Bárbara Schwab Nascida a 19 de fevereiro de 1884 (terça-feira) - Ponta Grossa, PR, Brasil Falecida - Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil Enterrada - Cemitério Municipal São José - Ponta Grossa, Ponta Grossa, Parana, Brazil
Bárbara Schwab: A Matriarca Silenciosa de Ponta Grossa
Ponta Grossa, 19 de fevereiro de 1884 – 7 de fevereiro de 1964
Nascida em uma terça-feira serena de fevereiro, sob o céu ainda frio do planalto paranaense, Bárbara Schwab veio ao mundo em 19 de fevereiro de 1884, em Ponta Grossa, cidade que abraçaria sua existência do primeiro ao último suspiro. Filha de Joseph Schwab (1854–1925) e Anna Margretha Heidt (1855–1933), casal de origem alemã profundamente enraizado na comunidade luterana local, Bárbara cresceu em um lar marcado pela fé, trabalho e perdas precoces.
Seus primeiros anos foram sombreados pela fragilidade da vida: dois irmãos — Joseph (1874–1876) e Johannes (1876–1877) — morreram antes mesmo de seu nascimento. Depois dela, vieram Anna Catharina, Felippe José, José, Valentin (que também faleceu na infância, em 1894), Gaspar José, e talvez outros cujos nomes se perderam no tempo. Ainda assim, a família Schwab era numerosa, unida e profundamente apegada às tradições herdadas da Europa.
Aos 14 anos, Bárbara testemunhou o casamento de sua irmã Anna Margarida Schwab com João Ditzel — irmão de quem viria a ser seu futuro marido. Esse elo familiar entre as famílias Schwab e Ditzel, selado por múltiplos matrimônios, reforçaria laços que se estenderiam por gerações.
O Véu aos Dezesseis Anos: Um Casamento Selado na Juventude
Em 30 de outubro de 1900, aos 16 anos recém-completos, Bárbara vestiu seu traje mais simples e caminhou até a igreja luterana de Ponta Grossa para se unir a Jakob Ditzel Filho, jovem de 20 anos, sério, trabalhador e filho de Jacob Ditzel e Eva Elisabeth Stadelmann. A união, celebrada sob olhares de aprovação e esperança, foi mais do que amor: foi aliança de famílias, continuidade de legados.
Do ventre de Bárbara nasceram sete filhos que sobreviveram à infância, cada um carregando traços dela: a força discreta, a devoção, a capacidade de amar mesmo diante da dor.
- Amália (1905–1990) — a primogênita, guardiã dos segredos familiares;
- Jorge Jacob (1906–1963) — homem de palavra e responsabilidade;
- João Jacob (1907–1926) — alma sensível, levada cedo demais;
- Alvina (1909–1990) — companheira incansável, fiel até o fim;
- Rosa (1915–1984) — cujo nome floresceu em meio às tempestades;
- Heitor (1919–1972) — o caçula, que herdou a postura do pai e o olhar terno da mãe.
Há também o registro de José Ditzel (1871–1908), listado como filho do casal, embora tenha nascido 13 anos antes de Bárbara. Trata-se quase certamente de um erro genealógico — talvez um irmão mais velho de Jakob, ou um enteado acolhido como filho. Seja como for, sua morte em 1908, quando Bárbara tinha apenas 24 anos, foi uma das primeiras grandes provas de sua resiliência.
Uma Vida Feita de Luto e Esperança
A existência de Bárbara foi marcada por perdas sucessivas, como se o destino tivesse escolhido testar sua alma com fogo:
- Em 1926, chorou a morte de João Jacob, seu filho de apenas 19 anos.
- Em 1957, no mesmo dia do aniversário de Jakob, perdeu seu marido, após 57 anos de matrimônio.
- Em 1963, despediu-se de Jorge Jacob, um dos pilares da família.
- Em 1972, já viúva há quinze anos, viu partir Heitor, seu filho mais novo.
E, mesmo assim, ela permaneceu. Não como uma figura de dor, mas como coluna central da família Ditzel. Enquanto viveu, foi ela quem reuniu os netos em torno da mesa, quem manteve as datas dos aniversários e finados anotadas no caderno de orações, quem sussurrava os nomes dos mortos com carinho, como se ainda estivessem presentes.
Seu lar era refúgio. Suas mãos, que amassavam pão e costuravam roupas, também enxugavam lágrimas e abençoavam cabeças. Era uma mulher de poucas palavras, mas de gestos profundos.
Últimos Anos e Descanso Eterno
Bárbara sobreviveu ao marido por sete anos. Viu filhos envelhecerem, netos crescerem, e o mundo ao seu redor mudar — ruas de terra se tornando asfalto, lampiões dando lugar à eletricidade, mas ela permaneceu fiel ao que sempre foi: uma mulher do lar, da fé, da família.
