sexta-feira, 23 de junho de 2023

Dagoberto Dulcídio Pereira (Curitiba, 3 de setembro de 1890 — Curitiba, ?)

 Dagoberto Dulcídio Pereira (Curitiba3 de setembro de 1890 — Curitiba, ?)

Coronel Dagoberto Dulcídio
Polícia Militar do Paraná
Alferes Dagoberto Dulcídio em 1916
Nome completoDagoberto Dulcídio Pereira
Dados pessoais
Nascimento3 de setembro de 1890
Curitiba
Paraná
MorteCuritiba
Paraná
NacionalidadeBrasileira
Vida militar

Dagoberto Dulcídio Pereira (Curitiba3 de setembro de 1890 — Curitiba, ?) foi um integrante da Polícia Militar do Paraná que participou do Conflito do ContestadoRevolta de 1924Revoluções de 1930 e 1932, e que também participou da política e administração do Estado e da corporação.

Biografia

Dagoberto era filho do coronel Cândido Dulcídio Pereira, comandante-geral da PMPR morto no Cerco da Lapa, em 1894. Em 28 de maio de 1913, ingressou no Corpo de Bombeiros do Paraná com a graduação de 1° Sargento Arquivista, função que já exercia no Exército Brasileiro. Em 7 de julho de 1914 foi transferido para o Esquadrão de Cavalaria do Regimento de Segurança, então denominação da Polícia Militar do Paraná.

Carreira militar

  • Alferes em 21 de novembro de 1913.
  • 2° Tenente (nova designação para o posto de alferes) em 5 de abril de 1916.
Durante a Revolta de 1924, foi temporariamente comissionado como 1° Tenente, retornando ao antigo posto ao final do conflito.
  • 1° Tenente em 20 de março de 1928.
  • Capitão em 17 de janeiro de 1929.
  • Major em 12 de setembro de 1931.
  • Tenente-coronel em 7 de dezembro de 1937.
  • Coronel em 1939.

Em 23 de maio de 1939, solicitou e obteve sua reforma militar, mas acabou reconvocado para o serviço ativo por diversas vezes.

Operações militares

  • Revolta de 1924: com a mobilização da Força Militar do Estado o Tenente Dagoberto Dulcídio recebeu a missão de auxiliar na organização de um Regimento Provisório de Cavalaria para o Exército; o qual recebeu a denominação de Regimento Dilermando de Assis, assumindo o comando de um de seus batalhões.
    Combatente da PMPR com suporte improvisado para defesa anti-aéreaGuapiara, agosto de 1932

Em 10 de agosto, com a retirada dos amotinados de São Paulo para o Mato Grosso, seguiu com um esquadrão de cavalaria para o noroeste do Estado do Paraná; entrando em combate ainda no Rio Paranapanema, a bordo das lanchas de transporte Roseira e Dourados.

Em 31 de agosto travou um combate de cinco horas contra efetivos numericamente superiores no Porto de São José, Marilena; retirando-se apenas após o esgotamento de suas munições.

No dia 12 de setembro, deslocou-se para Foz do Iguaçu devido a ampla superioridade numérica dos revoltosos; mas não sem antes destruir as ligações ferroviárias e retirar as embarcações que pudessem ser utilizadas por seus oponentes.

Devido se encontrar cercado pelo inimigo seguiu para a Argentina, através de Posadas e Paso de los Libres, retornando ao Brasil por Uruguaiana e seguindo para BagéRio GrandeFlorianópolis, até Ponta Grossa; onde apresentou-se ao General Cândido Rondon, comandante das operações.

  • Revolução de 1930: participou da sublevação do Estado e da mobilização em direção às divisas com o Estado de São Paulo.
  • Revolução de 1932: apesar de se encontrar em tratamento de saúde apresentou-se ao Comandante-geral, Coronel Ayrton Plaisant, assumindo o comando do 1° Batalhão de Infantaria; travando combate em Capela da Ribeira em 21 de julho e Guapiara em 3 de agosto.

Principais cargos e funções

  • 1915 - Ajudante de Ordens do Governador;
  • 1915 - Delegado de Polícia de Ponta Grossa;
  • 1915 - Delegado de Polícia de Rio Negro;
  • 1917 - Secretário do Interior, Justiça e Instrução Pública;
  • 1922 - Secretári do Ministro da Polônia, durante sua estadia em Curitiba
  • 1930 - Prefeito de Campina Grande do Sul (de novembro de 1930 a março de 1931);
  • 1932 - Comandante do 1° Batalhão de Infantaria;
  • 1933 - Delegado de Polícia de Sertanópolis;
  • 1933 - Delegado de Polícia de Antonina;
  • 1934 - Prefeito de Rio Azul (de fevereiro a abril de 1934);
  • 1937 - Chefe da Casa Militar da Governadoria;
  • 1938 - Chefe de Polícia - cargo atualmente correspondente ao de Secretário de Segurança Pública do Estado;
  • 1947 - Comandante-geral da Corporação (de 12 de março de 1947 a 17 de maio de 1948);[1]
  • 1955 - Comandante-geral da Corporação (de 4 de maio de 1955 a 31 de janeiro de 1956);[2]
  • 1955 - Diretor do Curso de Equitação.

Benfeitorias sob seu comando

Condecorações

Picadeiro

Coube ao Tenente Dagoberto Dulcídio em 1921, a criação do primeiro picadeiro (pista de adestramento e equitação) do Esquadrão de Cavalaria.[carece de fontes] Sendo nesse mesmo ano realizado o 1° Campeonato de Cavalaria das Armas na corporação.

Em 1966, a polícia montada foi transferida para o Bairro Tarumã, nas proximidades do Jockey Club do Paraná, e o picadeiro foi demolido em 1971; passando o local a ser usado como garagem de viaturas.

Medalha de Mérito do Ensino Policial Militar

Em 2009 foi instituída a Medalha de Mérito do Ensino Policial Militar pela Academia Policial Militar do Guatupê, destinada a homenagear militares, civis, professores e ex-alunos que prestaram relevantes serviços ou significativo apoio à área de ensino e instrução na PMPR;[nota 3] a qual recebeu como homenagem a denominação de Coronel Dagoberto Dulcídio Pereira.

Notas e referências

Notas

  1.  Lei nº 63, de 20 de fevereiro de 1948.
  2.  Data registrada na placa de inauguração do edifício.
  3.  Portaria do Comando Geral nº 1.027, de 17 de agosto de 2009 - Publicada no Boletim Geral nº 157, de 20 de agosto de 2009.

Referências

  1.  «Moyses Lupion, o civilizador do Paraná - Equipe de Governo.». Consultado em 29 de agosto de 2011. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2016
  2.  Galeria de Comandantes da PMPR.

Bibliografia

  • Vida e Obra do Coronel PM Dagoberto Dulcídio Pereira na Polícia Militar do Paraná; do Capitão PM QOA João Alves da Rosa; Edição do Setor Gráfico do Centro de Suprimento e Manutenção de Intendência da PMPR; Dezembro de 1984.

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