sábado, 22 de novembro de 2025

1958 em Curitiba: Um Diário Social da Elite — Casamentos, Igrejas, Clubes e Oficinas Automotivas

 1958 em Curitiba: Um Diário Social da Elite — Casamentos, Igrejas, Clubes e Oficinas Automotivas



📅 1958 em Curitiba: Um Diário Social da Elite — Casamentos, Igrejas, Clubes e Oficinas Automotivas

Olá, historiadores de plantão! Hoje vamos fazer uma análise minuciosa de uma página de jornal de Curitiba do ano de 1958. Não é só um registro de casamentos; é um documento sociológico que nos revela como funcionava a elite curitibana, quais eram os espaços de poder, as marcas que dominavam o mercado e até mesmo como se fotografava um evento social naquela época. Prepare-se para mergulhar fundo!


Página 1: O Casamento de Alair e Carlos Sylvio — Um Evento de Estado

  • O Casal: O casamento entre Alair e Carlos Sylvio foi descrito como “um acontecimento social de inigualável relevo”. Isso não é exagero. A noiva, Alair, era filha de sr. e sra. Milton Burdjal, e o noivo, Carlos Sylvio, era filho de sr. e sra. Carlos Proji Westerman. Ambas as famílias eram figuras de destaque na sociedade curitibana.
  • A Cerimônia Religiosa: A cerimônia foi realizada na Catedral Metropolitana, oficiada pelo Dom Manuel da Silveira D’Elboux, arcebispo metropolitano. A presença de um arcebispo indica que este não era apenas um casamento, mas um evento de grande importância para a comunidade católica.
  • A Recepção: A recepção foi realizada na Sede Campestre do Clube Curitibano, um espaço exclusivo e tradicional da elite. O texto menciona que “os pais dos noivos e os numerosos convidados receberam cumprimentos no Grande Hotel Moderno”, indicando que o hotel também foi usado como local de recepção ou hospedagem para os convidados.
  • Os Padrinhos: Os padrinhos foram sr. e sra. Lúcia Aidar e sr. e sra. Raul Simão, além de sr. e sra. Nestor Heusi e sr. e sra. Rachel Pacífico Fattuch. Esses nomes representam a elite social e empresarial da cidade.
  • A Fotografia: A foto mostra os noivos sendo saudados por convidados, com o texto “Artistas figurantes da elegante noiva, cuja vestida trazia delicadas bordados em tons de azul, de lado, e graças... ‘especialmente de honra’ de Aldo.” Isso sugere que a noiva usava um vestido com bordados azuis, e que havia uma figura chamada Aldo que tinha um papel especial no evento.

Página 2: Gugelmin e Calderari — Um Casamento de Família e Tradição

  • O Casal: O casamento entre Gugelmin e Calderari foi realizado com grande pompa. A noiva, Lúcia Maria Gugelmin, era filha de José B. Gugelmin e Dona Elza Mendes Gugelmin. O noivo, Tito Calderari, era filho de Dr. Tito Calderari e Dona Zilda Calderari.
  • A Cerimônia Civil: A cerimônia civil foi realizada no Clube Curitibano, um espaço de prestígio e exclusividade. O texto menciona que o casamento foi “realizado pela jovem noiva, srta. Lúcia Tito Calderari”.
  • A Cerimônia Religiosa: A cerimônia religiosa foi realizada na Igreja Matriz, com a presença de numerosos convidados. O texto menciona que “foram padrinho no civil, por parte da noiva, sr. e sra. José B. Gugelmin, e por parte do noivo, sr. e sra. Dr. Tito Calderari”.
  • Os Padrinhos: Os padrinhos foram sr. e sra. Artur Leal e sr. e sra. Armando Leal, além de sr. e sra. Clorindo Simão e sr. e sra. Odete Viad. Esses nomes representam a elite médica e empresarial da cidade.
  • A Fotografia: A foto mostra os noivos saindo da igreja, com o texto “‘Flash’ dos noivos à saída da Igreja.” Isso indica que o uso de flash fotográfico já era comum em eventos sociais, e que a fotografia estava se tornando uma parte importante da documentação de casamentos.

