quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Natais antigos de Curitiba

Natais antigos de Curitiba


João Cândido Martins - Data: 09/12/2019
https://www.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=31854#&panel1-1





Segundo a professora e historiadora Cassiana Lacerda, o primeiro registro de uma árvore de natal em Curitiba se deu em 1888 no jornal Galleria Illustrada. (Foto: Antigamente em Curitiba/Facebook)

A comunidade Antigamente em Curitiba do Facebook, organizada pelo empresário e pesquisador Paulo José da Costa, reúne fotos antigas da cidade. Nela, é possível encontrar amostras de como foram alguns natais curitibanos antigos. É de 1888 o registro da primeira árvore de Natal em Curitiba. De acordo com a historiadora e professora Cassiana Lacerda, citando o jornal Galleria Illustrada daquele ano, "os alemães foram os introdutores da árvore de Natal em nossa sociedade, que, até então, se limitava às suas ‘soirées’, a festivais e à devoção da Missa do Galo".




Paróquia de São José e Santa Felicidade, fundada no natal de 1891. O prédio foi projetado e construído pelo padre Pietro Colbacchini. (Foto: Arquidiocese de Curitiba)

Em 1891, os imigrantes italianos estabelecidos em Santa Felicidade escolheram a data para inaugurar sua nova igreja. Na noite do dia 24, houve uma procissão com mais de duas mil pessoas, todas segurando velas. É o que conta o padre Pietro Colbacchini, construtor do prédio, em cartas enviadas para seus superiores em Roma (saiba mais). 



A festa se difundiu entre as famílias, como se pode observar em uma foto de 1925, que retrata o natal na Casa Hoffmann. Segundo a professora Cassiana Lacerda, aparecem na foto Hilário Hoffmann (Römerstad, 1833 - Curitiba, 1925) e seu filho Júlio Hoffmann (Römerstad, 1875 - Curitiba, 1956).


O costume de festejar o natal em família se espalhou pela cidade, como se comprova por essa foto de 1925, que mostra integrantes da família Hoffmann. (Antigamente em Curitiba/Facebook)

















Entre os anos 30 e 50, as figurinhas que acompanhavam as balas Zequinha foram uma febre entre as crianças de Curitiba. Na imagem, o palhaço Zequinha caracterizado como Papai Noel (Foto: Memória de Curitiba/Facebook)

Em 1928, os irmãos Sobania resolveram aumentar a venda de suas balas e, para isso, passaram a vendê-las acompanhadas por figurinhas com imagens de um palhaço chamado Zequinha. As figuras traziam Zequinha nas mais diversas situações (bombeiro, médico, policial, etc). Nos vinte anos seguintes as balas Zequinha foram uma febre entre as crianças de Curitiba. A foto mostra a figura 99, desenhada por Paulo Carlos Rohrbach (funcionário da Impressora Paranaense de 1939 a 1953) que representa Zequinha como Papai Noel. Rohrbach também desenhou o rótulo da Gasosa Cini. 



Para comemorar o natal, as lojas Hermes Macedo instalavam anualmente na rua Barão do Rio Branco um arco com dizeres e imagens referentes à data. A foto mostra o local na década de 50. (Foto: Antigamente em Curitiba/Facebook)








O mesmo local já na década de 1970. (Foto: Antigamente em Curitiba/Facebook)

Outra proposta natalina que marcou época na cidade partiu da extinta loja Hermes Macedo, que entre 1940 e 1990 se vestia para o Natal. A empresa instalou, na rua Barão do Rio Branco, um arco que unia as duas calçadas com inscrições e imagens referentes ao Natal. Tinha a Gruta Encantada, desfile com carros alegóricos e os funcionários se fantasiavam para receber o Papai Noel. É possível encontrar na internet muitas imagens do arco instalado pela HM ao longo dos anos. A foto em preto e branco, por exemplo, é da década de 50, e a foto seguinte mostra o mesmo local já na década de 70.



