quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

CASA JOÃO TURIN

 

CASA JOÃO TURIN


A Casa João Turin foi criada em dezembro de 1953, pela Lei Estadual 1538, com a finalidade de manter o ateliê do escultor, preservar seu acervo e cultuar a sua memória. Além da exibição permanente do acervo, a Casa João Turin promove exposições temporárias de artistas escultores e projetos de interação museu/escola. E a cada 2 anos, ocorre a Mostra de Escultura João Turin, certame destinado especialmente aos artistas que trabalham com arte tridimensional. é um evento oficial do Estado do Paraná, promovido pela Secretaria de Cultura e organizada pela Casa João Turin.

João Turin (Morretes, 21 de setembro de 1878 — Curitiba, 9 de julho de 1949) foi um pintor e escultor brasileiro, considerado o precursor da escultura no Paraná.
Turin iniciou seus estudos acadêmicos na Escola de Artes e Ofícios de Antônio Mariano de Lima, em Curitiba, tendo sido dela também professor.
Ao completar 27 anos, recebeu uma bolsa estatal e mudou-se para a Bélgica, onde se especializou em escultura na Academia Real de Belas Artes de Bruxelas (Académie royale des beaux-arts de Bruxelles), tendo sido aluno de Charles Van der Stappen, um importante escultor belga. Nessa época, foi companheiro do escultor polaco-brasileiro João Zaco Paraná.
Ao retornar ao Brasil, em 1922, Turin expõe no Rio de Janeiro uma estátua de Tiradentes, obra que executou em Paris no mesmo ano, com comentários elogiosos na imprensa francesa.
Turin morreu em pleno trabalho, deixando obras inacabadas, como As Quatro Estações, que, reproduzidas em bronze, foram retocadas pelo escultor Erbo Stenzel.
O artista é nacionalmente reconhecido como escultor animalista, tendo sido agraciado Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, nos anos de 1944 e 1947.
Na tentativa de estabelecer um estilo característico para a arte paranaense, cria, com Frederico Lange, mais conhecido como Lange de Morretes, e Zaco Paraná, o movimento denominado "paranismo", caracterizado pelo uso de motivos típicos do estado do Paraná, em arquitetura, pintura, escultura e grafismos, tais como as árvores, folhas e frutos de Araucaria angustifolia.
Fonte: Wikipedia

CASA DA FAMÍLIA MIRO

 

CASA DA FAMÍLIA MIRO



Bom exemplo de palacete que, no final do século XIX, tomou o lugar de grandes chácaras, esta edificação foi construída na região onde anteriormente esteve a chácara da família Itiberê. Foi projetada pelo arquiteto e prefeito de Curitiba, Cândido de Abreu. Em seu projeto original, possuía escadarias de mármore Carraca, portas de cedro trabalhado, vidros entalhados e coloridos e forros em estuque. A ordenação de seus forros variava conforme o ambiente, os lustres eram todos em Cristal e o pé direito da casa alcançava os 5 metros de altura. Todos os seus detalhes externos foram feitos por artesãos especializados. Sua arquitetura é de inspiração portuguesa, no estilo manoelino. Possui ainda belvedere e torre que lembra a “Torre de Belém”

Logo quando cheguei a Curitiba em 1978, eu costumava ir com meu pai a uma feira no Batel e ele dizia que a casa da foto foi um dia a residência do ex-governador do estado do Paraná Moisés Lupion. Graças ao Urbenauta e seu livro sobre o Bairro do Batel, consegui as informações acima e corrigir hoje (13/12/2010) as informações sobre essa bela mansão do Batel, hoje ocupada por um banco.

Fica na Rua Comendador Araújo, 776 esquina com a Presidente Taunay.

COLÉGIO SANTA MARIA E A CAPELA SANTA MARIA

 

COLÉGIO SANTA MARIA E A CAPELA SANTA MARIA



A vinda dos Irmãos Maristas a Curitiba foi conduzida pelo bispo diocesano D. João Francisco Braga, em 1924. O trabalho dos primeiros Irmãos Maristas iniciou em 24 de dezembro de 1924 e o ano letivo em 15 de janeiro 1925, no então Instituto Santa Maria, com 3 professores e 46 estudantes, chegando ao final do mesmo ano com 102 estudantes.