Página 3: Oficina Chrysler — A Indústria Automotiva em Ascensão

  • A Oficina: A Oficina Chrysler Importadora Americana S/A era uma das principais oficinas de reparos automotivos da cidade. Localizada na Av. Cândido de Abreu, 381, a oficina oferecia serviços completos, desde reformas em geral até serviços especializados em motores Diesel.
  • A Tecnologia da Época: O anúncio destaca a capacidade da oficina em realizar “Reformas em qualquer tipo de carro”, incluindo “Completa seção de estofamento, pintura, chapeação, torne e eletricidade.” Isso mostra que a indústria automotiva já estava bem estabelecida e que os carros eram objetos de valor e cuidado.
  • As Marcas: A oficina trabalhava com peças genuínas de marcas como Mopar, Braspar, Morris e Skoda, indicando a diversidade de veículos presentes nas ruas de Curitiba naquela época.
  • A Imagem: A foto mostra uma oficina movimentada, com carros estacionados e mecânicos trabalhando. O texto menciona que “Vista parcial vendo-se numerosos carros, entregues ao serviço de reparo.” Isso indica que a oficina era muito movimentada e que a demanda por serviços automotivos era alta.

Página 4: Heusi e Simão — Um Casamento Tradicional e Elegante

  • O Casal: O casamento entre Heusi e Simão foi realizado com grande pompa. A noiva, Alda Rosa, era filha de sr. e sra. Aldo Rosa e sr. e sra. Julio. O noivo, Simão, era filho de sr. e sra. Nestor Heusi e sr. e sra. Rachel Pacífico Fattuch.
  • A Cerimônia Religiosa: A cerimônia foi realizada na Catedral Metropolitana, oficiada pelo Dom Manuel da Silveira D’Elboux, arcebispo metropolitano. A presença de um arcebispo indica que este não era apenas um casamento, mas um evento de grande importância para a comunidade católica.
  • A Recepção: A recepção foi realizada no Grande Hotel Moderno, um espaço de prestígio e exclusividade. O texto menciona que “os pais dos noivos e os numerosos convidados receberam cumprimentos no Grande Hotel Moderno”, indicando que o hotel também foi usado como local de recepção ou hospedagem para os convidados.
  • Os Padrinhos: Os padrinhos foram sr. e sra. Heron Buchler e sr. e sra. Dr. Elias Karam, além de sr. e sra. Antonio Fas Campos e sr. e sra. Tércio Rolim de Moura. Esses nomes representam a elite social e empresarial da cidade.
  • A Fotografia: A foto mostra os noivos sendo saudados por convidados, com o texto “‘Flash’ da noiva durante a recepção, com o sr. e sra. de Inácio Constantino Frust.” Isso sugere que a noiva usava um vestido com bordados azuis, e que havia uma figura chamada Inácio Constantino Frust que tinha um papel especial no evento.

Página 5: Enery Maria e Marcio — Um Casamento de Família e Tradição

  • O Casal: O casamento entre Enery Maria e Marcio foi realizado com grande pompa. A noiva, Enery Maria, era filha de Agro do Sacramento Tapajós e noivo filho de Eno Luiz de Abreu Leitão.
  • A Cerimônia Religiosa: A cerimônia foi realizada na Igreja N.S. de Guadalupe, oficiada pelo Dom Manuel da Silveira D’Elboux, arcebispo metropolitano. A presença de um arcebispo indica que este não era apenas um casamento, mas um evento de grande importância para a comunidade católica.
  • Os Padrinhos: Os padrinhos foram sr. e sra. Abdon Nascimento e sr. e sra. Artur Nascimento, além de sr. e sra. Col. Manuel Pereira do Passo e sr. e sra. José Barbosa. Esses nomes representam a elite militar e empresarial da cidade.
  • A Fotografia: A foto mostra os noivos saindo da igreja, com o texto “‘Flash’ da noiva durante a recepção, com o sr. e sra. de Inácio Constantino Frust.” Isso indica que o uso de flash fotográfico já era comum em eventos sociais, e que a fotografia estava se tornando uma parte importante da documentação de casamentos.

