segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

A HISTÓRIA DOS ANTIGOS FENEMÊS

 A HISTÓRIA DOS ANTIGOS FENEMÊS

Um ronco grave e sincopado habita a memória dos apaixonados pelos antigos FeNeMês. O som, orquestrado pelos pistões que tinham uma câmara de explosão em formato diferente, marcou o motor seis cilindros desses caminhões. A robustez do motor e o ruído estralado, vindo de trás de uma lataria de visual sisudo, fez do Fenemê um clássico absoluto das estradas brasileiras.
Nas palavras de Lucas Duarte, "Em marcha lenta, o motor Alfa Romeo a diesel, de 11 litros, soa como o arfar de um dragão descansando no fundo da caverna. Um pouco de acelerador e o som se transforma no rugido do leão da Metro. Daí para a frente, entram uma batida metálica na cadência de rabo de vira-lata feliz e, como ápice, o grave de um helicóptero Huey em rasante sobre acampamentos vietcongues. Viajar na boleia de um FNM é o caos e a glória, ao mesmo tempo. Nenhum outro caminhão tem tanta personalidade acústica".
Vamos conhecer um pouco do modelo Brasinca: Na transmissão, há uma caixa de câmbio convencional de quatro marchas, com alavanca de curso impreciso, e uma caixa de reduzida, o que dá um total de oito diferentes relações. O câmbio não tem sincronizadores: o motorista tem que ter ouvido e sensibilidade para passar a marcha no tempo certo.
Achou complicado? Tem mais... as duas caixas vão sendo usadas alternadamente. Na hora de passar de segunda marcha simples para a terceira reduzida, por exemplo, o motorista usa ambas as mãos para mover as duas alavancas ao mesmo tempo (uma no painel e outra no assoalho), em um movimento muito rápido para não largar o volante por muito tempo... De terceira simples para quarta reduzida, a mesma coisa. E, não pode esquecer, o ouvido tem que ficar atento na rotação do motor para não arranhar!
Lembrados como possantes, fortes e estradeiros, os veículos produzidos na fábrica de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ainda despertam curiosidade e paixão por onde passam. Eles tinham cara de mau e de fato eram. A força sempre foi a marca registrada dos Fenemê.
Criada por Getúlio Vargas, a Fábrica Nacional de Motores (FNM) começou a ser construída em 1940, destinada a produzir motores aeronáuticos para uso militar. O fim da Segunda Guerra Mundial tornou os motores obsoletos quando a fábrica finalmente iniciou a produção, em 1946. Após fabricar geladeiras, compressores, bicicletas, entre outras coisas, a FNM apostou nos caminhões em 1949. O primeiro flerte com os pesados foram as 200 unidades de um modelo diesel de 7,5 litros, fruto da parceria com a italiana Isotta Fraschinni.
Após dificuldades financeiras na parceira, novo acordo foi firmado com outra italiana, a Alfa Romeo. Começa aí a trajetória de sucesso dos caminhões da marca. Os primeiros modelos, produzidos em 1951 e vendidos a partir de 1952, foram denominados D-9.500, equipados com motores de 130cv e com uma capacidade de carga de 8.100 kg (aumentada para 22.000 kg se acoplado a uma carreta de dois eixos) - números normalmente extrapolados na época. Além de ser capaz de puxar muita carga, era o único caminhão a possuir cabine leito com duas camas, ideal para enfrentar longas viagens nas torturantes estradas brasileiras de então.
Vieram os modelos D-11.000 em 1958, com potência de 150 cavalos, que ao lado do D-9.500 atingiu sucesso absoluto de público. Em 1968, a fábrica foi definitivamente vendida à Alfa Romeo - numa das primeiras privatizações do País -, que seguiu produzindo os modelos 180 e 210. No ano de 1976, a Fiat comprou a maior parte das ações assumindo o controle da fábrica e passando a produzir os modelos Fiat 190. Em 1985, já administrada pela Iveco, com o declínio nas vendas, a fábrica encerra suas atividades no Brasil, declarando o fim da fabricação dos Fenemê. Ao longo de todas as fases, a empresa produziu aproximadamente 15 mil veículos.
Tipos de cabines que foram utilizadas ao longo da fabricacão dos FeNeMês:
Cabines 180 e 210, 800 BR, Alfa Romeo "importada", Brasinca, Brasinca "boca de bagre", Caio, Carretti "idêntica a Brasinca", Cermana, Drulla, Fiedler, Futurama, Gabardo "standard reposição", Inca, Isotta Fraschini "bicuda importada", Irmãos Amalcabúrio "standard reposição", Kabi "standard reposição", Metro, Rasera, Santa Ifigênia, Standard "intermediária", Standard, Vieira e Vintage.
(Fontes/Fotos: Wikipedia, pinterest, caminhoesecarretas.com, Biblioteca Nacional, O Globo)
Paulo Grani

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FNM D-7300, da década de 1960.
Foto: Guilherme da Costa Gomes.

