sexta-feira, 6 de abril de 2018

Júlia Wanderley (1874-1918)

Regional Matriz 
Bairro: Mercês

Júlia Wanderley Petriche era filha de Affonso Wanderley e de Laurinda da Souza Wanderley. Nasceu em Ponta Grossa a 26 de agosto de 1874. Três anos depois, a família transferiu-se para Curitiba, onde seu pai prestou colaboração na pintura interna da catedral. 
Iconoclasta, Júlia Wanderley rompeu padrões ao se matricular na Escola Normal com o intuito de se tornar professora. Foi a primeira mulher a se formar nessa instituição, em 1892. Em seguida, foi designada para a 9a Cadeira de Instrução Primária de Curitiba. Tornou-se diretora da Escola Tiradentes, recém-criada pela Associação Comercial do Paraná. Durante vinte e cinco anos, Júlia Wanderlei dedicou-se ao magistério e, a maior parte deles, prestou serviços na Escola Tiradentes. 
Também assessorou três secretários de educação e suas qualidades enquanto professora foram enaltecidas por nomes de relevo na educação do Paraná, como o professor Victor Ferreira do Amaral. Sob o pseudônimo de Augusta de Souza, escreveu em periódicos sobre educação e outros temas. Faleceu aos 44 anos em 5 de abril de 1918.

Fontes:
Nicolas, Maria. Almas das ruas. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/ Casa Romário Martins. 1981.

Site do Colégio Estadual Júlia Wanderley
http://www.ctajuliawanderley.seed.pr.gov.br

Gazeta do Povo. Nostalgia, 26/07/2009. Dona Julia Wanderley http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=908740

Jorge Lothário Meissner (1895-1951)

Regional Matriz
Bairro: Jardim Botânico

Nascido em Curitiba no dia 23 de fevereiro de 1895, Jorge Lothário Meissner Filho graduou-se em engenharia pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Esteve à frente da construção do Hospital Militar de Curitiba, do quartel do 20º Regimento de Infantaria, localizado no Bacacheri e, também, do Leprosário São Roque, em Piraquara. Em 1932, durante a gestão do interventor Manuel Ribas, o engenheiro foi nomeado prefeito de Curitiba.
Neste cargo, Lothário Meissner pavimentou ruas como a Inácio Lustosa e a Buenos Aires utilizando macadame (sistema criado no início do século XIX pelo escocês John MacAdam). Substituiu as calçadas de muitas ruas centrais (conhecidas então como "passeios") por calçamentos de paralelepípedos. Foi também responsável por reformas no cemitério São Francisco de Paula e na Praça Tiradentes, que recebeu um abrigo para os passageiros dos bondes e ônibus. Reaparelhou o matadouro de Curitiba (que se localizava no Guabirotuba) e destinou um local no bairro da Barreirinha para o armazenamento de produtos inflamáveis. 
Foram também iniciativas suas a retificação do rio Belém e a canalização do rio Juvevê, bem como a construção de uma ponte sobre o Rio Ivo, na rua Barão do Rio Branco. Espalhou cinqüenta e quatro luminárias em ferro fundido, melhorando a iluminação de áreas antes consideradas perigosas. Uma de suas contribuições mais relevantes foi a criação do Conselho de Contribuintes do Município, cuja função era avaliar os recursos interpostos pelos cidadãos.
Renunciou ao cargo em 14 de junho de 1937, deixando a prefeitura com um saldo financeiro positivo, apesar do grande número de intervenções estruturais. Após sua saída da prefeitura, dedicou-se ao plantio de café no norte do Paraná. Faleceu em agosto de 1951.
"Após Cândido de Abreu e Moreira Garcez, foi o prefeito-engenheiro que mais agradou a população interessada no desenvolvimento do urbanismo moderno na capital paranaense. Somou-se aos outros dois para formarem o "trio de ferro" que impulsionou a institucionalização das avançadas intervenções sobre o espaço da cidade. Assim como seus dois antecessores, Meissner projetou e concretizou vários planos de obras para a urbe curitibana" (Walter Fernandes da Cunha Filho)

