NOS ARRABALDES DO BACACHERY ...
Em 17/12/1917, o jornal Diário da Tarde, de Curitiba, publicava com destaque:
NOS ARRABALDES DO BACACHERY ...
Em 17/12/1917, o jornal Diário da Tarde, de Curitiba, publicava com destaque:
"Uma victoria real do Tiro Rio Branco - O renomado Tiro Rio Branco encerrou de maneira notável as provas dos exames de sua quarta turma de reservistas. Foi uma festa agradavel e surprehendente a de hontem, nos campos do Bacachery, e que marca mais uma victoria real para os garbosos atiradores. [...] , as primeiras luzes do dia os jovens equipavam-se á meia marcha, na caserna do Tiro.
Ao som retumbante das caixas, e ao clarinar das cornetas, a companhia se pôs em movimento em direção ao "stand" do Bacachery. E os setenta e um moços, que de tantos se compôs a actual turma, venceram sem fazer um alto a distância que separa esta capital do aprazível arrabalde do Bacachery, e acordando com cantigas de guerra os colonos que ainda aquellas horas se refocillavam no leito, descançando a semana de labor incessante. Velhos e creanças vinham ás porteiras das chacaras vêr a gente forte que cheia de esperança ia dar a última prova de que já está apta a defesa da Pátria.
E os que buscavam a igrejinha do Cabral para a resa da manhã e na entrada encontravam os soldados vibrantes de alegria e fé nas armas que levavam, deixavam-se communicar do enthusiasmo ardente, e embevecidos paravam a contemplar o gárrulo grupo, que logo chegou ao ponto terminal da jornada.
Ensarilhadas armas, e com ordem de sair de fórma, os rapazes procuraram refazer os nervos, descançando, e preparar-se assim para as Provas de Tiro de Guerra. Instantes depois, chegava a commissão examinadora composta dos srs. major Abreu e Lima, capitão Reis e Silva e tenentes Pedro Angelo e Galdino Esteves. Por outro lado, o tenente França Gomes extendia dos marcadores ao stand, um telephone de campanha que facilitasse a marcação. Vieram os atiradores.
Tres, os primeiros, Levy Ericksen, Antonio Portes e Ivo Leão, atiraram deitados, de arma livre, á distancia de 300 metros, fazendo respectivamente 33, 37 e 17 pontos em cinco tiros. Todos os demais atiradores atiraram á distancia de 200 metros, uns de joelho, outros deitados com a arma livre. Bateu o "Record" do dia o sargento Lufrido Cabral, com 44 pontos, seguindo-se-lhe Francisco Medeiros, com 40 pontos, Clotario Guimarães com 39, Felipe Maida e Felinto Coimbra com 36, Dulcidio Ferreira, com 34 e outros com series bastante boas, dada a condição athmospherica pouco vantajosa, soprando forte vento."
Paulo Grani
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