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FNM 9.500, o carrega-tudo dos anos 1950.
Fonte: Renato Zirk

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FNM D-7300 em desfile no Rio de Janeiro, em 1949.
Foto: pinterest

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Dezembro de 1949, desfile no RJ, dos primeiros FNMs produzidos no Brasil.
Foto: internet

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Um dos raros V-17 fabricados, ainda em operação atualmente.
Foto: pinterest

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FNM 1969, saídos de fábrica em direção às concessionárias.
Foto: Arquivo Nacional.

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O caminhoneiro e seu FNM, heróicos desbravadores do Brasil, década de 1970.
Foto: Biblioteca Nacional.

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FNMs adquiridos pelas Forças Armadas Brasileiras, cabine Brasinca.
Foto: Arquivo Nacional

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FNM com chassi longo.

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FNM com cabine leito produzido em 1955.

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FNM D-9500, com a cabine totalmente produzida no Brasil em 1953.
Foto: http://xn--alfanumrica-hbb.com/

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Rara foto de um FNM Isotta em fevereiro de 1952.
Foto: Arquivo Público SP
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Um FNM com cabine Brasinca, chamado puxa-madeira, década de 1950.
Foto: Renato Cattalini

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FNM D-11.000 V5, segunda série.

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FNM D-11.000, modelo V10, para cargas volumosas.
Foto: Transportes Modernos.

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Linha de montagem das cabines dos FNMs, em 1956.
Foto: Arquivo Nacional
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Cabine do BR 800 acoplado a reboque.
Foto: Werner Keifer

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FNM D-7300.
Foto: internet

Josemary Caldeira, Miss Paraná 1949, e Jussara Marques, Miss Brasil de 1949, desfilam no Jockey Clube do Paraná em um belo Packard Super Eight Convertible 1948, durante um evento.

 Josemary Caldeira, Miss Paraná 1949, e Jussara Marques, Miss Brasil de 1949, desfilam no Jockey Clube do Paraná em um belo Packard Super Eight Convertible 1948, durante um evento.

Ambas conheceram-se durante a disputa do Concurso Miss Brasil de 1949, tendo a bela Jussara sido escolhida a Miss Brasil daquele ano.
O concurso Miss Brasil de 1949 foi a primeira edição do concurso, porém não oficial, isto é, não era o concurso que definia a representante brasileira no tradicional concurso de Miss Universo.
Foi realizado no dia 12 de Junho de 1949 no Palácio Quitandinha, Petrópolis, no Rio de Janeiro. O certame nacional visava eleger uma mulher da alta classe brasileira que pudesse representar a beleza da mulher brasileira na mídia local. Jussara Marquez, de Goiás, foi eleita a primeira detentora do título da história.
Paulo Grani.

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Foto: Acervo Luiz Bettega.

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Josemary Caldeira, Miss Paraná 1949.
Foto: Revista Manchete.

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Jussara Marques, Miss Brasil 1949.
Foto: Revista Manchete.

domingo, 22 de janeiro de 2023

Restaurante Veneza, uma linda História com um Grande Legado

 Restaurante Veneza, uma linda História com um Grande Legado

http://www.revistafacil.com.br/2022/06/restaurante-veneza-uma-linda-historia.html




Fundado em 1965, por filhos de imigrantes Italianos Sr. Ari Antonio Valente e Sra. Maria Leoni Valente, o restaurante fica localizado em Santa Felicidade, polo gastronômico de  Curitiba.
Na época da fundação foi aberto com intuito de atender viajantes e caminhoneiros que passavam pela avenida, rumo a estrada do Cerne, inicialmente o restaurante tinha espaço para 50 lugares,  sempre  servindo comida típica Italiana.

