sábado, 21 de janeiro de 2023

SAUDADE DO IGUAÇU P.R.História

 SAUDADE DO IGUAÇU P.R.História


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A ocupação da localidade de Saudade do Iguaçu iniciou em 1954, quando a Companhia Brasileira de Viação e Comércio-BRAVIACO S.A., abriu uma picada até chegar a um pequeno planalto. No ano seguinte, um pioneiro formou uma roça e a partir daí começaram a chegar os primeiros moradores. Estes colonos, vindos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina deram início ao plantio de feijão e milho e à criação de suínos para consumo próprio. Em Saudade do Iguaçu, encontra-se a usina hidrelétrica de Salto Santiago. Criado através da Lei Estadual nº 9914, de 14 de março de 1992, foi desmembrado de Chopinzinho. O rio Iguaçu é um afluente do rio Paraná e é o maior rio do estado do Paraná, Brasil, formado pelo encontro dos rio Iraí e rio Atuba na parte leste do município paranaense de Curitiba junto a divisa deste com os municípios de Pinhais e São José dos Pinhais.
O curso do rio segue o sentido geral leste/oeste com algumas partes servindo de divisa natural entre o Paraná e Santa Catarina, bem como em certo trecho do seu baixo curso faz a fronteira entre o Brasil e Argentina (província de Misiones).Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Saudade, pela lei estadual nº 8, de 08-06-1973, subordinado ao município de Chopinzinho.
Em divisão territorial datada de 1-1-1979, o distrito de Saudade, figura no município de Chopinzinho.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1991
Elevado à categoria de município com a denominação de Saudade do Iguaçu, pela lei estadual nº 9914, de 19-03-1992, desmembrado de Chopinzinho.
Sede no distrito de Saudade do Iguaçu. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1993.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

VITORINO P.R.História

 VITORINO P.R.História


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O município de Vitorino teve como origem um entreposto que ficava no caminho percorrido pelas tropas de burro, transportando mercadorias entre Barracão e Clevelândia, no período de 1920 a 1925.
A construção da chamada Estrada Estratégica estimulou a vinda de emigrantes oriundos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, atraídos pela abundância e fertilidade da terra e pela possibilidade da exploração da madeira existente.
O topônimo adotado teve origem no rio do mesmo nome que banha o município. Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Vitorino, pela Lei Estadual n.º 790, de 14-11-1951, subordinado ao município de Clevelândia.
Em divisão territorial datada de 1-07-1955, o distrito de Vitorino, figura no município de Clevelândia.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-07-1960.
Elevado à categoria de município com a denominação de Vitorino, pela Lei Estadual n.º 4.245, de 25-07-1960, desmembrado do município de Clevelândia. Sede no antigo distrito de Vitorino. Constituído do distrito sede. Instalado em 29-11-1961.
Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Carta de aproximação por instrumentos, destinada a pilotos de aeronaves que pousavam no Aeroporto Afonso Pena. Década de 1940.

 Carta de aproximação por instrumentos, destinada a pilotos de aeronaves que pousavam no Aeroporto Afonso Pena. Década de 1940.


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***Vista interna do Edifício onde funcionou, a partir de Janeiro de 1910, a Escola de Aprendizes Artífices do Paraná, junto à — Praça Carlos Gomes.

 ***Vista interna do Edifício onde funcionou, a partir de Janeiro de 1910, a Escola de Aprendizes Artífices do Paraná, junto à — Praça Carlos Gomes.

***Vista interna do Edifício onde funcionou, a partir de Janeiro de 1910, a Escola de Aprendizes Artífices do Paraná, junto à — Praça Carlos Gomes. Na foto, alunos de várias idades. Lá os meninos dispunham de oficinas de alfaiate, sapateiro e seleiro, cujas placas estão dispostas na parte térrea da Edificação. Na sacada, os mestres com o diretor, Paulo Ildefonso D’Assumpção, quinto homem da esquerda para a direita. Como as demais Escolas de Aprendizes Artífices criadas pelo Brasil, a do Paraná também tinha uma função assistencial e ocupacional voltada para as crianças socialmente menos favorecidas, entre 10 e 13 anos, a quem eram ministrados cursos diurnos de prática de oficina e cursos noturnos de escolarização elementar. ***
Coleção UTFPR. Acervo: DPC / FCC

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— Antiga Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito, no início do século 20. Demolida em 1931, sua reedifiação contou com recursos angariados pelo Monsenhor Celso Itiberê, preocupado com o precário estado de conservação do templo nos anos de 1920. Acervo: DPC/FCC