Fontes:
Filho, Walter Fernandes da Cunha. Cidade e sociedade: a gênese do urbanismo moderno em Curitiba (1889-1940). Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em História pela Universidade federal do Paraná. Curitiba, 1998. 
http://revista.unibrasil.com.br/index.php/retdu/article/viewFile/62/94

João Negrão (1833-1887)

Regionais Matriz e Portão/Fazendinha 
Bairros: Centro, Rebouças e Prado Velho

João de Souza Dias Negrão nasceu em Morretes a 19 de dezembro de 1833. Era filho do capitão João de Souza Dias Negrão, o "Velho" e de dona Rita de Andrade Negrão. Aos quinze anos, João Negrão se responsabilizou pelo sustento da família, em virtude da súbita cegueira que acometeu seu pai. Exerceu vários empregos públicos: escrivão do Juiz Municipal de Curitiba, 2° Tabelião de Notas de Curitiba, Coletor da Vila do Príncipe, hoje Lapa; administrador Interino da Barreira do Rio do Pinto, em Morretes, oficial da Secretaria de Governo, escrivão da Coletoria da Capital, secretário da Repartição Estatística, Escrivão do Registro de Rio Negro, escrivão da Barreira da Graciosa e administrador da Barreira da Graciosa (cargo que ocupou até a aposentadoria em 1877). Depois disso, ainda exerceu o cargo de Inspetor Escolar no Porto de Cima e também se elegeu Deputado Provincial pelo Partido Conservador. 
Na Assembléia Provincial, empreendeu esforços pelo fortalecimento do ensino fundamental. Faleceu em 2 de abril de 1887. Seu nome batiza a antiga Avenida Rio Paraná, que cruza a cidade do Centro em direção ao Rebouças e ao Parolin. As discussões ocorridas em 1885 sobre a construção de uma ponte seca (conhecida como Ponte Rua Schmidlin) entre a Avenida João Negrão e a Sete de Setembro demonstram a importância do logradouro que até meados da década de 20 foi um dos trajetos das boiadas que passavam por Curitiba rumo a São José dos Pinhais.

Fontes:
Curitibaspace - Sobre João Negrão
http://curitibaspace.com/curitiba-curiosidades/19-de-dezembro-e-aniversario-de-nascimento-de-joao-negrao

Prefeitura de Morretes 
http://www.morretes.pr.gov.br/cultura/personalidades.html

João Dranka (1909-1952)

Regional Matriz
Bairro: Cristo Rei

João Dranka nasceu em Araucária, Paraná, a seis de março de 1909. Era filho de Martin e Catarina Dranka. Foi funcionário da RFFSA e prestou serviços no loteamento da região do Cajuru, onde se localizavam a Vila das Oficinas e a Vila dos Ferroviários. A Sociedade Beneficente Vila Cajuru foi construída em um terreno conseguido por Dranka. Entre outras contribuições para a melhoria da comunidade, ele auxiliou a construção do grupo escolar "República do Uruguai". A região conhecida como Cristo Rei estava na abrangência do bairro Cajuru e foi conhecida por muitos anos como Vila Morgenau. João Dranka faleceu a 16 de novembro de 1952, em Curitiba.

Fontes:
Nicolas, Maria. Almas das Ruas, Cidade de Curitiba. 3º Volume. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/Casa Romário Martins. 1981. Página 80.

Isac Ferreira da Cruz (1897-1967)