O Sr Ari deixou legado que é visível até hoje desde os que estão a frente, José Carlos,Gilberto, Mara, Suzi Mari  e  seu   marido  Marcos  Godoi  e  os  demais   colaboradores, uma  vida  cheia  de peculiaridades,  um homem alegre,  cativante e muito  receptivo, em   entrevista com   Marcos Godoi   (genro) relatou fatos interessantes, tais como, Sr. Ari sempre muito bem vestido de terno e gel no cabelo, muitas vezes por simpatizar com o cliente dizia que o mesmo não precisava pagar a conta, que era cortesia da casa, mais dois fatos interessantes em um deles quando chegava uma senhora gestante ele logo apostava qual seria o sexo da criança, e se caso ele viesse errar, após a criança nascer o casal teria uma refeição como cortesia, outro fato é que na época alguns estudantes de direito que vinham de ônibus jantar em Santa Felicidade no restaurante Veneza, e claro o Sr Ari já se enturmava com eles, e quando o dinheiro dos estudantes acabavam o Sr. Ari pagava algumas rodadas de cerveja, e por incrível que pareça o ele também levava alguns alunos para casa em seu próprio carro, hoje em dia alguns destes alunos já formados juízes, advogados e desembargadores ainda se reúnem e frequentam o restaurante e relembram estes momentos inesquecível.



Houve um tempo que Sr. Ari produzia seu próprio vinho, na Chácara Estância Bom Sossego, (hoje condomínio da família), muitos destes vinhos eram dados de presentes a amigos e clientes.

E como sempre brincalhão, orientava que ao servir o vinho não poderia deixar pingar na toalha, e logo perguntavam a ele se iria manchar e muito sorridente dizia: " o vinho é tão puro que se pingar na toalha pode nascer um pé de uva na mesa"  todos caiam na gargalhada.


Sr. Ari faleceu em 1982, e a Sra. Maria Leoni, conhecida como Dona Leoni, sempre esteve a frente em todos os momentos, ela faleceu em 2020 em casa e era um símbolo do Restaurante Veneza, todos a conheciam e deixou muitas saudades, sempre trabalhadora e querida por todos, era uma contadora de piadas, adorava viajar e também Turfe,  tinha cavalos de corrida.

"Os anos passam, as pessoas se vão, mas as lembranças e bons momentos sempre serão lembrados em nossos corações."


Ao lado do restaurante foi construído um lindo castelo por José Carlos Valente, filho mais velho do fundador, começou a construir em 1971 percebendo que a região era muito promissora e o espaço poderia ser um ponto atrativo turisticamente, construído com pedra bruta toda trabalhada manualmente no local, até tomar forma para o encaixe, realmente um trabalho de artesão, devido ao estilo de construção somente as 4 torres levaram 4 anos para serem construídas e considerando tempo total de 15 anos para conclusão da obra, o castelo realmente passou a ser um grande atrativo turístico, contando com degustação de vinho, vendas de artesanatos e lembranças de Curitiba, houve dias de receberem mais de 40 ônibus de turismo para visitação .


O Restaurante Veneza atualmente tem três salões individuais para eventos, um de 350 lugares outro de 200 lugares e um terceiro com 80 lugares, para festas e eventos corporativos, todos com cardápio especial que pode ser acrescentado, carnes bovinas, suínas e peixe, contando com salão principal que comporta 170 lugares, o restaurante tem capacidade para atender 800 pessoas, em anexo ao restaurante tem um espaço delivery, entre retirada e entrega chega atender até 200 pedidos por dia.



Sempre servindo Comida Típica Italiana, sendo que um dos pratos que mais se destaca é o frango prensado e claro as lasanhas que são incomparáveis, com acompanhamento de diversos pratos tais como macarrão, risoto, nhoque, frango a passarinho, saladas de escarola e a deliciosa polenta crocante, tudo produzido e elaborado pelo restaurante, o Veneza tem indiscutivelmente excelência em atendimento e na variedade de pratos e sempre atendo para atender e satisfazer os clientes, novos pratos são criados e o cardápio torna- se ainda mas agradável, sempre preservando a Cultura Italiana.



Com certeza um legado de generosidade, carisma e simpatia foi deixado pelo Sr. Ari aos seus descendentes que hoje estão a frente conduzindo o restaurante com muita excelência e não somente eles mas toda a equipe de colaboradores que conforme Marcos Godoi comentou, todos trabalham com sentimento de dono, sempre entregando o melhor desde o atendimento até a qualidade dos pratos servidos.

