Lapa – Igreja Matriz da Lapa
A Igreja Matriz da Lapa-PR foi erigida entre 1769 e 1787, em alvenaria de pedra, constitui-se em bom exemplar da arquitetura luso brasileira da segunda metade do séc. XVIII.
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja Matriz da Lapa
Localização: Lapa-PR
Número do Processo: 21-T-1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 14, de 01/04/1938
Descrição: Erigida entre 1769 e 1787, em alvenaria de pedra, constitui-se em bom exemplar da arquitetura luso brasileira da segunda metade do século XVIII no planalto paranaense, caracterizado por sua torre única e pelo desenho em curvas do frontão, arrematado por pináculos. O interior, bastante simples, em nave única, não apresenta peças de arte sacra relevantes. A Igreja Matriz da Lapa tem invocação de Santo Antônio.
Fonte: Iphan.
CPC – Coordenação do Patrimônio Cultural
Nome atribuído: Igreja Santo Antônio – Matriz da Lapa
Outros Nomes: Igreja Matriz de Santo Antônio
Número do Processo: 36/72
Inscrição Tombo: 35-II, de 01/03/1972
Localização: Praça da Matriz – Lapa-PR
Descrição: Após a concessão da sesmaria foram iniciadas as obras da matriz, em substituição à tosca ermida que servia aos moradores. Embora se ignore sua localização, de acordo com o Livro nº 2 de Tombo não seria muito distante da atual igreja, e foi nela que se realizou o primeiro batizado da nova freguesia, em 13 de junho de 1769. Foi de uma menina que se passou a chamar Joana, “filha legítima de Antônio Rodrigues Pereyra e Francisca Fernandes de Syqueira, naturais desta freguesia, foram padrinhos José da Sylveira e sua mulher Maria Luiz de Syqueira, todos moradores nesta Freguesia” – o que confirma a existência de moradores na Lapa em data anterior a 1769.
No ano de 1784, data assinalada na verga da portada principal, a matriz já estaria concluída, e apesar da provisão da benção haver sido concedida em 1786, só cinco anos depois, no dia 31 de outubro, foi cumprida. Em 1802, segundo documentação, a matriz foi visitada pelo padre Luiz José de Carvalho, de Curitiba, que recomendou “o complemento de suas obras”, uma constante na maioria das construções de igrejas, no país: jamais eram dadas por concluídas, pois era difícil a mão de obra e quase impossível a aquisição do material apropriado.
Por volta de 1840 “uma grande bacia de pedra de grés e granito da Lapa, toscamente lavrada”, viria substituir a gamela de madeira até então utilizada como pia batismal, e no Livro nº 2 do Tombo o padre João Evangelista comenta haver visto dita gamela “em casa de um morador da cidade, pintada a óleo e bem conservada”. No decorrer de todo o século XIX, pelo que consta de documentação, a matriz sempre esteve em obras: em 1841, era o “telhado que precisava de reparos e esboço”; e logo adiante, se pede “seja rebocada, reentalhada toda a construção e recuperado seu assoalho, construir-se a torre e reparar-se o frontispício”. Em 1873, de novo, o telhado estava com problemas e eram pedidos recursos financeiros para “ladrilhar parte dos corredores e fazer uma torre, não só necessária para o edifício em si, como para seu aformoseamento”.
Durante o ano de 1874, com a ajuda do governo da província e da Irmandade do Santíssimo Sacramento, foi concluída a “parte acrescentada à matriz”, conforme o atesta a data na ventoinha colocada sobre o telhado-campanário. Mas em 1878, de novo, solicitações “para que se reboquem e caiem as paredes internas, seja reparado o forro do corredor, o trono e parte que se dirige para a torre”.
Segundo depoimentos de pessoas do lugar, a matriz não tinha mobiliário, pelo menos no que respeita a bancos para os fiéis. A balaustrada de madeira torneada, retirada na década de 70 daquele século de seu interior, dataria de fins do século XIX ou começo do século XX. Nela foram sepultados os coronéis Gomes Carneiro e Cândido Dulcídio, heróis do Cerco da Lapa, durante a Revolução Federalista de 1894.
A edificação constitui bom exemplo da arquitetura luso-brasileira da segunda metade do século XVIII, pelo emprego da técnica em pedra, pela torre-sineira e pelo desenho barroco do frontão. De grande interesse ornamental, os elementos da fachada feitos em grés (arenito local), portada e requadros de ensilharia.
À altura do coro, na fachada principal, três janelas em guilhotina, divididas em quadrículos. Encimando o frontão, que é vazado por óculo polilobulado, o cruzeiro e, lateralmente, coruchéus como arremate dos cunhais. A igreja, de planta retangular, se divide em nave, capela-mor e sacristia, aos fundos. É coberta por telhado em duas águas na nave e capela-mor. Do lado esquerdo da fachada, a torre-sineira é recoberta Por telhado em quatro águas.
Encontra-se em bom estado de conservação e é mantida pela paróquia local. Em 1827 Debret documentou-a em aquarela, com panorama da então Vila Nova do Príncipe.
Fonte: Coordenação do Patrimônio Cultural.
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Patrimônio de Influência Portuguesa
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