Regional Bairro Novo
Bairro: Sítio Cercado

Em 1891, Laurindo Ferreira da Cruz comprou um terreno no lugar então denominado sobriamente em documentos públicos como "Cercado". Neste local criou quatro filhos. O último, nascido em 06 de abril de 1897, recebeu o nome de Isac Ferreira da Cruz. Aos 23 anos, Isac casou-se com Magdalena Claudino, filha de um comerciante da região. Com o nascimento dos filhos, mudou-se para a cidade de Paula Freitas, no interior do Paraná, de onde voltaria em 1936 para se estabelecer novamente no Sítio Cercado. O desgosto decorrente da morte precoce de uma filha em 1945 o fez mudar-se para o Pinheirinho. 
Buscava iniciar uma nova vida e deu início a dois empreendimentos: o posto de gasolina Santo Antônio, inaugurado em 15 de junho de 1948 e, algum tempo depois, um hotel no mesmo terreno. Estes dois estabelecimentos se tornaram referências comerciais nos anos 50 e 60. Como o Pinheirinho era uma região muito isolada, qualquer viajante que passasse por ali, pararia para uma refeição ou mesmo para um pernoite. A implantação da BR 116, via federal de pista dupla, foi difícil para os moradores da região, mas o posto permaneceu com intenso fluxo de clientes. Isac veio a falecer no final dos anos 60, mas seu papel foi determinante para a economia da região sul de Curitiba.

Fontes:
SUTIL, Marcelo Saldanha; AZEVEDO E COSTA, Vidal Antônio. Pinheirinho: o bairro na história da cidade. Boletim Informativo da Casa Romário Martins v.23, n.116. Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Curitiba, 1996. Páginas: 22/26 e 64/66.

Nicolas, Maria. Almas das Ruas, Cidade de Curitiba. 3º Volume. Curitiba. Fundação Cultural de Curitiba/Casa Romário Martins. 1981. Pág. 67.

Opinião Curitiba
http://www.opiniaocuritiba.jex.com.br/conhecendo+o+seu+bairro/o+sitio+cercado+virou+bairro

General Carneiro (1846-1894)

Regional Matriz
Bairro: Alto da XV

Ernesto Gomes Carneiro nasceu na localidade de Serro, em Minas Gerais, a 18 de novembro de 1846. Era filho de Marciano Ernesto Carneiro e d. Maria Adelaide Gomes Carneiro. Após a conclusão do curso de Humanidades, esteve inclinado a assumir os negócios farmacêuticos da família, mas o advento da Guerra do Paraguai alterou seus objetivos. Foi o primeiro voluntário a se oferecer para a recém-criada "Divisão dos Voluntários da Pátria" e, sob o comando do General Ozório, contribuiu para a vitória na Batalha de Estero Bellaco, em 2 de maio de 1866, tornando-se alferes.
Com o término da guerra, Gomes Carneiro passou a frequentar a Academia Militar e a Escola de Tiro de Campo Grande. Nesses locais formou-se com distinção, mas não alheio às idéias republicanas. Um incidente com seu filho mudou isso. 
O menino já não podia andar, pois perdera as pernas. Dom Pedro II foi pessoalmente à casa de Gomes Carneiro e doou ao seu filho o primeiro aparelho ortopédico do Brasil, o que possibilitou a volta dos movimentos da criança. Gomes Carneiro desligou-se de todos os vínculos republicanos. Quando a proclamação aconteceu em 1889, Carneiro estava no Mato Grosso, envolvido com a colocação da linha telegráfica e com a pacificação dos índios Bororós. Foi o criador dos Colégios Militares, instituições que inicialmente prestavam um serviço assistencial aos órfãos da Guerra do Paraguai. 
Na transição entre os governos de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, Gomes Carneiro era um homem da confiança de Floriano. Este lhe ordenou que contivesse os rebeldes gaúchos (maragatos) na cidade da Lapa. Carneiro tinha sob suas ordens, entre soldados e voluntários, 369 homens. Os revolucionários eram 3000. Mesmo assim, o general manteve a resistência ao cerco por 26 dias. Conta Maria Nicolas que ele não pôde abandonar o posto, mesmo com a notícia da morte de dois filhos. Atingido em combate, recebeu os cuidados do médico João Cândido, mas veio a falecer pouco dias depois, a 09 de fevereiro de 1894. 