                                Assista o vídeo e conheça um pouco mais do Restaurante Veneza.



SERVIÇO

Restaurante Veneza
Av. Manoel Ribas, 6.860
Santa Felicidade - Curitiba - PR

Faça sua reserva:
Tel. (41) 3372-2626

www.restauranteveneza.com.br/

instagram.com/restaurantevenezadecuritiba/

Confira cinco bares e restaurantes localizados em prédios históricos de Curitiba

 

Confira cinco bares e restaurantes localizados em prédios históricos de Curitiba

Espaços resgatam história da capital paranaense em detalhes arquitetônicos enquanto abrigam boa gastronomia

Construções centenárias e prédios históricos de Curitiba ganham destaque no cenário gastronômico. A capital paranaense tem diversos bares e restaurantes funcionando em espaços que, por si só, resgatam a memória da cidade. Aliados a boa cozinha, tornam-se pontos turísticos dignos de serem visitados. Conheça cinco espaços em Curitiba que combinam boa gastronomia e história:

Lupita Bistrô Bar: O bistrô está localizado em um dos mais conhecidos prédios da cidade: o Edifício Anita. Construído em 1950, o imóvel alia toques modernistas e de art déco e foi nomeado em homenagem à esposa do jornalista Frederico Faria de Oliveira, dono do imóvel. Localizado em região central, chama atenção pela fachada coberta de trepadeiras e por ter uma casinha em seu topo. O Lupita aproveita essa ambientação charmosa para oferecer uma gastronomia variada, de porções como o Bolinho de bacalhau com maionese trufada até pratos como a feijoada, servida aos sábados. Destaque para a seleção de vinhos da casa. O Lupita fica na Al. Dr. Carlos de Carvalho (nº 15) e funciona de segunda a quinta, das 9h às 23h, e nas sextas e sábados, das 9h à meia-noite. Mais informações no Instagram: @lupitabistrobar.

Lupita - Fachada - por Nakayana

Ninna Cozinha: O mais novo empreendimento gastronômico da cidade está localizado em um casarão centenário. A novidade tem uma proposta de abarcar delícias do café da manhã até o jantar, equilibrando pedidas como Brioche com patê de fígado de galinha, cogumelos, ovo perfeito, espuma de Grana padano e bacon, até Nhoque de batata com molho bolonhesa e espuma umami, quinoa crocante e tomatinho seco. O restaurante faz parte do Grupo Obst., levando a assinatura do premiado chef Lênin Palhano e de seu sócio, Marcelo Vaz. A estrutura original da casa é mantida e celebrada em detalhes como amplas janelas que favorecem a luz natural do dia e até parte do piso antigo em disposição no ambiente. O Ninna Cozinha funciona na R. Desembargador Motta (nº 1861), no bairro Batel, de segunda a sábado, das 8h às 23h, e aos domingos, das 9h às 17h. Instagram: @ninna.cozinha.

Ninna Cozinha - Por Estanis Neto

Marbô Gastronomia: O casarão onde funciona a Marbô é uma atração à parte do ambiente, conhecido pelo brunch. O imóvel, conhecido como Casa Belotti, foi considerado Unidade de Interesse de Preservação pela Prefeitura de Curitiba. O design modernista da residência foi projetado em 1953 pelo arquiteto Lolô Cornelsen e chama atenção desde a fachada e entrada com jardim até os salões internos (que recebem exposições de artistas locais) e a área externa. O cardápio variado passa por pedidas como pães artesanais, quiches, grelhados e diversos doces. A Marbô fica na R. Dr. Faivre (nº 621), no Centro, e abre de quarta a domingo, das 11h30 às 16h. Instagram: @marbobakery.

Marbô Gastronomia - foto divulgação Facebook

Café do Paço:  A construção de 1916 nos estilos neoclássico e art nouveau abriga hoje um centro cultural e o Café do Paço, café escola do SESC. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, foi restaurado, porém mantendo características originais, da escadaria de madeira, passando pelas salas com janelas altas até a torre que abriga a entrada da cafeteria. A ambientação do espaço em madeira mantém o clima do prédio histórico de forma intimista e aconchegante. O Café do Paço serve diferentes tipos de cafés sofisticados, além de doces e salgados finos. O Café fica na Praça Generoso Marques, no Centro de Curitiba, e abre de terça a sexta-feira, das 11h30 às 20h, e sábados e domingos, das 11h às 16h30.