 — Antiga Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito, no início do século 20. Demolida em 1931, sua reedifiação contou com recursos angariados pelo Monsenhor Celso Itiberê, preocupado com o precário estado de conservação do templo nos anos de 1920. Acervo: DPC/FCC


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— Em primeiro plano, o Jardim Ambiental da Rua Schiller, no Bairro Hugo Lange e adjacências no ano de 1978

 — Em primeiro plano, o Jardim Ambiental da Rua Schiller, no Bairro Hugo Lange e adjacências no ano de 1978


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O NAVIO-VAPOR CHAMADO "BRAZIL"

O NAVIO-VAPOR CHAMADO "BRAZIL"

 Em 1873, é lançado em águas inglesas o vapor "Brazil" com 2.408 toneladas (t.a.b.), tendo 104 metros de comprimento, 10 metros de largura e velocidade média de 9 nós. Suas instalações previam o transporte de 100 passageiros em cabines e 700 em instalações coletivas, mais 500 toneladas de cargas.

Adiante acompanharemos sua trajetória de vida útil (1873-1905), transportando emigrantes europeus, principalmente Italianos, para a Rota Ouro-Prata, inicialmente:
"A emigração italiana para os países sul-americanos iniciou-se por volta do início do século 19 e era dirigida para as regiões do Rio da Prata, para o Chile e para o Peru.
Nesta época pioneira, poucos se aventuraram a procurar novos horizontes de vida. Em número, não passavam de poucos milhares de indivíduos que zarpavam a partir de Gênova e Itália, a bordo de pequenos navios-veleiros de 150 toneladas, que levavam na popa a bandeira do Estado da Sardenha.
Esses primeiros emigrantes, além de pagar uma parte de sua passagem, tinham que realizar serviços de bordo e eram tratados no mesmo nível dos tripulantes das embarcações, isto é, comiam da mesma sopa.
A viagem de travessia do Oceano Atlântico em direção Sul era longa e sujeita às condições atmosféricas de todo tipo: no meio do oceano, zonas de calmaria equatorial; nas regiões meridionais da Argentina, ventos tempestuosos e frio intenso; na área do Cabo de Horn, a navegação relevava feitos de heroísmo, tal a violência do mar e a escala do vento que reinam naquela perigosa passagem do Atlântico para o Pacífico.
Cinqüenta anos após essa época pioneira, aparecem no cenário marítimo italiano os grandes veleiros construídos especificamente para o transporte de grande número de passageiros, a maioria dos quais eram emigrantes. Estamos por volta de 1860. É somente dez anos depois que os primeiros vapores batendo bandeira italiana fazem sua aparição no tráfego marítimo para a América do Sul.
Interessante notar que, por volta dessa época, ou seja, 1870, as companhias inglesas já faziam uso do vapor por mais de 20 anos, o que dá uma idéia do avanço tecnológico e financeiro que a Grã-Bretanha possuía sobre um país como a Itália.
Os primeiros armadores italianos a se lançarem na aventura do vapor foram Lavarello, Oneto, Cerruti e Piaggio, nomes já mencionados em anteriores colunas desta rubrica.
A utilização do navio a vapor acelerou naturalmente o tempo das travessias oceânicas, tirando delas o fator incerteza, originado pelo vento. Por volta de 1870, a viagem Gênova-Buenos Aires necessitava de aproximadamente 25 dias, escalas intermediárias inclusas.
É fato notório a explosão da emigração italiana ocorrida a partir dessa década. Os números relativos ao embarque de emigrantes dobravam a cada ano e até 1885, o destino dos que partiam era quase sempre um país da área do Prata.
O Brasil era meta mais rara, porém, a partir de 1885 o número de italianos procurando passagem para o Rio de Janeiro ou Santos começou a se tornar importante, o que levou muito naturalmente as poucas armadoras italianas a fazerem escalar mais freqüentemente seus navios nesses dois portos.
Em 1888, a La Veloce estabeleceu uma linha específica para o Brasil, servida por quatro vapores de pequenas dimensões: o Carlo R, o Fortuna R, o Regina e o San Gotardo.
O aumento da demanda foi tal que permitiu a outros pequenos armadores italianos entrarem no tráfego da emigração. Eram quase todos capitães-de-longo-curso de origem lígure que compravam pequenos vapores de segunda mão e os armavam para o transporte em massa de emigrantes. Zino, Gavotti, Repetto e Cresta foram alguns desses armadores.
O último mencionado, Giácomo Cresta, era estabelecido em Gênova como armador independente no tráfego da emigração. Geralmente afretava vapores de companhias inglesas e os colocava em linha para a América do Sul.
Por volta do início de 1888, Cresta decidiu comprar seu primeiro navio e dirigiu-se muito naturalmente em direção de Londres, Inglaterra, onde já mantivera contatos com agentes de afretamento.
Encontrou desativado um pequeno e antigo vapor cargueiro de nome Brazil, construído em 1873, e decidiu comprá-lo. Realizada a operação, Cresta levou sua nova propriedade para Gênova, onde ordenou uma série de trabalhos para transformar o cargueiro em navio misto.