Fontes: 
Blog Arthur Virmond de Lacerda Neto. O general Carneiro e a Lapa.
Publicado em 1 de fevereiro de 2009
http://arthurlacerda.wordpress.com/2009/02/01/o-general-carneiro-e-a-lapa/

Echeverria, Marcelo Silva. Rocha Pombo, relato e testemunho da revolução federalista no Paraná em 1894. Monografia apresentada à disciplina de Estágio Supervisionado em Pesquisa Histórica como requisito parcial à conclusão do Curso de História da Universidade Federal do Paraná. 2009.
http://www.historia.ufpr.br/monografias/2009/2_sem_2009/marcelo_silva_echeverria.pdf

Francisca Beralde Paolini (1891-1982)

Regional Pinheirinho
Bairro: Caximba

Francisca Beralde Paolini nasceu na Iália em 22 de outubro de 1891. Veio para o Brasil instalando-se na região sul de Curitiba, mais especificamente no local que posteriormente ficou conhecido como Caximba. Em conformidade com os costumes da época, Francisca dedicou sua vida aos cuidados do lar, mas teve importância no desenvolvimento do bairro. Além de colaborar na construção da igreja, também acomodou as primeiras professoras que trabalharam na Caximba. O ato generoso foi além: cedeu cômodos de sua propriedade para que fossem usados como salas de aula. 
A exemplo de outros bairros de Curitiba, as origens da Caximba remontam à colonização por imigrantes provenientes da Europa. Da mesma forma que a Colônia do Umbará, por exemplo, desenvolveu sua economia com base em atividades agro-pecuárias e nas olarias que se espalharam pela região. Em tempos recentes, o bairro comportou um aterro que, por mais de vinte anos, recebeu os detritos recolhidos nas demais regiões da cidade. Uma responsabilidade que cobrou seu preço, mas a desativação do aterro em outubro de 2010, já gerou um aumento de interesse na habitação do Caximba, palavra de origem tupi que significa "mato que gruda". Viúva de Dino Paolini, Francisca Beralde Paolini criou oito filhos, vindo a falecer no dia 24 de agosto de 1982. 

Fonte:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Gazeta do Povo. Aterro da Caximba dará adeus sem deixar saudades.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1062767

Eufrásio Correia (1839-1888)

Regional Matriz
Bairro: Centro
Lograduro: Praça

Manuel Eufrásio Correia, nascido a 16 de agosto de 1839, em Paranaguá, era filho do coronel Manoel Francisco Correia e de Joaquina Assumpção Correia e tio de Ildefonso Correia, o Barão do Serro Azul. Fez os estudos primários em Paranaguá e transferiu-se para Recife, onde ingressou na Faculdade de Direito em 1858. Após a conclusão do curso, instalou-se em Curitiba onde passou a exercer a advocacia. Foi delegado de polícia, promotor público, primeiro suplente de juiz municipal em Paranaguá, inspetor do Tesouro Provincial e chefe de polícia do estado de Santa Catarina. Chefe do Partido Conservador no Paraná e colaborador do jornal Gazeta Paranaense, órgão de imprensa dos conservadores. Convidado pelo Barão de Cotegipe para ser Chefe de Gabinete Imperial, optou por ser presidente da província de Pernambuco, onde faleceu em 4 de fevereiro de 1888.
Seu nome foi dado ao antigo Campo do Schmidlin, também conhecido como Largo da Estação, em virtude da sua proximidade com a Estação Ferroviária. O local se revestiu de importância nas primeiras décadas do século XX por ser a porta de entrada para todo aquele que chegasse a Curitiba vindo de trem. A praça foi cercada, recebeu luz elétrica e sediou a exposição de produtos agrícolas de 1903. Reformulada em 1915 pelo prefeito Cândido de Abreu, a praça recebeu nova arborização, bem como luminárias em ferro fundido e um chafariz ornado por uma ninfa de bronze trazida de Paris. Todo o ambiente compreendido pela praça é composto por bens tombados: sobrados laterais, prédio da Câmara Municipal de Curitiba (Palácio Rio Branco), antigo estacionamento dos bondes, Casa Emilio Romani e Estação Ferroviária. Ao lado da Praça Carlos Gomes, a Praça Eufrásio Correia é o único espaço público reformulado por Cândido de Abreu que preserva as características de época. 