Paço da Liberdade - por Orlando Kissner - SMCS

Cubano -- El Clásico Sándwich: O Edifício Anita abriga outra pedida gastronômica de peso. O Cubano é dedicado à cozinha latino-americana de rua -- o que combina muito com o ambiente. As mesas na calçada em frente ao prédio, a fachada laranja coberta pelas trepadeiras e o movimento que vai do fim de tarde até a noite dão um charme único ao local. Na cozinha, o sanduíche que dá nome à casa e resgata uma tradição de imigrantes cubanos. Sabores de outros países, como as Arepas venezuelanas e os Elotes (milho grelhado com especiarias) mexicanos, completam as pedidas. O Cubano funciona de terça a sábado, das 17h à meia-noite, e está na Al. Dr. Carlos de Carvalho, 15. Mais informações no Instagram: @cubanocwb.

Cubano - Fachada por Patricia Fregonese

Restaurante Jatão, ícone da noite curitibana que não só embalou muitos casais ao som de Disc Music nos anos 80 e 70

 Restaurante Jatão, ícone da noite curitibana que não só embalou muitos casais ao som de Disc Music nos anos 80 e 70


Foto: Acervo da Casa da Memória - Diretoria do Patrimônio Cultural / Fundação Cultural de Curitiba

O sonho de infância de Elmo Waltrick era ser piloto de avião. Não cansava de avistar os raros aviões que sobrevoavam sua cidade-natal, Lages, em Santa Catarina, quando criança. Ele bem que tentou a carreira na aviação, mas por três vezes foi reprovado nos testes para ingressar na Força Aérea Brasileira. Isso não impediu o então garçom, hoje com 73 anos, de ter sua própria aeronave e de pilotá-la.
Não era exatamente um avião, por assim dizer. O formato até lembrava, mas certamente não passaria em teste algum de aerodinâmica. Não por acaso, nunca voou. Ficava estático, pregado no chão, exatamente onde hoje está a rotatória da Avenida Manoel Ribas e da Rua Via Vêneto, principal cruzamento do tradicional bairro italiano de Santa Felicidade.Era o o Restaurante Jatão, ícone da noite curitibana que não só embalou muitos casais ao som de Disc Music nos anos 80 e 70, como também chamava a atenção das crianças que passavam pelo cruzamento e se surpreendiam com uma aeronave no meio da pista. Tanto que hoje quando uma foto do Jatão é publicada em grupos de nostalgia de Curitiba no Facebook o número de comentários e compartilhamentos é sempre muito grande.

O avião de Santa Felicidade foi construído em 1978 em fibra de vidro por uma empresa de São Paulo. Tinha 41 m de comprimento – maior que um Boeing 737 – e 10 m de largura. Por fora, uma faixa azul atravessava o branco do avião da cauda ao bico pintado de preto – depois de alguns anos de funcionamento, o vermelho substituiu o azul e o branco ficou cinza de sujo. Os motores eram colados à cauda.Quem frequentava o Restaurante Jatão entrava por uma escada na porta traseira do avião, como os passageiros de alguns aviões. Dentro, 410 metros quadrados que abrigavam 112 mesas para casais ou quatro pessoas, com as cadeiras de ferro e encosto de borracha. As mesas nas laterais tinham a vista da rua pelas janelinhas.

Foto: Acervo da Casa da Memória - Diretoria do Patrimônio Cultural / Fundação Cultural de Curitiba
Foto: Acervo da Casa da Memória – Diretoria do Patrimônio Cultural / Fundação Cultural de Curitiba

A pista de dança, ao estilo Embalos de Sábado à Noite, filme com John Travolta que marcou a era da Disco Music nos anos 70, era iluminada por 1,9 mil lâmpadas que faziam 99 desenhos diferentes. Tudo controlado por um minicomputador. Para complementar o ar tecnológico, boa parte das mesas era virada para uma grande tela onde eram projetadas imagens e filmes.

Como não poderia ser diferente, para fechar o clima de aviação, seu Elmo fez todos os garçons e garçonetes se vestirem a caráter, de pilotos e comissárias de bordo – aeromoças, na época.