Foi assim que, em setembro de 1888, o Brazil, comandado pelo capitão Antonio Mangini, zarpou pela primeira vez na Rota de Ouro (Brasil) e Prata (Argentina), levando emigrantes para o Rio de Janeiro e Santos.
Fora incorporado no entretempo por Cresta uma sociedade armadora, a qual se denominou Italo-Brasiliana e que, além do "Brazil", seria proprietária do "Rio", seus dois primeiros vapores, e de outros seis ou sete vapores.
O preço de uma passagem Gênova-Rio de Janeiro era de 150 liras-ouro para a terceira classe (emigrante) e a viagem realizava-se em 18 dias, com escala em Lisboa (Portugal).
O "Brazil" sofreu alguns incidentes durante sua utilização na Rota de Ouro e Prata. Em dezembro de 1889, entrou em colisão com um pequeno veleiro de bandeira grega ao largo de Vado (Mar Tirreno), afundando-o e sofrendo contemporaneamente algumas avarias, que o obrigaram a voltar a Gênova para reparos.
No início do ano seguinte, seu nome foi mudado para Colombo, natural homenagem ao cidadão genovês mais ilustre de todos os tempos. Com o novo nome de Colombo, o vapor permaneceu na linha Gênova-Lisboa-Rio de Janeiro-Santos, realizando dezenas e dezenas de viagens, transportando, em cada uma, cerca de 700 emigrantes em precárias condições de alojamento comum e entre 80 e 100 passageiros em classe cabina em alojamento individual.
Foi um dos primeiros navios italianos de emigração a ser dotado de instalações frigoríficas para a conservação de víveres frescos e conheceu em sua carreira vários problemas epidêmicos.
Por volta de 1890, a febre amarela era praticamente endêmica no Brasil – e no Rio de Janeiro e em Santos aconteciam dezenas de casos fatais por mês e os navios que atracavam nesses portos não podiam ficar totalmente imunes do perigo de contágio e assim inevitavelmente surgiam casos de epidemia a bordo durante as travessias, sobretudo no sentido Sul-Norte.
Colombo saiu de Santos em fevereiro de 1891 com destino a Gênova com 1.027 emigrantes a bordo, que voltavam a seus países de origem desiludidos com as precárias condições de trabalho encontradas no interior do Brasil.
Durante a travessia, vários casos de febre amarela foram declarados a bordo e 15 pessoas pereceram durante a viagem. Na chegada a Gênova, o Colombo foi posto em quarentena em uma área do porto conhecida com o nome de Asinara.
Em 1893, novo caso de epidemia a bordo do Colombo, que no mês de junho chegava a Gênova, registrando 11 mortes ocorridas no navio, no percurso Santos-Gênova, incluindo-se nestes casos o primeiro oficial da embarcação.
O comandante destas viagens era Ottavio Testori, ele mesmo com sintomas do mal ao chegar ao porto lígure, conseguindo, porém, superar a doença. No ano de 1898, o Colombo foi teatro de um outro surto de febre amarela, sempre no mesmo sentido, Sul-Norte da rota, com 20 casos a bordo, dos quais três fatais.
Naqueles idos, não existindo câmaras mortuárias a bordo, era praxe jogar as vítimas ao mar, envoltas em um pano de tela branca, depois dos rituais religiosos.
Giácomo Cresta tinha por hábito comercial afretar alguns de seus navios ao amigo-concorrente Giulio Gavotti e, quando este último constituiu sua própria empresa, a Ligure Brasiliana, decidiu vender-lhe a única unidade que possuía, ou seja, o vapor Colombo.
A Ligure Brasiliana havia sido constituída em Gênova, em novembro de 1897, com capital de 2,5 milhões de liras e, além do Colombo, havia incorporado outros quatro vapores, o Re Umberto, o Minas, o San Gotardo e o Maranhão.
Com a colaboração dos agentes A. Fiorita, do Rio de Janeiro, Giulio Gavotti assinou um contrato de transporte com os estados do Pará e do Amazonas. Tal contrato pioneiro obrigava a Ligure Brasiliana a efetuar, a partir de 1898, duas ligações mensais entre a Itália e os portos de Belém e Manaus. Em contrapartida, receberia do governo desses dois estados brasileiros uma quantia como subvenção.
Nesta nova linha foram colocados o Re Umberto e o Maranhão (este último subseqüentemente recebendo o novo nome de Rio Amazonas), enquanto o Minas, o Agordat e o San Gottardo asseguravam a linha para os portos do Rio de Janeiro e de Santos.
Em meados de 1898, o Colombo foi cedido à Ligure Brasiliana e colocado imediatamente na linha para o Norte do Brasil, aí permanecendo até fins de 1900. No início do ano seguinte, foi recolhido aos estaleiros Orlando, em Livorno, Itália, a fim de passar por completa reforma, sobretudo em suas velhas máquinas.
Naquele mesmo ano, realizou ainda cinco viagens para Belém e Manaus. Em 1902, efetuou seis viagens, transportando, no total, 1.002 passageiros e 3.208 toneladas de carga; em 1903, outras sete viagens (1.178 passageiros e 3.119 toneladas de carga) e em 1904 uma única viagem foi realizada, pois a linha havia demonstrado não mais ser rentável.
O término de seus serviços para o Rio Amazonas foi também o sinal do fim do Colombo (ex-Brazil), que no decorrer de 1905 foi vendido para sucata e desmantelado em Sarona, um ano mais tarde."
(Extraído de: novomilenio.com.br)
Paulo Grani