Em 1984 foi lançado pela Editora Brasiliense, o livro “Jesus”, de autoria de Paulo Leminski. Entre outros temas, Leminski analisa o nascimento de Cristo. (Foto: Pinterest)

Dois dos maiores escritores paranaenses, Dalton Trevisan e Paulo Leminski, se dedicaram ao Natal em algum momento de suas carreiras. Em 1984, Leminski lançou pela editora Brasiliense o livro “Jesus”, no qual explica com sua erudição a trajetória do personagem bíblico. Sobre o nascimento de Cristo, ele comenta que: “As tradições apostólicas e os relatos evangélicos cercaram seu nascimento e primeiros anos de toda sorte de lendas das mil e uma noites, de que o Oriente gosta. Desde o nascimento de uma virgem até a visita de três Magos ao menino recém-nascido, cada um portando presentes, ouro, incenso e mirra. As contradições entre uma história verdadeira e lendas e fábulas que se teceram em volta de Joshua (Jesus) aparecem à primeira vista”.

Dalton Trevisan, por sua vez, propôs um conto passado na noite de Natal. O título é Onde estão os natais de antanho?, publicado no livro “Desastres do Amor” (Editora Record, 1993). Sua visão do natal não é colorida. Envolve o erotismo e o senso de brutalidade que caracterizam sua obra, cujos enredos sempre se passam numa Curitiba sombria e pecaminosa. Dalton é por muitos considerado o maior contista vivo do Brasil.




























A partir dos anos 1990, o Palácio Avenida, na avenida Luiz Xavier, se tornou palco de apresentações natalinas. (Foto: Antigamente em Curitiba/Facebook)

Nos anos 90, a decoração do Palácio Avenida na Rua XV também entrou para a história da cidade. Originalmente produzida pelo extinto Banco Bamerindus, a festividade reunia um coro de crianças nas janelas e portas da construção histórica (veja uma propaganda de 1991). O evento passou por transformações, mas até hoje encanta a população e os turistas que lotam a avenida Luiz Xavier para assistir o espetáculo. 


Também marcou época a decoração natalina que era instalada no topo do Centro Comercial Itália (Shopping Itália). (Foto: Antigamente em Curitiba/Facebook)

Também na década de 90, o Centro Comercial Itália (Shopping Itália) passou a decorar o prédio durante o Natal. Por ser um dos edifícios mais altos da cidade, a decoração era visível a quilômetros de distância.











Em 2011, a prefeitura instalou na rua XV a Galeria de Luz, um conjunto de arcos e portais iluminados por mais de 50 mil lâmpadas coloridas. (Foto: Antigamente em Curitiba/Facebook)









Mais recente promovida pela prefeitura de Curitiba foi a Galeria de Luz, uma sequência de arcos e portais na rua XV com 50 mil lâmpadas coloridas (foto 11). A galeria foi elaborada pelo artista italiano Valerio Festi, responsável por decorações como a do aniversário do terremoto de Kobe, no Japão, e as arquiteturas de luz das Galeries Lafayette, em Paris. Na foto, a galeria instalada na rua XV em 2011.

Camerata Antiqua de Curitiba: 45 anos de história musical

 Camerata Antiqua de Curitiba: 45 anos de história musical






































Acervo: Fundação Cultural de Curitiba (FCC)


Durante 45 anos, a Camerata Antiqua de Curitiba (CAC) construiu uma trajetória de sucesso e credibilidade no mundo da música clássica. Hoje, o conjunto está entre os mais prestigiados, sendo presença obrigatória em importantes eventos internacionais. A Camerata, que é mantida pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e administrada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), é dividida em coro e orquestra de câmara. Estes grupos atuam deforma integrada ou individual.

Durante todos esses anos, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) apoiou e incentivou a Camerata, seja por meio de emendas parlamentares ao orçamento (recursos financeiros) ou homenagens aos integrantes. Esse texto procura resgatar um pouco dos 45 anos de história da Camerata Antiqua, patrimônio cultural da cidade. No final, algumas das iniciativas aprovadas pela Câmara Municipal ao longo dos últimos anos em prol do grupo musical.