Só para casais

O Jatão tinha um público bem definido e fiel. Nada de gente largada. O negócio era já entrar no restaurante acompanhado e aí não importava se os casais eram namorados, casados ou amantes. Seu Elmo não julgava e tratava de dar o máximo de conforto e privacidade à clientela. Mas sem excessos.

“Eu fui muitas vezes, era um clima gostoso. Você tinha um canto só teu, uma meia luz na mesa. A noite era para nós. Só não era permitido aquele ‘amassa-amassa’, só um afeto ou outro”, brinca o aposentado Pedro Pinheiro, 70 anos, frequentador assíduo do Jatão. Acompanhado da esposa, chegou até a presenciar um pedido de casamento no local, atestando o ambiente leve no avião.

Era raro presenciar grupos maiores, a não ser que fossem casais de amigos, que apreciavam o jantar e ainda riscavam a pista de dança, que tocava os clássicos da discoteca do fim da década de 1970. Na playlist do Jatão, Bee Gees, Donna Summer, Earth Wind & Fire e Kool & the Gang. Puro agito.

“Foi um sucesso e foi muito bom enquanto durou”, lembra seu Elmo, agora morador de Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Ele tem boas memórias daquele tempo em Curitiba. Desde quando desembarcou na capital paranaense, em 1970, trabalhou em restaurantes. Tinha seus truques e ganhou o apelido de garçom-artista. Com muito trabalho e carisma, logo atravessou o balcão para abrir seu próprio negócio, o Sete Belo, ali perto do avião.

O Jatão, porém, foi o grande investimento do catarinense. E só foi possível por causa da zebrinha da Loteria Esportiva. No jogo 99, arrematou 440.330 cruzeiros. A grana bancou a construção do restaurante. “Era bastante dinheiro e coloquei tudo no Jatão. Em seis meses já estava devendo pelo menos uns 30 mil cruzeiros”, admite, mas sem se arrepender.

Avião maneta

O dinheiro pode ter acabado no início, mas pelo bom movimento motivado pela curiosidade de viajar no Jatão e a programação musical intensa, seu Elmo conseguiu levar o estabelecimento por quase dez anos, mesmo que nos últimos tempos aos trancos e barrancos.

Foto: Acervo da Casa da Memória - Diretoria do Patrimônio Cultural / Fundação Cultural de Curitiba
Foto: Acervo da Casa da Memória – Diretoria do Patrimônio Cultural / Fundação Cultural de Curitiba

O primeiro sinal de que um pouso forçado seria necessário foi dado pela prefeitura de Curitiba. A antiga diretoria de Urbanismo da cidade não perdoou o detalhe de que a asa direita do avião avançava levemente sobre a calçada da Avenida Manoel Ribas. Para ficar na legalidade, seu Elmo tomou uma medida radical que alterou a estética e a já prejudicada aerodinâmica da nave: cortou a asa no meio.

“Me obrigaram a cortar a asa, ficou pela metade. Alegaram que ela estava atrapalhando a circulação e que teria que cortar toda a asa. Só tirei uma parte. Mas isso me desacorçoou”, lamenta o garçom-artista. Para piorar, o Jatão, que já não tinha a melhor fama, ganhando títulos de monumento kitsch, recebeu o apelido de Avião Maneta.

Dali em diante, o entusiasmo do proprietário minguou. E sem resistência alguma viu a prefeitura forçar o pouso definitivo do avião. O projeto de duplicação da Avenida Manoel Ribas exigia mais do que o corte de uma asa. Era questão de sair dali de vez. Diante do avanço da cidade, seu Elmo aposentou o avião.

A queda do Jatão foi tão traumática que, fechado o estabelecimento, Elmo se mandou para Balneário Camboriú e montou o Cantinho da Picanha. De lá, ficou sabendo que no início de 1987 o Jatão tinha dado lugar ao asfalto. Não muito tempo depois seguiu para Foz do Iguaçu, onde trabalhou em uma conhecida churrascaria.

No começo do século, seu Elmo foi conhecer Bonito, no Mato Grosso do Sul, a convite de um amigo. Não voltou mais. Chegou a montar uma cachaçaria, a Tá Ruim!, mas não vingou. Inquieto, abriu um bar que também não foi para frente. Hoje, compra e revende mel e própolis. Na tranquilidade de Bonito, continua produzindo a própria cachaçinha, “na moita”, como ele diz. E aproveita para lembrar os tempos em que marcou a noite curitibana com seu ousado projeto aerodinâmico e dançante.