✨ Conclusão:

Essas páginas de jornal de 1958 são muito mais do que simples registros de casamentos. Elas nos mostram uma Curitiba em pleno desenvolvimento, onde a vida social era marcada por eventos grandiosos, a indústria automotiva estava em ascensão e as famílias mantinham fortes laços comunitários. É um retrato vivo da sociedade paranaense da época, com seus valores, tradições e aspirações.

Você consegue imaginar como seria viver nessa época? Qual desses eventos você gostaria de ter participado?

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Você já viu como era o Brasil dos anos 50? Um mergulho no passado através de anúncios históricos de Curitiba!

 Você já viu como era o Brasil dos anos 50? Um mergulho no passado através de anúncios históricos de Curitiba!



📌 Você já viu como era o Brasil dos anos 50? Um mergulho no passado através de anúncios históricos de Curitiba!

Olá, curiosos da história! Hoje vamos viajar no tempo e explorar uma página de jornal de Curitiba, provavelmente da década de 1950. Esses anúncios são verdadeiras janelas para o passado, mostrando como as pessoas viviam, o que compravam e quais eram os sonhos da época. Vamos por partes?


Página 1: Sonhos de Casa Própria e Beleza Elegante

  • O Grande Sonho: O anúncio principal é do Banco Hipotecário Lar Brasileiro, vendendo o sonho da casa própria ou apartamento. Note a linguagem: “Adquira e pague a longo prazo”. Isso mostra que o financiamento imobiliário já existia, mas era um processo mais lento e planejado. Os endereços (Rua 15 de Novembro, 380) e os nomes das ruas (Silva Jardim, Coronel Dulcídio) ainda são reconhecíveis hoje!
  • A Beleza da Época: Ao lado, o Instituto de Beleza “Vogue” promete “Cabelereiros: ANDRÉ” e “ANDRE e RILZA — os Cabelereiros das Damas Elegantes”. A imagem da mulher com penteado perfeito reflete os padrões de beleza da época. Era um serviço de luxo, voltado para as “damas elegantes”.
  • A Voz da Fé: A Rádio Difusora de Paranaguá (ZYC-5) se autodenomina “Emissora Católica” e “A voz do rocio”, transmitindo sua programação na frequência de 1480 KC. Uma rádio local com forte identidade religiosa.

Página 2: Conforto Doméstico e Sabores do Lar

  • O Refrigerador Ideal: A Ancora oferece seus refrigeradores “Brastemp” nas lojas Ancora. O anúncio destaca modelos como “Príncipe” (6,5 pés), “Conquistador” (8,5 pés) e “Imperador” (10,5 pés). A mensagem é clara: “O refrigerador ideal para as famílias pequenas... médias... numerosas.” O conforto doméstico estava chegando aos lares brasileiros.
  • O Leão que Queima: A Matte Leão (de Leão Junior & Cia. S/A) tem um slogan icônico: “Use e abuse. Já vem queimado.” Isso se refere ao chá mate, que já vinha torrado e pronto para uso. O leão é o símbolo da marca até hoje!
  • Sabores Caseiros: Os sabonetes “Cirio Canário” e “SABÃO AMAZONAS” são apresentados como “2 produtos de confiança”. Eles eram itens básicos de higiene, com embalagens simples e preços acessíveis.

