutava para ser encerrado em uma penitenciária, conhecida como Zé Pau.
Flora Muñoz Rocha é ex primeira dama do estado, é cronista.

Histórias Curitiba - O menino e o Zeppelin

 

Histórias Curitiba - O menino e o Zeppelin

Histórias Curitiba - O menino e o Zeppelin
Zeppelin O menino e
Santa Thereza Abilhoa Athos (in memoriam)
Pela clarabóia da casa do proprietário, a Praça Osório, o menino olha para o céu em Curitiba.
leva um susto e esfrega os olhos: movendo-se lentamente lá está o enorme objeto prateado.
O menino quer gritar pelo pai, o pai está mais na Ferrovia trabalhando; grita: - Vovô Chiquinho!
e desce as escadas correndo.
Vovó Biluca, na cozinha, gritando: - Seu avô está na calçada, menino!
Desfila pelo corredor e encontra seu avô, de cabelos brancos, gravata de seda com laço largo, mirando o céu, a mão como uma viseira sobre o SOHI.
Lá estava o enorme charuto!
O avô segurou a mão do menino e os dois correram em direção à Praça Tiradentes.
corria celebridades de todos os lados, com o dedo levantado para o céu.
Um fluxo na direção de Tiradentes, daquelas da década de 1930.
Na praça, bem no alto, emoldurada pelas torres da Sé Catedral, navega-se placidamente deslumbrado.
O menino colocou as mãos na boca e disse baixinho: É maior que um trem...
E o avô, arfando e extasiado: E Zeppelin, Zeppelin!
- E o que é o
Zeppelin, vovô?
- Um navio que passa pelo ar e não pelo mar!
- Então, lá em cima está cheio de gente?
- Claro que é, rapaz!
voltou para a Praça Osório, devagar, de mãos dadas.
Olhando para o zepelim, o menino pensou também nos balcões das festas de São João, feitos pelo pai.
sobraçando Quando o pai chegou um pacote com formulários já conhecidos, a casa está bagunçada.
Como um mágico, o pai abriu o pacote na grande mesa da cozinha e de lá saíram folhas de papel de seda multicoloridas.
Mãe Maria primeiro pega tesoura, lápis e régua, depois prepara a cola com farinha e água.
Pai Manoel traçou e cortou os gomos, sob o olhar da Vó Biluca, das tias Diche e do Vovô Pequeno e do Tio João Chiquinho que tudo supervisionou.
o fio do bocal já estava pronto e a tocha começou a ser montada, um pedaço de breu com ouro no centro e panos ao redor.
Equivale a meia bola.
Um cheiro repentino de querosene e tocha foi encharcado.
Ele estava começando a cerimônia real.
Em laçada na ponta do balão, Vô Chiquinho colocou uma vassoura e deixou tudo para o quintal.
O balão era esticado e cada ofício tinha o direito de puxar um broto para abri-lo em seu formato de pêra.
O pai, agachado, com um isqueiro acendia a tocha, iluminando os rostos de todos.
A mãe, como todos os anos, correu para dentro de casa e trouxe uma grande variedade, que foi imediatamente utilizada pela mãe para abanar a boca do balão.
A ansiedade iluminou os rostos e nas bocas uma oração: São João, não queimes e fica linda!
O menino rezou: -Santa Thereza, por favor, ajude meu balão!
Com as mãos no bocal, o pai empurrou delicadamente o balão para cima e ganhou o espaço noite curitibana.
Um apelo final: - Certifique-se de que há uma lufada de vento!
Não vá bater no prédio Garcez!
Uma segunda voltagem e ver a ascensão ao céu, toda a família estava batendo palmas.
O menino observou a nova estrela e murmurou, com gosto de sal na boca: - Deixou meu balão...
E correu para dentro de casa.
De mãos dadas com o avô, voltando para a Praça Tiradentes Praça Osório, o menino lembrou do Zeppelin e olhou o céu de Curitiba.
Com um suspiro, disse:
- Vô Chiquinho, agora nosso balão não vai ter mais graça...”
Athos Santa Thereza Abilhoa era promotor público aposentado.

Histórias Curitiba - Os anos rebeldes de Curitiba

Histórias Curitiba - Os anos rebeldes de Curitiba

Histórias Curitiba - Os anos rebeldes de Curitiba
Curitiba Anos rebeldes
Antonio Freitas
Março de 1967.
O presidente Costa e Silva tinha apenas três dias e os estudantes de Curitiba já faziam manifestação de protesto, exigindo que o novo general-presidente voltasse, de pijama, para casa.
A repressão andou branda e conseguiu reunir uma pequena multidão numa noite fria, u-sando o balcão da Biblioteca Pública e o apoio de um antigo espólio da UPE, que fornecia o som e a energia à única lâmpada disponível.
Cercando a todos, a polícia paranaense veio “manter a ordem” e claro, fotografando palestrantes e participantes da manifestação.
foi meu primeiro contato com os anos rebeldes da política estudantil.
Recém eleito presidente do diretório da "Direita Católica", escola considerada conservadora, esse foi meu primeiro ato público de protesto.
preparou um discurso em defesa dos princípios da UNE, aprovado às escondidas e publicado com ousadia pela editora da revista Civilização Brasileira, o que exatamente foi apreendido ao sair das bancas.
No dia seguinte, em depoimento no DOPS, fui obrigado a explicar como e onde ele teve acesso às ideias perigosas da UNE.
"Na prateleira da livraria Ghignone", respondi.
"Tinha que estar certo", respondeu o oficial.
E nada mais disse.
anos rebeldes Mas nem sempre passaram tão silenciosamente.
As marchas de Al-5 sucederam-se, sob crescente ameaça de repressão, que finalmente ocorreu com a libertação de Al-5.
Felizmente, meu mandato no diretório havia terminado e eu já tentava ganhar a vida como repórter de jornal.
O chefe da agência, considerando minha experiência anterior, me fez cobrir o movimento estudantil, especificamente o primeiro comício pós-AI

5. Todos sentiram que comer pau primeiro, mas não podiam imaginar como.

Os alunos, tensos, desciam a rua XV 1º de novembro e eu pensava: Que bom ser repórter-downs, e se vier o pau, mostre minha carteira de identidade e saia pela direita (é mais seguro).
A Polícia Militar de Choque veio a cavalo, armada com cassetetes tamanho família.