O espaço físico do Colégio, na Rua 15 de Novembro, ao lado do Teatro Guaíra, tornou-se pequeno. Na década de 1980, procurou-se um local apropriado para a instalação de um novo e moderno colégio, que atendesse aos mais avançados sistemas de ensino. Assim em 1984, aconteceu a mudança do antigo Colégio para o atual edifício, nas proximidades do Parque São Lourenço. O Marista Santa Maria oferta cursos da Educação Infantil ao Ensino Médio. São 55.000 m2 de terreno e 22.000m2 de área construída, situados em um local aprazível, com um espaço que tem o verde do bosque contrastando com o moderno da estrutura, tornando o ambiente agradável. A tradição e a modernidade, colocadas a serviço dos ideais de Champagnat, são fundamentais na formação integral dos alunos maristas e responsáveis por torná-los bons cristãos e virtuosos cidadãos.

A antiga sede na rua 15 de Novembro foi desmembrada, parte tornou-se hotel e a parte que continha a capela (uma construção em estilo neoclássico datada de 1939), foi doada ao Município de Curitiba pelo Walmart.

Operários, arquitetos especializados em áreas como a cenotecnia, acústica e reverberação, restauradores, engenheiros e técnicos da Prefeitura de Curitiba participaram de uma das transformações mais esperadas no centro da cidade: o prédio onde funcionou a Capela do Colégio Marista Santa Maria e a edificação onde estão as salas que um dia foram da escola, no cruzamento das ruas Conselheiro Laurindo com a Marechal Deodoro, foi totalmente restaurada, transformando-a numa sala de concertos com 278 lugares dedicada especialmente à musica erudita.

O espaço tornou-se a casa da Camerata Antiqua de Curitiba, orquestra fundada em 1974 que hoje, neste gênero, é a mais importante do Brasil. A Camerata vai utilizar o espaço tanto para os seus ensaios quanto para as apresentações de música erudita.

Histórias Curitiba - Rua do Milagre Cruz Machado

 

Histórias Curitiba - Rua do Milagre Cruz Machado

Histórias Curitiba - Rua do Milagre Cruz Machado
Rua do Milagre Cruz Machado
Adherbal Fortes de Sá Jr.
Milagre do tempo aí.
Deus parece preferir o dia incerto, o tempo aflito a esquina sem paz.
foi em Campos Salles, que corre do bairro até o centro com a velocidade do desespero.
Na hora do meio-dia, 1.458 carros e ônibus estão rugindo em sua pressa.
Tente imaginar a cena, leitor: a rua Mauá, investe, pálida e ofegante, o Jardim Social Opcional e por Campos Salles, zune Monza genial.
Batem e a janela do carro, voa uma criança em um bebê-conforto parece alado.
Dez metros à frente, pousa suavemente - sumaúma ou pena de pássaro?
Bebê sorri e faz gugu gostar de brincar com o avô.
Nem um arranhão.
Milagres Anjo da Guarda proclama o devoto que dirige a igreja do Perpétuo Socorro.
Um silenciosamente discorda do milagre de Deus.
Ele pessoalmente.
Quem mais tem a velocidade da luz, braço longo e forte, a onipresença?
O baixinho se entusiasma:
- Aleluia!
Deus começa a simpatizar conosco!
protestos.
Alguém disse que Deus aflige os cu-ritibanos há pelo menos 30 anos quando impediu a matança na Rua Cruz Machado.
era uma rua feliz, daquelas com asfalto, buracos e crianças.
Estreito para homenagear a herança portuguesa.
Galos barulhentos, gatos, cachorros - e mães chamando seus filhos que jogavam futebol no campo de futebol em frente.
Um dia, construiu um grande prédio que era o campo de futebol.
apelidado de Em unidades habitacionais, JK - janela e kitch-nette.
passaram a habitá-los estudantes, aposentados pobres (hoje redundantes), bancários e moças que vivem sabe-o-que-fazem.
Lá embaixo, a mercearia Paulo Goulart, que relutava em ser global, uma farmácia, um bar pesado.
Edifício São Paulo, sinal de deterioração daquele pedaço da cidade.
sinal sutil que poucos notaram.
No sábado, a atmosfera ferveu além da conta.
tinha uma bebida e anfetamina custo absolutamente acessível.
4h00 chegaram os distintos habitues de Marrocos, bocas de Luigi a não ser listadas.
A carne na grelha reforçou a cortina de fumaça.
Uns comiam e iam adiante, “casais formados agitados naquela noite”.
Outros foram discutir um assunto que não era isso, foi pretexto para encrenca, vai surpreender qualquer um.
Eles baixaram a porta de aço, colocaram a droga mais forte.
Dez da manhã.
A rua em paz.
Reparecem as crianças vizinhas domingo.
aí um vagabundo sem sangue fugiu fu-Macinha e outro veio armado.
atirou seis vezes - e errou todas.
As balas deixaram marcas em prédios - e pelo menos duas passaram a centímetros da cabeça de um bebê.
Nedia Uma senhora veio correndo para abraçar a criança - tão segura quanto Moisés em sua cesta no rio naquela pequena cesta de papiro calafetada com betume e paz.
- Milagre do Anjo da Guarda!
A gravata do homem parou para explicar - isso há trinta anos, hein?
- Anjo da guarda que não aguenta bala 38.
E fazer à mãe uma pergunta que, na altura, fazia sentido:
- Não te sentes mais segura a viver, por exemplo, na Juveve?
Adherbal Fortes de Sá Jr. é jornalista.