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Lindas moças da família Macedo, lavam roupas em tinas feitas de madeira, no bairro de Santa Quitéria, em meados de 1950, na propriedade do dr. Francisco Ribeiro de Azevedo Macedo. (Foto: Acervo de Priscila Macedo)

 Lindas moças da família Macedo, lavam roupas em tinas feitas de madeira, no bairro de Santa Quitéria, em meados de 1950, na propriedade do dr. Francisco Ribeiro de Azevedo Macedo.

(Foto: Acervo de Priscila Macedo)
Após a publicação, constatou-se o nome delas:
- A da frente é Josefina Gracia (Fifina), casada Mansur;
- A De roupa clara Clotilde Macedo, casada Matos;
- De roupa bege Sarita Romaguera Macedo, casada Alegre Alarcón;
- A última Dinah , casada Cristóvão.
Paulo Grani

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A ESTRADA DONA FRANCISCA LIGA JOINVILE A CURITIBA, EM 1865

 A ESTRADA DONA FRANCISCA LIGA JOINVILE A CURITIBA, EM 1865

"Ao abrir a Estrada Dona Francisca a meta era ligar o litoral do município de São Francisco do Sul e a colônia Dona Francisca com o planalto de Curitiba. Isto interessava não só à comunidade local, como também, ao governo Imperial, que, em 1858, custeava os trabalhos com subvenções mensais. A obra de vulto, que nascera como uma iniciativa particular, passou a ser um empreendimento imperial.
A Estrada
O traçado da Estrada foi definido pelo engenheiro e agrimensor Carl August Wunderwald, que se embrenhou pela mata atlântica em duas excursões realizadas anos antes. Caminhou pela região que compreendia o vale do rio Cubatão, Rio da Prata a Rio Seco e detectou os melhores locais para a abertura do novo caminho.
Elevado ao posto de diretor da Colônia em 1858 Léonce Aubé assumiu a administração dos trabalhos e deu início à construção de uma das mais valiosas obras da Joinville daqueles dias. As instruções que deveriam ser observadas na construção da nova estrada: "1º - a estrada terá 30 palmos de largura, contados entre as arestas das valetas laterais; 2º - as valetas serão abertas de ambos os lados da estrada, sendo em planície e em morros somente do lado de cima destes e terão cinco palmos de largura e três ditos de profundidade". No total, eram 17 itens, que descrevem minuciosamente como deveria ser a "Franciscastrasse".
A Província do Paraná temia que o escoamento da produção pela Estrada Dona Francisca diminuísse a movimentação de riquezas em Paranaguá, Morretes e na Estrada Graciosa devido ao escoamento direto até São Francisco do Sul. Por isso, não apoiava o novo empreendimento e tentava, nos gabinetes imperiais, fazer com o que o ponto de chegada não fosse Rio Negro (como havia sido estabelecido), mas Curitiba.
Desentendimentos
Com a definição por Rio Negro, Paraná fez mais uma jogada, transferindo para a estrada - no meio da mata - um ponto de coleta fiscal. O problema é que o posto ficava em área catarinense e o governo da província de Santa Catarina não tardou a reagir. Enquanto cada lado procurava defender seus interesses, o governo imperial decidiu suspender os pagamentos das obras, alegando, erroneamente, que o ponto final ainda não estava definido. Na prática, tanto a comunidade do Paraná quanto a de Santa Catarina saíam perdendo.
Outro episódio envolvendo as duas províncias foi pelo domínio de terras entre Rio Negro e a Serra Geral. Enquanto a Sociedade Colonizadora enviava colonos para lotes demarcados naquela região, o Paraná vendia os mesmos lotes com títulos provisórios de propriedade a famílias interessadas. O conflito ficou conhecido como "questão de limites" e que deixou a região do planalto em "pé-de-guerra".
Prejuízo