Selecionamos motivos para você aproveitar ainda mais a Prudente. Bora?

 

Selecionamos motivos para você aproveitar ainda mais a Prudente. Bora?

Banana Split

Isso mesmo ! Na L’ arte di Gelatto você encontra a sobremesa BANANA SPLIT ,para comer sozinho ou dividir com mais 3 amigos!
Você escolhe dois sabores de gelato e eles são montados em um super gelado de banana, que finaliza com chantilly, calda de caramelo e amendoim, mas corre, pois o lançamento é por tempo limitado!

BANANA SPLIT. FOTO DIVULGAÇÃO

Endereço: Alameda Prudente de Moraes, 1281 | Telefone: (41) 3016-6007 | Site do L’arte di Gelato

Profitez-en!

Você sabia que ? Estudando na escola Aliança Francesa, você recebe uma carteirinha Privilèges, no qual você ganha descontos especiais!

São vários estabelecimentos com descontos, onde os alunos da escola, além de aprender o francês em um ambiente descontraído e com aulas diferenciadas para o aprendizado, recebem uma carteirinha exclusiva para curtir a cidade!

Então está esperando o que para conhecer a Aliança Francesa?

CARTÃO PRIVILEGIO AF. FOTO DIVULGAÇÃO

Nhoque Nhoque

Você precisa experimentar o Nhoque com costelinha de porco, do Il Barbuto um restaurante agradável no estilo de uma típica cantina italiana.

A massa do nhoque é preparada artesanalmente, com 3 tipos de batatas: a comum, a doce e a roxa. Cozinhado na manteiga e no sal.

Já a costelinha de porco é marinada por 2 dias com laranja e vinho, que resulta em um sabor sem igual, que desfia na primeira cortada, é de dar água na boca!

COSTELINHA COM NHOQUE. FOTO DIVULGAÇÃO

Alameda Prudente de Moraes, 1227, Centro | Telefone: (41) 3016-2152 |  Il Barbuto

Vamos de salada?

Para te acompanhar na correria do dia a dia ou na busca por uma comidinha mais leve e nutritiva, o Tasty Salad Shop está te esperando bem na esquina da Prudente.

O local, super cool, tem várias combinações de saladas para você montar a sua ou escolher uma do cardápio. Nesse caso, prove a salada Yolk Bowl que traz texturas crocantes e cremosas, salada verde com um mix de arroz negro e vermelho (que pode ser trocado por quinoa), salada de ovo, farofa de castanha e pasta de abacate.

YOLK BOWL FOTO: INSTAGRAM TASTY SALAD SHOP

Endereço: Alameda Prudente de Moraes, 1195, Centro | (41) 3078-2525 |  Tasty Salad Shop

Magia do Corte e Costura

Na Reptilia, além de conferir peças únicas e confeccionadas com tecidos brasileiros, você conhece onde nasce toda a criação da marca.

No fundo da loja está o ateliê, onde as ideias saem do papel e ganham vida por meio dos tecidos. Esse espaço, onde todas as peças são criadas e confeccionadas, te convida a mergulhar no universo mágico do slow design!

Você pode acompanhar de pertinho a criação das roupas, e depois, passear pela loja para conhecer as peças feitas com os tecidos e materiais sustentáveis.

ATELIER REPTILIA. FOTO: AMANDA LAVORATO

Endereço: Alameda Prudente de Moraes, 1282, Centro | Telefone (41): 3018-0512 | Site da Reptilia

Verão Colorido

Na Simple Organic, você se diverte conferindo pigmentos super coloridos, alegre e versáteis. As cores vão te encantar, como: o Indigo, um lindo preto cintilante e o Sunshine, amarelo e alegre.

E o mais legal: dá para usar os pigmentos como sombra, iluminador e até mesmo por cima de um batom, para dar aquele efeito cintilante!

Esses produtos duram bastante, e são feitos com minerais naturais! Os frascos partem de R$55,00. Use a imaginação, fotografe a sua produção e compartilhe com os amigos!

ROSE PARA VERÃO. FOTO DIVULGAÇÃO

Endereço: Alameda Prudente de Moraes, 1213, Centro | Telefone: (41) 3121-3065 | Site da Organic Simple