Acervo: Música Brasilis

A programação da Camerata para 2019 foi intensa. Só na Capela Santa Maria, foram 6 concertos do conjunto completo, 3 do coro, 7 da orquestra e mais 3 apresentações de conjuntos menores (quarteto e quinteto). Além disso, o coro da Camerata organizou em junho a IV Semana de Canto Coral Henrique de Curitiba,importante evento que reuniu corais do Brasil e do exterior. Houve também uma apresentação com obras de Villa-Lobos num concerto cênico voltado ao público infantil no Teatro Positivo. O mesmo espetáculo circulou por colégios em apresentações fechadas. A Camerata também pôde ser vista em igrejas da cidade e no projeto conhecido como “Música pela vida”, que atende hospitais e asilos.

Em texto publicado pelo jornal Plural em 15 de abril de 2019, André Egg, professor da UNESPAR, músico e historiador, diz que “a organização da temporada revela uma correta visão do que um conjunto musical pode fazer pela cidade, aplicando bem as verbas públicas e os patrocínios empresariais (com renúncia fiscal) que lhe são direcionados”.

Origens

Acervo: FCC

Entre 1965 e 1977 foram realizados os Festivais de Música e os Cursos Internacionais de Música do Paraná. Ambas as ações eram iniciativas da Sociedade Pró-Música de Curitiba, uma entidade civil sem fins lucrativos fundada em abril de 1963. De acordo com os pesquisadores Taianara Goedert e Álvaro Carlini, os cursos visavam uma troca entre professores e alunos de todo o Brasil e do exterior. Já os Festivais tinham como objetivo promover e divulgar a música erudita através de concertos, recitais e audições. Ainda segundo eles, os eventos, desde o seu início, foram sucessos de crítica e de público. Os cursos e os festivais de música clássica atingiram uma média de 17 mil espectadores por edição.

Acervo: João Cândido Martins

Em 73 é criada a Fundação Cultural de Curitiba,que entre suas primeiras ações, apoiou um grupo de músicos que se dedicava à chamada “Música Antiga”. Estes músicos eram participantes ativos dos festivais e, em 74, durante o 6º Curso e Festival Internacional de Música surge a Camerata Antiqua de Curitiba. O conjunto foi uma iniciativa da professora e pianista Ingrid Seraphim e do maestro e cravista Roberto de Regina. Em depoimento a Elizabeth Prosser em 2010, Ingrid conta que houve dois concertos que antecederam a criação da Camerata e que, depois deles, os participantes demonstraram interesse em continuar as atividades.

“E foi assim que eu tive a ideia de criar um grupo estável, cujos ensaios eu poderia dirigir, mas que seria regido nos concertos pelo maestro [Roberto de Regina]. Fomos à Fundação Cultural de Curitiba. O diretor era o arquiteto Alfredo Willer, que concordou em dar continuidade ao trabalho. Foi ele, inclusive, que sugeriu o nome de Camerata Antiqua de Curitiba”. O primeiro concerto do grupo foi realizado em junho de 74, no Teatro Paiol.

Música Antiga

Acervo: João Cândido Martins

Inicialmente, a Camerata se dedicou à música renascentista e barroca. De acordo com o professor André Egg, “o movimento [Música Antiga] consiste basicamente em executar música composta anteriormente ao domínio absoluto do piano e da família dos violinos, coisa do tempo de Mozart pra cá. Sempre em réplicas de instrumentos de época e baseando-se em antigos tratados musicais para chegar a uma execução mais autêntica”. A Música Antiga se refere ao período anterior a 1750, ano da morte do compositor Johann Sebastian Bach.