Página 3: Poder e Economia nos Caminhões

  • O Novo FNM: O grande destaque aqui é o caminhão FNM Modelo 1958, com motor diesel. O anúncio enfatiza suas vantagens: “Mais Potente (150 C.V.)”, “Maior Capacidade (9.100 kg)” e “Menor Consumo (19,5 litros p. 100 kms)”. Isso mostra o crescimento da indústria automotiva e a importância do transporte rodoviário para o desenvolvimento econômico.
  • Peças e Serviço: A Bosca Sociedade Anonima é a distribuidora para o Paraná, prometendo “Grande estoque de Peças Genuínas e perfeito serviço de manutenção”. Isso indica uma rede de suporte bem estruturada para os veículos da época.

Página 4: Economia e Segurança Financeira

  • Evite o Dissabor: Este anúncio do Banco de Curitiba S.A. é uma peça de marketing genial. Mostra uma senhora recebendo um cheque falso e dizendo “esta nota é falsa!”. A mensagem é: “Pague com cheque... é mais seguro.” O banco usa o medo da fraude para promover o uso de cheques, destacando benefícios como praticidade, higiene e economia de tempo.
  • A Experiência Recomenda: O banco se posiciona como uma “Tradicional organização bancária genuinamente paranaense”, fundada em 1911. Isso constrói confiança, apelando para a solidez e a experiência da instituição.

Página 5: O Lar Perfeito

  • O Lar Pedindo um Brastemp: Esta página é um close-up do anúncio da Ancora Comercial S/A, repetindo o slogan “O seu Lar pede um BRASTEMP — o que há de melhor!”.
  • A Imagem do Bem-Estar: A ilustração do refrigerador aberto, cheio de alimentos e bebidas, transmite uma sensação de abundância, conforto e modernidade. A presença da mulher sorridente reforça a ideia de que o Brastemp é um produto essencial para o lar feliz e organizado.

✨ Conclusão:

Esses anúncios não são apenas publicidade; são documentos históricos que nos contam sobre os valores, desejos e realidades da sociedade paranaense dos anos 50. De sonhos de casa própria a refrigeradores modernos, de bancos tradicionais a caminhões potentes, tudo isso pintou o quadro de uma cidade em crescimento, buscando modernidade e conforto.

Você consegue imaginar como seria viver nessa época? Qual desses produtos você gostaria de ter experimentado?

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sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Olha só como era a Avenida Cândido de Abreu, em frente onde hoje é o SHOPPING MUELLER, nos primeiros anos de 1900.

 Olha só como era a Avenida Cândido de Abreu, em frente onde hoje é o SHOPPING MUELLER, nos primeiros anos de 1900.






Praça Tiradentes, Curitiba, em 1935.

 Praça Tiradentes, Curitiba, em 1935.





Praça Tiradentes, Curitiba, em 1957. Cartão Postal da época.

 Praça Tiradentes, Curitiba, em 1957.

Cartão Postal da época.




Palacete de Fidélis Reginato — Praça Senador Correia — Curitiba, 1925 O sonho que nunca foi erguido… mas que ainda habita o papel

 Eduardo Fernando Chaves: Projetista

Denominação inicial: Palacete para o Snr. Fidelis Reginato

Denominação atual:

Categoria (Uso): Palacete
Subcategoria: Residência de Médio Porte

Endereço: Praça Senador Correia

Número de pavimentos: 2
Área do pavimento: 448,00 m²
Área Total: 448,00 m²

Técnica/Material Construtivo: Alvenaria de Tijolos

Data do Projeto Arquitetônico: 19/09/1925

Alvará de Construção: Talão Nº 254; N° 2851/1925

Descrição: Projeto Arquitetônico para construção de um palacete.

Situação em 2012: Não construído


Imagens

1 - Projeto Arquitetônico.

Referências: 

GASTÃO CHAVES & CIA. Projecto de Palacete para o Snr. Fidelis Reginato à Praça Senador Correia. Plantas dos pavimentos térreo, superior e de implantação, cortes, fachadas frontal e laterais e gradil apresentados em uma prancha.

Acervo: Casa da Memória/Diretoria do Patrimônio Cultural/FCC (Fundação Cultural de Curitiba) – referência: 0292, PPB.