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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Travessa da Lapa abre ou não abre ao trânsito? 1971

 Travessa da Lapa abre ou não abre ao trânsito? 1971


Pode ser uma imagem de 3 pessoas e texto que diz "អ Curitibadoutros curitiba de outros tempo Um monturo de lixo e problemas, os moradores da Traves sa da Lapa enfrentam wa infinidade de próblemas."
Lixeiro, "Boca-quente", "Beco da Lapa", Travessa da Lapa.

Escolha o nome e depois vá observar. A qualquer hora do dia você verá bares imundos, desocupados, mundanas, lixo, sujeira, ferro, trapos velhos, pó do dia e da chuva, além de uma infinidade de outras anormalias, bem no centro da cidade. Tudo funciona na Visconde de Guarapuava, entre a João Negrão e Barão do Rio Branco, com prolongamento até a Marechal Floriano.

Eis a "Boca Quente", "Beco da Lapa", "Travessa da Lapa" (que é o nome certo): será aberta ao trânsito? Os proprietários dos imóveis comerciais da área vizinha estão movendo uma campanha em favor da abertura da artéria, que se acha fechada ao tráfego de automóveis há mais de dez anos. Se isso acontecer, será modificado em parte o atual aspecto do local.

AS COISAS VÃO MUDAR

Um comerciante da redondeza — pediu para não ser identificado — afirmou-nos o seguinte: "O povo deseja a abertura da Travessa da Lapa ao trânsito de veículos. Esse pedaço da cidade está mal-assombrado. É o reduto preferido de marginais, desocupados, vagabundos e viciados de toda espécie. A abertura do trânsito acabaria com o ambiente escuro e doentio que a Travessa da Lapa (fechada) criou, ou ao menos favoreceu em muito."

Os moradores locais são unânimes em afirmar que isto é uma pouca vergonha. Há inclusive, hostes familiares que se dedicam exclusivamente à exploração do lenocínio, descaradamente, cujas andanças permanecem pela rua, de dia e à noite.

Nas proximidades existe um internato enorme de escolares, diurnos e noturnos, e bem grande, houve até constituição por parte de alunas, à saída das aulas, para a compra de lenços. A situação social permitiu que os contatos fossem facilitados e as relações estabelecidas com os da Rodoviária: caminhões de desocupados, camelôs e louqueiros.

Além de ser inútil, conforme acrecentam os moradores e comerciantes, o que ali se convencionou "Beco da Lapa", hoje Travessa da Lapa, é uma artéria de comunicação normal. Por ela podem passar caminhões de pequeno e médio porte, ônibus e carros particulares. De qualquer ponto da Visconde de Guarapuava, do lado direito, pode-se entrar na Travessa e sair na Marechal Floriano, na altura do Colégio Estadual. Ela não é servida por trilhos da R.F.F.S.A., como a parte compreendida entre a André de Barros, parte do mesmo quarteirão. Os trilhos da R.F.F.S.A. da Travessa da Lapa, ligando a Visconde à Marechal, desapareceram desde setembro.

Essa parte da margem direita (que está sem trilhos) está fora de linha. A despropriação, no entanto, é fácil, uma vez que se trata de trecho curto, onde as construções, em sua maioria, pertencem às oficinas da Rede Ferroviária.

Outro fator ainda contribui para tornar a artéria imprópria ao fechamento. Isso foi afirmado aos entrevistadores: Concentração de iluminação, é noite, e policiamento. Pela Travessa passam centenas de alunos, meninas e mulheres pelas noites, onde não há um só agente da autoridade. E esse é um risco local, inclusive, já houve assalto a mão armada.

EM ANDAMENTO

Da Câmara Municipal vem a notícia: requerimento do edilado à Prefeitura Municipal, ligando-se à abertura da Travessa da Lapa entre as ruas Visconde de Guarapuava e André de Barros, com saída natural à Marechal Floriano, obrigando-se à mudança do retorno da rua Visconde com Barão do Rio Branco. A questão foi levada a exame das comissões de Urbanismo e Movimento, com pareceres favoráveis.

A última dificuldade está no setor da Rede Ferroviária, onde os imóveis serão objeto de desapropriação, se a Prefeitura assim o decidir. A medida está sendo estudada e brevemente será realizada uma reunião dos secretários da Prefeitura e engenheiros da Rede, para que se resolva de vez esse problema urbanístico e de saúde pública.