Perguntada por um repórter da Gazeta do Povo em 1980 sobre porque praticava Música Antiga,Ingrid Seraphim respondeu: “a Camerata nasceu e se criou à sombra dos mestres antigos. Hoje em dia, a Música Antiga não é mais um luxo, uma atitude artística. Ao contrário, é gramática, disciplina, escola,iniciação de plateias e, sobretudo, base sólida sobre a qual se formam culturas. […] Acho a especialização válida e posso mesmo dizer que se impõe.Cada um na sua especialidade dará fontes mais perfeitas e o público terá mais oque ver e ouvir”. Em entrevista ao jornal Folha de Londrina naquele mesmo ano,o maestro Roberto de Regina disse que “um conjunto que se especializa num determinado período da música representa uma positiva e fundamental contribuição para a formação cultural de um povo. E acho mesmo que não haverá boa música contemporânea sem um perfeito conhecimento da antiga, como não há bom pintor moderno que não saiba desenho”.

Disco dos anos 80. Capa: ilustração de Poty Lazarotto - Pinterest

Conforme Elizabeth Prosser, a partir de certo momento, o coro e a orquestra passaram a atuar ora em conjunto, ora de forma independente. “Surgiram assim”, diz ela, “ao lado da Camerata Antiqua de Curitiba, o Coro da Camerata, que continuou dedicando-se à Renascença e ao Barroco; e a Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba, que optou por ampliar seu repertório do Barroco ao Contemporâneo, com ênfase em compositores brasileiros”. Nos anos 80, Roberto de Regina permanecia como regente titular e era responsável pelos concertos do coro e da Camerata em sua forma integral. A orquestra, quando atuava sozinha, era regida por Paulo Bosísio (1983-1985) e depois por Lutero Rodrigues, que a regeu de 1986 a 1998.

José Brazil, em estudo feito sobre o compositor Henrique de Curitiba, conta que entre 1983 e 1987 foram realizados os Encontros de Música Antiga do Paraná, que tiveram projeção nacional e internacional. A pesquisadora Kristina Augustin conta em seu livro“Um Olhar sobre a Música Antiga: 50 anos de anos de história no Brasil”, que acidade de Curitiba passou a sediar anualmente o evento que recebia músicos especializados, alguns vindos da “Schola Cantorum Basiliensis”, da cidade de Basel na Suíça. Segundo Kristina Augustin, “Elevava o nível técnico das execuções musicais e o conhecimento do repertório antigo ampliava-se. A própria cidade de Curitiba ficou mais diretamente envolvida, lotando os concertos no Teatro Paiol, no Museu Paranaense, [...] no Teatro da Reitoria, e ainda com jovens músicos boêmios que cantavam ou dançavam Pavanas e Gallardas pelas ruas do centro da cidade ou na Feira Renascentista, o último evento do Encontro”.

Foto: Pinterest

A Camerata teve também um importante papel no surgimento da Oficina de Música de Curitiba, cuja primeira edição se deu em 1983. A ideia era retomar o espirito dos antigos Festivais de Música da cidade, que se encerraram em 1977. A Oficina, que em 2020 realizará sua 37ª edição, teve em sua gênese a participação ativa de Ingrid Seraphim e da Camerata Antiqua.


Compositores brasileiros
Nos anos 90, a orquestra da Camerata dedicou-se à pesquisa e à divulgação da música brasileira, desde a colonial até a contemporânea. O grupo registrou cds com obras de Villa Lobos, Brasílio Itiberê, Camargo Guarnieri, Guerra Peixe, José Penalva e Henrique de Curitiba. O coro, sob a orientação de Roberto de Regina,destacou-se pela “originalidade e leveza de interpretação da música renascentista e barroca”, diz ElizabethProsser. É desse período, a gravação do “Cancioneiro de Uppsala”, que foi indicado ao prêmio Sharp 1997.

Acervo: João Cândido Martins

Além disso, o coro também gravou obras vocais com a orquestra, como “Oratórios, Paixões, Cantatas e os Motetos”, de Bach;“Anthens, Dixit Dominus e Te Deum”, de Häendel; e o “Te Deum Laudamus”, do compositor brasileiro Luis Álvares Pinto. Prosser destaca a atuação de NeydeThomas, preparadora vocal do grupo desde os anos 90.