Em 1869, durante todo o ano as obras na Estrada da Serra ficaram paradas por falta de verbas. No início da década seguinte , cerca de 30 quilômetros da Estrada estavam concluídos e o traçado iniciava no centro de Joinville, passava por Pirabeiraba e atingia a região do Alto da Serra. Daí por diante até Rio Negro, havia apenas uma picada, que em dias de chuva ficava intransitável. Ainda levaria outras décadas para que a "Franciscastrasse" fosse concluída.
Trabalho Imigrante
A construção da estrada Dona Francisca deu novo impulso à Colônia. Com as obras foi possível dar serviço e remuneração aos imigrantes. Centenas de colonos estavam estabelecidos na região e encontraram nos trabalhos de construção o único meio de terem dinheiro na mão. A atividade comercial, de indústria e a agricultura floresceriam somente depois com a abertura do novo caminho.
Desenvolvimento
Com o acesso, deu início o comércio de erva-mate e de madeira que descia a serra em busca da Colônia. Na volta por São Bento, os carroceiros passavam carregados, trazendo produtos para suas casas. Os carroções com toldo de lona, puxados por seis ou oito cavalos, eram chamados de "carroções de São Bento" ou "São Bentowagen" e ainda hoje estão presentes na memória dos moradores mais antigos.
Viagem Inaugural
Em 1865 o primeiro grupo de viajantes vindos de Curitiba descia pela estrada e era recebido com festa na colônia Dona Francisca. No dia seguinte, um outro grupo chegava trazendo um carregamento de erva-mate e retornava levando couro curtido do curtume de Jacob Richlin, sinalizando o início do comércio entre as localidades e antecipando o ciclo que iria se tornar um dos mais importantes na história econômica da região, o da erva-mate.
Benefício
Na época, a colônia Dona Francisca contava com cerca de dois mil habitantes e, embora já despontassem estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço da própria comunidade atendessem a população, a agricultura ainda era a principal atividade dos imigrantes europeus que continuavam chegando ao lugarejo."
(Fotos/síntese: saobentodosul.sc.gov.br)
Paulo Grani

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Carroções estacionados no quilômetro 47 da Estrada Dona Francisca, década de 1890.
foto: Arquivo Histórico de Joinvile.

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Outra foto de caravana descendo a serra na Estrada Dona Francisca, também chamada à época de "Franciscastrasse".
Foto: Arquivo Histórico de Joinvile.

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Carroções de colonos na Estrada Dona Francisca, costumeiramente chamados na região, na época, de "São Bentowagen".
Foto: sanbentodosul.sc.gov.br

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Parada dos carroções para descanso dos animais, em meio à serra.
Foto: saobentodosul.sc.gov.br

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Trecho da Estrada Imperial Dona Francisca, preservado em Rio Negrinho, nos dias atuais.
Foto: saobentodosul.sc.gov.br

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Caravana de imigrantes em seus carroções, descendo a serra.
Foto: Arquivo Histórico de Joinvile.

A CERVEJARIA CABRITO Em 1910, funcionários e familiares de Frederico Puglia posam para esta histórica foto. A fábrica da Cerveja Cabrito, era em São José dos Pinhais e competia com os fabricantes de cerveja de Curitiba. (Foto: Acervo Maria Angélica Marochi) Paulo Grani

 A CERVEJARIA CABRITO
Em 1910, funcionários e familiares de Frederico Puglia posam para esta histórica foto.
A fábrica da Cerveja Cabrito, era em São José dos Pinhais e competia com os fabricantes de cerveja de Curitiba.
(Foto: Acervo Maria Angélica Marochi)
Paulo Grani


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