Fontes: 
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC) 

Biobibliografia da Academia Paranaense de Letras (Túlio Vargas, Valério Hoerner Jr. E Wilson Bóia, 2006, pág. 83

Desembargador Westphalen (1847-1923)

Regional Matriz e Portão Fazendinha 
Bairros: Centro, Rebouças, Parolin e Portão

Emygdio Westphalen nasceu a 11 de novembro de 1847 na cidade da Lapa. Formou-se em direito no ano de 1867 pela Faculdade de Direito de São Paulo. E sua primeira atividade profissional foi como promotor na cidade de Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. Em seguida, retornou à Lapa, onde também foi promotor, além de exercer o cargo eletivo de vereador. Entre 1882 e 1884 exerceu as seguintes funções: juiz em Curitiba, juiz na Lapa, deputado provincial e chefe de polícia.
Em primeiro de agosto de 1891, assumiu a função de Desembargador do recém-criado Tribunal de Apelação do Estado do Paraná. Após um ano de funcionamento, este órgão teve seu nome alterado para Superior Tribunal de Justiça (estadual). Em meio a tais mudanças, Westphalen continuou exercendo forte influência na política local. Seus posicionamentos sempre foram transparentes, e um exemplo disso foi seu notório envolvimento com um governo republicano provisório que se instalou na Ilha do Desterro (hoje, Florianópolis), antes mesmo da proclamação da república. Westphalen foi obrigado a se aposentar compulsoriamente, penalidade imposta pelo então presidente em exercício da província, Vicente Machado como represália por uma suposta conivência com os revolucionários maragatos que se instalaram em Curitiba no início de 1894. Toda a cúpula da magistratura foi aposentada, fenômeno que o historiador Rui Cavalin Pinto considera isolado na história do Brasil. 
Após este período, entre 1908 e 1912, Westphalen foi procurador-geral do estado e colaborou com vários órgãos de imprensa, como o Opinião Liberal, Commércio do Paraná, Livre Paraná, A Reforma e Província do Paraná. Foi também um dos fundadores da Associação Literária Lapeana. Faleceu no dia 17 de março de 1923. 

Fontes:
Memorial do Ministério Público (Rui Cavalin Pinto)
http://www.memorial.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=88

Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 93

Desembargador Hugo Simas (1883-1941)

Regional Matriz e Boa Vista 
Bairros: São Francisco, Bom Retiro e Pilarzinho

Nascido na cidade de Paranaguá em 23 de outubro de 1883, Hugo Gutierrez Simas era filho de Fernando Simas e de Helena Gutierrez. Formado em Direito, passou a exercer o cargo de promotor na cidade de Antonina, mas sua notoriedade ganhou força quando se tornou advogado militante e professor no Ginásio Paranaense. A fama decorrente lhe possibilitou o ingresso na política com sua eleição para deputado estadual. Ao lado de nomes como Nilo Cairo e Victor Ferreira do Amaral, Simas foi um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná. 
Na década de 20, morou na cidade do Rio de Janeiro, onde exerceu a função de consultor jurídico do banco Lloyd, mas em 32, aceitou a chefia do Ministério Público do Paraná, a pedido do interventor Manuel Ribas. Tornou-se, posteriormente, desembargador pela instância então conhecida como Superior Tribunal de Justiça (estadual). Entre seus livros de caráter jurídico, merecem destaque: Seguros Marítimos, de 1930; Tribunais Marítimos Administrativos, de 1931; Compêndio de Direito Marítimo, de 1938 e os comentários ao Código Brasileiro do Ar, de 1939. O conjunto de sua obra escrita (jurídica e literária) lhe valeu o ingresso em instituições como o Centro de Letras do Paraná e a Academia Paranaense de Letras. Faleceu em 27 de outubro de 1941

Fontes:
Sistema de Proposições Legislativas (SPL-CMC)

Memorial do Ministério Público
http://www.memorial.mp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=88

Hoerner, Valério Júnior; Bóia, Wilson e Vargas, Túlio. Academia Paranaense de Letras - Biobibliografias (1936-2006). Ed Posigraf. Curitiba, 2001. Página 185.