A Camerata gerou desdobramentos como foi o caso do “Grupo Renascentista” que posteriormente adotaria o nome de “Studium Musicae”. O disco deste grupo lançado pela Fundação Cultural, cujo título é “As Cruzadas”, pode ser encontrado atualmente no Mercado Livre por preços que variam entre R$800 e R$1.000. Outros grupos surgiriam como o Quarteto Angra, o Quarteto de Cordas Araucária e o Duo Seraphim.

No entendimento de Elizabeth Prosser, a Camerata também funciona como uma espécie de escola. Para ela, “em seus hoje mais de quarenta anos de existência, a Camerata tornou-se não somente um importante grupo musical de prestígio nacional, mas uma verdadeira escola. Muitos dos que a integraram,atualmente desenvolvem carreira solo ou foram premiados em concursos realizados dentro e fora do país. Entre eles, Alex Klein, Carlos Harmuch, Eunice Brandão, Gustavo Surgik, Maurício Aguiar e Walter Silva”.

Contribuições da Câmara

Foto: Pinterest

Com um total de 17 projetos apresentados em 20 anos, Julieta Reis (DEM) é a vereadora que mais iniciativas propôs na Câmara Municipal de Curitiba em prol da Camerata Antiqua. São dela, por exemplo, a concessão de cidadania honorária a Ragnhild Gabbe Borgomanero, figura de destaque na cena cultural curitibana que, entre outras atividades, organizou a produção do cd “Curitiba Canta Bach”, gravado pela Camerata em 1995.

Também o violinista, maestro e professor Sérgio da Graça Torres Pereira se tornou cidadão honorário de Curitiba por iniciativa de Julieta. O músico, de currículo extenso, atuou com a Camerata e com a orquestra de Câmara nos anos 80. Quando da passagem dos 30 anos da Camerata, Julieta solicitou votos de louvor e congratulações ao grupo. Também é de sua autoria a indicação de Ingrid Müller Seraphim ao prêmio João Crisóstomo Arns em 2004. Quando Neyde Thomas, cantora lírica e preparadora vocal da Camerata morreu em 2011, Julieta propôs que um logradouro público ainda não nominado recebesse seu nome.

Em 2002, o ex-vereador Ricardo Gomyde solicitou informações à prefeitura sobre as declarações dadas à Gazeta do Povo pelo então presidente da Fundação Cultural, Cássio Chamek, de que toda a área musical da instituição, inclusive a Camerata, seria transferida para a administração de uma Organização Social. Este fato não veio a ocorrer, mas a preocupação do parlamentar demonstra como o Legislativo sempre foi sensível à implantação e manutenção de políticas públicas na área cultural. Outro ex-vereador, Mauro Moraes, propôs a denominação de um bem público com o nome do padre José de Almeida Penalva, importante personagem da cena musical curitibana desde os anos 60 e que teve obras gravadas pela Camerata.

Foto: Pinterest

Gehad Ismail Hajar recebeu o título de vulto emérito de Curitiba por iniciativa de Dona Lourdes (PSB). Ele foi o descobridor e restaurador do primeiro hino de Curitiba (Hymno de Curityba), de 1928, que até então era desconhecido do poder público e do meio acadêmico. A Camerata realizou a primeira apresentação pública da peça, em 2015.

Também é de Dona Lourdes a proposição do nome do maestro Cornelis Kool para o prêmio João Batista Gnoato. O homenageado atuou na Camerata Antiqua de Curitiba como diretor do coro, organista, cravista e arquivista. Em 2012, o vereador licenciado Felipe Braga Côrtes indicou a cantora lírica Marilia Vargas para o prêmio João Batista Gnoato. A renomada pianista russa Olga Kiun, que fixou residência em Curitiba e atuou junto à Camerata, foi homenageada pelo ex-vereador Rui Hara com uma indicação ao prêmio Cultura e Divulgação em 2004.


Referências Bibliográficas

BRAZIL, José. Henrique de Curitiba Morozowicz: música para canto solo, arquivo pessoal e historiografia. Trabalho apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de mestre na linha de pesquisa em musicologia da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2013.

