PAULO DE TARSO, O FUNDADOR DO CRISTIANISMO – 1ª PARTE

-Saulo nasceu entre os anos 6 a10 d.C., em Tarso, na província de Mersin, na parte meridional da Turquia central, não conheceu Jesus mais tinha ódio dos seus seguidores. Quando Jesus morreu no dia 7 de abril do ano 30, Saulo deveria ter por volta de uns 20 anos. Antes de se converter a nova crença e trocar o nome para Paulo, tinha relações com a família do sumo sacerdote Anás, e cooperou com o esforço para prender e até eliminar os seguidores de Jesus nos anos seguintes após sua crucificação.
Estevão foi o primeiro mártir cristão. Sua história está relatada nos Atos dos Apóstolos, capítulos 6 e 7. Essa execução ocorreu por vota do ano 33 d.C., ou seja, cerca de três anos depois da crucificação de Jesus. Provavelmente entre os assistentes estava Saulo, um fervoroso fariseu seguidor a risca das leis de Moisés, nascido na cidade Tarso na Cilícia sudoeste da atual Turquia na costa do Mediterrâneo. Ele tinha uma reputação por reprimir violentamente aqueles que contrariavam a fé judaica e entre esses estavam os seguidores de Jesus, o Cristo. No entender dele, aqueles que desrespeitavam as leis de Moisés, blasfemavam contra o verdadeiro Deus que era Iahveh, o Deus dos judeus, portanto deviam ser eliminados.
No ano 34 d.C., quando se dirigia a Damasco para prender ou matar cristãos conforme está relatado nos Atos dos Apóstolos, capítulo 9: 1-18, Paulo sofreu um desmaio, e teve uma visão. Em suas Epístolas, ele dizia que nunca tinha conversado sobre Jesus com os apóstolos ou com qualquer outro cristão, porque tinha uma ligação espiritual diretamente com Jesus, que lhe passava as instruções pela mente. A partir daí adotou o nome de Paulo.
Em suas epístolas Paulo não fala sobre a sua conversão, mas insiste repetidamente em ter sido ele próprio testemunha de Jesus ressuscitado, e isso lhe dava a mesma autoridade apostólica dos demais apóstolos. Na epístola 1º Coríntios, capítulo 9 ele diz a seus seguidores: 1 - “Não sou, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Não sois minha obra no Senhor? 2 – Ainda que para outros, não seja apóstolo, para vós, ao menos, o sou, pois o selo do meu apostolado sois vós, no Senhor.”
Paulo se considerava um apóstolo muito mais importante do que qualquer outro, embora esses não pensassem assim. Isso ele deixa bem claro na afirmação de “Ainda que para outros não seja apóstolo”. Ou seja: fica claro que os demais apóstolos não aceitavam Paulo como um apóstolo de Jesus.
Na epístola 2º Coríntios, capítulo 11: 22 - São hebreus? Também eu! São israelitas? Também eu! São descendentes de Abraão? Também eu! 23 – São ministros de Cristo? Como insensato, digo: muito mais eu. Muito mais pela fadiga; muito mais pelas prisões; infinitamente mais pelos açoites. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte.
Os apóstolos podiam ter conhecido pessoalmente, acompanhado, ouvido e falado com Jesus, mas Paulo, que não o conheceu, conversava com o Cristo divino, muito mais importante do que o Jesus conhecido pelos apóstolos. Jesus lhe transmitia instruções secretas que somente ele podia ouvir.
Então Paulo, de fanático defensor das leis mosaicas passa a renegar as leis de Moisés, que tanto havia defendido antes de sua conversão.
Paulo afirma que se as leis escritas em pedras por Moisés são importantes, muito mais importantes são os ensinamentos que ele recebe de Jesus através do espírito. Epístola 2º Coríntios 3: 7 – Ora, se o ministério da morte, gravado com letras sobre a pedra, foi tão assimilado pela glória que os israelitas não podiam fixar os olhos no semblante de Moisés, por causa do fulgor que nele havia – fulgor, aliás, passageiro, 8 – como não será ainda mais glorioso o mistério do Espírito?
Contrariando os apóstolos, Paulo prega abertamente contra a circuncisão: Epístola aos Gálatas 5: 2 – Atenção! Eu, Paulo, vos digo: se vos fizerdes circuncidar, Cristo de nada vos servirá. 3 – Declaro de novo a todo homem que se faz circuncidar: ele é obrigado a observar toda a Lei. 4 – Rompestes com Cristo vós que buscais a justiça na Lei; caístes fora da graça. 5 – Nós, com efeito, aguardamos no Espírito, a esperança da justiça que vem da fé. 6 – Pois, em Cristo Jesus, nem a circuncisão terá valor, nem a incircuncisão, mas apenas a fé agindo pela caridade.
Então não foi Deus, nem Jesus, nem seus apóstolos que aboliram a circuncisão na doutrina cristã: foi Paulo. Para poder conseguir adeptos juntos aos gregos de origem não judia, pois ele sabia que essas pessoas não se sujeitariam a circuncisão, Paulo revogou a lei de Moisés que obrigava a circuncisão como preceito fundamental para se tornar filho de Deus. Paulo separou o cristianismo do judaísmo, coisas que os discípulos de Jesus não aceitavam ou concordavam, pois eles ainda se consideravam judeus.
Nos evangelhos Jesus afira que veio para fazer cumpria a lei judaica e não para aboli-la. Mateus 5: 17 – “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento, 18 – porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado. 19 – Aquele, portanto, que violar um só destes menores mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus”. - Parece que Paulo não tomou conhecimento dessas palavras de Jesus.
Percebemos que Paulo se mostra totalmente desinteressado com qualquer coisa que Jesus possa ter dito aos apóstolos. Ele não se interessa com o Jesus histórico conhecido pelos apóstolos. Em suas cartas não há quase nada sobre Jesus ou o que ele possa ter feito ou dito quando vivo. Paulo também não narra nada sobre a vida de Jesus.
Alguma palavra que Jesus tenha dito e Paulo usou, deviam ser de conhecimento corrente em sua época. Na epístola aos Romanos, cap. 10, ele diz: 13 - “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. - Mas em Mateus 7, Jesus diz: 21: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que praticar a vontade de meu Pai que está nos céus”. – Paulo contradiz o que Jesus havia dito.
Paulo demonstra não ter ideai de quem fora Jesus e nunca se interessou em saber. Ele afirma receber instruções diretamente de Jesus conforme a epístola aos Gálatas, capítulo 1: 11 - “Com efeito, eu vos faça saber, irmãos, que o Evangelhos por mim anunciado não é segundo o homem, 12 – pois eu não o recebi nem aprendi de algum homem, mas por revelação de Jesus Cristo”.
Paulo colocava ênfase em afirmar não ter aprendido nada sobre Jesus através dos apóstolos ou de qualquer outra pessoa que o tenha conhecido. Diz na epístola aos Gálatas 1: 15 – “Quando, porém, aquele que me separou desde o seio materno e me chamou por sua graça, houve por bem 16 – revelar em mim seu filho, para que eu o evangelizasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue, 27 – nem subi a Jerusalém aos que eram apóstolos antes de mim, mas fui à Arábia, e voltei novamente a Damasco”.
- continua –

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

PAULO DE TARSO, O FUNDADOR DO CRISTIANISMO – 1ª PARTE

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