Histórias Curitiba - Pistoleiros do Barão

 

Histórias Curitiba - Pistoleiros do Barão

Histórias Curitiba - Pistoleiros do Barão
Pistoleiros do Barão
Francisco Camargo
Prêmio Esso de Jornalismo 1958, reportagem sobre a exploração da madeira no interior do Paraná, fez outro monstro midiático paranaense, o fotógrafo Oswaldo Jansen, Percival Charquetti era uma figura humana raríssima .
Em primeiro lugar, um rave cirurgião, mas sua paixão, o mesmo rum, era o jornalismo.
Em segundo lugar, como caberia tanta bondade e solidariedade num corpo de pessoa tão frágil e de estatura tão reduzida?
poderia caber.
Mais: transbordou.
Na época, o jornal O Estado do Paraná tinha sede em Barão do Rio Branco, entre Visconde de Guarapuava e André de Barros.
oficinas de pessoal ou graxeiros, como eram chamados na época do linotipo e chumbo, serviam para fazer os petiscos turcos no bar, quase ao lado do jornal.
Na verdade, um verdureiro.
A mesa estava ao fundo com a cachaça.
havia um imenso salão ali até as venezianas de aço.
Nas laterais, maçãs, bananas e outras frutas, além de cenouras, alface e saquinhos de arroz.
Entradas?
Não foi exatamente isso.
festejavam e festejavam mais (jornal já pagou bastante pelo que hoje virou luxo).
aparece alguém com um cabo de espingarda.
A mesa Top se transforma em mesa "saloon": os irmãos Bufalo Bill Clinton, Kit Carson, Billy the Kid e outros vacilantes desencadeiam esse vampiro encarnado naquele início de noite.
colocado na porta central da barra de ferro do alvo.
Pimba.
Agora é minha vez.
Bang.

Errado.

Errei aos poucos, agora eu acerto.

Confira!
De fato.
Golpeado na perna de um cidadão desavisado que passava na calçada.

- Ui!

virou.

Imediatamente o grupo, um tanto vacilante, socorreu a pobre vítima da noite do pistoleiro.

- Toca no hospital.

Tarumã No Hospital, o providencial médico Charquetti, que havia arquivado o paciente retirou a pelota com maestria, libertando o cidadão em seguida o mesmo foi levado para casa pela ambulância.

Todos voltaram ao bar do patrício.

Sacramento Desta vez com um adeus às armas.

Ou a arma.
Camargo Francisco is a journalist.

Histórias Curitiba - A freira

 

Histórias Curitiba - A freira

Histórias Curitiba - A freira
A freira
Valêncio Xavier
Curitiba sempre teve senhoras ou senhoras de bom caráter que dedicaram suas vidas para levar alegria e prazeres aos homens que aqui vivem.
Algumas instalaram-se com seus alunos em estabelecimentos comerciais, entre estes podemos citar a Uda, a Frida, a Otília e a Etelvina, que ainda hoje conserva sua casa verde em Westphalen, entre André de Barros e Visconde de Guarapuava.
Outros, porém, amantes da natureza certamente preferem usar seus bons ofícios nas ruas arborizadas de nossa cidade ecológica.
Entre estes poderíamos citar aquele francês que, nos anos sessenta, exercia o seu ofício apenas em automóveis ou escritórios, sempre em horário comercial

O marido dela, um cara de meia idade com máfia e sempre de óculos escuros, não importava quem fizesse o sol, seguia logo atrás.

disseram que ela estava economizando dinheiro para que eles pudessem voltar para a França e fazer um filme, que pelo volume de atividade seria um sucesso de público com certeza.

Como o cinema é uma profissão que exige sacrifícios acreditem ser verdade o que disseram sobre esse francês que fez época em Curitiba.

Diga-se de passagem que a habilidade daquele francês era a especialidade da casa de Otília, praticada por todos os seus discípulos, embora sem o domínio do francês.

Mas queremos falar é que a Lygia também exerceu seu mestiere pelas ruas de Curitiba, na década de sessenta.