EGG, André. Roberto de Regina e o cravo virtuose de Scarlatti. 16/02/2012

EGG,André. Camerata 2019 vai do Réquiem de Mozart à Noite Transfigurada de Schoenberg. Jornal Plural, 15/04/2019

FRÉSCA, Camila. Música antiga no Brasil. Revista Concerto.Guia mensal de música clássica. Julho/2011.

GOEDERT, Taianara; CARLINI, Álvaro. As contribuições dos Festivais de Música de Curitiba e dos Cursos Internacionais de Música do Paraná no desenvolvimento artístico-musical do Estado no período de 1965 a 1977. XVIII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação (ANPPOM).Salvador, 2008.

MARTINELLI, Leonardo. Em busca do passado. Revista Concerto.Guia mensal de música clássica. Julho/2011.

MILLARCH, Aramis. Antiqua com modernos e Studium com as Cruzadas. Estado do Paraná, 4 de janeiro de 1986

MOROZOWICZ, Henrique de Curitiba. Serenata Noturna Para Orquestra de Cordas

PROSSER, Elizabeth Seraphim. Ingrid Haydée Müller Seraphim e a prática musical em Curitiba. Música e músicos no Paraná: sociedade, estéticas e memória. Vol. 1, ArtEmbap. Curitiba, 2014.

XAVIER, Camila Pereira. A música antiga e a criação da Camerata Antiqua e das Oficinas de Música de Curitiba no século XX. Anais do VIII Fórum de Pesquisa Científica em Arte. ArtEmbap. Curitiba, 2011.

João Negrão esquina com a Marechal Deodoro (antes do alargamento). Ano: 1960

 João Negrão esquina com a Marechal Deodoro (antes do alargamento).
Ano: 1960


Pode ser uma imagem em preto e branco de uma ou mais pessoas, edifício e rua

Ao fundo Correios e telégrafos. Prédio do INSS nem existia.

 Ao fundo Correios e telégrafos.
Prédio do INSS nem existia.

Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas, ao ar livre, árvore e edifício

A Rua Marechal Deodoro, ainda estreita, desembocando na Praça Zacarias, em março de 1955.

 A Rua Marechal Deodoro, ainda estreita, desembocando na Praça Zacarias, em março de 1955.


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FERROVIA PARANAGUÁ - CURITIBA Acervo: Luiz Antonio Florenzano

 


Pode ser uma imagem de ao ar livre

FERROVIA PARANAGUÁ - CURITIBA Acervo: Luiz Antonio Florenzano

 


Pode ser uma imagem de ferrovia, monumento e texto que diz "Tunel n. 13- Ipiranga, situado no Klm. 65,800, comprimento- 5,60 metros. Em baixo: A mesma vista, com 0 rio piranga, apanhada de longe. A topographia de fortissima declive."

Bairro do Portão em cerca de 1915- ***ponto final da linha do bonde. *** Acervo do IHGPR.

 Bairro do Portão em cerca de 1915-
***ponto final da linha do bonde. ***
Acervo do IHGPR.


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Rua Barão do Rio Branco em cerca de 1895, com Estação Ferroviária ao fundo. O prédio em primeiro plano ainda existe e é hoje o Lifespace Estação. Coleção Familia Groff.

 Rua Barão do Rio Branco em cerca de 1895, com Estação Ferroviária ao fundo. O prédio em primeiro plano ainda existe e é hoje o Lifespace Estação. Coleção Familia Groff.


Pode ser uma imagem de ao ar livre

A família Bettega no Portão, exibindo seus Ford. Início do século XX, Fonte - MEMÓRIAS DE CURITIBA.

 A família Bettega no Portão, exibindo seus Ford.
Início do século XX,
Fonte - MEMÓRIAS DE CURITIBA.


Pode ser uma imagem de em pé, ao ar livre e texto que diz "Os Bettega possulam quatro Ford "bigode" no inicio do século. A foto mostra casa da familia, em Curitiba, no bairro do Portão."