Um verdadeiro massacre, onde cada um se refugiou onde pôde.
A carteira de identidade não servia para nada.

Após a "batalha", os alunos voltaram a se encontrar na Casa do Estudante, onde foram localizados pela polícia.
E fui à matéria escrita do papel, relatando, com franqueza, o ocorrido na rua XV.
No dia seguinte, sem ler meu jornal (pecado capital para um repórter), subi no carro e a história foi direto para o céu.
Quando o carro parou e tentou derrubar o jornal, me vi sob uma saraivada de garrafas e pedras enquanto o pessoal gritava das janelas: "E ele pega".
Eles gritavam por vingança e eu não entendia porque queriam se vingar de mim.

Mas logo descobri o motivo, lendo a "minha" história.
A censura (ou autocensura) alterou o texto a ponto de descrever o episódio assim: “Eram as escavações dos larianos da PM passeando placidamente pela rua XV quando foram atacados por estudantes armados.
Pelo menos foi essa a impressão de quem leu o material.

então decidiu transferir para a nossa economia.
Teve pressentimentos do “milagre” e os assuntos econômicos ganharam importância crescente.
Não por coincidência, desapareceu das páginas dos jornais de notícias políticas.

As manifestações, o comício da Biblioteca Pública, ficaram apenas na memória, pois entraram em campo craques Pelé, Tostão, Rivelino e Delfim Neto.
Antonio Freitas é publicitário.

Histórias Curitiba - Profissão

 

Histórias Curitiba - Profissão

Histórias Curitiba - Profissão
Ocupação: Técnico
Vinicius Coelho
Futebol técnico Curitiba conheceu muitos, com algumas histórias deliciosas.
Uns por competência, e ao contrário de alguns outros engraçados.
João Lima campeão em 1953 pelo Rail, era um homem muito organizado.
Metódico, parecia mais um profissional inglês do que brasileiro.
começou no St. Kitts, depois foi para a Juventus e chegou a conquistar seu primeiro título, e um dos únicos da carreira no Ferroviário.
Aqui também treinou o esportivo Jacarezinho, o Guarani de Ponta Grossa e lançou âncora no Rio Branco, de lá Paranaguá, após passagem pelo Corinthians.
Ferroviária Aqui na João Lima ficou famosa pela "tática" que usava.
Não deixe o jogo chegar aos dez minutos do segundo tempo para dar sua ordem “acaba com a troca.
Maurílio China para a esquerda e para a direita”.
Uma tarde, joga sujo com o Coritiba, lá no Alto da Glória.
Duílio já havia comparecido com um tiro.
1x0.
João Lima estava preocupado.
De repente veio o Ivo.
2x0.
João Lima não sabia o que fazer.
foi aqui que a China sentiu o drama.
Foi aos 25 minutos do segundo tempo.
O China correu pela ponta e sofreu falta, indo para a pista rolando.
E não perdeu a viagem:
- Como está o João "deles"?
Não vamos mudar as dicas?
Falando Tim, Elbe Pá-dua Lima, principalmente lá pelos lados do Alto da Glória, está mexendo com o maior ídolo do clube entre tantos técnicos que passaram por lá.
É reviver um passado de vitórias futebolísticas e brilhantes con-sagradoras.
Sutil, inteligente, Tim viveu o futebol em todos os momentos do seu dia a dia.
Poucos treinadores conseguiram ganhar a confiança dos dois jogadores como ele.
Algum dia, jogue full house no campeonato nacional.
O São Paulo, com um grande time, era o adversário.
Durante a semana, Tim não treinou nada de especial.
Treinos normais e os jogadores já estavam se questionando.
E venha o dia do jogo.
As palestras de Tim eram momentos de silêncio ensurdecedor.
O zumbido de um mosquito que passou, foi efeito de um Concorde.
E Tim falava: "
- Agora enfrentamos um dos melhores times do Brasil.
Temos que jogar com alguns cuidados.
Hidalgo vai correr no meio, para deixar o Claudio entrar. Nilo e o Orlando não precisa se preocupar com o ataque.
Aí o Leocádio e o Zé Roberto já sabem o que vão fazer. Terto ao entrar na diagonal, e o Nilo é Claudio pega. Cláudio não sai. Restante pega o Oberdâ, dando cobertura na marcação de Tom.
E assim por diante. Hidalgo Depois , foi o confidente de Tim dentro de campo, intrigado com um detalhe como os demais jogadores, perguntou:
- Mas e Gerson, mestre? Quem vai marcar?
- I. Lá no banco.


Não deu outro.
Com vinte minutos, Gerson pegou a bola, livrinho, mas para quem não havia largado.

estava todo fechado e começou a jorrar para cima.

Coritiba 4x0 com dois de Zé Roberto e dois de Leocádio.
Vinícius Coelho é jornalista.