Lygia deixou claro que a cor da pele glabra lisonjeia caracterizando a pele de pessoas que passam a vida em convento, ou estabelecimento semelhante.

exaltar a pele sem nenhum odor profano, apenas o cheiro da santidade.

Mas não foi pela cor da pele nem pelo cheiro que veio o apelido de freira.

disse e digo nunca digo porque provou acabou de ouvir .

disse que Clark tinha sido enfermeiro e não satisfeito com os baixos salários e os sacrifícios dessa profissão, resolveu adotar a profissão mais antiga para viver.

Arrumou, talvez no hospital onde cumpria o hábito de freira e lançou-se ao mundo.

procurava escritórios e apartamentos sabia onde encontrar homens ricos sozinhos.

Como começar pedindo doações para entidade beneficente.
E conversa vai falar vem, ficando difícil de ser entregue dizendo na primeira vez.
É claro que a doação foi maior que foi pedida pela via comum: Que homem não pagaria horrores e depois se vangloriaria com os amigos para que uma bela freira se desviasse dos caminhos de Deus?
E acho que mesmo quem não podia ser freira dela, topava de qualquer jeito pela graça da coisa.

disse que freira parou tudo, até mudou de vida e de cidade, após um trágico encontro com um padre que buscava à paisana a noite curitibana a vida eterna.

Mas essa é outra história que não vou contar agora.
Valêncio Xavier é escritor e produtor de TV.

Histórias Curitiba - Tenente Mello

 

Histórias Curitiba - Tenente Mello

Histórias Curitiba - Tenente Mello
Mello Tenente: louco?
Valerio Hoerner Junior
Um dia, trinta e poucos anos, lançadeira pachor-rento na Rua XV, surge alguém com a notícia:
- Ouvi dizer que Mello vai passar de avião entre as torres da catedral.
- nossa!
isso é loucura!
- Ouça mais: qualquer dia passa abaixo da Ponte Preta.
A notícia foi repassada.
Logo todos sabiam.
Ansiedade e asombro.
palavrões.
Irresponsável!
aga Mas na hora lá veio o Mello com seu avião vermelho para desafiar a tragédia.
A praça, lotada.
Uns oraram.
Outros torceram para que a asa batesse na torre.
O avião se aproximou.
aviador Em um ponto provoca o mergulho na direção da igreja.
O vigário saiu do adro para o pátio assistir a tal disparate.
Imagine se o avião for precipitado no telhado da catedral!
E lá em cima, Mello pensou:
"Não posso decepcionar essa gentarada!"
No mergulho, de repente, o avião gira, inclina e uma asa inteira passa justamente entre as torres...
O povo aplaude.
O padre faz o sinal da cruz.
E rezando baixinho, aos poucos volta intacto para a igreja.
Mas o avião de volta.
"De novo não!"
– Resmunga o Padre, em tom de oração.
O avião, porém, estava muito alto, não havia como descer tão rápido.
No entanto ...
A cabine do aparato aviador acenando com as mãos, parecendo positivamente realizada dada a eficiência no cumprimento da missão.
E vá embora.
O padre respira aliviado.
A igreja foi salva.
- O Mello passa ou não passa por baixo da Ponte Preta?
- Acho que vou acertar a asa.
- De jeito nenhum!
homem tem olhar.
passa, não passa, vai-não vai...
passou.
À noite, extasiado com a própria façanha, Mello chega à Rua XV.
Cercado de admiradores, um estilhaça a pergunta
- Como você sabe que dá para passar?
Você não está com medo?
Há muito risco?
- Primeiro eu calculo.
Mais tarde é olhar.
- Eu te disse
É o Brigadeiro Francisco de Assis Corrêa de Mello Mello Mad, cujo pseudônimo não se sabe ter adquirido em Curitiba ou no Rio, de onde veio, ou nunca deveria ter saído, se quiserem, porque já era louco.
Egress Gun Cavalry, foi transferido em 1930 para a arma Aviation, recém-criada e depois ligada ao Exército.
No primeiro pós-tenente quando eclodiu a Revolução Constitucionalista em São Paulo, em 1932, o jovem aviador foi designado para o destacamento militar localizado em Curitiba, na favela do Bacacheri, aeródromo em construção na época.
Já o Revolution foi mesmo em São Paulo.
Aqui, muito pouco a fazer.
Isso deixou o tempo, portanto.
foi assim que o tenente Mello, Avro voando vermelho, ousado e temerário ou insano, se tornou personagem popular.
Mais tarde, o Louco Mello foi Ministro da Aeronáutica durante o governo de Juscelino Kubitschek, de 1957 a 1961, e novamente durante o reinado de Ranieri
Mazzilli em
é um escritor.