Faleceu em 7 de fevereiro de 1964, aos 79 anos, em sua amada Ponta Grossa, quase alcançando o centenário da própria cidade. Foi enterrada no Cemitério Municipal São José, onde repousa ao lado de seu Jakob, sob uma lápide simples — como era seu desejo.
Ali, entre cruzes de ferro e flores silvestres, descansa a matriarca silenciosa, cuja força não estava nos discursos, mas na continuidade. Na capacidade de levantar-se todas as manhãs, mesmo com o coração partido, para cuidar dos que ficaram.
Legado de Uma Mulher Comum, Extraordinária
Bárbara Schwab não escreveu livros, não ocupou cargos públicos, não deixou fortunas. Mas deixou filhos que se tornaram pais, netos que se tornaram histórias, e uma linhagem que ainda hoje busca suas raízes nos arquivos paroquiais de Ponta Grossa.
Seu nome, talvez esquecido nos grandes relatos da história, vive nos olhos de quem carrega o sangue Ditzel-Schwab. Vive nas receitas herdadas, nas preces sussurradas em alemão antigo, nas lápides que alguém ainda visita com flores nas mãos.
E isso — amar, resistir, continuar — é o mais raro dos legados.
“Ela não precisava de monumentos. Bastava que alguém lembrasse seu nome com carinho.”
— Em memória de Bárbara Schwab, 1884–1964.
Descanse em paz no Cemitério São José, Ponta Grossa, Paraná.
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Pais
- Joseph Schwab 1854-1925
- Anna Margretha Heidt 1855-1933
Casamento(s) e filho(s)
- Casada a 30 de outubro de 1900 (terça-feira), Ponta Grossa, Parana, Brasil, com Jakob Ditzel 1880-1957 tiveram
Jose Ditzel 1871-1908
Amália Ditzel 1905-1990
Jorge Jacob Ditzel 1906-1963
João Jacob Ditzel 1907-1926
Alvina Ditzel 1909-1990
Rosa Ditzel 1915-1984
Heitor Ditzel 1919-1972
Irmãos
Joseph Schwab 1874-1876
Johannes Schwab 1876-1877
João Schwab 1878-
Anna Margarida Schwab 1881-
Bárbara Schwab 1884-
Anna Catharina Schwab 1886-1967
Felippe José Schwab 1889-
José Schwab 1892-
Valentin Schwab 1893-1894
Gaspar José Schwab 1894-
| (esconder) |
Acontecimentos
| 19 de fevereiro de 1884 : | Nascimento - Ponta Grossa, PR, Brasil |
| 30 de outubro de 1900 : | Casamento (com Jakob Ditzel) - Ponta Grossa, Parana, Brasil |
| --- : | Morte - Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil |
| 7 de fevereiro de 1964 : | Morte - Ponta Grossa, Paraná, Brasil |
| --- : | Enterro - Cemitério Municipal São José - Ponta Grossa, Ponta Grossa, Parana, Brazil |
Fontes
- Pessoa: Árvore Genealógica do FamilySearch - <p>Barbara Ditzel Junior (nascida Schwab)<br />Nomes de nascimento: Barbara SchwabBárbara SchwabBALBINA DITZEL<br />Também conhecido como: Barbara Sehwab DitzelBarbara Schawab Ditzel<br />Gênero: Feminino<br />Nascimento: 1883 - Ponta Grossa, PR, Brasil<br />Morte: Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, Brasil<br />Morte: 7 de fev de 1964 - Ponta Grossa, Paraná, Brazil<br />Pais: Joseph Schwab, Anna Margretha Schwab (nascida HEIDT)<br />Esposo: Jacob Ditzel Junior<br />Filhos: Jorge Jacob Ditzel, Amália Buss (nascida Ditzel), Joao Jacob Ditzel, Alvina Stremell (nascida Ditzel), Alvina Ditzel Stremel Stremel, Rosa Krüger (nascida Ditzel), Heitor Ditzel, OTILIA Tararan (nascida DITZEL), Hilda Burgardt (nascida Ditzel)<br />Irmãos: Joseph Schwab, Johannes Schwab, João Schwab, Anna Margarida Ditzel (nascida Schwab), Anna Catharina Roth (nascida Schwab), Felippe José Schwab, José Schwab Junior, Valentin Schwab, Gaspar José Schwab</p> - Record - 40001:799325762:
Fotos e Registos de Arquivo

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Nascimento
Nascimento de uma irmã
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Nascimento de um irmão
Nascimento de um irmão
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Nascimento de um filho
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Morte de uma filha
Morte de uma filha
Morte de uma filha
Antepassados de Bárbara Schwab
| Andreas Schwab 1825-1900 | Anna Maria Sack 1828-1919 | ||||
| | | - 1846 - | | | |||
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| Joseph Schwab 1854-1925 | Anna Margretha Heidt 1855-1933
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| | | - 1873 - | | | |||
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Bárbara Schwab 1884-
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Descendentes de Bárbara Schwab
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